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1. Introdução

3.4. EP menos extenso

3.4.4. Discussão dos dados sobre as interações resultantes do EP 9

A análise das interações decorrentes dos EPs 1 e 9 evidenciam que o EP 9 proporcionou mais oportunidades de desenvolvimento da produção oral dos examinandos

quando comparado com o EP 1. Além de necessitarem de poucos segundos para ler o EP 9 no início da interação, os examinandos não tiveram sua produção oral interrompida para buscar informações no texto escrito. As perguntas do RI permitiram que discorressem sobre suas opiniões pois, mesmo com perguntas com referência ao EP, os examinandos conseguiam criar hipóteses sobre o quadrinho (como aconteceu como o examinando da interação 4, por exemplo), diferente do EP 1, no qual os menos proficientes tinham que retornar à leitura.

O EP 9 exige conhecimento prévio do examinando, que, para compreender o quadrinho, deve conhecer como funcionam as relações de amizade nas redes sociais. Porém, se não entender o quadrinho, o examinador-interlocutor pode auxiliá-lo, explicando o que não foi bem compreendido, como o fez o examinador-interlocutor F, o que configura como apoio colaborativo (SAKAMORI, 2006).

Sobre a atuação dos examinadores-interlocutores, observamos que o estilo do examinador D e do examinador A parecem bastante semelhantes no que diz respeito a seguir as perguntas sugeridas no RI. No entanto, a produção do examinando 17, submetido ao EP 9 e conduzido pelo examinador-interlocutor D foi qualitativamente superior à produção do examinando 2, pois não houve momentos de silêncio e o examinando teve liberdade para expressar sua opinião em todos os momentos da interação, uma vez que não foi exigido nenhum tipo de conhecimento específico.

Observamos também que a pergunta fechada, por ser positiva em alguns contextos, como na interação 4, foi introduzida como mudança de insumo, a fim de fornecer explicações para o examinando. Assim, a pergunta fechada pode auxiliar o examinando ao oferecer insumos quando este apresenta dificuldades de compreensão, oral ou escrita. Os dados evidenciam que, quando conhece o assunto e entende do que se trata, o examinando consegue dar continuidade à conversa de maneira mais produtiva do que se o examinador-interlocutor tivesse ignorado o seu não entendimento sobre o conteúdo do EP. Desse modo, o assunto do EP também é uma variável a ser considerada nesse contexto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve como objetivo analisar a atuação do examinador-interlocutor no uso dos EPs que subsidiam as conversas com os examinandos durante a parte oral do exame Celpe-Bras. Uma análise preliminar dos EPs selecionados para o estudo revelou diferenças na extensão dos textos escritos e no conteúdo desses elementos. Partindo do referencial teórico abordado no capítulo II e da análise dos dados apresentada no capítulo III, procuramos responder às perguntas que nos colocamos no capítulo I desta dissertação:

a. A extensão dos textos verbais dos EPs pode representar níveis diferentes de dificuldade, criando condições distintas para a avaliação da proficiência oral dos examinandos?

Com base na análise das interações, a resposta é sim. Um texto longo pode funcionar como um dificultador para examinandos com níveis de proficiência mais baixos e prejudicar seu desempenho. Isso é o que acontece quando observamos as interações 1 e 2, nas quais os examinandos 2 e 6 passam um longo período lendo o EP, antes e durante a interação, a fim de responder a perguntas cuja resposta está localizada no texto.

Isso também é decorrente da natureza das perguntas contidas no RI, que são diferentes nos dois EPs analisados. O EP 1 contém três perguntas com referência expressa ao texto, e estas, ao apresentarem apenas uma resposta correta, restringem a produção oral dos examinandos, que reconhecem que a sua compreensão escrita está sendo avaliada e que o examinador-interlocutor conhece a resposta correta. Por esse motivo, os examinandos não têm oportunidade de se expressarem livremente diante de perguntas desse tipo, uma vez que devem responder apenas com base nas informações presentes no texto.

No entanto, o mesmo EP, que consideramos não satisfatório, propiciou boa interação (interação 3) devido a mudanças introduzidas pelo examinador-interlocutor C, fornecendo evidências de que há possibilidade de desenvolvimento de boas interações mesmo quando o EP e seu respectivo RI não forem bem elaborados, demonstrando que a atuação do examinador-interlocutor é fundamental para que a avaliação oral seja válida e confiável.

