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Direitos humanos e inclusão dos excluídos nas comunicações sistêmicas

No que diz respeito aos direitos humanos frente a teoria dos sistemas e ao direito, muitas vezes se torna bastante complicado observar a comunicação referente a pessoa do sujeito, pois diferentemente dos sistemas cognitivos, que trabalham com a integração das frustrações, os direitos humanos se encontram dentro do sistema do direito, baseado em expectativas normativos, que ao estabilizar as expectativas, não admite as frustrações das mesmas, não alterando a s suas comunicações mesmo que o que aconteça na realidade seja contrário a aquilo que o sistema exige. Diferentemente dos sistemas com a comunicação cognitiva, que ao ver a sua expectativa frustrada por algum fator, alteram e manipulam as suas diretrizes para que a frustração da expectativa seja sanada, com a alteração dentro da própria comunicação.

Os sistemas causam interferências nos ambientes sociais, e a observação dos mesmos torna a nossa sociedade imbuída de uma complexidade sem precedentes, assim

como a observação dos direitos humanos, que vem precedida de muitos significados para o ordenamento, com a sua normatização quase sempre sendo impetrada por ordens internacionais e estatais, modelo esse que deve ser reconsiderado para que sejam levados em conta as possiblidades de comunicação e também a hipercomplexidade inerente aos sistemas. A observação já se dá por um viés multicultural e a sua complexidade normativa, e também sua comunicação, podem criar reações diferentes frente aos sistemas que podem vir a transformar as comunicações.

No atual contexto da sociedade, faria mais sentido, deixar de lado a ideia de direitos humanos frente a moralidade, pois como Luhmann (1996, p. 466) conceitua os “Danos da Verdade”: Na atual complexidade da sociedade, onde o caráter cognitivo influencia cada vez mais os sistemas sociais, não se pode deixar de dar importância ao viés cognitivo das comunicações que estabelecem certas verdades (exceto quando a possibilidade de que as comunicações serem mostradas falsas estejam muito presentes).

Por isso, se deve verificar a condição humana nos termos presentes, e não em uma semântica anterior (Schwartz, 2012, p.223), como a valorização de um ser humano baseado no local de seu nascimento. Por isso, colocar a ideia de uma moralização histórica, dependente apenas do surgimento da modernidade, é ver como a comunicação e o acoplamento estrutural com outros sistemas, deu a efetivação dos direitos humanos um viés concreto e possível.

Não é possível conceber uma unidade que abrigue todos os fatores constitutivos do ser humano como sistema, o que por obvio não quer dizer que o mesmo deixa de existir, apenas retira a ideia de um sujeito no centro da teoria. Assim, o que realmente importa não é objetificar o ser humano nos direitos humanos, mas sim estabelecer o seu sentido na comunicação, especificamente no sistema do direito.

O que se entende hoje como direitos humanos, tem muito da sua fundamentação ligada as noções criadas na época das revoluções liberais, que possuíam uma grande influência do iluminismo e faziam uma diferenciação importante com a ideia de direitos

dos homens pois, tinha como único pé requisito, a condição de humano no sujeito. Assim, ela se desvinculou do local do nascimento e de qualquer outro fator que poderia dar benefícios, ou desvantagens, e com o tempo tornou-se uma discussão política e social, sobrepondo a ideia inicial de liberdades unicamente ligadas ao poder soberano de um estado ao dar ou retirar os direito de uma comunidade, criando assim uma distinção entre os direitos adquiridos e inerentes a qualquer pessoa humana, e os direitos garantidos pelo estado em seu ordenamento jurídico e político, diferenciação essa muito importante na fundamentação sistêmica, pois essa diferença é muito presente para a diferenciação entre os sistemas, estabelecendo diferenciações em suas comunicações ocasionando resultados diversos.

