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4. NOVO USO PARA O CASARÃO MADAME ALBERTINA HOLZ

4.1 DIRETRIZES PROJETUAIS

Conceitualmente, a intenção foi configurar um conjunto arquitetônico com atividades potenciais para garantir uso contínuo do local. Quanto às diretrizes estéticas, priorizou-se manter as características físicas do edifício Madame Albertina Holz e adotar uma arquitetura limpa, sem adornos, priorizando o uso do concreto e da madeira. Dessa forma, almeja-se que a edificação histórica continue em destaque no conjunto edificado.

Manteve-se a preservação das principais fachadas e seu material constitutivo, a fim de não descaracterizar a ambiência que este comporta na identidade local. Enquanto que internamente foram feitas modificações para adequá-lo ao novo uso proposto. Pois a edificação estudada possui grau de preservação local, da identidade, que permite tais ações, diferente dos casos, nos quais pelos valores de antiguidade e singularidade impõe-se preservação total, não sendo permitidas alterações na configuração de sua planta.

A seguir, são apresentadas as diretrizes projetuais para cada edificação: Edifício Madame Albertina Holz, auditório e café. O estudo preliminar, composto por Planta de situação, Planta de implantação, Plantas Baixas, Cortes e Fachadas, se organiza em 14 pranchas, apresentadas no Apêndice E deste trabalho (Prancha 1/14: Planta de Situação; Prancha 2/14: Planta de implantação; Prancha 3/14: Planta baixa layout térreo; Prancha 4/14: Planta baixa layout 1° pavto Edifício Histórico; Prancha 05/14: Planta de Reforma térreo e 1° pavto - Edifício histórico; Prancha 06/14: Planta baixa técnica Térreo - Edifício Histórico; Prancha 07/14: Planta Baixa Técnica 1° pavto – Edifício Histórico; Prancha 08/14: Planta Baixa técnica – Café; Prancha 09/14: Planta Baixa técnica – Auditório; Prancha 10/14: Planta Baixa Técnica Sanitários; Prancha 11/14: Plantas de Cobertura; Prancha 12/14: Cortes AA e BB – Edifício Histórico,

Corte EE – Auditório; Prancha 13/14: Corte FF - Auditório, Cortes CC e DD – Café; Prancha 14/14: Fachadas 01 e 02.).

Os edifícios anexos são implantados estrategicamente, com o intuito de aproveitar o potencial de cada um e o formato do terreno (Prancha 2/14 - Apêndice E). O café, com 46,90 m² ocupa as fachadas de maior visibilidade, de modo que seu uso culinário seja mais um atrativo para o local. A acomodação de mesas e cadeiras acontece em espaço aberto, permite e configura-se no edifício mais próximo dos acessos dos demais. O auditório, localizado aos fundos do edifício histórico Madame Albertina Holz, constitui-se em um bloco de visibilidade no conjunto, com área de 204,50 m², com capacidade para acomodar 79 pessoas. Junto ao auditório, tem-se ainda um anexo de serviços, com sanitários e área de serviço de apoio ao café, ao auditório e ao edifício histórico. O edifício histórico, ocupando a maior parte da fachada principal, encontra-se cercado pelos dois edifícios anexos. (Figura 56).

Figura 56 - Proposta de implantação do projeto de requalificação do edifício histórico (01), com os novos anexos: café (02), auditório (3) e bloco de serviço (sem escala)

A proposta de novo uso para o edifício Madame Albertina Holz, será um museu no térreo. Como se observa na Figuras 56 (Planta de Implantação) e 57 (Planta Baixa técnica - Edifício Histórico), nessa proposta, houve remoção de construção anexa, realizada em etapa posterior à construção original, onde funcionava no térreo a Área de Serviço e no primeiro pavimento a Cozinha, pois esta descaracterizava a edificação original. Esse anexo também foi retirado com a proposta de aumentar o espaço do terreno para a construção do auditório.

