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DISPOSIÇÃO FINAL DOS RSDC

No documento MATO GROSSO DO SUL (páginas 53-100)

Conforme preconiza a Lei Federal nº 12.305/2010 a disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos deve obedecer à distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais diversos.

No Brasil destacam-se os aterros sanitários como a principal técnica de disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos. Segundo a NBR 8.419/1992, aterro sanitário é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada

Neste sentido, apenas os municípios de Dourados e Jateí dispõe de aterro sanitário licenciado para disposição final dos RSDC. Os demais municípios utilizam locais inadequados (vazadouros a céu aberto) para dispor os resíduos gerados. Entretanto, segundo vistoria técnica in loco nos municípios, foi diagnosticado que na maioria existe projeto para criação de aterros sanitários consorciados ou não.

Deste modo, o planejamento para cada município é elencado a seguir:

 Caarapó: possui licença de instalação para construção de seu aterro sanitário localizado em uma área contigua ao atual vazadouro a céu aberto, todavia o município aguarda a liberação dos recursos da FUNASA;

 Deodápolis: irá dispor seus resíduos no aterro sanitário consorciado que está em implantação no município de Glória de Dourados, o qual possui licença de instalação e contemplará também Fátima do Sul, Jateí, Novo Horizonte do Sul e Vicentina/MS;  Douradina: não possui processo para construção de aterro sanitário, porém segundo

PMGIRS do município é viável um consórcio com Itaporã e Rio Brilhante/MS para disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos;

 Fátima do Sul: possui licença de instalação para construção de seu aterro sanitário, entretanto de acordo com informações levantadas in loco existe a intensão de dispor os resíduos no aterro sanitário consorciado em Glória de Dourados;

 Glória de Dourados: possui licença de instalação para construção de seu aterro sanitário consorciado, localizado na linha três do próprio município e abrangendo também os municípios de Deodápolis, Fátima do Sul, Jateí, Novo Horizonte do Sul e Vicentina;

 Itaporã: possui licença de instalação para disposição final de resíduos sólidos na fazenda Cabeceira Grande, entretanto de acordo com informações levantadas in loco existe a intensão de formalizar um consórcio, para disposição no aterro proposto localizado em Rio Brilhante;

 Jateí: apresenta um aterro sanitário em funcionamento com licença de operação, contundo conforme os gestores, o município irá dispor seus resíduos no aterro sanitário consorciado localizado em Glória de Dourados;

 Maracaju: possui licença prévia para disposição final de resíduos no próprio município (aterro sanitário). Ainda, o PIGIRS-CIDEMA propôs que seria viável criação de um Aterro Sanitário Municipal que atendesse somente o município;

 Rio Brilhante: possui licença de instalação para construção de seu aterro sanitário. Segundo o PMGIRS de Rio Brilhante/MS foi proposto o consórcio entre os municípios de Douradina, Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante, com aterro sanitário consorciado localizado no município de Rio Brilhante;

 Vicentina: irá dispor seus resíduos no aterro sanitário consorciado que está em implantação no município de Glória de Dourados, o qual possui licença de instalação e contemplará também Deodápolis, Fátima do Sul, Jateí e Novo Horizonte do Sul/MS. Do exposto, extrai-se que existe planejamento para que todos os municípios do Polo 02 possuam aterros sanitários ou realizem consórcios com outros municípios para a disposição final ambientalmente adequada, através de aterros sanitários consorciados. Assim, o aterro sanitário consorciado localizado em Glória de Dourados, o qual possui licença de instalação e irá receber resíduos sólidos dos municípios de Deodápolis, Fátima do sul, Jateí, Novo Horizonte do Sul e Vicentina, é apresentado na Figura 19.

Figura 19 – Situação encontrada do aterro sanitário de Glória de Dourados/MS, destinado a atender de forma consorciada os municípios de Deodápolis, Fátima do Sul, Jateí, Novo Horizonte do Sul e Vicentina/MS.

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2014.

Frisa-se que diante do exposto, existem aterros sanitários e/ou aterros sanitários consorciados planejados para atender à todos os municípios partícipes do Polo 02. Objetivando ilustrar os respectivos locais de disposição final e os possíveis consórcios, fora elaborado a Figura 20.

