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DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA DOS INGREDIENTES UTILIZADOS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ (RN) E ADJACÊNCIAS.

TRABALHOS APRESENTADOS NA FORMA DE POSTER

DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICO-BROMATOLÓGICA DOS INGREDIENTES UTILIZADOS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ (RN) E ADJACÊNCIAS.

A.L.L. DUARTE1, A P BRAGA.2, M.I.C. DANTAS3

INTRODUÇÂO: A análise dos alimentos é um dos principais pontos a serem observados no setor de nutrição animal. O objetivo principal da análise é o de se conhecer a composição química, além de verificar a identidade e pureza, sejam elas de natureza orgânica ou inorgânica (SILVA & QUEIROZ, 2002).

Para uma maior eficácia da alimentação, em toda região, deve ser feito um levantamento dos alimentos comumente disponíveis para a alimentação animal, seguido de uma determinação da composição química e energética desses alimentos para uma dieta animal eficaz. Esta composição pode ser determinada através de análises bromatológicas feitas em laboratórios, sendo este método mais adequado e exato, entretanto, nem sempre o nutricionista tem à sua disposição um laboratório bem equipado. Para contornar essa situação, recomenda-se a utilização de tabelas, onde estão apresentadas as composições químicas e energéticas médias dos ingredientes.

Na região Nordeste do Brasil, mais especificadamente no Rio Grande do Norte, inúmeros componentes alimentares são utilizados diariamente na nutrição animal, onde podemos citar o bagaço de caju, a algaroba e o babaçu entre outros ingredientes. As tabelas de composição dos alimentos utilizadas para cálculos de rações nessa região são estabelecidas com alimentos produzidos em outras regiões, podendo haver diferenças na composição dos produtos originados, como ausência de dados sobre diversos alimentos utilizados na região Nordeste, como é o caso dos já citados.

Para Nunes (1995), a meta central da Nutrição animal é produzir alimentos para o homem, tanto em quantidade e qualidade quanto a custos cada vez menores.

Segundo ROSTAGNO et al (1983), a tecnologia de formulação de rações é praticamente toda ela, baseada em informações de composição de alimentos e de exigências nutricionais estabelecidas no exterior, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Realmente, as tabelas usadas para cálculos de rações, tanto nas industrias quanto nas instituições de pesquisa, são tabelas estrangeiras ou tabelas publicadas no País, com base em dados provenientes do exterior. Não há dúvida que o uso destas tabelas representou a adoção de tecnologia de alto nível, que permitiu ao País atingir o desenvolvimento observado. Entretanto, estas tabelas, sob certos aspectos, deixam a desejar quanto a sua perfeita aplicabilidade nas condições brasileiras.

Motivados pela necessidade de informações sobre a questão do conhecimento do valor nutritivo e necessidades alimentares de diversos ingredientes utilizados na alimentação animal, este trabalho tem como objetivo, determinar a composição químico-bromatológica de alguns ingredientes utilizados na formulação das rações administradas aos animais das diversas espécies, criados no Município de Mossoró (RN) e adjacências.

MATERIAL E MÉTODOS: As amostras dos alimentos foram coletadas, com o máximo de cuidado, visando obter uma amostra perfeitamente representativa do material a ser analisado. Foram devidamente identificadas e seguiram para o laboratório de Nutrição animal da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, onde, foram previamente armazenadas. Os alimentos analisados foram: Milho em grãos, Farelo de soja, Grão de soja integral, Farelo de milho, Farelo de trigo, Torta de babaçu, Torta de algodão, Raspa de Mandioca, Milho (planta integral), Bagaço de cana hidrolisado e capim sempre verde, os quais são os mais utilizados na região para formulação de rações a serem fornecidos aos animais.

As amostras foram preparadas para analises através de pré-secagem (para os ingredientes com elevado teor de umidade), trituração prévia (no caso das forragens verdes, raízes e tubérculos) e a moagem final (feita em todos os alimentos após a trituração prévia e todos aqueles que continham partículas de elevado tamanho) realizada no moinho tipo Willey. No caso de alguns ingredientes farelados, não houve a necessidade desta preparação.

