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4.3. CARACTERIZAÇÃO DA EPI NO ESTADO SÓLIDO

4.3.2 Difração de Raios-X

Os difratogramas do protótipo foram obtidos no difratômetro Miniflex II® (Rigaku®),

equipado com ânodo de cobre. As amostras foram analisadas no intervalo de ângulo de 5-40º a uma velocidade dedigitalização de 2º.min-1. As amostras foram preparadas em suportes de

vidro com uma fina camada de pó sem solvente.

4.4 CARACTERIZAÇÃO DA EPI EM SOLUÇÃO AQUOSA

4.4.1 Quantificação Espectrofotométrica na Região do Ultravioleta Visível

As amostras de EPI foram obtidas a partir de uma solução estoque de concentração 65 mg.mL-1 do protótipo em ácido clorídrico pré diluído para 0,05 N. Diminutas alíquotas dessa

solução tampão fosfato pH 6,86 (BRASIL, 2010). Um volume máximo de 3% da solução concentrada na solução diluída foi estabelecido visando manter o pH das soluções de leitura em 6,83 ± 0,3. As leituras foram realizadas em espectrofotômetro na região do UV-visível Cary 50 (Varian®), no modo “fast” e sempre como varredura de 200 a 400 nm. O comprimento de onda

empregado para leitura dos espectros de ordem zero foi 260 nm, enquanto que para leitura da segunda derivada dos espectros empregou-se comprimento de onda de 275 nm. A segunda derivada do espectro de UV foi empregado sempre que a presença de cristais era possível.

O cálculo da absortividade molar relativa em 220 e 260 nm foi realizado a partir dos valores de absorbância obtidos pelo espectro de ordem zero em cada uma dessas regiões, a partir de uma solução de concentração fixa (150 µg.mL-1). De acordo com a Lei de Lambert-

Beer (Equação 5), foi possível igualar a variável concentração e verificar, proporcionalmente, os valores das absortividades molares (Equação 6).

𝐴= = ℇ=ℓ∁ (Eq. 5) 𝐴;;A B: 𝐴;CA B: = ℇ;;A B:;CA B: (Eq. 6)

Em que A é a absorbância, ℇ é a absortividade molar, ℓ é a distância percorrida pela luz ao incidir na amostra e ∁ é a concentração.

A influência do pH da absortividade molar também foi avaliada a partir de soluções de EPI de concentração fixa (150 µg.mL-1), as quais foram obtidas em solução pré-diluída de

HCl 0,05N (pH 1,0); solução tampão fosfato (pH 6,86); e água destilada, que na ocasião do experimento possuía pH 8,0. Todas as medidas de pH foram avaliadas em potenciômetro previamente calibrado para os pHs 4, 7 e 10. As amostras de mesma concentração foram lidas no espectrofotômetro de UV-vis, em triplicata, e seus valores de absorbância em 260 nm registrados.

A linearidade das cuvas foi avaliada em uma ampla faixa de concentração (de 50 a 2600 µg.mL-1), através do método da regressão linear, efetuado pelo programa Origin Pro8®,

que também calculou os valores de R2 e demais informações sobre a curva. Uma curva a cada

dia foi preparada, a partir de soluções concentradas individuais, para averiguar se o comportamento da regressão linear era alterado. Para isso, o coeficiente de variação, em percentual (CV%), do coeficiente angular e das concentrações, foram calculados através do programa Excel (Microsoft®).

A partir dos dados oriundos da varredura das amostras da linearidade, foi o programa Origin Pro8® foi utilizado para cálculo dos valores de segunda derivada. A partir desses dados,

identificou-se a região do espectro que responde proporcionalmente à variação da concentração e obteve-se a curva de calibração da segunda derivada.

Visando avaliar se a presença do polímero interfere na leitura da EPI, soluções contendo EPI nas mesmas concentrações foram obtidas, porém utilizando como solvente uma solução de polímero (2% p/v) em tampão pH 6,86. A solução de polímero foi utilizada como linha de base para leitura no espectrofotômetro, que teve a segunda derivada dos seus espectros calculada posteriormente. Os valores da inclinação da reta foram empregados para avaliar os parâmetros da regressão linear e comparar com os dados obtidos tanto pela leitura dos espectros de ordem zero quanto pelos dados obtidos pela amostras contendo polímeros.

Quando necessário, uma análise de variância simples (One-way ANOVA) foi empregada para determinar diferenças estatisticamente significativas entre os resultados, com intervalo de confiança de 95%.

4.4.2 Determinação Espectrofotométrica do pKa

O pKa experimental da EPI foi obtido através do equipamento Sirius T3 com auxílio do programa SiriusT3Control®, aplicando-se o procedimento chamado de Fast UV pKa®,

previamente desenvolvido com base no método de titulação espectrofotométrica (UVmetric®)

já relatado na literatura (TAM; TAKÁCS-NOVÁK, 2001) e que teve sua confiabilidade comprovada em estudos anteriores (BOX et al., 2003; HOSSAIN, 2014; TAM; TAKÁCS- NOVÁK, 2001). Uma solução 100 mM do protótipo foi preparada em DMSO. Em seguida, 5 µL dessa solução foram retirados e 25 µL de uma solução tampão denominada de Sirius Neutral

Linear UV® foram adicionados para facilitar a estabilização do pH da solução após cada

titulação. Executaram-se três titulações da mesma amostra, sempre do menor pH para o maior, cobrindo uma faixa de pH entre 2 e 12. Como agentes titulantes, foram utilizados o HCl e KOH 0,5 M. As titulações foram executadas em água ultra-purificada. Os espectros de absorção no UV da solução foram monitorados continuamente na amostra a cada titulação por uma sonda de fibra óptica de imersão, realizando-se, desta forma, uma varredura da amostra entre 118 e 1100 nm para construir um gráfico absorvância versus pH e, deste modo, determinar o pKa do protótipo. Os dados coletados foram analisados através do programa SiriusT3Refine® e apenas

os dados obtidos entre 250 e 275 nm foram incluídos na análise. Os números de valores de pKa foram obtidos com auxílio da análise do Target Factor Analysis® (TFA), um recurso

matemático do programa. A temperatura em 25°C e uma atmosfera de nitrogênio a 50 mL.min- 1 foi mantida durante todo experimento. Os níveis de CO

2 também foram monitorados durante

todo o experimento para que não interferissem nos resultados. O experimento foi realizado em triplicata.