Figura 20 – Localização dos aterros consorciados destinados a atender os municípios do Polo 02 – Região da Grande Dourados.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Ademais, observa-se que o Art. 54 da Lei Federal nº 12.305/2010 dispõe que a disposição final adequada dos rejeitos deveria ter sido implementada em até quatro anos após a publicação da referida Lei (prazo este já finalizado), ou seja, tal legislação preconizou

que até 02 de agosto de 2014 os municípios deveriam ter encerrado a disposição final em vazadouros a céu aberto.

No que consiste na caracterização simplificada das atuais áreas de disposição final de resíduos sólidos dos municípios pode-se observar que em Glória de Dourados a distância do centro urbano até o local de disposição final é de apenas 0,50 km. Já nos municípios de Dourados e Rio Brilhante/MS ocorre um maior deslocamento entre o centro gerador (área urbana) e a área de disposição final. Em relação à existência de catadores, foi verificado que apenas os municípios de Caarapó, Dourados e Jateí não possuem em seus locais de disposição final, o restante apresentam catadores informais na área de disposição final.

Ademias, o Quadro 6 apresenta a caracterização simplificada das áreas de disposição final de resíduos sólidos dos municípios integrantes do Polo 02 – Região da Grande Dourados expondo o tipo de local para disposição final, distância do núcleo urbano, a presença de catadores, crianças e animais e a existência de moradores no local.

Quadro 6 – Caracterização sintética/simplificada das áreas de disposição final de resíduos sólidos dos municípios integrantes do Polo 02 - Região da Grande Dourados.

Municípios Tipo Distância do núcleo urbano (km) Existência de catadores Presença de criança Presença de moradores Presença de animais Caarapó Vazadouro a

céu aberto 2,20 Não Não Sim Sim

Deodápolis Vazadouro a

céu aberto 2,50 Sim Não Não Sim

Douradina Vazadouro a céu aberto N/I N/I N/I N/I N/I

Dourados Aterro Sanitário 8,00 Não Não Não Não

Fátima do Sul

Vazadouro a

céu aberto 3,00 Sim Não Não Sim

Glória de Dourados

Vazadouro a

céu aberto 0,50 Sim Não Não Sim

Itaporã Vazadouro a céu aberto 3,60 Sim Não Não Sim

Jateí Aterro Sanitário 6,00 Sim(1) Não Não Não

Maracaju Vazadouro a

céu aberto 3,00 Sim Não Não Sim

Rio Brilhante

Vazadouro a

céu aberto 8,00 Sim Não Não Sim

Vicentina Vazadouro a céu aberto 5,60 Sim Não Sim Sim

Fonte: Elaborado pelos autores. Legenda: N/I – Não Informado.

Nota (1): No Aterro Sanitário do município de Jateí há presença de catadores somente da coleta seletiva, uma vez

No intuito de ilustra e identificar os locais e a situação dos vazadouros a céu aberto e dos aterros sanitários dos municípios pertencentes ao Polo 02 – Região da Grande Dourados, foi elaborada a Figura 21.

Figura 21 – Situação encontrada dos vazadouros a céu aberto e aterro sanitário operantes nos municípios integrantes do Polo 02 – Região Grande Dourados.

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2014.

Nota (1): Foto retirada a partir do PMGIRS de Douradina/MS.

Vazadouro a céu aberto de Caarapó Coordenadas: UTM

720.731,29 m E 7.493.106,73 m S

Vazadouro a céu aberto de Deodápolis Coordenadas: UTM

793.130,91 m E 7.537.307,28 m S

Vazadouro a céu aberto de Douradina (1) Aterro Sanitário de Dourados

Coordenadas: UTM 729.025,93m E 7.528.675,49m S

Vazadouro a céu aberto de Fátima do Sul Coordenadas: UTM

756.701,20 m E 7.519.646,06 m S

Vazadouro a céu aberto de Glória de Dourados Coordenadas: UTM

784.201,25 m E 7.516.813,05 m S

Figura 21 - Situação encontrada dos vazadouros a céu aberto e aterro sanitário operantes nos municípios integrantes do Polo 02 – Região Grande Dourados (continuação).

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2014.

É importante destacar que em todos os municípios foram observados locais menores de disposição irregular de resíduos sólidos, principalmente de restos de poda e capina, resíduos da construção civil e RSDC em quantidades menores (Figura 22). Estes locais no geral são terrenos baldios em áreas menos habitadas das cidades onde ocorre a disposição e acúmulo dos resíduos acima mencionados.