Figura 57 - Planta baixa térreo, edifício histórico (sem escala)

Como se nota na planta baixa do edifício (Prancha 07/14– Apêndice E) o primeiro pavimento desse edifício, cujo uso é a sede da Secretaria Municipal de Cultura (Figura 58), se estrutura sob o seguinte programa de necessidades: recepção, biblioteca, banheiro e banheiro acessível, copa, área de serviço, sala da secretaria, 2 salas dos estagiários e arquivo. No primeiro pavimento é utilizada a divisão de cômodos para comportar os departamentos da secretaria de cultura. Foi necessária a retirada de paredes para comportar cômodos maiores e a implantação das mesmas, para a construção de cômodos e menores (Ver planta de reforma, prancha 05/14). Como se observa, no cômodo biblioteca, foi necessário demolir uma parede, pois precisava de um espaço amplo, para comporta: prateleiras, armários, mesas e cadeiras. Os banheiros e copa estão localizados em um dos cômodos do edifício original, com a implantação de paredes para a divisória. A parte administrativa da secretaria de cultura é composta pela sala da secretária, duas salas de estagiários e o arquivo. Neste caso, ocorreram algumas remoções de paredes e construção de novas, para implantação de novos cômodos.

Figura 58 - Planta baixa, primeiro pavimento edifício histórico (sem escala)

Fonte: Autor (2019)

Como já foi dito, foram inseridos dois anexos ao terreno edifício, o auditório (Prancha 09/14– Apêndice E), com a proposta de apoio à secretaria de cultura e eventos. O auditório conta com o seguinte programa de necessidade: foyer, platéia, palco, camarim, banheiro acessível, sonoplastia e circulação. O auditório comporta 76 lugares para pessoas sentadas, mais 3 espaços para deficientes físicos. O acesso ao palco é realizado por uma passarela, no mesmo nível do palco e da entrada do auditório, o que garante acesso universal (Figura 59).

Figura 59 - Planta baixa auditório (sem escala)

Fonte: Autor (2019)

Anexo ao auditório tem-se um bloco de serviço (Prancha 10/14 - Apêndice E) de apoio às atividades do conjunto arquitetônico, comum banheiro acessível, um banheiro feminino, um banheiro masculino e uma área de serviço (Figura 60).

Figura 60 - Planta baixa, bloco de serviço anexo ao auditório

Fonte: Autor (2019)

O outro anexo proposto no projeto é um café (Prancha 08/14 - Apêndice E), local que possibilita o movimento de pessoas, tanto como apoio às atividades do edifício histórico e do auditório, como com uso independente. O café (Figura 61) constitui-se em um bloco térreo, com parte de sua fachada aberta para bancada de atendimento, espaço para o caixa, lavatório, cozinha, vestiário masculino e feminino para funcionários e uma área aberta destinada para mesas e cadeiras.

Figura 61 - Planta baixa café (sem escala)

Fonte: Autor (2019)

Como materiais de acabamento definiram-se para os blocos anexos o uso do concreto aparente e madeira (Figuras 62 e 63), de modo que os novos edifícios conformassem um conjunto idêntico e apresentassem contraste em relação ao edifício histórico. Desse modo, atende-se ainda a lei de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), apresentada no artigo 37 do Estatuto da Cidade, que diz que nova edificação não pode obstruir a leitura da edificação histórica. Para a edificação histórica, manteve-se sua estrutura e aparência original, com as devidas manutenções (Ver fachadas na prancha 14/14 – Apêndice E).

Figura 62 - Fachada 01, frontal em relação ao edifício histórico (sem escala)

Fonte: Autor (2019)

Figura 63 - Fachada 02, fachada dos edifícios anexos, e ao fundo a fachada lateral do edifício histórico

Fonte: Autor (2019)

