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INSTRUMENTOS FINANCEIROS

No documento RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2013 (páginas 115-122)

O Grupo gere o seu capital para assegurar que as empresas participadas prosseguem as suas operações numa óptica de continuidade. Neste contexto, o Grupo analisa periodicamente, para todas as empresas que dele fazem parte, a sua estrutura de capital (próprio e alheio) e maturidade da dívida, procedendo ao respectivo financiamento sempre que necessário.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os instrumentos financeiros eram os seguintes:

2013 2012

Activos financeiros:

Contas a receber de terceiros 46.941.016 38.085.971 Passivos financeiros:

Empréstimos 181.819.415 189.764.915

Contas a pagar a terceiros 98.990.500 93.877.925

Caixa e seus equivalentes (Nota 27) 6.401.213 14.324.576 287.211.128 297.967.416

IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. E SUAS SUBSIDIÁRIAS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)

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Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo entende que os montantes pelos quais os empréstimos se encontram registados não diferem significativamente do seu justo valor ou são superiores a este. Com efeito, o justo valor dos empréstimos obtidos dependerá significativamente do nível de risco atribuído pelas entidades financiadoras e das condições que a Impresa conseguiria obter em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 se fosse ao mercado contratar financiamentos de prazo e montantes semelhantes aos que tem em curso naquela data.

É entendimento do Grupo que a generalidade dos empréstimos têm spreads de mercado, na medida em que foram renegociados recentemente, ou as taxas de juro são actualizadas periodicamente, pelo que as suas condições estão actualizadas face à situação dos mercados financeiros, reflectindo deste modo o nível de risco atribuído pelos financiadores.

Para os empréstimos que não foram objecto de renegociação, na medida em que foram contratados em condições de mercado mais favoráveis que as existentes actualmente, o justo valor não deverá ser superior ao valor contabilístico.

O Grupo Impresa encontra-se exposto essencialmente aos seguintes riscos financeiros: a) Risco de taxa de juro

Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a

contratação de diversos financiamentos com taxas de juro variáveis. Com o objectivo de reduzir o nível de risco a que o Grupo está exposto, o contrato de financiamento que decorre junto do BPI para a aquisição de 49% do capital da SIC celebrado em 2005, inclui um floor e um cap que limitam a variação da taxa de juro base do financiamento a 2,15% e 5,05% respectivamente, durante o período até 2015. O saldo em dívida deste contrato de financiamento em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é de

107.883.455 Euros e 117.348.828 Euros, respectivamente, representando cerca de 56,9% e 57% do passivo bancário naquelas datas. Os restantes empréstimos encontram-se expostos a alterações nas taxas de juro de mercado (Nota 30).

Caso as taxas de juro de mercado tivessem sido superiores ou inferiores em 0,5% durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o resultado líquido daqueles exercícios teria diminuído ou aumentado em, aproximadamente, 1.053.562 Euros e 1.141.000 Euros, respectivamente, não considerando o respectivo efeito fiscal.

b) Risco de taxa de câmbio

Os riscos de taxa de câmbio referem-se a dívidas denominadas em moeda estrangeira diferente da moeda do Grupo, o Euro.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os riscos de taxa de câmbio estão essencialmente relacionados com contratos de aquisição de direitos de transmissão de programas de televisão celebrados com diversas produtoras estrangeiras. Com o objectivo de reduzir o nível de risco a que o Grupo está exposto, foi contraído um empréstimo que, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, ascendia a 6.018.579 Euros, o qual foi convertido num depósito a prazo em USD, que, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, ascendia a 6.163.440 Euros e 6.442.322 Euros, respectivamente (Nota 26).

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, o Grupo contratou forwards cambiais (calculados sobre o valor de 12.500.000 USD) com o objecto de cobertura de risco de variações cambiais. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, o Grupo não contratou forwards cambiais. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a Empresa não tinha forwards contratados.

Os saldos a pagar em moeda estrangeira, expressos em Euros, ao câmbio de 31 de Dezembro de 2013 e 2012, são conforme segue:

2013 2012

Dólar americano (USD) 3.076.439 2.871.261

Franco Suiço (CHF) 38.291 39.559

Libra Esterlina (GBP) 5.838 15.567

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Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo não tem contas significativas a receber em moeda diferente da moeda de relato.

c) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com as contas a receber resultantes das operações das diversas empresas do Grupo (Nota 24). Para reduzir o risco de crédito, as empresas do Grupo têm definidas políticas de concessão de crédito, com definição de limites de crédito por cliente e prazos de cobrança, e políticas de descontos financeiros de antecipação ou pronto pagamento. O risco de crédito é monitorizado regularmente por cada um dos negócios do Grupo com o objectivo de:

- limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respectivo perfil e antiguidade da conta a receber;

- acompanhar a evolução do nível de crédito concedido;

- analisar a recuperabilidade dos valores a receber numa base regular.

