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REALIZAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

2.2.4.1. Desporto Escolar

A presente época desportiva, no que se refere ao desporto escolar, no nosso entender, é marcada por dois aspetos muito relevantes.

O primeiro prende-se com a entrada em vigor do novo programa e regulamento do desporto escolar para o novo quadriénio 2013-2017 – Despacho n.º 9332

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A/2013, de 16 de julho14. A entrada do novo programa trouxe algumas mudanças no modo como se encontra organizado o desporto escolar. Importa realçar que não pretendemos fazer uma análise dos documentos em causa. Importa-nos apenas frisar alguns pontos que nos parecem importantes. Foram introduzidas algumas alterações, que nos pareceram boas medidas, das quais realçamos a estratificação e uniformização do desporto escolar em 3 níveis (nível I, II e III), o aumento de um tempo letivo em relação ao programa anterior e a inclusão do compromisso no que se refere ao cumprimento do programa de 4 anos. Quer isto dizer que a escola ao inscrever o seu grupo-equipa, compromete-se a respeitar essa inscrição até ao término do programa, ou seja, 2017. Esta última medida entendemo-la quase como “uma faca de dois gumes”. Por um lado, garante aos projetos, que realmente avançam, alguma garantida de longevidade, por outro (e dizemos isto porque conversamos por telefone com alguns diretores de escolas que tinham hóquei) fez com que algumas escolas não integrassem, já esta época, o hóquei em campo no desporto escolar por não conseguirem dar garantias de conseguir valer os regulamentos devido a um fato que se prende na grande maioria das vezes com a mudança de professores de escola para escola e consequente perda do projeto.

O segundo aspeto teve a ver, exatamente com o que relatávamos anteriormente, ou seja, com a mudança de escola de alguns “professores- chave” responsáveis pelos projetos de desporto escolar de hóquei em campo nas suas escolas. Durante o quadriénio passado, 2009-2013, teve especial realce uma escola de Oeiras, Escola Secundária Luís Freitas Branco, que se destacou pelo excelente trabalho de formação com os alunos e consequente integração destes alunos nos clubes e seleções nacionais. O professor que liderava este projeto, grande responsável e impulsionador pelo desenvolvimento e crescimento do hóquei em campo no desporto escolar na região de Lisboa foi um dos professores que foi colocado numa escola completamente afastada do local onde atuava pelo que teve que abandonar o

14 DGE (2014). Programa do Desporto Escolar. Consult. 19 Jan 2014, disponível em

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projeto. A escola onde o professor se encontrava não conseguiu substituto pelo que abandonou o projeto e não inscreveu o hóquei em campo no novo programa do desporto escolar. Esta situação aconteceu em mais 4 escolas de referência, uma na região do Porto, uma na região de Tâmega e duas na região de Lisboa.

No dia 4 de outubro deslocamo-nos a Lisboa com o Diretor Técnico Nacional, André Oliveira, para reunirmos com os Coordenadores Nacionais do Desporto Escolar, Dr. Paulo Gomes e Dr. Delfim Barreira. O intuito da reunião agendada seria discutirmos o novo programa do desporto, as novas alterações e para percebermos como se enquadrava o hóquei em campo neste novo programa. Só mais tarde, no final de novembro, fomos informados do número concreto de escolas com a inscrição e projeto validados. Para esta época contamos com apenas com 7 grupos-equipa de 6 escolas diferentes nas regiões de Lisboa, Porto e Tâmega. Os quadros competitivos foram enviados pela Direção Geral da Educação apenas em dezembro 2013 estando agendado o início da competição regional para fevereiro de 2014.

Encaramos este novo quadriénio como o “ano-zero”. Entendemo-lo como o início de um novo ciclo. Assim sendo, a estratégia definida para este novo ciclo passa por:

- Dotar as escolas de recursos humanos suficientes para conseguir dar resposta a eventuais saídas de professores. O projeto do hóquei no desporto escolar tem de ser um projeto da escola e não um projeto de um professor numa escola. Apostamos nas ações de formação de professores, nas ações de dinamização e promoção da modalidade nas escolas e campos de férias e nas visitas às escolas com a presença dos nossos atletas internacionais;

- Uniformização dos escalões de formação da FPH em conformidade com os escalões do desporto escolar, ou seja, sub-11 (infantis A no desporto escolar), sub-13 (infantis B no desporto escolar), sub-15 (iniciados no desporto escolar). Anteriormente os escalões de formação da FPH eram sub-12, sub-14, sub-16;

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- Provas do calendário oficial de provas da FPH abertas à participação das escolas. São o caso dos Torneios Benjamim para os sub-11 e os torneios sazonais (Inverno e Primavera) para os sub-13 e os sub-15. As provas acontecem a norte e a sul do país. Notificar as escolas da existência destas provas;

- Foco nas escolas que se situem em locais onde existem clubes de hóquei nas redondezas;

- Fomentar a ligação Escola – Clube através do projeto “Hóquei vai à Escola”.

No seguimento da estratégia definida para o novo quadriénio procuramos informar, por telefone e por correio eletrónico, as escolas inscritas no desporto escolar e respetivos professores responsáveis, das alterações efetuadas pela FPH. Contatámos, também, para convidar as mesmas a participar nas provas do calendário de provas oficiais da FPH abertas à participação das escolas.

Outro contato foi feito no sentido de disponibilizar os nossos serviços para ações de formação de professores nas escolas, ações de dinamização/promoção da modalidade e visitas às escolas procurando sempre integrar nestas ações atletas das seleções nacionais.

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