Por fim, entende-se que essa proposta do estudo preliminar, trata-se de uma sugestão de requalificação para o edifício histórico, com o intuito de preservá-lo e mantê-lo como um monumento ativo na ambiência urbana de Baixo Guandu. Entende-se que o projeto demanda avanços e ajustes, conforme diversas análises requeridas a um projeto técnico de restauro e reforma de uma edificação tombada. Mas, o objetivo principal nesse estudo arquitetônico, é evidenciar a necessidade de manutenção e preservação do monumento edificado, por meio de uma proposta projetual, entendendo que existem outras possibilidades.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do estudo aqui empreendido, possuindo como tema, proposta de requalificação arquitetônica para o edifício Madame Albertina Holz: um patrimônio edificado do município de Baixo Guandu - ES. Tal edifício foi construído no início do século XX, em que foi utilizado para comércio e moradia, tendo bastante relevância para a sociedade da época. Sendo posteriormente tombado pela prefeitura municipal da cidade onde está localizado o edifício, e hodiernamente é considerado patrimônio histórico da cidade.

O edifício Madame Albertina Holz, como já foi mencionado, além de configurar-se, atualmente, como um local abandonado, em que se registram ações de degradação pela ação do tempo (sol, chuva e ataque de insetos), sofre ainda com a prática de vandalismo. Essa condição de deterioração, não condiz com a posição de relevância do edifício como monumento histórico da cidade. Deste modo, a intenção deste trabalho foi compreender a importância da edificação, mapear seus danos e propor um projeto de intervenção, que o requalifique, conforme indicações dos estudos analisados.

O projeto proposto teve como partida a necessidade da salvaguarda da memória do local, que pode chegar à condição de ruínas, caso não seja assumida uma postura de conservação e manutenção do edifício pelas autoridades competentes. Diante dessa problemática, entende-se que o edifício necessita não só de ações de restauro, mas também de novos usos com o potencial de reinseri-lo na dinâmica urbana de Baixo Guandu.

No trabalho em questão foi estudado os danos mais relevantes do edifício Madame Albertina Holz, com o intuito de sugerir ações de recuperação. No entanto, como foi indicado, faz-se necessário uma avaliação de uma equipe multidisciplinar para subsidiar qualquer ação de restauro em um monumento histórico.

Quanto às possibilidades de usos indicadas, compreende-se que essa proposta deve passar por uma consulta e análise da Prefeitura, seguida de apresentação pública para a população, a fim de que o edifício, conforme suas particularidades de uma edificação histórica atendam às necessidades da cidade. Neste contexto, tem-se que

apropriação da comunidade é fundamental para haver o cuidado, manutenção e preservação adequadas da população e do poder público com a edificação histórica. Esclarece-se que o estudo arquitetônico aqui apresentado, trata-se de uma proposta preliminar, que demanda detalhamento e revisão, conforme análises técnicas multidisciplinares, necessárias em um projeto de intervenção em uma edificação histórica. Entende-se que a potencialidade deste trabalho se concentra em despertar a atenção para a situação de degradação em que se encontra uma obra arquitetônica tombada, que requer novas posturas de preservação do poder público, a fim de se evitar que esse edifício, capaz de contar a memória da cidade, se transforme em ruínas.

Como resultado, espera-se que essa proposta além de chamar a atenção para o monumento histórico, suscite novos estudos técnicos, para que de fato haja a requalificação deste edifício, assim como intervenções qualitativas em outras construções de interesse histórico na região, conforme apresentadas no Apêndice A deste trabalho.

REFERÊNCIAS

ACHIAMÉ, Giovana Gonçalves, Mapa de danos Diretrizes de Representação Gráfica em Projetos

de Restauro. Vitoria, 2016.

BAIXO GUANDU. Plano Diretor Municipal, Baixo Guandu, ES, 2006. Disponível em: <https://www. pmbg.es.gov.br/adm/ckfinder/userfiles/files/aut_%20lei%20073-2006%20-%20pdm.pdf?

fbclid=iwar3h4k_u-kvprs0sdheuh9i_7xan2afetgck6sti3pcuz8-ug60nmnguplg>. Acesso em: 20 jul. 2019. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: <http://www.planalto .gov.br/gov.br/ccivil_03/constituiçãocompilado>. Acesso em: 10 jun. 2019.