Vazadouro a céu aberto de Itaporã Coordenadas: UTM

723.682,31 m E 7.558.076,18 m S

Aterro Sanitário de Jateí Coordenadas: UTM 774.841,60m E 7.505.734,38 m S

Vazadouro a céu aberto de Maracaju Coordenadas: UTM

686.178,89 m E 7.610.727,07 m S

Vazadouro a céu aberto de Rio Brilhante Coordenadas: UTM

754.762,79 m E 7.589.271,37 m S

Vazadouro a céu aberto de Vicentina Coordenadas: UTM

768.924,68 m E 7.518.884,17 m S

Figura 22 – Área de disposição irregular de RCC, RLP e RV no município de Caarapó/MS

5 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA (RLP)

Os serviços de limpeza pública contemplam, basicamente, a varrição, a capinação e roçada, abrangendo também a limpeza de bocas de lobo e de feiras e praças, tendo como objetivo evitar os problemas sanitários para a comunidade, a interferência perigosa no trânsito de veículos e pedestres, o prejuízo ao turismo e inundações das ruas pelo entupimento das bocas de lobo e canais de drenagem, conforme ilustra a Figura 23.

Figura 23 – Aspectos sanitários, estéticos e de segurança relacionadas à limpeza de logradouros públicos.

Fonte: IBAM (2001).

Os serviços de varrição, capinação e roçada são prestados em todos os municípios integrantes do Polo 02 - Região da Grande Dourados. No município de Rio Brilhante/MS este serviço é prestado de forma mista, sendo executado pela Prefeitura Municipal juntamente com uma empresa terceirizada. Já nos

municípios de Deodápolis, Dourados e Glória de Dourados/MS este serviço é realizado exclusivamente por empresa terceirizada (Figura 24). Nos demais municípios os serviços são prestados integralmente pelas respectivas Prefeituras Municipais.

Referente à geração de Resíduos de Limpeza Pública, os dados quantitativos dos mesmos são inconsistentes, não havendo um banco de dados

Aspectos Sanitários

•Previne contra doenças resultantes da proliferação de vetores em depósitos de lixo nas ruas ou em terrenos baldios;

•Evita danos à saúde

resultantes de poeira em

contato com os olhos,

ouvidos, nariz e garganta.

Aspectos Estéticos

•Uma cidade limpa insinua orgulho a seus habitantes, melhora a aparência da comunidade, ajuda a atrair novos residentes e turistas,

valoriza os imóveis e

movimenta os negócios.

Aspectos de Segurança

•Previne contra danos a

veículos, causados por

impedimentos ao tráfego, como galhadas e objetos cortantes;

•Promove a segurança do tráfego, pois a poeira e a

terra podem causar

derrapagens de veículos, assim como folhas e capim

secos podem causar

incêndios;

•Evita o entupimento do sistema de drenagem de águas pluviais.

Figura 24 – Serviço de varrição realizado por empresa terceirizada em Dourados/MS.

armazenando informações coerentes e fidedignas, ou seja, não há registro de quantas toneladas destes resíduos são geradas nestes municípios. Devido à este fato, buscou-se na literatura referências para quantificação dos resíduos de limpeza pública, assim o ICLEI-Brasil (2012) relata que estes correspondem, em média, 15% (quinze por cento) do total de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de prestadores de serviço. Deste modo, considerando os dados referentes à quantidade de RSDC gerados, estima-se uma geração de 47,82 toneladas por dia de Resíduos de Limpeza Pública para os municípios integrantes ao Polo 02.

No que concerne à destinação final dos resíduos oriundos destes serviços, observou-se que tais materiais são, em sua maioria dispostos em vazadouros a céu aberto e também em locais para combater algum processo erosivo. Neste sentido o Quadro 7 resume a geração estimada, o percentual dos municípios em relação ao Polo e os locais de disposição final dos resíduos de origem na varrição, capinação e roçada.

Quadro 7 – Geração estimada, percentual em relação ao Polo e locais de disposição final dos resíduos de varrição, capina e roçada dos municípios do Polo 02.

Municípios Geração estimada de RLP (t/dia) Geração estimada de RLP (t/ano) Percentual em

relação ao Polo Disposição Final Caarapó 3,48 1.270,20 7,28% Vazadouro a céu

aberto

Deodápolis 0,90 328,50 1,88% Vazadouro a céu aberto

Douradina 0,23 83,95 0,48% Depósito(1)

Dourados 27,00 9.855,00 56,46% Aterro Sanitário

Fátima do Sul 2,96 1.080,40 6,19% Vazadouro a céu aberto

Glória de

Dourados 0,58 211,70 1,21%

Vazadouro a céu aberto

Itaporã 2,27 828,55 4,75% Área erodida

Jateí 0,08 29,20 0,17% Antigo vazadouro a céu aberto

Maracaju 5,73 2.091,45 11,98% Área erodida

Rio Brilhante 3,76 1.372,40 7,86%

Vazadouro a céu aberto e áreas

erodidas

Vicentina 0,83 302,95 1,74% Vazadouro a céu aberto

Fonte: Elaborado pelos autores.

