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A Dinâmica da Mesquita da Luz

Neste capítulo apresento o calendário, a base da liturgia muçulmana sunita e sua aplicação na Mesquita da Luz. Também destaco outros eventos que se desenvolvem na dinâmica anual da SBMRJ, que a partir de 2007 passou a ocupar o endereço da Rua Gonzaga Bastos, número 77, criando uma dinâmica semanal para envolver um número maior de participantes.

Segundo o site da instituição as atividades regulares são:

Realização das orações de sexta-feira (salat jum’a) na mesquita, iniciando sempre às 12h30min, exceto durante o horário de verão, quando a oração passa a começar às 13h. Tanto o sermão quanto a oração são abertos ao público; Almoço na mesquita após cada oração de sexta-feira.

Pude perceber que o muçulmano preza pela pontualidade. Estive presente em algumas reuniões tanto no horário normal quanto no horário de verão e em ambos os casos sempre se iniciava o horário marcado, independentemente do número de participantes. Já o almoço anunciado no site da instituição nem sempre acontece; quando acontece, um número bem

pequeno participa72.

Realização das 5 orações diárias na mesquita, bem como as do Tarawih e o Itikaf durante o mês de Ramadan; Quebra de jejum coletiva no mês de Ramadan; Celebração de casamentos, encontros das famílias, cine-islâmico (onde passamos algum documentário ou filme relativo ao Islam e o comentamos), passeios em grupo, etc.

O Ramadan é um mês festivo. Não é possível perceber qualquer aparência de sacrifício no jejum de 12 horas de todos os dias. Percebemos a alegria dos fiéis que participam das atividades regulares e a frequência é maior neste período.

Distribuição de alimentos a moradores de rua, sempre que existem recursos para tal; Promoção de várias ações sociais, como campanha do agasalho, doações de sangue em grupo, reciclagem de óleo de

cozinha, etc. Participação na mídia através de entrevistas em rádios, emissoras de televisão, jornais e revistas, a fim de esclarecer pontos relativos ao Islam e aos muçulmanos;

As ações sociais são agendadas dependendo da disponibilidade financeira e de pessoal e geralmente acontecem no Centro do Rio ou no bairro da Tijuca, próximo à Mesquita. As doações de sangue ocorrem no HEMORIO e os contatos com programas de televisão e entrevistas ficam a cargo de Sami, irmão do Iman, que gravou várias vinhetas respondendo questões hodiernas sobre fé e comportamento humano ao programa “Sagrado” da Rede Globo de Televisão.

Diversas aulas para muçulmanos e não muçulmanos. Dentre elas, podemos citar o curso de Introdução ao Islam e à Língua Árabe, que é aberto à comunidade em geral, aulas de memorização do Alcorão para crianças e adultos, aulas e palestras de temas diversos em vários períodos do ano; Atendimento na mesquita às pessoas que procuram conhecer o Islam, a estudantes que precisam realizar pesquisas acadêmicas sobre a religião islâmica, como visitas de escolas com seus alunos que vêm conhecer a mesquita, além do acompanhamento individualizado para os novos revertidos.

Uma “ferramenta” interessante é o curso de Introdução ao Islã e à Língua Árabe. Presenciei 30 pessoas em sala quando visitei a instituição em 2012. No segundo semestre de 2013 fui informado que o curso estava momentaneamente paralisado devido ao esforço para o término das obras da Mesquita. A SBMRJ recebe muito bem os estudantes que procuram a instituição para confecção de trabalhos acadêmicos por meio do membro Fernando Celino, que é jornalista e faz as vezes de Relações Públicas da SBMRJ.

Realização de diversas atividades em universidades e escolas, como palestras, debates, fóruns, seminários, etc., participação em encontros de diálogo inter-religioso e engajamento em várias comissões de nível governamental para assuntos que dizem respeito ao Islam e aos muçulmanos. [...] Publicação de livros islâmicos em português através de uma parceria com a editora Azzan. Devido ao alto custo, a revista foi transformada em um jornal de mesmo nome, que atualmente é o veículo de comunicação impresso da SBMRJ, bimestral e enviado para as 40 principais mesquitas e centros islâmicos de todo o Brasil; distribuição de livros islâmicos gratuitos aos frequentadores e visitantes da SBMRJ, bem como em eventos externos (table dawa), por meio de uma parceria com a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) (http://sbmrj.org.br/a-sbmrj/atividades-regulares).

No final deste capítulo apresento algumas atividades da SBMRJ no ano de 2013, como visitas a universidades, palestras e seminários. Também utilizo o jornal Nurul Islam e alguns livros publicados pela SBMRJ como fonte de pesquisa para meu trabalho.