BRASIL. Estatuto das cidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf /bitstream/handle/id/70317/000070317.pdf?sequence=6%20calizaya> Acesso em: 10 jun. 2019.

CARDOSO, Edno.Amigos de Baixo Guandu. Baixo Guandu -ES, 2018. Disponível em: <https://www. facebook.com/groups/amigosguandu/search/?query=familia%20holz&epa=search_box. Acesso em: 28 de set. 2019.

CARTA DE BURRA. Conselho nacional de monumentos históricos. ICOMOS.Moscou, 1980.

CARTA DE FOZ DO IGUAÇU. Conselho internacional de Monumentos e Sítios.Icomos, Brasil,Foz do Iguaçu, PR, 2008.

CARTA DE PETRÓPOLIS. 1° Seminário Brasileiro para Preservação e revitalização de Centro

Históricos.Petrópolis, RJ, 1987.

CARTA DE QUEBEC. Sobre a preservação do “spiritu loci”. Quebec, 2008.

CARTA DE VENEZA. II Congresso internacional de arquitetos e técnicos históricos ICOMOS- Conselho internacional de monumentos e sítios escritório: carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios. Veneza, 1964.

CHOAY, Françoise.A alegoria do patrimônio (Português). Editora Unesp, São Paulo, SP, 2006. CHOAY, Françoise.O Patrimônio em Questão. Antologia Para um Combate (Português). São Paulo, SP: Editora Unesp, 2011.

FERREIRA, Manuel Milagres.Histórias do município de Baixo Guandu. Baixo Guandu, ES: 1958. FERREIRA, Manuel milagres. Histórias e flagrantes de Baixo Guandu. Baixo Guandu, ES: 1978. LUSO, Eduarda. Teoria da conservação e do restauro. Cidade: Editora, 2004.

MOTTA, Julia. Estação cultura: Mapeamento de Baixo Guandu. Rio de Janeiro, 2017.

RIEGL, Alois. O culto moderno dos monumentos.Sua História e Suas Origens (Português). São Paulo: Perspectiva: 2014.

SCHNEIDER, Eleoterio. 80 anos de Baixo Guandu. Baixo Guandu: 2015.

SCHNEIDER, Eleoterio. Revista Baixo Guandu cada vez melhor: A história e personagens do sesquicentenário. Baixo Guandu, 2016.

SPISSO, Beatriz Ferraz. Grupo de trabalho patrimônio histórico e arquitetônico: Patrimônio Histórico: como e por que preservar. Cidade: editora, 2009.

VARGAS, h.c . Renovação,Revitalização ou requalificação urbana?. Projeto Batente, Barueri,SP, 20 de dez. de 2017. Disponível em: https://projetobatente.com.br/renovacao-revitalizacao-ou- requalificacao-urbana/ . Acesso em: 05 de set. de 2020.

ANEXOS

APÊNDICES

APÊNDICE A – EDIFICAÇÕES RELEVANTES NO ENTORNO DA EDIFICAÇÃO EM ESTUDO

Mapa com identificação e localização de edificações relevantes no entorno do Edifício Madame Albertina Holz

Edificação A – Ponte de ferro: construção foi destinada para a passagem da linha férrea em cima do Rio Guandu no começo do século XX, agora é utilizada para a passagem de veículos e pedestres.

Fonte: Schneider (2015)

Edificação B - Hidrelétrica desativada, primeira usina de geração de energia da cidade, desativada com a construção da usina hidroelétrica de Mascarenhas.

Edificação C - Casa de máquina da usina desativada.

Edificação D - Casarão construído por Emílio Holz, com características parecidas com o Edifício Madame Albertina Holz. Foi em parte demolido para a duplicação da Estrada de Ferro Vitória-Minas.

Fonte: Autor (2019)

Edificação E - Casa datada do século XX, antiga Logos Net, primeira empresa de internet da cidade.

Edificação F - Cine Alba, único cinema existente na cidade, hoje se encontra desativado.

Fonte: Motta (2017)

Edificação G - Antigo fórum da cidade, também foi utilizado como câmara dos vereadores, agora se encontra desativado.