De forma sistêmica, existe o problema da exclusão, que promove uma relação importante com os direitos humanos, e que demonstra o seu fator para a efetiva inclusão do sujeito dentro do sistema social. Dito isso, a impossibilidade de comunicação de um indivíduo frente ao sistema já pode ser considerada uma violação aos direitos humanos, sendo a real intenção disso, promover o reconhecimento de determinado grupo de indivíduos, que se encontram excluídos de alguma forma, para que possam exercer os seus direitos de forma plena.

Porém, para Luhmann, é notável que existe uma restrição muito grande em qualificar o que seria de fato uma violação aos direitos humanos do sujeito, para o autor, as situações que realmente viriam a ferir esses direitos, são de extrema gravidade e com direta participação do estado, não entendendo como violação fatos menos gravosos. Essa restrição, contudo, limita o conceito de direitos humanos a uma certa categoria de agressão, tornando os pontos inerentes a ela sujeitos a analises de muitos pontos, com características claras, o que dá espaço para que violações menores e não tão explicitadas possam obter espaço sem controle e sem a devida punição necessária.

Essa classificação de violação dos direitos humanos, vista apenas de forma estatal é vista de forma diversa para Neves (2009, p. 252):

[...] a falta de condições mínimas de sobrevivência para grande parte da população na sociedade mundial de hoje, implicando como que uma exclusão social absoluta dos respectivos grupos humanos [...]. Trata-se do paradoxo da afirmação de expectativas normativas (contra factuais) diante da própria prática que as contraria sistematicamente. A diferença reside no fato de que aqueles direitos humanos em sentido estrito, que se referem basicamente à proibição de ações violentas [...] contra indivíduos ou grupos, são suscetíveis de institucionalização e, sobretudo, contam com perspectivas de positivação e implementação processual em escala mundial, [...] enquanto os chamados direitos humanos de terceira geração são fragilmente institucionalizados, e as perspectivas de sua positivação e implementação processual em extensão mundial são negativas.

Ocorre que por esse autor, os direitos humanos são condições de todos os sujeitos, apenas por terem nascidos humanos, e devem ter acesso universal a todas as prerrogativas dos mesmos, se destina a inclusão de todos os seres humanos na sociedade, vista como um todo. Esse ponto de vista porém, não bate de frente com as ideias concepções modernas da teoria, pois a intenção é que a exclusão da pessoa frente ao sistema seja minimizada, sendo necessária uma maior inclusão para que possa existir uma ordem de comunicação abrangente, que dá aos direitos humanos um foco amplo e analisa todas as suas potencias violações.

É importante ressaltar, a diferenciação entre os direitos humanos e os direitos fundamentais, os direitos humanos são aqueles inerentes a pessoa humana, e que foram positivados pela ordem internacional, sendo requisito apenas para sua obtenção, a qualidade de ser humano. Os direitos fundamentais, são os direitos positivados por cada estado, sendo diferentes entre si e tendo a realidade em seu âmbito territorial como forte influenciador das práticas que estarão fundamentados como direitos fundamentais.

Porém mesmo que em âmbitos diversos de normatividade, esses direitos tem a ideia de busca a inclusão da pessoa no âmbito do estado, ou na grande comunidade internacional, sendo a diferença entre tratamentos, fundamentais ou humanos, apenas visto como um pressuposto de validade territorial. Pois os direitos humanos têm a sua validade irrestrita a todos os seres humanos que penas por nascer, já tem esse direito adquirido, somente sendo os direitos fundamentais diferentes frente a territorialidade.

Gunther Teubner (2006, p. 338) propôs que os direitos fundamentais e os direitos humanos devem ser diferenciados a partir do seu conteúdo, sendo o primeiro focado na inclusão do sujeito e o segundo a exclusão da pessoa na sociedade, oferecendo garantias a sua integridade, dos seus sistemas biológicos e psíquicos frente a sociedade e os seus subsistemas. Ele afirma que os direitos humanos “devem ser entendidos como possuindo uma diferença semântica das liberdades comunicativas pessoais, nomeadamente como garantias intentadas da integridade de corpo e mente”. (TEUBNER, 2006, p. 338).