A principal reunião na Mesquita é a oração de sexta-feira, quando a maioria dos muçulmanos está presente. Porém, apresento neste capítulo outras atividades que existem na Mesquita da Luz: o curso de Língua Árabe e de Introdução ao Islamismo, as festas, o Ramadan e atividades voltadas para integração dos membros, como: almoço na sexta-feira, futebol para os homens e ginástica aos sábados para as mulheres.

Relato as atividades com a intenção de identificar o esforço da SMBRJ para se mostrar à sociedade carioca e de alguma forma, apresentar a religiosidade muçulmana como algo possível ao brasileiro.

Para compreender melhor as datas festivas muçulmanas, é importante destacar que o ano muçulmano segue o calendário lunar, composto de doze meses cujas transições são marcadas pela fase da lua nova. Como cada mês lunar pode ter 29 ou 30 dias, o total do ano comporta algo em torno de 354 dias. Para que o calendário não se afaste demais do ciclo natural das estações, na Arábia antiga eram feitas correções acrescentando um mês a cada três anos. Porém, o Alcorão proibiu tal acréscimo:

Para Deus, são doze os meses, conforme consta no Seu Livro desde que criou os céus e a terra. Quatro deles são sagrados: assim ensina a religião verídica. Não vos prejudiqueis uns aos outros nesses meses. E combatei os descrentes como eles vos combatem [...] o adiantamento de um mês sagrado é fruto da má orientação e um excesso de descrença. Legalizam-no num ano e proíbem-no em outro ano para fazerem concordar o número de meses proibidos por Deus. Legalizam assim o que Deus proibiu. Suas ações condenáveis lhes parecem belas. Deus não guia os descrentes (Alcorão: 9.36-37).

Os meses do calendário muçulmano são: 1º Muharram, 2º Safar, 3º

Rabi al-Awwal, 4º Raby al-THaany, 5º Jumaada al-Awal, 6º Jumaada al- THaany, 7º Rajab, 8º Sha'aban, 9º Ramadan, 10º Shawwal, 11º Dhu al-Qidah

e 12º Dhu al-Hija. Dentre eles, são considerados sagrados: Muharam, Rajab, Shá'ban e Ramadan.

De uma forma geral, estas são as festas do mundo muçulmano:

No primeiro dia do mês Muharram, é que se celebra a recordação da hégira. No 12º dia do mês de Rabi, o nascimento de Muhammad. No 27º dia do mês de Rajab, a recordação da ascensão noturna ou viagem de Muhammad ao céu. No 15º dia do 8º mês (Sha'aban), comemora-se a mudança da direção da oração, efetuada em Medina, em 623.

A festa no Mês Ramadan, 9º mês. Na verdade o que chamamos de festa é a quebra coletiva do jejum, todas as noites do mês na mesquita; a festa propriamente dita (quebra do mês de jejum) acontece no primeiro dia do 10º mês (sawwal). O Ramadan é um mês sagrado, pois nele teve início a revelação do Alcorão (2.185). Pinto destaca que além da revelação do Alcorão, outros acontecimentos marcaram a história do Islã neste mês.

Nele ocorreram o nascimento de Hussein, neto de Muhammad e terceiro Iman, líder para os Xiitas; a morte de Ali, quarto califa e primeiro Iman; a morte de Khadija e a batalha de Badr, em que houve a primeira vitória do Profeta e seus companheiros contra as forças de Meca (Pinto, 2010b, p. 61)

O Ramadan modifica o ritmo da vida social nos países de maioria muçulmana. Após o pôr do sol, acontece um verdadeiro frenesi alimentar, geralmente nos lares ou até mesmo em lugares públicos. Após a alimentação inicial, a vida social reaparece e restaurantes e lojas abrem ao público até a madrugada. Sobre o mês Ramadan na Mesquita da Luz, descrevo a seguir.

No décimo dia do 12º mês (Dhu al-Hija) ocorre a festa dos sacrifícios ou Grande Festa, um festival muçulmano que sucede a realização do hajj, a peregrinação a Meca. A festa tem quatro dias de duração e é celebrada pelos muçulmanos de todo o planeta em memória da disposição do profeta Ibrahim (Abraão) em sacrificar o seu filho Ismail conforme a vontade de Deus. Ocorre 70 dias após o Ramadã, e as festas coincidem com o Hajj. No Eid al-Adha é

feita a troca de presentes e o sacrifício de animais, no qual a carne é dividida com os mais pobres e familiares.

