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4.3 LEVANTAMENTO DOS DADOS

4.3.4 Determinação do grau de alavancagem operacional

Conforme mencionado anteriormente, o grau de alavancagem operacional demonstra a influência de um aumento percentual das vendas sobre o lucro, para prever as suas variações a partir de determinado nível de vendas. O grau de alavancagem operacional é relacionado diretamente aos gastos fixos da empresa, em comparação aos custos e despesas variáveis, que podem sinalizar riscos para as suas atividades operacionais, todavia, a alavancagem operacional consegue medir a proporção deste risco. Para diminuir este risco é preciso que o impacto da alavancagem operacional diminua na proporção do crescimento de vendas, acima do ponto de equilíbrio, para consequentemente gerar um lucro maior.

Na Tabela 13 demonstra-se o grau de alavancagem operacional total da empresa, a empresa trabalha com mix de produtos e precisa identificar quanto opera acima do ponto de equilíbrio e gera lucro. Por isso, foram utilizados dados da receita total da empresa no primeiro trimestre de 2018, deduzidos pelos custos e despesas variáveis totais. Encontrou-se a margem de contribuição total do período e deduziu- se os custos e despesas fixas, totalizando-se o lucro líquido. O grau de alavancagem operacional foi obtido por meio da divisão entre margem de contribuição total e lucro líquido antes do imposto de renda (IR) e contribuição social (CS).

Tabela 13 - Grau de alavancagem operacional – GAO trimestral

DESCRIÇÃO VALOR ATUAL

Receita Total R$ 37.910.503,72

(-) Custos e despesas variáveis totais R$ 32.558.424,31

(=) Margem de contribuição total da empresa R$ 5.352.079,42

(-) Custos e despesas fixas totais R$ 3.613.388,03

(=) Lucro líquido total antes da IR e CS R$ 1.738.691,39

GAO = Margem de contribuição/ Lucro líquido 3,078

Com base na Tabela 13, o volume de receita total de R$ 37.910.503,72, com a margem de contribuição de R$ 5.352.079,42 e um lucro líquido de R$ 1.738.691,39, o grau de alavancagem operacional é de 3,078.

A alavancagem operacional mede a proporção dos custos fixos em relação aos custos variáveis, por isto, qualquer tipo de alteração no volume de vendas irá refletir no lucro. Diante disto, se a empresa simular o aumento de 10%, o volume de vendas totais resultaria em 130,78% no aumento do lucro líquido, ou seja, operaria acima do ponto de equilíbrio, se diminuir 10%, consequentemente, o lucro cairia em 130,78%.

Contudo, deve-se lembrar que, o grau de alavancagem operacional mede a distância que a empresa se encontra do ponto de equilíbrio, a partir da variação do lucro a uma dada variação de vendas, o intuito da empresa sempre será ampliar as suas receitas provenientes das vendas e cobrir todos os custos fixos, porém deve estar atenta a estas oscilações, tanto para mais quanto para menos, pois qualquer impulso pode ser arriscado para a empresa.

A determinação da alavancagem operacional ocupa papel importante dentre as diversas ferramentas gerenciais, o modelo previsto para as alterações em vendas deve ser ajustado e revisado, para que o gestor possa tomar decisões que procurem aumentar a rentabilidade e reduzir os riscos operacionais.

A partir destas premissas analisadas, a organização pode realizar um comparativo entre o ponto de equilíbrio, a receita total, a margem de segurança e a alavancagem operacional, em diferentes períodos, assim, verificar a real situação da empresa, pois, quanto maior for a margem de segurança da empresa, maior será a capacidade de geração de lucros dela. Da mesma forma, o grau de alavancagem operacional mostra para a empresa como está a sua operação e risco comercial, quanto maior a receita de vendas, maior impulso terá o seu lucro, consequentemente, afetando o grau de alavancagem operacional.

Diante disto, pode-se perceber que as variáveis estudadas e analisadas, possuem ligação direta, possibilitando diferentes análises por parte dos empresários. Com base nos dados levantados, no primeiro trimestre de 2018 a empresa que obteve como receita total a quantia de R$ 37.910.503,72, com a margem de contribuição total a quantia de R$ 5.352.079,42, valor este que conseguiu suprir os custos e despesas fixas de R$ 3.613.388,03, relacionadas no trimestre, restando como lucro antes do IR e CSo valor deR$ 1.738.691,39.

O ponto de equilíbrio do mix de produtos de R$ 25.594.792,18, foi encontrado a partir da divisão entre os custos e despesas fixas, com a margem de contribuição total, de fato, representando o volume mínimo de vendas para a empresa suprir todos os custos e despesas fixas e ficar com lucro zero.

Conforme verificado, o resultado encontrado para a empresa foi positivo no trimestre estudado, obteve-se como margem de segurança total o valor de R$ 12.315.711,54, em relação à receita total de vendas e o ponto de equilíbrio, possibilitando a empresa gerar lucros.

Por fim, a partir dos dados disponibilizados foi possível verificar o grau de alavancagem da empresa e realizar simulações. O grau de alavancagem do período estudado correspondeu 3,078, encontrado a partir da relação entre a margem de contribuição e lucro líquido antes do IR e CS. Todavia, com base nesta ferramenta pode-se efetuar diferentes testes com relação ao volume de vendas e o lucro líquido, além disso, se torna útil para as projeções dos resultados nas vendas, como também, para avaliar a margem de contribuição, o total das despesas e custos fixos.

O grau de alavancagem operacional é uma importante ferramenta de gestão para o empresário; servindo-o para apontamentos de acréscimos e decréscimos no lucro operacional a partir da variação de vendas, mostrando o impacto do aumento na quantidade de vendas no lucro da empresa. No entanto, entende-se que todas as ferramentas elencadas neste estudo são relevantes, para a empresa relacionada. Foram analisados estes indicadores por solicitação da empresa para a otimização dos seus processos gerenciais e de vendas.

4.4 DEFINIÇÃO DE FERRAMENTA ELETRÔNICA PARA A GESTÃO