Mesmo que ambos os conceitos, tanto de direitos humanos ou de direitos fundamentais sejam destinados a inclusão do excluído, o direito ainda coloca uma grande importância no quesito de validade entre ambas, frente as suas competências de validade quanto ao território. Essa persistência da comunidade jurídica em supervalorizar essa questão, é respondida pelo sistema com novas operações a partir do seu próprio programa, ocasionando em um lento avanço entre o fator determinante, que é a defesa da pessoa humana, por questões dogmáticas e de caráter meramente de competência por jurisdição.

Podemos falar ainda da exclusão dos indivíduos nos diversos sistemas que compõem a nossa sociedade, o que ocorre justamente por motivos de várias ordens em muitas vezes acaba por excluir certa parcela da sociedade de seus meios. Existe uma interligação entre os sistemas e muitas vezes o que ocorre é que a exclusão do sujeito de um sistema, leva o mesmo a ser excluído de sistema análogos que se comunicam e geram mais exclusão perante a pessoa já excluída.

Citando o sistema da economia, a exclusão pode se dar em muitos casos pela falta de renda, que faz a pessoa que não a possui, se tornar periferia de um sistema, e perder o seu acesso a ele, por ser impedido de fazer investimentos e gerar renda. Pois é claramente visível que no sistema da economia, o que faz gerar o seu objeto de analisa, que é o dinheiro em si, é o próprio dinheiro, sendo excluído do sistema o indivíduo que não o possui.

Com esse exemplo, podemos fazer uma interligação com o sistema da política, que é o sistema baseado no poder e não poder, porém que em via de regra, é exercido por pessoas que tem pleno acesso ao sistema da economia, sendo que a impossibilidade de comunicação com um sistema, como visto nesse caso, pode inviabilizar o seu acesso a outro. O indivíduo que não gera renda, pode se ligar também ao sistema do direito, ao cometer algum ilícito para buscar a inserção no sistema da economia, e com isso gerar a frustração da expectativa inerente ao sistema do direito, que com o acoplamento com a política gera as leis.

Visto isso podemos ver que com a frustração de entrada no sistema da economia, o sujeito não consegue entrar no sistema da política, e ao ser compelido a forçar sua entrada no sistema da economia, vê o direito agindo, com a comunicação do sistema da política para coibir seus atos. Assim também pode-se falar em acesso a justiça que as vezes não é exercida de fato, deixando o indivíduo fora também do sistema do direito, e tendo a sua entrada nela unicamente pela frustração do sistema da economia, com a intenção de se agregar em outros sistemas, o que gera um ciclo que não é quebrado, gerando a frustração de todo um sistema, e criando a exclusão do sujeito, gerando a violação de seus direitos humanos e fundamentais, por não prover uma vida minimamente digna.

CONCLUSÃO

Conforme o desenvolvimento de tão relevantes temas trabalhados para que essa pesquisa pudesse ter o seu encerramento, fazendo um paralelo entre a teoria dos sistemas autopoieticos e também os direitos humanos, pode-se perceber que existem paralelos muito interessantes a serem trabalhados sobre esses dois assuntos. Os direitos humanos, que é um tema exaustivamente trabalhado em muitas esferas dos cursos de graduação, e a teoria dos sistemas, que é algo já mais desconhecido, ao serem combinados conseguem apresentar uma intersecção muito interessante, e de certa forma inovadora sobre a discussão dos direitos e a sua argumentação na sociologia jurídica.

Nessa pesquisa, foi explanado a explicação tão necessária para a compreensão da teoria dos sistemas, que é uma teoria sociológica em busca de tentar explicar toda a sociedade em sua complexidade de forma a englobar todos os pontos da sociedade, porém sem a intenção de apresentar concepções normativas para as soluções dos problemas enfrentados. São explicados na teoria, que a sociedade não é apenas um conjunto de homens ou de ações humanas, porém um conjunto de sistemas autorreferentes que criam suas próprias condições de existência.