Sendo assim, como no Brasil e na maioria dos países ocidentais utiliza- se o calendário Gregoriano, as datas festivas do islamismo retrocedem 11 dias a cada ano.

Orações de sexta-feira

A sexta-feira é um dia para oração comunitária no Islã73. Assim declarou

Fernando: “A sexta para o muçulmano é como o domingo de missa para o

católico”74. Em um apelo para enfatizar a presença na oração coletiva, Sami

utilizou a seguinte frase: “Não deixem de comparecer. Lembrem-se que a

oração coletiva vale 27 vezes mais que a oração individual” (Nurul Islam, nº 8,

2012, p. 6).

A oração em congregação é o serviço regular mais importante de uma mesquita. É marcada pelas seguintes características: coincide com o mesmo horário da oração do meio-dia (no horário de verão, de ser iniciada às 13 horas) e deve ser realizada em uma congregação que tenha um líder para a oração, um Iman.

Os muçulmanos no Ocidente tentam organizar seus horários para terem tempo de comparecer à oração. Ao contrário de um dia de descanso como o Sabbath75, a Sexta-Feira é um dia de devoção e adoração extra. É permitido

aos muçulmanos trabalhar normalmente na Sexta-Feira, como em qualquer outro dia da semana, porém, suas atividades habituais devem ser interrompidas para a oração. Ao término da oração, suas atividades cotidianas podem ser retomadas normalmente.

Tipicamente, a Oração de Sexta-Feira é realizada em uma mesquita, se disponível. Entretanto, na ausência de uma mesquita, pode ser oferecida em um local alugado, parque, etc. Quando o horário da oração chega, o Adhan é pronunciado.

73

Dias da Semana: 1º - Yaum as-Sabt, 2º - Yaum al-Ahad, 3º - Yaum al-Ithnayn, 4º - Yaum ath- Thalatha, 5º - Yaum al-Arba'a', 6º - Yaum al-Khamis, 7º - Yaum al-Jum'a.

74 Fernando é um membro que cuida das relações públicas da SBMRJ. Recebe os estudantes

e jornalistas e também leciona no curso de Árabe e Introdução ao Islã. Fernando fez essa declaração em um almoço após a oração de sexta-feira.

75 Dia de descanso para o Judeu (sábado) em alusão ao sétimo dia da criação, registrado no

Adhan é o nome dado ao chamado para o início das orações dos muçulmanos. O chamado para o culto foi desenvolvido de maneiras diversas em várias culturas: os judeus utilizavam uma corneta; os budistas, uma trombeta; os cristãos, os sinos de suas igrejas; os zoroastristas acendiam uma chama de fogo. O Islã também desenvolveu o seu chamado para o momento

da oração, o Adhan, que é pronunciado em tom melodioso pelo Muazzin76, do

alto dos minaretes das mesquitas do mundo todo, consistindo em convidar a

comunidade muçulmana a tomar parte da oração77.

O iman se levanta voltado para a audiência e faz o seu sermão (conhecido em árabe como khutba), uma parte essencial do serviço. Enquanto o iman fala, todos os presentes ouvem o sermão em silêncio até o fim. A maioria dos imanes no Ocidente faz o sermão no idioma local, mas alguns o fazem em árabe. Aqueles que o fazem em árabe geralmente fazem um breve discurso no idioma local antes do serviço. Existem dois sermões, que se distinguem um do outro por uma sentada do iman. O sermão é iniciado com palavras de louvor a Deus e orações por bênçãos para o Profeta Muhammad. Após o sermão, a oração é oferecida sob a liderança do iman, que recita a Fatiha78 e outra passagem corânica de forma audível. Quando isso é feito, a oração está completa.

Na Mesquita da Luz, como já descrevemos, o sermão é anunciado em português, sendo alguns textos do Alcorão pronunciados em árabe. Os fiéis fazem a ablução antes das orações.

Uma vez sentado no banco de mármore do banheiro, a primeira coisa a

ser feita pelo muçulmano é se intencionar para a ablução, dizendo: “Em nome

de Deus, O Clemente, O Misericordioso” (Bismillahi ar-Rahman ar-Rahim). Alguns repetem esta recitação através dos lábios, sussurrando para si, enquanto outros olham fixos para a parede, com o dedo indicador da mão direita esticado e direcionado para a parede do banheiro.

