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Este detector é composto por uma rede de tubos ligados a uma central de processamento, esta central aspira o ar do ambiente protegido através de pontos de amostragem (orifícios) na tubulação. O ar aspirado passa pelo sensor de alta sensibilidade na central, onde é analisado, quando o sensor detecta fumaça a central sinaliza um alarme.

Os pontos de amostragem são dimensionados conforme detectores pontuais de fumaça na questão de posicionamento e espaçamento. A tubulação deve ser instalada de forma fixa e suas conexões devem ser feitas de forma que o ar aspirado entre somente pelos pontos de amostragem.

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É indicado para locais onde se deseja ter uma rápida resposta na detecção de um principio de incêndio como CPD, salas elétricas, dentro de painéis elétricos, locais com altura elevada, estoque vertical, locais com interferência eletromagnética e radiofrequência.

A seguir, imagem de um detector de fumaça por aspiração e sua tubulação e mapa de sensibilidade dos detectores de incêndio.

Figura 16 – Exemplo de detector de fumaça por aspiração e sua tubulação

Fonte: https://www.securiton.com/index.php?id=463&L=6, adaptado.

Figura 17 – Mapa de sensibilidade dos detectores de incêndio

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6 ACIONADOR MANUAL

Dispositivo acionado manualmente por um usuário da edificação protegida pelo SDAI para indicar um principio de incêndio detectado visualmente.

O acionador manual deve estar instalado perto de saídas de emergências, saídas de áreas de trabalho, áreas de lazer, corredores, rotas de fuga ou a perto de equipamentos de combate a incêndio.

Deve ser na cor vermelho, fixado a uma altura entre 0,90 m e 1,35 m do piso acabado. O usuário da edificação não deve percorrer uma distancia maior que 30 m até um acionador manual.

Em edificações com mais de um pavimento, todos os pavimentos devem possuir pelo menos um acionador manual, não é obrigatório à utilização em pavimentos superiores de duplex ou tríplex e em áreas como: mezaninos, escritórios, sobreloja ou locais com acesso restrito, todos menores ou iguais a 100 m².

A seguir, ilustração da instalação do acionador manual.

Figura 18 – Instalação típica do acionador manual

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7 AVISADOR SONORO E VISUAL

Dispositivo que tem a função de alertar os usuários da edificação protegida pelo SDAI com um sinal sonoro e/ou um sinal visual para abandono do local em caso de confirmação de um principio de incêndio.

Deve estar localizado próximo a rotas de fuga, saídas de emergência, perto de extintores, corredores, áreas comum e circulação. Fixado na parede entre uma altura de 2,20 a 3,50 metros do piso acabado.

Ele deve ser instalado em quantidades suficiente para serem ouvidos em qualquer local da edificação protegida, sem impedir a comunicação verbal, seu nível sonoro deve ser entre 90 e 115 dBA medido a 1 metro de distância, ter no mínimo 15 dBA a cima do nível médio ou 5 dBA a cima do nível máximo do ambiente, sendo medido a 3 metros de distancia.

Acionador manual com avisador sonoro embutido é permitido respeitando a altura de instalação do acionador manual.

O sinal visual é obrigatório em locais com nível sonoro acima de 105 dBA, edificações com risco médio e elevado, locais onde se utiliza protetores auriculares e locais com acesso de portadores de deficiência auditiva.

A seguir, ilustração da instalação do sinalizador áudio visual.

Figura 19 – Instalação típica do sinalizador áudio visual

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8 AUTONOMIA DO SDAI

Segundo a NBR 17240 o sistema deve possuir uma fonte de alimentação principal e uma de emergência, normalmente a fonte principal é a rede elétrica e a de emergência formada por banco de baterias ou gerador e suprir o consumo do sistema instalado.

A fonte de alimentação de emergência deve ter autonomia mínima de operar 24h em condições normais (sem alarme) e após esse tempo ter a capacidade de acionar todos os sinalizadores de alarme por no mínimo 5 minutos, caso o sistema tenha sinalizadores com voz deve durar no mínimo 15 minutos. Todos os circuitos e dispositivos devem operar com tensão nominal de 24 Vcc.

A IN 012 especifica que a fonte de alimentação de emergência deve ter autonomia de 1 hora em alarme. 24 horas em condições normais (sem alarme), para locais com vigilância permanente. E 72 horas em condições normais (sem alarme), para locais sem vigilância permanente. Com tensão máxima de 30 Vcc para os circuitos e dispositivos.

