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DIFERENÇAS ENTRE RESULTADOS CONTABILÍSTICO E FISCAL

No documento RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2013 (páginas 33-37)

A Empresa é tributada em sede de IRC ao abrigo do RETGS com as subsidiárias Office Share, Impresa Serviços e Multimédia, Lda. (“ISM”), a Impresa Publishing, S.A. ("Impresa Publishing"), a SIC, a GMTS – – Global Media Technology Solutions – Serviços Técnicos e Produção Multimédia, Sociedade Unipessoal, Lda. (“GMTS”), a Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. ("Medipress") e a InfoPortugal - - Sistemas de Informação e Conteúdos, S.A. ("InfoPortugal").

A Empresa encontra-se sujeita a tributação em sede de IRC à taxa de 25% sobre a matéria colectável. A tributação é acrescida de Derrama até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada de, no máximo, 26,5%.

Adicionalmente os lucros tributáveis são sujeitos a derrama estadual conforme segue: - 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 a 7.500.000 Euros;

- 5% para lucros tributáveis superiores a 7.500.000 Euros.

Para o exercício de 2014 a Empresa estará sujeita a tributação de IRC a uma taxa de 23% sobre a matéria colectável, e os referidos lucros tributáveis serão sujeitos a uma derrama estadual conforme segue: - 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 a 7.500.000 Euros;

- 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 a 35.000.000 Euros; - 7% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros.

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)

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Para o exercício de 2013 a dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do lucro tributável, determinado individualmente por cada empresa do Grupo, é condicionada ao maior dos seguintes limites:

- 3.000.000 Euros;

- 70% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos. Adicionalmente, para o exercício de 2014 a dedução dos gastos de financiamento líquidos na

determinação do lucro tributável é condicionada em cada ano progressivamente até 2017 ao maior dos seguintes limites:

- 1.000.000 Euros;

- 60% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.

Em 2014, a Impresa pode optar por aplicar este regime aos gastos de financiamento líquidos do Grupo, para efeitos da determinação do lucro tributável do Grupo.

Nos termos do artigo 88º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2010 a 2013 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que não é provável que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos tenham um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2013.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos são reportáveis durante um período de 5 anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período, com um limite ao montante da dedução em cada exercício, o qual não pode exceder 75% do respectivo lucro tributável, aplicável também aos prejuízos fiscais gerados em exercícios anteriores. A partir de 1 de Janeiro de 2014, os prejuízos gerados nos períodos de tributação que se iniciem em ou após aquela data são deduzidos aos lucros tributáveis dos doze períodos de tributação seguintes, passando o limite da dedução a estar limitada a 70% do respectivo lucro tributável.

Face à sua forma jurídica, a Empresa está abrangida pela legislação fiscal que rege as sociedades gestoras de participações sociais. De acordo com esta legislação, os dividendos recebidos das empresas participadas em mais de 10%, os ganhos decorrentes da alienação de participações financeiras e os encargos financeiros relacionados com a aquisição de partes sociais, não são considerados para efeitos fiscais. Em função das alterações legislativas ocorridas, a partir de 1 de Janeiro de 2014, a Empresa deixou de estar abrangida por esta legislação passando para o regime participation exemption de caracter

universal.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a Impresa e as suas subsidiárias incluídas no RETGS, não tinham prejuízos fiscais reportáveis.

a) Diferenças temporárias – Movimentos nos activos por impostos diferidos 31 de Dezembro de 2013: Prejuízos fiscais reportáveis Saldo em 31 de Dezembro de 2012 - Constituições 872.859 Recuperação (Nota 20) (872.859) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 -

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)

13 31 de Dezembro de 2012:

 

Prejuízos fiscais reportáveis Saldo em 31 de Dezembro de 2011 - Constituições 710.085 Recuperação (Nota 11) (710.085) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 -

Os activos por impostos diferidos decorrentes de prejuízos fiscais reportáveis, gerados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, foram integralmente utilizados nos exercícios findos naquelas datas, em virtude do resultado fiscal positivo apurado pelas empresas incluídas no RETGS.

b) Diferenças temporárias – Movimentos nos passivos por impostos diferidos 31 de Dezembro de 2013:

Fundo de pensões Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (Reexpresso) 75.205

Efeito da alteração de taxa de imposto (5.675)

Constituição / (reversão) com efeito no outro rendimento integral (1.861) Constituição / (reversão) com efeito em resultados 694

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 68.363

31 de Dezembro de 2012:

Fundo de pensões Saldo em 31 de Dezembro de 2011 (Reexpresso) 83.065 Constituição / (reversão) com efeito no outro rendimento integral (10.150) Constituição / (reversão) com efeito em resultados 2.289 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 (Reexpresso) 75.205 c) Reconciliação da taxa de imposto

2013 2012

Resultados antes de impostos 518.829 (9.347.043)

Taxa nominal de imposto 25% 25%

Imposto estimado 129.707 (2.336.761)

Diferenças permanentes (i) (1.001.872) 1.628.965

Ajustamento à colecta (ii) 63.938 50.481

Insuficiência de estimativa de imposto 180.490 -

Impostos sobre o rendimento do exercício (627.738) (657.315)

Imposto corrente (Notas 11 e 20) 63.938 50.481

Imposto diferido gerado no exercício (872.165) (707.796)

Insuficiência de estimativa de imposto 180.490 -

(627.738) (657.315)

(i) Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, estes montantes tinham a seguinte composição:

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2013 2012

Dividendos recebidos (Nota 7) (5.260.327) (5.213.964)

Juros não aceites fiscalmente 855.482 809.838

Perdas de imparidade em investimentos

em empresas do grupo e associadas (Nota 7) - 10.559.857

Provisões (Nota 10) - 232.740

Outros, líquidos 397.356 127.389

(4.007.489) 6.515.860

25% 25%

(1.001.872) 1.628.965

(ii) Este montante representa a parcela de IRC tributada autonomamente.

d) Processos fiscais em curso

Em resultado de fiscalizações efectuadas à ISM e do respectivo procedimento tributário, a Impresa foi notificada em 2011, 2012 e 2013, de correcções fiscais em sede de IRC relativas a 2008, 2009, 2010 e 2011, no âmbito da qual a Administração Fiscal recusou a dedutibilidade fiscal dos juros relativos à parte de um empréstimo do BPI destinado ao financiamento da aquisição dos suprimentos não remunerados detidos pelo BPI (anterior accionista) sobre a Solo (entidade fundida em exercícios anteriores na ISM). Os motivos alegados pela Administração Fiscal para essa recusa são o facto da actividade normal e corrente da ISM não integrar a concessão de empréstimos às subsidiárias (não é uma SGPS) e tais encargos não estarem supostamente associados a capitais alheios obtidos para a sua exploração directa.As correcções à matéria colectável em causa são no montante de 3.415.295 Euros para 2008, 2.105.621 Euros em 2009, 2.161.788 Euros em 2010 e 2.334.795 Euros em 2011. Em Janeiro de 2012, a Impresa foi notificada da liquidação de IRC relativamente aos exercícios de 2008 e 2009, nos montantes de 1.706 Euros e 3 Euros, em virtude do RETGS da Impresa, naqueles exercícios, apresentar prejuízos fiscais reportáveis (utilizados no exercício de 2010) que compensavam as correcções fiscais referidas. No final de Abril de 2012, aquelas liquidações foram impugnadas judicialmente.

Em Janeiro de 2013, a Impresa foi notificada da liquidação de IRC relativamente ao exercício de 2010, na qual é corrigida matéria colectável no montante de 2.161.788 Euros. Em Junho de 2013, deu entrada no Tribunal a impugnação relativa a esta liquidação.

Em Dezembro de 2013, a Impresa foi notificada de liquidações de IRC relativamente ao exercício de 2011, nas quais é corrigida a matéria colectável do exercício de 2011, no montante de

2.334.795 Euros. Em Março de 2014, encontra-se a correr o prazo para reclamar ou impugnar as referidas liquidações, sendo que em 2014 o Grupo prestou garantias bancárias adicionais no montante de 1.180.162 Euros (Nota 25).

No entendimento do Conselho de Administração, com base na opinião dos seus advogados, a perspectiva de sucesso das reclamações e/ou impugnações daqueles actos que se irão interpor, é razoável, pelo que não foi registada qualquer provisão para esta contingência fiscal.

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15 9. RESULTADO POR ACÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os resultados por acção foram calculados como segue:

2013

2012

(Reexpresso) 2012 Resultado líquido do exercício 1.146.567 (8.689.728) (8.696.077) Número de acções (Nota 14) 168.000.000 168.000.000 168.000.000 Resultado do exercício por acção 0,0068 (0,0517) (0,0518) Rendimento integral do exercício 1.146.509 (8.717.879) (8.696.077) Número de acções (Nota 14) 168.000.000 168.000.000 168.000.000 Resultado integral do exercício por acção 0,0068 (0,0519) (0,0518)

No documento RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2013 (páginas 33-37)