As interações resultantes do EP 9, em contrapartida, conseguiram desenvolver de maneira mais efetiva as perguntas abertas e de opinião que lhes foram propostas, sem longos

momentos de silêncio pelos examinandos, mesmo quando o examinador-interlocutor segue linearmente as perguntas propostas no RI. Desse modo, o ambiente comunicativo decorrente do EP 9 é mais verossímil com situações de interação social quando comparado com o EP 1. Esse resultado traz evidências de que o EP 9 e seu respectivo RI proporcionaram maior liberdade da expressão oral do examinando, impactando em seu desempenho durante a avaliação oral.

Fazemos a ressalva de que EPs com texto verbal de menor extensão não são, necessariamente, menos complexos. Mesmo que um EP não contenha textos verbais, o construto do exame pode ser ameaçado, devido à importância da materialidade linguística.

Acreditamos que os EPs devam apresentar condições de avaliação semelhantes, de maneira que possam mobilizar nos examinandos as competências que buscam avaliar e, assim, evitar variações na maneira como a interação é conduzida. Além disso, a necessidade de capacitações mais frequentes para os examinadores, cujas atuações podem ser distintas, como observaremos na resposta à segunda pergunta de pesquisa.

b. De que forma diferentes examinadores-interlocutores lidam com um mesmo EP e com seu respectivo RI em interações com examinandos nos níveis elementar ou sem certificação, intermediário e intermediário superior?

As análises das interações mostraram que os examinadores-interlocutores selecionados para investigação conduzem a avaliação oral de maneiras distintas, proporcionando diferentes oportunidades aos examinandos.

O examinador-interlocutor A não consegue introduzir mudanças nas perguntas sugeridas no RI e não faz as adaptações orientadas nos manuais do exame, a fim de deixar a conversa mais fluida e mais próxima a interações típicas do contexto social. Ao seguir a ordem do roteiro, o avaliador-interlocutor A não lida bem com as perguntas não respondidas ou mal compreendidas pelo examinando com quem interage e não consegue fazer adaptações às perguntas do EP a fim de conferir maior fluidez à conversa e torná-la mais próxima de interações externas ao contexto avaliativo ao EP, deixando a interação artificial e distante do que se deseja avaliar no exame Celpe-Bras. Essa atuação do examinador-interlocutor A teve impacto para o desempenho oral do examinando, que interrompe sua fala e volta à leitura do EP para conferir as informações do texto verbal.

O examinador-interlocutor B promove algumas adaptações ao RI, mas não consegue fazer com que as características do EP 1 que consideramos negativas sejam minimizadas, pois mesmo alterando o insumo quando percebe a dificuldade do examinando, não altera a natureza das perguntas expositivas relacionadas ao texto. O examinando, temeroso por responder a essas perguntas incorretamente, lê o EP durante o desenvolvimento da conversa, aproximando a maior parte da avaliação a situações de interação semelhantes às do contexto escolar, com fins didáticos, e que têm por objetivo verificar a compreensão do aluno. Com atuação diferente das duas relatadas anteriormente, o examinador-interlocutor C faz várias mudanças na ordem das perguntas do RI de acordo com o fluxo da conversa, passa rapidamente pelas perguntas iniciais ligadas ao texto e muda a natureza da primeira pergunta do RI, transformando-a de expositiva para referencial. Essa atitude proporciona um ambiente mais favorável ao examinando, que não precisou tecer respostas que se baseavam no texto escrito e teve a oportunidade de falar livremente sobre suas ideias e opiniões, criando uma interação com características de situações reais de comunicação. Desse modo, podemos concluir que o examinador-interlocutor C consegue lidar bem com o EP 1, de modo a amenizar as características que consideramos problemáticas nesse elemento e em seu respectivo RI. A mesma atuação aparece na segunda interação conduzida pelo examinador-interlocutor C, só que alimentada pelo EP 9. Mesmo não seguindo o RI em vários momentos da interação, o examinador-interlocutor consegue estabelecer uma conversa muito semelhante a uma comunicação social externa ao contexto avaliativo, o que é o propósito do exame Celpe-Bras.

O examinador-interlocutor D segue a ordem das perguntas do RI durante a interação 6, mas apresenta habilidades de excluir as que o examinando responde no decorrer da conversa e incluir outras, conforme o fluxo da interação. Tais atitudes ajudam a aumentar a confiabilidade e a validade do exame. A conversa que se estabelece nessa interação é bastante fluida e passível de acontecer em situações de comunicação em contexto não avaliativo, fazendo com que a validade da avaliação oral do exame Celpe-Bras não seja ameaçada.

O examinador-interlocutor F apresentou atuação satisfatória – auxiliou seu interlocutor na compreensão do EP, conferindo ambiente mais propício para o desenvolvimento da interação, o que também pode ser observado por meio dos desdobramentos e confirmações realizadas ao longo de toda a conversa, conferindo verossimilhança à interação.

