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O sucesso de uma prótese sobre implante está relacionada diretamente ao planejamento cirurgico-protético. A passividade do pilar sobre o implante é conseguida quando o parafuso de retenção está apenas unindo as partes em contato por uma força de travamento sem causar tensões. Assim haverá uma correta distribuição das forças mastigatórias ao conjunto além da manutenção da saúde oral, que são pontos vitais para a longevidade do tratamento, sendo a moldagem um passo fundamental para a realização e o sucesso de uma prótese sobre-implante ela deverá ser executada de forma adequada e seguindo a técnica mais fiel. (Gomes et al 2006 )

Foi utilizado neste estudo o modelo-mestre em formato de mandíbula edentada, simulando uma situação clínica, onde foram instalados três implantes distribuídos sobre o arco, tendo como melhor resultado a moldagem de transferência com moldeira aberta como melhor técnica. Da mesma forma, nos estudos de Naconecy (2004), Kleine et al. (2002), Pinto et al. (2001) os melhores resultados foram obtidos com a união dos transferentes de moldeira aberta previamente a moldagem. Em contrapartida, os estudos de Pereira et al (2005) e Choi et al (2007) realizados com apenas dois implantes dispostos em linha, não mostraram diferenças entre as técnicas de transferência.

Neste estudo, foram instalados mini-pilares como intermediários, sobre os implantes, para adaptação de uma barra metálica que simularia a condição clínica de reabilitação para uma mandíbula edêntula. No estudo de Walker, Rees e Borello (2008), observou-se a obtenção de resultados inferiores quando utilizou-se moldagem sobre intermediários do que em relação a moldagem diretamente sobre os implantes.

Aliado a correta técnica de moldagem encontra-se o material mais adequado para moldagens precisas. Valle, Coelho e Scolaro (2001) e Martins et al. (2004) afirmam que os materiais mais adequados para moldagens sobre implante são as silicones por adição e os poliéteres. Isso se deve ao fato de que estes materiais não produzem subprodutos durante a polimerização,

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diminuindo a possibilidade de contração e distorções. Para Gomes et al.( 2006) e Assunção, Gennari e Goiato (2002) os melhores resultados são obtidos com a silicone por adição. Desta forma, o material de moldagem escolhido para a execução deste trabalho foi a silicone por adição, por apresentar maiores índices de sucesso nos estudos vistos na revisão de literatura.

Conforme o estudo de Wenz et al. (2008), o silicone por adição proporciona resultados mais precisos em moldagens de próteses sobre implante, quando são utilizados pela técnica da moldagem única, onde o material de baixa viscosidade aplicado ao redor dos transferentes e simultaneamente a massa densa é manipulada e introduzida, através da moldeira, sobre os transferentes. Desse modo, visando eliminar os fatores de distorção, foi utilizada a técnica de moldagem única neste trabalho.

Para a mensuração dos resultados diversos autores utilizaram diferentes meios e técnicas de avaliação. Os estudos de Pereira et al (2005), Zuim et al. (2002) utilizaram microscópio comparador para a verificação das distorções horizontais entre os implantes ou réplicas dos modelos. Rodrigues (2006) utilizou um microscópio óptico para a verificação da adaptação da barra metálica sobre os modelos, visualizando a interface entre a barra e o análogo. Choi et al (2007) e Naconecy (2001) utilizaram extensômetros para verificar o grau de deformação da barra ou componentes adaptados sobre os modelos confeccionados.

Dentre as técnicas mais utilizadas, estão a técnica da moldeira aberta com os transferentes unidos e técnica da moldeira fechada. Para alguns autores como Pinto et al. (2001), Pereira et al (2005), Herbst et al (2000), Wenz, Reuter e Hampfers (2008), não há diferenças estatisticamente significantes entre as três técnicas principais (moldeira fechada, moldeira aberta sem união entre os transferentes e moldeira aberta com os transferentes unidos). Indo ao encontro do presente estudo, Kleine et al. (2002), Naconecy et al (2004), Cabral e Guedes (2005)afirmam que os melhores resultados foram obtidos quando se utilizou a técnica da moldeira aberta com os transferentes unidos.

Segundo os estudos de Rodrigues et al. (2010) e Cabral e Guedes (2007) os melhores resultados foram obtidos utilizando barras de resina acrílica pré-fabricadas. Naconecy et al. (2004) puderam observar que a união dos transferentes para moldeira aberta através de pinos de aço e resina acrílica obteve melhores resultados que a técnica sem união e a técnica dos transferentes de moldeira fechada. Diante disso, optou-se por utilizar neste estudo um grupo unido por bastões de metal e resina acrílica, diminuindo assim a espessura de resina necessária e conseqüentemente a contração de polimerização da resina; e outro grupo unido por amarrias de fio dental e resina acrílica.

O trabalho realizado não apresentou diferenças estatisticamente significantes entre os métodos de união dos transferentes, tanto a técnica dos transferentes unidos por fio dental e resina Patern, transferentes unidos por fio dental, transferentes unidos por bastões de resina e resina Patern e transferentes unidos por bastões de metal e resina Patern. Estes apresentaram-se confiáveis para utilização em moldagens de transferência. Do mesmo modo, Assunção et al (2008), Choi et al.(2007), Herbst et al. (2000) afirmam que não há diferenças entre as técnicas de união dos transferentes, todas apresentam-se fiéis para a transferência de implantes. Zuim et al. (2002) obtiveram resultados satisfatórios com os transferentes unidos e silicone por adição como material de moldagem, porém quando utilizada essa técnica com o poliéter como material de moldagem, houve distorções.

Foi escolhido a técnica da barra cimentada ou cilindro cimentado, sistema Neodent, por ser a técnica que atinge maior passividade, onde a barra é um monobloco, o que evita o uso de solda, como descrito por Hermann,et al (2007). De acordo com este autor, o cilindro cimentado é a técnica que apresenta maior passividade aliada ao prognóstico favorável para longevidade dos implantes.

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