Nota: (1) Conforme PMGIRS de Douradina/MS

No intuito de apresentar de forma visual os dados apresentados neste capítulo, foi elaborada a Figura 25 na qual são indicadas as formas de prestação dos serviços, estimativa de geração e forma disposição final dos resíduos de limpeza pública dos municípios integrantes do Polo 02 – Região da Grande Dourados.

Figura 25 – Situação dos Resíduos de Limpeza Pública (RLP) dos municípios do Polo 02.

6 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO (RCC)

A Resolução CONAMA nº 307/2002 define como resíduos da construção civil e demolição aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, dentre outros, e comumente chamados de entulhos de obras. Os RCC são classificados, conforme o instrumento legal supracitado, em quatro classes (Quadro 8).

Quadro 8 – Classificação dos RCC segundo a Resolução CONAMA nº 307/2002.

Classificação Definição Exemplos

Classe A São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis

como agregados

Solos provenientes de terraplanagem e limpeza de terreno;

Resíduos de componentes cerâmicos (blocos, telhas, etc.)

Resíduos de argamassa e concreto Areia e pedras

Classe B São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

Plásticos, Papel/papelão, Metais, Vidros, Madeiras, Gesso Sacos de Cimento

Classe C

São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação

Manta asfáltica Lixas em geral

Classe D São os resíduos perigosos oriundos do

processo de construção.

Tintas, solventes, óleos Pincéis e rolos contaminados Telhas e demais objetos que contenham amianto

Fonte: Adaptado de Brasil (2002).

A coleta dos RCC é realizada pelas respectivas Prefeituras Municipais nos municípios de Deodápolis, Douradina, Itaporã, Jateí e Vicentina. Já para os municípios de Glória de Dourados, Maracaju e Rio Brilhante, empresas particulares são responsáveis por esse serviço, realizando a cobrança diretamente do cidadão. Nos demais municípios a coleta é compartilhada entre as respectivas Prefeituras Municipais e empresas particulares, na qual a Prefeitura Municipal é responsável pela coleta dos resíduos produzidos nos órgãos públicos e as empresas particulares pelos resíduos provenientes da construção e demolição realizada pelos munícipes, havendo assim cobrança deste serviço. Em alguns municípios apesar de existir o serviço de recolhimento dos resíduos de construção civil e demolição por empresas particulares, a Prefeitura recolhe esse material de particulares que não possam custear com os serviços particulares.

No que concerne ao reaproveitamento destes resíduos, apenas nos municípios de Deodápolis e Douradina/MS não foi informada a existência de ações para este fim, sendo encaminhados aos respectivos vazadouros a céu aberto, conforme os gestores do município de Jateí não há também o reaproveitamento sendo encaminhado para área do antigo vazadouro a céu aberto, junto com resíduos de limpeza pública e volumosos. Já os municípios de Caarapó, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Maracaju, Rio Brilhante e Vicentina/MS reutilizam tal material para aterramento de erosões e lotes, e com maior ocorrência na zona rural para o cascalhamento de estradas vicinais (Figura 26).

Assim como os Resíduos de Limpeza Pública, os dados municipais quantitativos referentes à geração diária, em toneladas, de RCC para os municípios pertencentes ao Polo 02 são inconsistentes, não havendo um banco de dados armazenando informações coerentes e fidedignas, ou seja, não há registro de quantas toneladas destes resíduos são geradas. Desta forma utilizou-se dados da literatura para estimar a quantidade de RCC gerados para os municípios que não possui essas informações, adotando o valor de 0,9666 kg/hab.dia (ABRELPE, 2011). Seguindo esta premissa, estima-se uma geração diária de 303,01 toneladas de RCC para os municípios pertencentes ao Polo 02.

No que diz respeito à destinação final dos resíduos oriundo destes serviços, observou- se que tais materiais, em sua maioria são dispostos em locais para combater algum processo erosivo. Neste sentido o Quadro 9 resume a geração estimada por município, o percentual que representa em relação ao Polo, as formas de reaproveitamento e os locais de disposição dos resíduos de construção civil e demolição.