Edificação H - Casa de época, localizada no centro da cidade.

Fonte: Autor (2020)

Edificação I - Canaan social clube, local destinado ao encontro de pessoas da terceira idade.

APÊNDICE B – LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO DO EDIFÍCIO MADAME ALBERTINA HOL

TÍTULO: ALUNO:

ESCALA:

NUMERAÇÃO:

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PROFESSOR:

EDIFÍCIO MADAME ALBERTINA HOLZ

CAMPUS COLATINA

SAIMO WAGNER

PLANTA DE SITUAÇÃO INDICADA

MINIELI FIM CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO DATA: JUNHO/2020 01/03 LOCAL/ENDEREÇO:

TÍTULO: ALUNO:

ESCALA:

NUMERAÇÃO:

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PROFESSOR:

CAMPUS COLATINA SAIMO WAGNER

PLANTA BAIXA TÈRREO, PRIMEIRO PAVIMENTO,FACHADA 1 E 2 INDICADA MINIELI FIM

CURSO:

ARQUITETURA E URBANISMO

DATA:

JUNHO/2020 02/03 EDIFÍCIO MADAME ALBERTINA HOLZ

TITULO: ALUNO:

ESCALA:

NUMERACAO:

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PROFESSOR: CAMPUS COLATINA SAIMO WAGNER FACHADA 3 E 4 INDICADA MINIELI FIM CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO DATA: JUNHO/2020 03/03 EDIFÍCIO MADAME ALBERTINA HOLZ

APÊNDICE C – FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO DE DANOS

Ficha de classificação de danos ficha: 1/17 Nome: Alveolização

Definição: Pequenas cavidades de formato e dimensões variáveis distribuídos de forma desigual

na superfície afetada, que são denominados alvéolos.

Mecanismo: Substrato:

- Físico; -Pedra;

-Tijolos cerâmicos; -Reboco.

Causas prováveis - simultâneas ou não:

- Ação do vento sobre a superfície.

Aspectos observados / Consequências:

- Presença de pequenas cavidades de substratos – normalmente afetadas de maneira desigual.

Local onde ocorreria na edificação:

Estrutura, parede, piso e revestimento.

Restauração:

Reconstrução do substrato com materiais que tenham características físicas compatíveis com as originais. Dependendo do caso, poderão ser utilizados prótese, argamassas, polímeros ou consolidantes.

Representação gráfica:

Color index (ACI): 130

Imagem do dano (Ficha 1/17):

ILUSTRAÇÃO 1: Alveolização

Ficha de classificação de danos ficha: 2/17 Nome: Ataque de insetos xilófagos.

Definição: Insetos que utilizam a madeira para alimentação ou para utilizar como ninhos,

provocando estrago nas mesmas, dentre eles podemos destacar: cupins, formigas, brocas, vespas, abelhas besouros e formigas.

Mecanismo: Substrato:

-Biológico. -Madeira.

Causas prováveis - simultâneas ou não:

-Ataque de insetos: cupins, brocas, vespas, abelhas, besouros e formigas; -Clima quente e úmido propicia a proliferação de insetos;

- Falta de manutenção na madeira.

Aspectos observados / Consequências:

-Alteração do tecido da madeira;

-Aparecimento de pequenos furos ou de um pó de madeira no chão, que indica que a peça está sendo atingida;

-Aparecimento de caminhos ou colônias dos insetos; -Perda de resistência física.

Local onde ocorreria na edificação:

Todo o local com elementos de madeira no edifício.

Restauração:

Localização das colônias e das partes afetadas; e impregnação com substâncias tóxicas para combaterem especificamente os insetos que estejam atacando a madeira. Caso a madeira perca sua resistência física, é proposto a troca deste material.