Em seguida, realizam os seguintes movimentos, usando água corrente da torneira: 1 - lavar as mãos e os punhos três vezes, sendo primeiro a mão direita; 2 – bochechar a boca por três vezes; 3 - com a mão direita em formato

76 Muazzin é a pessoa encarregada de pronunciar o Adhan. 77

http://islamhoy.org/principal/portugues/oracao/azan.htm, visitado em 26 de Novembro de 2013.

de concha, pôr a água e aspirar pelas narinas jogando-a fora, por três vezes; 4 - em seguida, lavar a superfície do rosto por três vezes, certificando-se de que a água se espalhou por todo o rosto; 5 - lavar a mão direita até a altura do cotovelo e em seguida a mão esquerda, até a altura do cotovelo três vezes cada; 6 - passar as mãos molhadas sobre a cabeça, partindo da frente (testa) para trás (nuca); 7 - com o polegar e o dedo indicador, de ambas as mãos, massagear as orelhas, dentro e fora e 8 - lavar o pé direito com a mão esquerda até o tornozelo por três vezes e em seguida o pé esquerdo até o

tornozelo com a mão direita. Finaliza-se o ritual dizendo: “Testemunho que não

há outra divindade além de Deus e que Mohamed é o Mensageiro de Deus” (Ach hadu an la ilaha illallah wa ach hadu anna Muhammadan rassulullah).

Ainda tratando sobre purificação e limpeza, algo muito importante para o muçulmano, o site da Sociedade registra o seguinte texto:

“Ó fiéis, quando fordes convocados para a Oração da Sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai os vossos negócios; isso será preferível, se quereis saber.” (Alcorão 62:9)

Purificação e limpeza. A pessoa que tenciona fazer o Salat al-Jumuah é grandemente encorajada a fazer o ghusl (banho completo ou chuveirada). A maioria dos exegetas é de opinião que o ghusl para o Salat al-Jumuah não é obrigatório e sim recomendado (sunnah). O ghusl é feito antes da primeira oração da manhã, Fajr. Também, se a pessoa faz o ghusl e mais tarde, por qualquer motivo, invalida sua ablução, o ghusl não precisa ser repetido, bastando apenas a ablução (wudu). Além do mais, o banho completo (ghusl) pode ser usado para remover resíduos sexuais (janabah) e para a Salat al-Jumuah. Ir cedo para a mesquita (masjid). Há uma grande recompensa em chegar cedo à mesquita para o Salat al-Jumuah, que começa logo após o meio-dia.

A purificação e a limpeza são muito importantes para o muçulmano e estão presentes em outras manifestações religiosas. São variadas as formas de purificação e limpeza: fumaça, banhos, passes, alimentação, recolhimentos,

calor, etc. Sabemos que o Islamismo – assim como o Judaísmo e o

Cristianismo – teve suas raízes no Oriente Médio, terra de desertos e oásis, e a

poeira intensa produzia grande desconforto. Para que os rituais fossem agradáveis, havia a necessidade de uma pureza corporal. Porém, o que realmente introduziu tal prática no cotidiano religioso é desconhecido. É

possível que a fumaça seja o elemento mais antigo nos rituais de purificação. Sendo assim, não era levada em conta a limpeza material, mas a espiritual.

Ao assim fazer, a pessoa é recompensada por esperar pela oração, fazendo dhikr (recordação de Deus) e preces voluntárias durante o tempo de espera. Abu Umamah narrou que o Mensageiro de Deus (SAW) disse “os anjos sentam-se às portas das mesquitas, com rolos de pergaminho, onde registram as pessoas (que chegam). Quando o Imam aparece, os pergaminhos são enrolados.” Perguntaram a Abu Umamah se “aquele que chega depois do Imam, ainda assim faz o Salat al-Jumuah“, e ele respondeu “Certamente, mas ele não será um daqueles cujo nome foi registrado (como tendo chegado cedo)” (Ahmad e al-Tabarani). Vestir-se bem para o Salat al-Jumuah. Esta é uma hora especial que exige que os muçulmanos se apresentem da melhor forma possível. Portanto, o crente deve usar sua melhor vestimenta para o Salat al-Jumuah. O Profeta (SAW) disse: “Se a pessoa tiver posses, deve comprar duas mudas de roupa, além de suas roupas de trabalho ou de uso diário, para vesti-las na sexta- feira” (Abu Dawud).

As declarações acima explicam em parte o porquê do Iman chegar e rapidamente iniciar a oração. Ele privilegia os que chegaram cedo. É obrigação do membro comum chegar antes do dirigente da oração. Percebi também que alguns usam ornamentos como túnicas e coberturas para participarem da oração, porém a maioria dos homens utiliza roupas comuns na SBMRJ.

