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4.2 O processo de internacionalização da UFC nas dimensões: planejamento,

4.2.3 Dimensão implementação

Esta fase está diretamente vinculada às dimensões de planejamento e de operacionalização e se configura pela efetivação de programas voltados à internacionalização institucional, em especial à mobilidade discente e docente e ao desenvolvimento curricular com vistas às estratégias organizacionais.

Para esta dimensão foi feita a seguinte pergunta aos entrevistados: “Como tem se dado a implementação das principais estratégias da internacionalização da

educação superior da UFC?”. Segundo as respostas dadas pelos entrevistados, esta pesquisa destaca as principais estratégias de implementação da internacionalização de IES elencados pelos entrevistados para a UFC:

a) De acordo com o entrevistado “B”, as principais ações de implementação da internacionalização de IES giram em torno da própria criação da PROINTER, das línguas e da dupla diplomação:

As principais ações para a implementação são: Inglês sem fronteira, a criação da PROINTER (que é um órgão da Administração Superior que vai ficar com todo o seu foco voltado para a conquista da internacionalização), ensino de línguas, o programa de duplo diploma como o BRAFITEC. (ENTREVISTADO B, 2017).

b) Conforme os entrevistados “A”, “C”, e “H”, a criação da PROINTER e do PIN da UFC constituem-se como uma ação estratégica para a viabilização da mobilidade discente e docente e do desenvolvimento curricular com vistas às estratégias organizacionais:

Nós criamos recentemente a PROINTER que simboliza toda importância do compromisso que nós estamos dando ao processo de internacionalização para que esta universidade esteja entre as melhores. (ENTREVISTADO A, 2017).

A própria instalação da PROINTER e do Plano de Internacionalização da UFC já se configuram como a implementação do processo de internacionalização da instituição. (ENTREVISTADO C, 2017).

c) Segundo o entrevistado “E”, para que haja o êxito na implementação das estratégias de internacionalização, é fundamental ter boa vontade e mente aberta:

Em relação à implementação do Plano de Políticas de Internacionalização, é necessário ter boa vontade e mente aberta. (ENTREVISTADO E, 2017).

d) Para a entrevistada “I”, a implementação perpassa pela disponibilidade de bolsas de estudo para discentes e docentes, capacitação de staff (professores e técnico- administrativos) e pela agilidade nos processos administrativos e acadêmicos:

Tudo ainda é muito novo. Mas é necessário bolsas para estudantes e professores. (ENTREVISTADO I, 2017).

Você tem que ter ações voltadas na questão pesquisa, pessoas para trabalhar no laboratório de tradução, tem que tornar ágil os processos como o de validação de diplomas e o de aproveitamento de créditos. (ENTREVISTADA I, 2017).

e) Consoante os entrevistados “D”, “F” e “G”, a implementação das estratégias de implementação percorrem pelo investimento financeiro:

Da mesma forma que operacionalização, tudo que está no Plano Político de Internacionalização é estratégico. Mas é preciso ter recurso financeiro pra que essa implementação aconteça. (ENTREVISTADO D, 2017).

O fomento é de extrema importância para que a mobilidade aconteça. Para que se tenham bons laboratórios e investimento em línguas. (ENTREVISTADO F, 2017).

Sem dúvidas que o fomento é essencial, mas lembrando que também não é só fomento, é necessário que as pessoas também tenham vontade que a internacionalização aconteça.

(ENTREVISTADO G, 2017).

f) A entrevistada “H” não soube responder a pergunta, uma vez que a criação do PIN da UFC (2017) é recente:

Em relação a essa outra pergunta, eu também não sei te responder. A Política de Internacionalização é muito recente. (ENTREVISTADO H, 2017).

O entrevistado “B” destacou o ensino de línguas e a dupla diplomação que ocorre no Centro de Tecnologia por meio do BRAFITEC. Os entrevistados “A”, “C” e “D” salientaram como estratégia de implementação da internacionalização universitária a criação tanto da PROINTER, quanto do PIN da UFC, essas duas criações remetem ao compromisso da alta gestão com a internacionalização.

O entrevistado “E” evidenciou a boa vontade e a mente aberta como uma estratégia de implementação, isto implica na consciência, no compromisso e na receptividade do PIN da UFC para que seja bem-sucedido a sua implementação.

A entrevistada “I” elencou o provimento de bolsas de estudo, a agilidade nos processos e a capacitação das pessoas que estão envolvidas no processo administrativo ou acadêmico do processo de internacionalização da UFC. A agilidade nos processos relaciona-se à desburocratização dos processos que já foi mencionada nas dimensões “planejamento” e “operacionalização”. A entrevistada “H” não soube responder a pergunta, uma vez que a criação do PIN da UFC (2017) é recente.

Assim como os entrevistados apontaram a grande importância do investimento para etapa operacionalização, o investimento também foi mencionado como importante para a dimensão implementação. Deve-se ressaltar que nem todas as ações de implementação da internacionalização depende de financiamento, muitas dependem, como mencionadas pelos entrevistados, da diminuição da burocracia, do ensino de línguas e da boa vontade.

Para Miura (2006), Muller (2013) e Nóbrega (2016), a implementação está diretamente vinculada às dimensões “planejamento” e “operacionalização” e se caracteriza pela efetivação de ações estratégicas voltadas para internacionalização universitária. As referidas autoras citam que ter ações estratégicas é fundamental, mas não é suficiente, é imprescindível ter recursos financeiros que apoiem prontamente esse processo.

O Quadro 30 sintetiza os principais tópicos das etapas intermediárias desta pesquisa que compreendem a quarta, a quinta e a sexta etapas do Círculo de internacionalização de Knight (1994): planejamento, operacionalização e implementação (respectivamente). No quadro síntese, são apresentados os tópicos mais importantes que foram destacados durante a análise mais outros que também foram citados pelos entrevistados, embora com menos ênfase.

Quadro 30: Síntese da análise da parte 02 - Planejamento, Operacionalização e Implementação.

Planejamento Objetivos

• Tornar a UFC referência internacional;

• Capacitar alunos, professores e técnico-administrativos; • Flexibilizar o currículo;

• Diminuir a burocracia;

• Ampliar e aprofundar as colaborações, acordos de cooperação e convênios com universidades e com empresas internacionais.

Estratégias

• O ensino de línguas;

• O acolhimento de estudantes e professores estrangeiros; • A política de internacionalização da UFC;

• Investimento; • Intercâmbio.

Operacionalização • A criação da PROINTER e da Política de Internacionalização da UFC;

• Menos burocracia;

• Financiamento, estudo de línguas e mobilidade.

Implementação • A implementação de línguas e a dupla diplomação;

• A recente criação da PROINTER e da política de internacionalização da UFC; • Boa vontade e mente aberta;

• Bolsas de estudo;

• Agilidade nos processos e capacitação de pessoas; • Investimento financeiro.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

4.3 O processo de internacionalização da UFC nas dimensões: revisão, reforço,