Representação gráfica:

Color index (ACI): 17 Red, Blue (RGB): 76,38,38

Imagem do dano (Ficha 2/17):

ILUSTRAÇÃO 2: Ataque de insetos xilófagos

Forte: Arquivo do autor (2019)

Imagem do dano (Ficha 2/17):

ILUSTRAÇÃO 3: Ataque de insetos xilófagos

Ficha de classificação de danos ficha: 3/17 Nome: Bolor

Definição: Formação de manchas decorrente de constante presença de umidade. Mecanismo: Substrato: - Biológico; -Madeira; - Químico. -Alvenaria; -Reboco; -Cerâmica; -Pedra.

Causas prováveis - simultâneas ou não:

-Umidade constante;

-Proliferação de fungos e bactérias que captam energia para sobreviver através da reação química. Isso e pode gerar ácidos de reação corrosivos;

-Área não exposta ao sol e com pouca circulação de ar.

Aspectos observados / Consequências:

-Manchas esverdeadas ou escuras sobre a superfície, -Revestimento em desagregação.

Local onde ocorreria na edificação:

Cobertura, esquadrias, estrutura, forro, parede, piso, revestimento e rodapé.

Restauração:

Higienização. Lavagem com sabão neutro ou dependendo do grau de comprometimento, a aplicação de fungicida quando necessário e a repintura. A remoção pode ser feita com uma escova de aço. No caso de ter ocorrido desagregação do material, a área deverá ser restaurada.

Representação gráfica:

Color index (ACI): 130 Red, Blue (RGB): 0,255,255

Imagem do dano (Ficha 3/17):

ILUSTRAÇÃO 4: Bolor

Ficha de classificação de danos ficha:4/17 Nome: Corrosão metálica

Definição: Transformação de uma matéria ou ligação metálica por sua interação química em um

determinado meio em função de sua exposição ao ambiente.

Mecanismo: Substrato: - Biológico; -Metal; - Químico. -Ferro; -Níquel; -Chumbo; -Cobre; -Aço.

Causas prováveis - simultâneas ou não:

-Contato constante do metal com a umidade;

-Exposição constante a ambientes agressivos, como marinhos, por exemplo.

Aspectos observados / Consequências:

- Perda da resistência;

-Perda das propriedades físicas ou químicas.

Local onde ocorreria na edificação:

Esquadrias, estruturas metálicas e ferragens.

Restauração:

A restauração vai depender da composição do metal composto na edificação.

Cobre:

Apenas fazendo a remoção da patologia do bronze. Tratando com sesquicarbonato de sódio, banhando a peço, até retira todo o cloreto.

Proteção: após a limpeza o do cobre, utiliza-se o método chamado benzotriazol.

Ferro fundido:

Desmontagem e colocação do material fora de umidade; Limpeza com escova metálica;

Jato de alta temperatura com esfriamento rápido; Vedação com substancia epoxídica.

Restituição de partes faltantes.

Representação gráfica: Color index (ACI): 42

Imagem do dano (Ficha 4/17):

ILUSTRAÇÃO 5: Corrosão metálica

Forte: Arquivo do autor (2019)

ILUSTRAÇÃO 6: Corrosão metálica

Ficha de classificação de danos ficha:5/17 Nome: Crosta negra

Definição: Enegrecimento progressivo da superfície do edifício, principalmente de relevo, devido

ao acúmulo de partículas ou de poluição atmosférica que, em contato principalmente com água da chuva, vão se incrustando na superfície.

Mecanismo: Substrato:

-Físico; -Pedra;

-Químico. -Telha cerâmica; -Tijolos;

-Reboco; -Concreto; -Vidro; -Madeira.

Causas prováveis - simultâneas ou não:

-Acúmulo de partículas de poeira e/ou de poluição atmosférica, como fuligem, por exemplo; - Acúmulo de excrementos de animais, como pássaros;

-Falta de manutenção periódica.

Aspectos observados / Consequências:

-Enegrecimento progressivo de partes da superfície do edifício.

Local onde ocorreria na edificação:

Cobertura, escada, esquadrias, estruturas, paredes, forro, piso, revestimento e rodapé.

Restauração:

Proceder à limpeza do local com água e sabão neutro, utilizando escovas com cerdas duras. Em

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