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9 INFRAESTRUTURA - FIAÇÃO

A rede de eletrodutos, calhas e bandejas deve ser exclusiva para o SDAI, sendo ela na cor vermelha ou identificada com anéis de 2 cm de largura na cor vermelha a cada 3 m no máximo. E manter uma distância mínima de 50 cm da rede de alimentação 110/220 Vca.

Ao se utilizar cabos sem blindagem, toda infraestrutura deve ser metálica com calhas e bandejas fechadas, para mante a continuidade elétrica da blindagem à infraestrutura, garantindo a proteção contra indução eletromagnética no cabo.

Quando utilizado cabo blindado, a infraestrutura pode ser não metálica com calhas e bandejas abertas, com a blindagem do cabo sendo aterrada na central para garantir a proteção contra indução eletromagnética.

O cabo não pode ter soldas ou emendas dentro da infraestrutura. A emenda dos cabos deve ser feita nos bornes dos dispositivos ou em caixas terminais com bornes apropriados.

O cabo que interliga os dispositivos de detecção a central é chamado de circuito de detecção, ele pode ser classe A ou B.

Circuito de detecção classe A, quando o circuito possui fiação de retorno à central. O laço sai da central e volta tornando o circuito redundante. Uma eventual interrupção em qualquer ponto desse circuito não implica paralisação parcial ou total de seu funcionamento.

A seguir, ilustração de um circuito de detecção classe A.

Figura 20 – Circuito de detecção classe A

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Circuito de detecção classe B, quando o circuito não possui fiação de retorno à central. Uma eventual interrupção em qualquer ponto deste circuito implica paralisação parcial ou total de seu funcionamento.

A seguir, ilustração de um circuito de detecção classe B.

Figura 21 – Circuito de detecção classe B

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10 VISTORIA DO SISTEMA PARA HABITE-SE E FUNCIONAMENTO DE IMOVEIS COM SDAI

Após o SDAI ser instalado, o mesmo deve ser conferido pelo vistoriador do CBMSC. O vistoriador realiza testes de funcionamento dos equipamentos instalados escolhendo aleatoriamente entre acionadores manuais e detectores, confere as informações mostradas no display da central e dispara os sinalizadores áudio e/ou visual.

Caso o sistema apresente alguma falha ou mau funcionamento, o vistoriador não emite o “Habite-se” até que o problema seja resolvido e o sistema opere normalmente.

A manutenção periódica do SDAI é de responsabilidade do proprietário ou responsável do imóvel, sendo uma parte fundamental para manter o SDAI em pleno funcionamento e garantindo a proteção do local e da vida.

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11 CONCLUSÃO

O risco de incêndio está presente quase o tempo todo, por isso é importante saber como prevenir. Pode-se observar que um SDAI é crucial para prevenção, segurança e proteção do local e principalmente da vida.

Nota-se que o conhecimento das características, funções e saber quando utilizar cada equipamento que compõe o SDAI é essencial, pois existe situação que requer um tipo de sistema e detectores específicos para garantir o melhor desempenho na detecção precoce do incêndio.

Em relação ao sistema, ele deve interligar os equipamentos gerando resultados confiáveis e sendo capaz de identificar os dispositivos de segurança. Também deve detectar o incêndio no menor tempo possível. A central deve estar preparada para receber o sinal dos dispositivos e processá-los para que se possa agir da maneira correta para evacuação da edificação e combate do principio de incêndio.

O planejamento da manutenção de um SDAI é necessário para manter o sistema em pleno funcionamento, com isso, dando confiabilidade e segurança ao local.

Os projetistas devem ter pleno conhecimento das Normas que auxiliam no desenvolvimento de projetos e se manter atualizados ao aparecimento de novas tecnologias.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – NBR 17240. Rio de Janeiro, 2010.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR SANTA CATARINA – Sistema de alarme e detecção de incêndio – IN 012. Florianópolis, 2018.

SECURITON, Sistemas de alarme de última geração para segurança confiável.

Disponível em:<https://www.securiton.com/index.php?id=463&L=6>. Acesso em 29 de maio de 2019.

JORDÃO, Fernando. Relembre 10 incêndios que marcaram a história do Brasil.

Disponível em:<https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/02/08/interna-brasil,736353/relembre-dez-incendios-que-marcaram-a-historia-do-brasil.shtml>. Acesso em 29 de maio de 2019.

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