Falando no direito dentro da teoria, ele é considerado como um sistema diferenciado que mantem as expectativas normativas da sociedade, mesmo que na pratica elas sejam frustradas o tempo todo. As expectativas podem ser entendidas como as normas jurídicas e suas frustrações podem ser entendidas como as frustrações as normas. O direito como

sistema, resolve conflitos, porém ao mesmo tempo que cria outros, com a questão de inclusão e exclusão entre as normas que vão sendo criadas ou revogadas.

A teoria da comunicação nos sistemas é levada como base para o entendimento de toda sociedade, ela é o cerne dos sistemas, e a operação que genuinamente gera a autopoiese entre eles, gerando as irritações que influenciam em toda nossa sociedade. A comunicação é o que faz a sociedade existir como ela é, pois não existe sociedade sem comunicação, porém também, não existe comunicação sem sociedade.

Cada sistema tem o seu paradoxo, que de acordo da teoria é uma coisa positiva, pois o fechamento do sistema só é possível porque o mesmo é aberto, tendo cada sistema um paradoxo diferenciado. A complexidade, é o conjunto infinito de possibilidades de eventos que estamos sujeitos, e se define pela falta de correspondência entre os elementos do mundo.

Um sistema, chamado de autopoietico, é o sistema que se reproduz dentro de sim mesmo, não podendo eles se reproduzirem sem que seja pelas suas próprias estruturas, sendo ele aberto cognitivamente pois pode ser estimulado por ruídos e irritações que vem do ambiente. Porém trata-se de uma abertura seletiva onde o sistema seleciona quais irritações serão recebidas e consideradas como informação, para gerar novas estruturas e reduzir a complexidade interna.

Já o direito como sistema autopoietico, transforma a realidade ao mesmo tempo que transforma a si mesmo, não recebendo determinações estruturais vindo de fora, porque somente o direito pode dizer o que realmente é direito. A partir dessas estruturas o direito faz o acoplamento estrutural entre outros sistemas, absorvendo o conteúdo necessário para que as suas estruturas desenvolvam a autopoiese.

O direito é um sistema diferenciado da sociedade, sendo os seus programas e critérios básicos a constituição, os atos legislativos, a jurisprudência, e os atos administrativos. É primário porque é o programa condicional que controla o programa

finalista, determinando o código e mostrando a eficácia concreta do sistema. A não realização dos programas finalistas não afeta a autopoiese do direito, pois são os programas que dão conteúdo para utilização do código.

A sociedade como sistema social, na sua complexidade, vê diversas possibilidades de interação social, gerando naturalmente uma quantidade de subsistemas que se diferenciam entre si criando sucessivamente outros subsistemas conforme a complexidade referente aos sistemas. Essa relação da sociedade como sistema, faz alguns fatores serem observados, aumentando assim a complexidade e a intensidade de comunicação entre os sistemas, e também as comunicações, que se tornam acoplamentos estruturais entre sistemas diferentes, com comunicações e irritações inerentes a elas.

Quanto aos direitos humanos, foi necessário se fazer uma análise preliminar sobre a história e também a evolução de todo movimento que se criou para chegar aos conceitos que temos hoje frente a esse instituto. Houveram muitas tentativas imemoriais onde esse assunto, com muitas denominações diferentes que levaram a essa evolução histórica, para que a comunidade como um todo se mobilizasse e positivasse os direitos humanos como algo importante e real.

O movimento mais recente em favor dos direitos humanos, foi iniciado logo depois do fim da segunda guerra mundial, onde as atrocidades cometidas na guerra foram tão marcantes que a discussão sobre os direitos humanos se acendeu com força total. Com isso, foi criado a Organização das Nações Unidas (ONU) que começou as conversas para que fosse feito um documento normativo, ditando os direitos humanos inerentes a cada cidadão.

Depois de algumas analises e estudos, foi criado a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tornando-se ele um guia essencial para toda humanidade, sendo depois solicitado que todos os estados membros publicassem na integra a Declaração, principalmente em instituições educacionais, e sem qualquer tipo de doutrinação ou embasamento na situação política dos países. Esse documento define os direitos básicos de

cada pessoa que existe no mundo, levando em seus 30 artigos as condições necessárias para a promoção de uma vida digna.

