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Disciplina de Química – 12º Ano

No documento capitulo_02 estado de oxidação (páginas 44-47)

4. Tabela Periódica e Programas Curriculares do Ensino Secundário

4.3. Disciplina de Química – 12º Ano

A disciplina de Química do 12º ano, bem como a disciplina de Física e Química A, também se orienta pelos princípios estabelecidos na Revisão Curricular do Ensino Secundário. Porém, tem a especificidade de ser uma disciplina terminal do ES, pelo que deve permitir aos alunos uma visão actual do conhecimento químico e despertar-lhes o interesse para as profissões ligadas às áreas científicas. Mais, a construção do conhecimento deve ser feita, encarando o aluno como um sujeito activo de natureza bio-psico-social, que, no futuro, desempenhará uma profissão multifacetada na sociedade do século XXI. Assim, permitir o desenvolvimento das competências, atitudes e valores é uma prioridade. Realça-se o desenvolvimento do valor da democracia que, na ciência, é o domínio que persegue ideias de bem para a Humanidade.

No fundo, esta disciplina é vista como um dos pilares da cultura do mundo moderno e pretende ensinar para o dia-a-dia, para a cidadania e para melhorar atitudes face à Química, ajudar na forma de interpretar o mundo e de compreender a inter-relação da ciência com a tecnologia, consciencializando os alunos nas suas escolhas profissionais.

No programa da disciplina de Química, permanece a recomendação para abordar os objectos de ensino seguindo uma linha CTSA, salientando a importância da ciência e tecnologia na sociedade e no ambiente, e utilizando situações-problema relacionadas com contextos reais. As actividades práticas de sala de aula e as actividades prático-laboratoriais também continuam presentes.

A disciplina de Química integra a componente de Formação Específica do Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias do Ensino Secundário e tem carácter opcional. O seu programa é constituído por três unidades, todas elas subordinadas ao tema “Materiais, sua estrutura, aplicações e implicações da sua produção e utilização”.

A Unidade 1 – “Metais e ligas metálicas” está dividida em três objectos de estudo: metais e ligas metálicas, degradação dos metais e metais, ambiente e vida. Pretende obedecer aos princípios atrás referidos para o 12º ano, discutindo vários assuntos pertinentes neste âmbito, como, por exemplo, a importância dos metais na vida quotidiana (desde a antiguidade até aos nossos dias), na indústria actual, na economia mundial e no organismo humano (“ambivalência dos metais”: metais essenciais e metais tóxicos), os problemas de poluição directamente associados à extracção de metais, a degradação dos metais, bem como os processos utilizados para os proteger e a necessidade de reciclar e revalorizar os metais. A problemática de como a metalurgia com a ciência e a tecnologia de produção de metais pode aumentar a produtividade e, simultaneamente, economizar matéria-prima, diminuir a produção mínima de produtos secundários e o consumo de energia (as questões energéticas surgem, mais uma vez, como um estímulo ao desenvolvimento das atitudes/valores do aluno face a problemas mundiais), sem pôr em causa a qualidade e o impacte ambiental mínimo é outra das questões centrais. Analisando estes assuntos, os alunos aprendem sobre ciência e através dela.

No espaço da discussão, proporciona-se o desenvolvimento de muitos conceitos na área da Química, em especial, da Tabela Periódica. É, então, chegada a hora de arquitectar um outro olhar sobre a mesma. Partindo do pressuposto que esta se encontra organizada em blocos (bloco s, p, d e f), pormenorizar o estudo dos metais de transição (a especificidade das orbitais d) e o estudo dos metais de transição interna (orbitais f).

Os objectivos de aprendizagem que constam no Programa de Química – 12º Ano (2004) e que orientam o estudo da Tabela Periódica são:

- Reconhecer a predominância de elementos metálicos na Tabela Periódica em relação aos elementos não-metálicos.

- Comparar os elementos metálicos e não-metálicos pelo tipo de iões que predominantemente formam.

- Identificar os elementos metálicos como aqueles que apresentam baixa energia de ionização e os não-metálicos como aqueles que apresentam elevada afinidade electrónica. - Associar afinidade electrónica à energia envolvida na captação de uma mole de electrões

por uma mole de átomos no estado fundamental, estando a substância no estado gasoso. - Identificar as posições dos elementos metálicos (metais, metais de transição e metais de

transição interna) na Tabela Periódica com as características das configurações electrónicas dos respectivos átomos.

- Identificar os elementos semimetálicos como aqueles que apresentam simultaneamente propriedades características de elementos metálicos e de elementos não-metálicos.

- Caracterizar as orbitais d e f quanto ao número.

Duas das actividades práticas de sala de aula propostas devem ser desenvolvidas durante o estudo da Tabela Periódica. São elas a resolução de exercícios de configuração electrónica em elementos do bloco d e a pesquisa sobre a importância e utilização dos metais de transição em situações do quotidiano.

As actividades prático-laboratoriais sugeridas não se relacionam directamente com a Tabela Periódica. No entanto, é recomendada a realização de duas delas aquando do estudo do objecto de ensino no qual ela se insere. Estão, por isso, destinadas duas aulas para levar a cabo a execução das actividades: “Um Ciclo de Cobre” e “Composição de uma liga metálica”.

Para dar cumprimento aos objectivos acima indicados e realizar as actividades práticas de sala de aula, também já referidas, é aconselhada a utilização de 5 aulas.

Note-se que no estudo de campo desenvolvido (Capítulo 6) os alunos intervenientes frequentavam o 10º ano de escolaridade. No entanto, pretendia-se motivá-los e proporcionar-lhes o desenvolvimento das competências necessárias para a continuação dos estudos na disciplina de Química.

No documento capitulo_02 estado de oxidação (páginas 44-47)

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