Se a pessoa chegar tarde para a Oração da Sexta-Feira, enquanto o Imam estiver proferindo o sermão (khutbah), deve fazer duas rak’ahs da tahiyyat al-Masjid (oração de cumprimento à mesquita) ou sentar- se e simplesmente omitir? A opinião mais forte, baseada em hadith do Profeta (SAW), é para fazer tahiyyat al-Masjid: “Se um de vós chegar à mesquita, deve fazer duas rak’ahs antes de se sentar” (Al- Bukhari e Muslim). No entanto, tahiyyat al-Masjid não é exigida para a pessoa que estiver fazendo o sermão. Por outro lado, esta exigência está restrita apenas às orações que são feitas na mesquita.

Rak'ahs são movimentos prescritos e palavras seguidas pelos muçulmanos durante a oração. Após a limpeza ritual, o adorador fica em silêncio enquanto recita os primeiros versos do Alcorão. Na segunda parte do rak'ah, o muçulmano curva-se para baixo com as mãos nos joelhos, virado para

baixo, ao chão, com a testa e o nariz no chão em sinal de submissão a Allah. O quarto movimento é sentar-se com os pés dobrados sob o corpo.

Outras etiquetas da Salat al-Jumuah: 1. Ir caminhando para a mesquita sempre que possível, porque para cada passo dado há uma recompensa. 2. Evitar passar por cima das pessoas com o objetivo de conseguir um lugar melhor na mesquita. 3. Evitar se sentar entre duas pessoas que já estavam juntas antes. 4. Não tirar o lugar de alguém que já estava sentado. 5. Não apertar a mão do irmão ou estalar os dedos enquanto espera pela oração. 6. Sempre que possível, sentar-se nas primeiras filas e próximo ao Imam. 7. Permanecer em silêncio durante o sermão (khutbah) do Imam. Na verdade, isto inclui ouvir o Imam e não se distrair enquanto ele fala. 8. Ir para a mesquita com calma e não apressadamente. 9. Recitar a surah al-Khaf (18), porque, segundo um hadice autêntico “aquele que recita asurah al-Khaf na sexta-feira receberá uma luz a partir desse dia em diante.” (Al-Bayahaqi e Al-Hakim). A surah pode ser recitada a qualquer hora do dia. De fato, Salat al-Jumuah é um dos atos de adoração mais importantes do Islam. O Profeta (SAW) descreveu as bênçãos e benefícios esplêndidos que Deus concede aos muçulmanos que praticam este ato grandioso. Sabendo como é importante esta oração aos olhos de Deus, os muçulmanos devem procurar praticá-la da melhor forma possível, com empenho e sacrifício por conta desta oração. Jamaal al-Din Zarabozo (www.sbmrj.org.br).

Estive presente em algumas reuniões de sexta-feira, e quando ainda não tinha noção do ocorrido, no início do trabalho de campo, assim registrei o que presenciei: a cerimônia teve início às 13 horas, já que estávamos no horário de verão e foi pronunciado o Adhan.

Um homem colocou-se de pé voltado para a kibla, levantando ambas as mãos e colocando-as na altura das orelhas e pronunciou o seguinte:

“Allahu Akbar (Deus é o Maior!) Allahu Akbar (Deus é o Maior!) Allahu Akbar (Deus é o Maior!) Allahu Akbar (Deus é o Maior!)

Ach hadu an la ilaha ill- Allah (Testemunho que não há outra divindade além de Deus)

Ach hadu an la ilaha ill- Allah (Testemunho que não há outra divindade além de Deus)

Ach hadu an la ilaha ill- Allah (Testemunho que não há outra divindade além de Deus)

Ach hadu an la ilaha ill- Allah (Testemunho que não há outra divindade além de Deus)

Ach hadu anna Muhammadan rassulullah (Testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Deus)

Ach hadu anna Muhammadan rassulullah (Testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Deus)

Haiyá alas-salat (Vinde para a Oração) Haiyá alas-salat (Vinde para a Oração) Haiyá alal-falah (Vinde para a salvação) Haiyá alal-falah (Vinde para a salvação) Allahu Akbar (Deus é o Maior!)

Allahu Akbar (Deus é o Maior!)

Lá ilaha ill Allah (Não há outra divindade além de Deus !)”

Logo após a pronúncia do Adhan, o iman (Munzer) fez um comentário sobre a limpeza do local de oração, explicando como os membros deveriam proceder quando retirassem os calçados, para que não contaminassem o tapete de oração; iniciou um sermão em árabe que durou cerca de 3 minutos, depois falou cerca de 30 minutos em português, iniciando com a seguinte frase: “toda inovação na religião é um desvio”. Utilizando a Surata 18, contou parte do

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