Também não podemos deixar de considerar que o assunto dos EPs é mais uma variável a ser observada nas análises das interações, pois impactaram no desenvolvimento da produção oral dos examinandos. O mesmo ocorre com o nível de proficiência do examinando, que pode auxiliar ou prejudicar o desenvolvimento de sua fala.

Por meio da análise dos EPs, RIs, guias e manuais do exame Celpe-Bras e das interações investigadas, podemos depreender as dificuldades, os desafios e a responsabilidade de ser examinador de uma avaliação oral de alta relevância como o exame de proficiência brasileiro, pois para estar em conformidade com o uso da linguagem para desempenho de ações no mundo, como especificam os manuais sobre a concepção do exame, tecemos algumas ações que julgamos importantes o examinador-interlocutor levar em consideração durante a avaliação oral:

(1) estar atento às respostas do examinando para que não as repita ao longo da conversa, confundindo seu interlocutor ou até mesmo desestabilizando-o, uma vez que pode achar que sua resposta anterior não foi bem sucedida;

(2) formular perguntas a partir do EP e do RI, sem ficar preso a elas, a fim de dar continuidade e fluidez à conversa e deixá-la o mais semelhante possível a uma situação de comunicação real. Contudo, é importante não se desviar demais do conteúdo das perguntas contidas no roteiro, pois isso pode acarretar em diminuição da confiabilidade do exame;

(3) reformular as questões do roteiro, que é escrito, de modo a fazer perguntas condizentes com a linguagem oral, evitando, assim, uma interação artificializada;

(4) ser claro em suas perguntas e intervenções, de modo a não fazer perguntas longas e confusas;

(5) controlar o tempo da entrevista e de cada uma de suas etapas e sustentá-la, mesmo quando o examinando apresenta um nível de proficiência baixo ou não contribui para o desenvolvimento da interação;

(6) estar atento às produções linguísticas do examinando, pois deverá avaliá-lo de maneira global, através de uma grade holística.

Quando as perguntas do RI são rigidamente seguidas, o exame pode não ser representativo de uma situação de uso real da língua; por outro lado, se as perguntas e o estilo dos avaliadores-interlocutores são distintos, aumentam as possibilidades de diferenças de oportunidades para os examinandos. Tais dificuldades nos remetem a aspectos fundamentais dos exames de proficiência, que são a validade e a confiabilidade, conceitos que vêm sendo cada vez mais estudados por pesquisadores da área de avaliação. Como vimos nas interações analisadas, diferentes atuações dos examinadores-interlocutores criam oportunidades diferentes para os examinandos, que podem ser prejudicados na avaliação.

Por meio das análises empreendidas neste trabalho, sugerimos que as orientações para os elaboradores do Celpe-Bras devem ser revistas, de modo a produzirem EPs com maior equilíbrio entre texto verbal e imagem e que mobilizem questões da mesma natureza, evitando diferenças de insumo para os examinandos. Aliado a isso, acreditamos que os documentos do exame devem fornecer orientações mais detalhadas sobre a atuação do examinador-interlocutor, a fim de não possibilitarem aberturas que possam gerar mais de uma interpretação e, assim, funcionar mais efetivamente na preparação dos examinadores. Além disso, capacitações constantes para que a validade e a confiabilidade do exame não sejam ameaçadas, uma vez que podem alinhar o trabalho da equipe, tornando suas atuações mais semelhantes entre si e não criar condições diferentes para o desempenho dos examinandos. O posto aplicador analisado neste trabalho é um centro de referência de aplicação da avaliação oral do exame Celpe-Bras, sendo, assim, representativo de todos os postos aplicadores. Isso demonstra que, mesmo que o examinadores-interlocutores tenham muita experiência na aplicação do exame, é preciso investimento em capacitações, visto as dificuldades que são inerentes à avaliação de proficiência oral.

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ANEXOS

ANEXO 1: Normas para transcrição das interações face a face baseadas em Marcuschi (2003)

OCORRÊNCIAS SINAIS

Falas simultâneas: quando dois falantes iniciam

ao mesmo tempo um turno [[

Sobreposição de vozes: quando a concomitância de falas não se dá no início do turno, mas a partir

de um certo ponto

[

Sobreposições localizadas: quando a sobreposição ocorre num dado ponto do turno e

não forma novo turno

[ ]

Pausas: pausas e silêncios são indicados entre parênteses, por segundos. Pausas menores que

um segundo são indicadas pelo sinal +

( )

Dúvidas e suposições: quando não entendemos