Posteriormente foram feitas as análises de matéria seca, matéria mineral, extrato etéreo, e proteína bruta de acordo com a metodologia descrita por SILVA & QUEIROZ (2002).

1 Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/ESAM, Depto de Zootecnia, Escola Superior de Agricultura de Mossoró – ESAM,

Mossoró, RN, Telefone: 0XX(84) 94712836 e-mail:lizzianeesam@bol.com.br.

2 Prof. Doutor, Depto de Zootecnia, ESAM, Mossoró, RN.

LEÓN SUENMATSU, G. e MOSCOSO, J. Tratamento e Uso de Águas Residuárias. Tr adução de H.R. Gheyi, A. Köning, B.S.O. Ceballos, F.A.V. Damasceno. Campina Grande, UFPB, 110p. , 1999.

McKEON, Casey; GLENN, Edward; GERBA, P. Charles; FITZSIMMANS, Kevin. Tilapia Aquaculture – In the 21st Century. Proceedings from the Fifth International Symposium on Tilapia Aquaculture. Vol. 2- 5º ISTA - Rio de Janeiro- Brasil 3 – 5 september

WHO- World Health Organization. Health Guidelines for the Use of Wastewater in Agriculture and Aquaculture. WHO Technical Report Series, N. 778. World Health Organization, Geneva, Switzerland, 1989.

que eventualmente circulavam entre os viveiros.

Foi observado também que os viveiros drenados para irrigação apresentaram níveis médios de contaminação, superiores ao viveiros não drenados , embora a diferença não tenha sido significativa . O fato dos níveis de coliformes terem sido maiores nos viveiros drenados para irrigação pode ter ocorrido em função dos mesmos ficarem mais próximos da residência e portanto mais acessíveis aos animais da fazenda a circularem entre eles . Por outro lado, os viveiros não drenados podem ter tido o número de coliformes reduzidos em função da capacidade de depuração dos peixes, durante todo o período de cultivo quando não foram realizadas trocas de água.

O número de coliformes fecais encontrados nos viveiros, embora altos , estão abaixo dos observados por McKEON at al (2000), que variaram de 1 a 104 por 100 ml, mas acima dos valores médios de 1250 coliformes totais e 200 coliformes fecais por 100 mL de água (BOYD & TANNER, 1998) e de 80 coliformes por 100mL de água (BARBOSA et al, 2003). Entretanto, os valores aqui obtidos estão acima dos padrões da Organização Mundial de Saúde para aquicultura e para a irrigação irrestrita de qualquer cultura que é uma média geométrica de até 1000 coliformes fecais por 100 mL de água (WHO, 1989; LEON E MOSCOSO, 1999).

CONCLUSÕES: Nas condições estudadas, onde o aceso de pessoas e animais aos viveiros era livre, os níveis de coliformes fecais apresentaram valores acima dos recomendados pela Organização Mundial de Saúde para aquicultura e para a irrigação irrestrita de qualquer cultura.

Figura1- Número de coliformes totais e fecais no rio Figura2- Número de coliformes totais drenados e

Mossoró não drenados

Figura3- Número de coliformes fecais em viveiros drenados e não drenados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION, WATER ENVIRONMENT FEDERATION. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. Washington, DC, 19 th editions, 1995.

BARBOSA, R.R ; AZEVEDO, M.S.B ; FEIJÓ, M.C. Coliform Organisms in Tilapia Pond Effluents Used to Irrigate Vegetables. World Aquaculture 2003. Salvador – Bahia. 19 a 23 de Maio de 2003

BOYD, C.E. e TANNER, M. Coliform Organisms in Waters of Channel Catfish Ponds. Journal of The

World Aquaculture Society, Louisiania, v. 29, N. 1, p. 74-78, 1998.

Àgua utilizada para irrigação do rio Mossoró 0 500 1000 1 2 3 4 5 coletas Número de coliformes col. Totais col. Fecais

Número de Coliformes Totais

0 10000 20000 30000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Coletas Coliformes Totais Viv. Drenados Viv. Não Drenados

Número de Coliformes Fecais

0 5000 10000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Coletas Coliformes Fecais Viv. Drenados Viv. Não Drenados

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE COLIFORMES EM ÁGUAS DE VIVEIROS DE PISCICULTURA

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