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MICRODADOS

Com a finalização da etapa de levantamento dos dados, a equipe técnica e de campo da FIPE efetuou:

• A verificação e crítica da totalidade questionários respondidos;

• A seleção, contratação e treinamento de profissionais encarregados de efetuar a digitação dos dados;

• A utilização de software desenvolvido especificamente para a entrada dos dados coletados;

• A correção das inconsistências entre as digitações e as respostas originais dos questionários, constituindo as seguintes bases de dados:

ii. Base de dados do questionário de diretores das escolas amostradas; iii. base de dados do questionário de professores;

iv. base de dados do questionário de funcionários; v. base de dados do questionário de alunos;

vi. base de dados do questionário de pais ou responsáveis por alunos; vii. Base de Dados de todos os públicos agrupados.

• Preparação do Relatório das Atividades de Constituição da Base de Dados, descrevendo o plano de entrada, verificação e crítica dos dados, estrutura e organização dos trabalhos, problemas porventura ocorridos durante esta etapa e as soluções aplicadas. Os questionários com as variáveis definidas previamente e plano de codificação (dicionário de dados), foram apresentados como anexos nos Relatórios 4 e 5, respectivamente;

• Entrega ao MEC/INEP dos arquivos brutos e consistidos, em meio digital e em formato SAV (SPSS), entregues junto com o Relatório 4;

• Entrega ao MEC/INEP dos microdados em meio digital e em formato SAV (SPSS), junto com o Relatório 5.

Apresenta-se, a seguir, uma descrição do sistema utilizado pela equipe técnica da FIPE no processo de digitação dos questionários e de consistência dos dados. A experiência com esse sistema permitiu assegurar um elevado nível de precisão na entrada e consistência dos dados devido aos seus componentes de checagem, permitindo que a equipe de digitação verificasse a qualidade dos dados à medida que eles eram inseridos no sistema. O sistema desenvolvido barrava a entrada de valores inválidos para variáveis categóricas. No caso das variáveis numéricas era fornecido um intervalo de valores válidos. Uma vez que apenas valores válidos eram aceitos para uma determinada variável, a equipe de entrada de dados era imediatamente notificada caso tivesse entrado dados inválidos, sendo solicitada a verificar o dado em questão diretamente no questionário respectivo.

A Coordenação de Levantamento e Crítica de Dados realizou o treinamento e supervisão da equipe de entrada e verificação dos dados, visando à uniformização dos procedimentos de data entry. A estratégia adotada para a entrada de dados foi a seguinte: i. utilização da entrada de dados utilizando uma máscara do questionário de cada um dos

públicos, facilitando dessa forma a digitação e minimizando possíveis erros nesse processo;

ii. seleção e treinamento de críticos de dados e de digitadores (para a primeira digitação e para a segunda digitação);

iii. a digitação foi feita dentro do conceito de dupla digitação independente, ou seja, um mesmo questionário foi digitado duas vezes, por digitadores diferentes e em microcomputadores diferentes;

iv. o programa possuía um sistema de consistência, calcado em dois conceitos:

(1) de códigos admitidos, por exemplo, de 1 a 4. Qualquer número diferente desse, o sistema automaticamente rejeitava e não permitia o avanço para o campo seguinte;

(2) “pulos” ou “ligações” entre variáveis: nesse caso, dependendo da resposta atribuída a uma dada variável, deveria haver um “pulo ou salto” para uma outra variável. Por exemplo: Se a pessoa respondeu “sim” a uma questão “x”, então deveria responder às três próximas questões. Se respondeu “não” a essa questão “x”, então deveria pular as três próximas questões (“x+1”, “x+2”, “x+3”) e responderia a partir da questão “x+4”.

v. após a dupla digitação independente dos questionários foi feito um novo tipo de consistência dos dados: através de um programa de computador, comparavam-se os dados digitados pelos dois digitadores. Ou seja, se o primeiro digitador, por exemplo, em um dado campo do questionário, digitou o número “138” e o segundo digitador o número “183”, ao rodar esse programa era emitido um relatório de consistência de dados, indicando que na variável “y”, campo “i-t”, questionário “número tal”, o primeiro digitador registrou 138 e o segundo digitador 183. Com isso, pode ser verificado no próprio questionário qual o número verdadeiro, corrigindo-se assim o arquivo de dados; vi. montado o arquivo-mestre de dados, depurado das eventuais inconsistências de digitação

(fase “d”), processou-se, através de um outro programa, um sub-sistema final de consistência de dados, destinado a testar relações entre variáveis. O objetivo era verificar se existiam “indicadores duvidosos”, que necessitavam então de uma verificação no questionário e, se for necessário, junto ao supervisor estadual.

Após esse conjunto de procedimentos foram então formados os arquivos-mestre de dados, para efeito de processamento e análise dos bancos de dados e elaboração dos relatórios de resultados.

Na eventualidade de serem constatadas outras inconsistências entre os dados apresentados pela FIPE e as análises realizadas pelo MEC/INEP, a FIPE se compromete a verificar as inconsistências e/ou problemas apontados, corrigir a(s) base(s) de dados que apresentar(em) problemas e enviar as bases corrigidas e a documentação das modificações efetuadas em até 5 (cinco) dias úteis após o pedido de verificação de inconsistências e/ou problemas.

Concluindo, a qualidade no processo de digitação e consistência dos dados levou à eliminação de questionários julgados de baixa qualidade no preenchimento, principalmente em termos de número excessivo de missing values e de respostas sistematizadas em um único ponto da escala de avaliação.