As perdas de imparidade para as contas a receber são calculadas considerando: - a análise da antiguidade das contas a receber;

- o perfil de risco do cliente;

- o histórico de relacionamento comercial e financeiro com o cliente; - acordos de pagamento existentes;

- as condições financeiras dos clientes.

O movimento nas perdas de imparidade de contas a receber encontra-se divulgado na Nota 32. O Conselho de Administração considera que as perdas por imparidade estimadas em contas a receber se encontram adequadamente reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas, não existindo necessidade de reforçar as perdas por imparidade de contas a receber.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as contas a receber de terceiros incluem saldos vencidos conforme segue, para os quais não foram registadas perdas por imparidade, por o Conselho de Administração considerar que as mesmas são realizáveis:

Saldos vencidos 2013 2012

Até 90 dias 6.635.326 5.997.853

De 90 dias a 180 dias 889.780 2.447.179

Mais de 180 dias 2.072.747 1.424.108

9.597.853 9.869.140

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as contas a receber de terceiros incluem saldos não vencidos, cujo prazo de vencimento encontra-se contratualmente definido conforme segue:

Data de vencimento 2013 2012 2013 - 500.866 2014 667.603 378.975 2015 252.934 295.173 2016 246.164 246.722 2017 239.576 240.118 2018 e seguintes 1.058.147 1.077.864 2.464.424 2.739.718

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65 d) Risco de liquidez

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para actividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos accionistas e o reembolso de dívida.

Para reduzir este risco, o Grupo procura manter uma posição líquida e uma maturidade média da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequados. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o valor de disponibilidades de caixa e os plafonds de crédito aprovados e não utilizados ascende a, aproximadamente, 30.692.862 Euros e 25.252.400 Euros, respectivamente, que, no entendimento do Conselho de Administração, tendo também em consideração as principais projecções de cash-flow para 2014, serão suficientes para o Grupo liquidar as suas responsabilidades financeiras correntes. Os passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 vencem-se como segue:

Passivos financeiros Até 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos Mais de 3 anos Total Remunerados:

Empréstimos (a) 61.628.461 20.887.459 17.711.639 87.993.069 188.220.628 Credores por locações financeiras 3.028.626 2.225.801 1.134.985 4.705.465 11.094.877 Créditos de fornecedores

garantidos por terceiros 1.432.808 - - - 1.432.808

66.089.895 23.113.260 18.846.624 92.698.534 200.748.313 Não remunerados:

Fornecedores, conta corrente 40.922.313 - - - 40.922.313

Fornecedores de imobilizado 41.956 - - - 41.956

Outros passivos correntes 45.498.546 - - - 45.498.546

86.462.815 - - - 86.462.815

152.552.710 23.113.260 18.846.624 92.698.534 287.211.128 2013

Passivos financeiros Até 1 ano 1 a 2 anos 2 a 3 anos Mais de 3 anos Total Remunerados:

Empréstimos (a) 57.968.208 28.110.930 20.849.489 97.160.864 204.089.491 Credores por locações financeiras 3.710.383 2.884.406 2.233.065 5.867.079 14.694.933 Créditos de fornecedores

garantidos por terceiros 4.401.606 - - - 4.401.606

66.080.197 30.995.336 23.082.554 103.027.943 223.186.030 Não remunerados:

Fornecedores, conta corrente 33.848.152 - - - 33.848.152

Fornecedores de imobilizado 273.754 - - - 273.754

Outros passivos correntes 40.659.480 - - - 40.659.480

74.781.386 - - - 74.781.386

140.861.583 30.995.336 23.082.554 103.027.943 297.967.416 2012

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66 41. EVENTOS SUBSEQUENTES

Em Janeiro de 2014, o Grupo Ongoing alienou 23,13% do capital da Impresa, deixando de ter uma participação qualificada.

Em Março de 2014, encontra-se a correr o prazo para reclamar ou impugnar as liquidações de IRC recepcionadas em Dezembro de 2013, tendo o Grupo prestado a esta data garantias bancárias relativas às liquidações, no montante de 1.180.162 Euros (Nota 32.4).

LISTA DE TITULARES COM PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

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