Quadro 9 – Geração estimada, percentual em relação ao Polo, formas de reaproveitamento e disposição dos resíduos de construção civil e demolição do Polo 02.

Municípios Geração estimada de RCC (t/dia) Geração estimada de RCC (t/ano) Percentual em relação ao Polo Formas de

Reaproveitamento Disposição final Caarapó 17,70 6.460,50 5,84% Aterramento de área

erodida Área erodida

Deodápolis 9,71 3.544,15 3,20% Aterramento de áreas erodidas

Vazadouro a céu aberto.

Douradina 3,18 1.160,70 1,05% Não Informado Depósito(1)

Dourados 174,96 63.860,40 57,74% Cascalhamento de vias e aterramento de áreas erodidas Aterros Particulares (2) Fátima do Sul 16,40 5.986,00 5,41% Aterramento de área erodida Vazadouro a céu aberto Glória de Dourados 7,41 2.704,65 2,45% Cascalhamento de vias e aterramento de áreas erodidas Vazadouro a céu aberto Itaporã 12,85 4.690,25 4,24% Cascalhamento de vias e aterramento de áreas erodidas Área erodida

Municípios Geração estimada de RCC (t/dia) Geração estimada de RCC (t/ano) Percentual em relação ao Polo Formas de

Reaproveitamento Disposição final Jateí 1,81 660,65 0,60% Aterramento de área

erodida Antigo vazadouro a céu aberto Maracaju 31,15 11.369,75 10,28% Cascalhamento de vias e aterramento de áreas erodidas Vazadouro a céu aberto Rio Brilhante 23,74 8.665,10 7,83% Aterramento de área erodida Área de disposição irregular de RCC Vicentina 4,10 1.496,50 1,36% Cascalhamento de Vias Vazadouro a céu aberto

Fonte: Elaborado pelos autores.

Nota(1): Conforme PMGIRS de Douradina/MS.

Nota(2): O município de Dourados conta com empresas terceirizadas que trituram os resíduos e vedem para

reaproveitamento, somente uma mínima parcela é encaminhada aos aterros.

A partir dos dados apresentados neste capítulo referentes ao diagnóstico situacional dos Resíduos da Construção Civil e Demolição foi elaborada a Figura 26, na qual são apresentadas ilustrativamente as informações referentes aos RCC.

Figura 26 – Situação dos Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) dos municípios do Polo 02.

7 RESÍDUOS VOLUMOSOS (RV)

Os Resíduos Volumosos (RV), de acordo com a Norma Brasileira (NBR) nº 15.112/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são peças de grandes dimensões, como móveis e equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens, peças de madeira, podas e outros assemelhados, não provenientes de processos industriais e não removido pela coleta dos RSDC. Normalmente são removidos das áreas geradoras juntamente com os Resíduos de Limpeza Pública e Resíduos da Construção Civil.

Com relação aos resíduos verdes, também caracterizados como resíduos volumosos neste tópico, podemos definir que são aqueles provenientes da manutenção de parques, praças, áreas verdes e jardins, redes de distribuição de energia, telefonia e outras. São caracterizados normalmente por galhos, troncos e folhas. Dessa forma, este item busca caracterizar a forma de prestação dos serviços, geração estimada e disposição final dos resíduos volumosos.

A coleta de resíduos volumosos é realizada pelas respectivas Prefeituras Municipais nos municípios de Caarapó, Fátima do Sul,

Itaporã, Jateí, Rio Brilhante e Vicentina (Figura 27). Já para os municípios de Dourados e Glória de Dourados, a coleta é realizada através de Empresa Terceirizada e Empresas Particulares. Quanto aos municípios de Deodápolis e Maracaju, a coleta dos volumosos fica a cargo das respectivas Prefeituras Municipais e Empresas Terceirizadas. Para o município de Douradina, não foi informado no seu PMGIRS informações referentes ao serviço de resíduos volumosos.

Referente à geração de resíduos volumosos, os dados quantitativos dos mesmos são inconsistentes, não havendo um banco de dados armazenando informações coerentes e fidedignas, ou seja, não há registro de quantas toneladas destes resíduos são geradas para esses municípios. Devido à este fato, adotou-se a geração per capita média do Centro Oeste

No documento MATO GROSSO DO SUL (páginas 53-100)

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