É importante dizer que a Declaração veio em momento muito importante da história, pois vem como medida de inclusão superando qualquer divisão social ou de classe, tornando os direitos inerentes a pessoa, apenas por ela ser humana, não tendo qualquer outro tipo de requisito incluso para exercer esses direitos. De forma internacional, liga todos os cidadãos em uma grande comunidade, em condições mínimas que devem ser respeitadas frente a todos, de forma a criar uma base para análise de o que é digno e o que não pode ser aceito para nenhuma pessoa.

Frente a intersecção dos direitos humanos a teoria dos sistemas, podemos justificar a sua importância de forma a justificar a existência desse instituto perante a analise sociologia, buscando entender como ele se insere na sociedade, descrevendo as relações sociais que são criadas a partir disso. No caso dos sistemas autopoieticos os direitos humanos são vistos por um ponto de vista social, não normativo, sendo necessário para que possa entender o seu real papel na sociedade.

Partindo da ideia de que a sociedade é um grande sistema social, com toda sua complexidade, pode-se criar um paralelo para a análise dos direitos humanos pelo viés da comunicação oferecendo uma explicação mais atual para a nossa realidade atual, frente a concepções sociológicas desenvolvidas em outros tempos, que não estão mais em conformidade com a situação em que vivemos nos tempos atuais.

Conforme a criação da teoria dos sistemas autopoieticos, ocorreu uma análise diversa com a recolocação do ser humano dentro da sociedade, buscando uma mudança na observação do mesmo, e do espaço que ocupa dentro do nosso ordenamento. Justamente por essa análise que muitas vezes causa estranheza ao observador primário, pode-se deslocar o humano dentro do sistema, porém sem negar a sua importância e existência.

Os sistemas não deixam o sujeito fora da sociedade, ela apenas o coloca fora do centro da teoria, o que é essencial para que a sociedade possa ser explicada, devido a

grande complexidade das relações entre os sistemas, o homem não tem mais lugar como o centro de todos os sistemas. A comunicação em si é que ocupa esse papel sendo o fator determinante para a existência e autopoiese dos sistemas.

O homem é considerado como uma combinação do sistema biológico e do sistema psíquico, sendo ele considerado fruto desse acoplamento, não pode ser confundido com o elemento fundador da sociedade, mas como um ponto que promove também a complexidade sistêmica. Os sistemas conseguem ao se utilizar da autorreferencia separar o que integra o sistema e o que faz parte do seu entorno, o homem como sujeito dentro de um sistema, faz parte do entorno.

Os direitos humanos buscam a inclusão do ser humano nos sistemas sociais como uma forma de inclusão para que os seus direitos sejam reconhecidos e validados, para uma real efetivação dos seus direitos dentro de um sistema. Os direitos humanos podem ser considerados como as expectativas normativas inerentes ao sujeito, sendo mesmo a recusa da sua comunicação, ou impossibilidade da mesma, uma violação aos direitos humanos.

Por essa razão é muitas vezes complicado observar as comunicações referente a pessoa do sujeito, pois de forma diversa aos sistemas cognitivos, que trabalham com a integração das frustrações, os direitos humanos se encontram dentro do sistema do direito. Não existe como conceber uma unidade que abrigue todos os fatores constitutivos do ser humano como sistema, visto isso não é importante objetificar o sujeito, mas sim estabelecer o seu sentido na comunicação e principalmente no sistema do direito.

Luhmann diz que as violações em direitos humanos devem ser consideradas apenas como abusos feitos pelo estado, sem colocar os fatos que ocorrem durante o cotidiano do sujeito como também possíveis de ser incluídos nessa fundamentação. Porém essa análise foi, com a modernização da teoria, vista de outra forma, com os direitos humanos sendo exercidos por todas as pessoas, e não apenas quando envolvidos com fatos inerentes a violações do estado frente a pessoa.

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