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AMBIENTAL 175 5.1 PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL (PGA)

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 DETALHAMENTO DA ETAPA

A Figura 50 a seguir apresenta o fluxograma para o desenvolvimento da Etapa 2. Na sequência são descritas as fases que compõem esta etapa.

Figura 50 - Fluxograma do método da Etapa 2.

Fonte: O autor, 2014.

I. Estabelecimento dos tipos de passivos ambientais associados às rodovias em operação.

Os tipos de passivos ambientais associados a rodovias em operação pesquisados foram relacionados nos Quadros 5, 6 e 7 e descritos no item 2.5.3. São os seguintes:

• Acesso irregular; • Acúmulo de sedimentos; • Alagamento; • Assoreamento; • Contaminação; • Desagregação superficial; • Erosão; • Erro de dimensionamento; • Escorregamento; • Falta de desmobilização; • Falta de vegetação; • Ocupação irregular; • Queda de blocos; • Recalque

II. Relacionar a cada tipo de passivo as possíveis causas de seu surgimento.

Para cada tipo de passivo foram pesquisadas as possíveis causas de seu surgimento. Como exemplo, para o passivo assoreamento, obteve-se:

• Acesso não pavimentado; • Cobertura vegetal deficiente; • Cobertura vegetal inadequada; • Desconfinamento de material; • Desmatamento excessivo; • Evolução de erosão;

• Falta de recuperação de áreas exploradas; e • Sem cobertura vegetal.

III. Relacionar a cada tipo de passivo as prováveis consequências de sua instalação sobre o meio ambiente

Na sequência, para cada tipo de passivo foram pesquisadas as prováveis consequências de sua instalação sobre o meio ambiente. No caso do passivo tipo assoreamento tem-se as seguintes:

a) Consequências sobre o meio antrópico • Prejuízo a lindeiros;

• Prejuízo ao patrimônio.

b) Consequências sobre o meio físico • Alteração de regimes hídricos;

• Contaminação de recursos hídricos por defensivos agrícolas; • Mau funcionamento dos dispositivos de drenagem.

IV Elaboração de fichas para levantamento e identificação em campo e para a síntese dos passivos ambientais cadastrados. Foram elaboradas fichas específicas para o levantamento, em campo, de cada passivo ambiental identificado em uma rodovia objeto de regularização ambiental, bem como, para se estabelecer um panorama geral dos passivos relativamente ao nível de gravidade dos mesmos e o número de casos de cada tipo identificado,

V Estabelecer índices de prioridades das intervenções necessárias para a recuperação ou mitigação do passivo ambiental instalado.

De acordo com as Instruções de Proteção Ambiental das Faixas de Domínio e Lindeiras das Rodovias Federais (BRASIL, 2005d), a

necessidade do gerenciamento dos recursos disponíveis para a realização das obras de recuperação dos passivos ambientais, torna imprescindível a criação de um método que priorize tais intervenções, de modo a dirigir a execução para o conjunto que represente o melhor e maior ganho ambiental possível em toda malha viária.

Assim, foi desenvolvido um Índice de Priorização (IP) para a recuperação do passivo ambiental, considerando a gravidade de ocorrência do passivo, a sua interferência, a intensidade do tráfego da rodovia, questões agravantes, a tendência de evolução do passivo e aspectos atenuantes.

3.2 DETALHAMENTO DA ETAPA 3

A Figura 51 a seguir apresenta as fases que compõem a Etapa 3, cujas descrições são apresentadas na sequência.

Figura 51 - Fluxograma do método da Etapa 3.

Fonte: O autor, 2014.

I. Análise de Planos Básicos Ambientais

Esta etapa consistiu na análise dos Planos Básicos Ambientais (PBA’s) pesquisados durante a revisão bibliográfica e que

contemplavam programas ambientais previstos para serem executados durante a fase de operação de rodovias, assim como, foram efetuadas analises dos conteúdos dos seus itens constitutivos. Também foi analisada a sistemática para elaboração e execução de PBA’s recomendados pelo DNIT (BRASIL, 2006a).

II. Avaliação crítica dos Programas Ambientais mínimos exigidos para a regularização ambiental

A partir do preciso entendimento dos itens analisados na etapa anterior foi realizada uma avaliação crítica da pertinência da execução do elenco de Programas Ambientais mínimos exigidos para a regularização ambiental, estabelecidos pela Portaria nº 289/2013 (BRASIL, 2013b).

Esta avaliação considerou os seguintes aspectos: possíveis dificuldades da implantação e execução destes programas pelo DNIT, órgão responsável pela implementação do Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis (PROFAS); temporalidade dos benefícios; eficácia à luz da realidade brasileira; duração exigível; frequência de aplicação e custos associados.

III. Proposta de alterações no elenco de programa ambientais exigidos para a regularização ambiental Em função da avaliação crítica efetuada, foram propostas alterações (junção, eliminação e/ou incorporação) no elenco de programas ambientais mínimos exigidos para a regularização ambiental, visando à otimização das ações inerentes a cada programa e a mitigação dos impactos ambientais advindos da operação de rodovias sem licença e monitoramento ambiental.

IV. Proposta de conteúdos para o elenco de Programas Ambientais

A partir da etapa anterior foram sugeridos, para cada programa, os conteúdos dos itens que constituem a sua estrutura objetivando tanto a regularização, quanto a gestão ambiental de rodovias em operação.

Os seguintes conteúdos gerais foram sugeridos para cada item constitutivo dos programas ambientais:

i. Justificativas: demostra a importância da execução dos programas ambientais no contexto da operação da Rodovia,

(manutenção das condições da rodovia, aumento das condições de segurança, etc.).

ii. Objetivos: determina o que se deseja atingir com a implantação do programa. Podem estar subdivididos em objetivos gerais e objetivos específicos do programa;

iii. Metas: Apresenta as metas vinculadas aos objetivos do programa, capaz de ser mensuráveis no monitoramento do programa; (recuperação de passivos ambientais, redução de atropelamento de fauna, etc.).

iv. Indicadores de desempenho: estabelecidos de modo a permitir a avaliação da real eficácia de cada programa através do pleno cumprimento das metas propostas.

v. Base legal: relaciona os requisitos legais existentes, bem como normas e diretrizes aplicáveis utilizadas na elaboração do programa.

vi. Público-alvo: apresentação dos envolvidos direta e indiretamente nas ações e resultados do programa

vii. Metodologia: estabelecer e detalhar os métodos a serem empregados nas ações relativas à execução dos programas ambientais, definindo procedimentos e áreas de abrangência. viii. Inter-relação com outros programas: interação entre o

programa apresentado e os demais que comporão o PBRA, permitindo analisar a interface entre eles.

ix. Equipe técnica para a execução do programa: estabelece a qualificação dos responsáveis pela execução do programa e demandas em relação à equipe de execução.

x. Responsáveis pela execução do programa: informa as instituições responsáveis pela execução do programa, seja o órgão rodoviário responsável, a empresa construtora ou instituições paralelas de apoio.

xi. Cronograma de execução: cronologia das ações a serem implementadas em cada etapa, apresentando cronograma para cada ação descrita no programa.

xii. Referências: informa os documentos consultados e utilizados para elaboração dos programas, como livros, projetos, normas, instruções de serviço, etc.

4 PROCEDIMENTO PARA A IDENTIFICAÇÃO E O