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Distensão e políticas de ajustamento

2. FORMAS IDEOLÓGICAS NO BRASIL

2.3 Neoliberalismo

2.3.2 Distensão e políticas de ajustamento

Como visto acima, as décadas de 1980 e 1990 marcaram no Brasil o período de ajustamento da economia nacional ao paradigma neoliberal. Essa fase compreendeu a elaboração de basicamente cinco planos de estabilização econômica: os planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor e, finalmente, o Plano Real. Segundo Luiz Filgueiras, tal período pode ser dividido em dois momentos, o dos três primeiros planos, orientados por uma concepção heterodoxa de combate à inflação, e o dos dois últimos, claramente vinculados à conjuntura neoliberal e ao ideário do Consenso de Washington265.

Apesar de planos como o Cruzado constituírem um rompimento com o modelo desenvolvimentista, vivenciado no Brasil até o final de 1970, tais experiências ainda não representavam um projeto propriamente neoliberal. As políticas da época, conhecida como “distensão”, traziam em seu bojo preocupações quase exclusivas com o controle da inflação. Mais precisamente, enquanto as do início da década constituíam propostas ortodoxas, as concebidas a partir de 1985 respondiam ao

263 GRILLO, Maria Teresa Oliveira. A estratégia por trás do estratégico. Tese de doutoramento, FAUUSP.

São Paulo, 2013. p. 56-63.

264

NERY JR., José Marinho Silva. Depoimento. [19 de dezembro de 2013]. São Paulo. Entrevista concedida ao autor.

164 insucesso das anteriores e buscavam a estabilização da economia por meio de medidas heterodoxas, baseadas no conceito de inflação inercial266.

De acordo com Anita Kon, os teóricos dessa nova interpretação argumentavam que a inflação brasileira seria causada pelo comportamento inercial dos agentes econômicos em relação ao aumento anterior dos preços. Desse modo, independente de pressões na demanda agregada – decorrentes, por exemplo, do déficit público –, a inflação não poderia ser controlada apenas por métodos ortodoxos, como a redução dos gastos governamentais. Assim, para apagar a “memória inflacionária” e em contraposição à postulada ineficiência de um manejo gradual da política fiscal e monetária, seria necessária a implementação dos chamados “choques heterodoxos”. Entre essas medidas estavam o congelamento de preços e rendimentos, a desindexação da economia – eliminação da correção monetária –, a conversão de salários em valores reais e a reforma monetária com a introdução de uma nova moeda267.

Apoiando-se nesse diagnóstico e nessas indicações, o governo brasileiro estabeleceu em 1986 o primeiro Plano Cruzado, que lançava também uma nova moeda: naturalmente, o Cruzado. Apesar do êxito inicial, o plano falhou em contornar desequilíbrios na balança de pagamentos, a escassez da oferta, os problemas nas finanças públicas e o próprio avanço da inflação nos meses seguintes a sua instituição. De tal maneira, a estratégia do Cruzado precisou ser complementada, ainda no mesmo ano, por dois novos pacotes econômicos, o Cruzadinho e o Plano Cruzado II, sendo inteiramente abandonada em 1987, em um contexto inflacionário e de grande instabilidade econômica268.

Com o fracasso da proposta heterodoxa, o governo suspendeu o controle sobre os preços e reintroduziu a correção monetária. Para Eduardo Modiano, o

266 Ibidem. p. 87 267

KON, Anita. O Plano Cruzado. In: KON, Anita (ORG.). Planejamento no Brasil II. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 114-115.

165 equívoco do entendimento que embasou o Plano Cruzado estava na percepção da existência de uma “bolha inflacionária”, a qual seria supostamente aplacada pela regulação do comportamento dos preços. Os resultados do plano mostraram-se completamente insatisfatórios e levaram a um descrédito público generalizado. Diante disso, o governo anunciou em 1987 o Plano Bresser, que tinha como objetivo abrandar a inflação por meio de uma política “híbrida”, combinando elementos ortodoxos e heterodoxos269.

As principais medidas adotadas no Plano Bresser consistiam, de um lado, no congelamento salarial e, de outro, em políticas fiscais e monetárias austeras e rígidas, o que caracterizava o componente ortodoxo do plano. Mesmo com essa nova postura, explica Lavínia Barros de Castro, o objetivo do governo não se materializou. A impopularidade dos congelamentos e as dificuldade em administrar sua flexibilização inviabilizaram os efeitos pretendidos, pois, após a liberalização, os preços aumentaram descontroladamente. Além disso, a renegociação salarial com certas categorias do funcionalismo público impossibilitou o ajuste programado no déficit governamental. De tal modo, o quadro inflacionário continuou ascendente e as críticas à heterodoxia recrudesceram270.

Em 1988, como em um movimento pendular, os pressupostos ortodoxos e a defesa do combate gradual da inflação voltaram a fazer parte do discurso e das ações do governo brasileiro. Trata-se do que ficou conhecido como a “política do feijão com arroz”, denominação que derivava de sua crítica às soluções dos choques heterodoxos, tidas como “sofisticadas”. Representava, em negação a isso, uma proposta de controle gradual da inflação, a ser realizada, principalmente, por meio da contenção do orçamento público. Sua ausência de resultados, contudo, reascendeu a polêmica sobre as causas inerciais da inflação e motivou novamente uma mudança na

269 MODIANO. Eduardo Marco. A operação dos três Cruzados. In: ABREU, Marcelo de Paiva. A ordem do

progresso. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 363-365.

270

CASTRO, Lavínia Barros De. Esperança, frustração e aprendizado: a história da Nova República. In: GIAMBIAGI, Fábio; Et. al. Economia brasileira contemporânea: 1945-2004. Rio de Janeiro: Elservier, 2005. p. 129-131.

166 orientação da política econômica, o que se consolidou em 1989, com Plano Verão e a criação da moeda Cruzado Novo271.

A despeito do fracasso do Plano Bresser, o Plano Verão também foi apresentado como uma política híbrida. Na síntese de Nelson Carvalheiro, o plano, pelo lado heterodoxo, determinou um amplo congelamento de preços e promoveu a desindexação geral da economia; já pelo lado ortodoxo, enxugou a máquina estatal, limitou o desembolso de recursos do Tesouro às receitas efetivamente arrecadadas e, com o aumento do compulsório e a diminuição de prazos e operações para concessão de empréstimos, contraiu o crédito e a oferta monetária. Apesar de tudo, suas conseqüências não foram diferentes das demais tentativas272.

Desse modo, as propostas de estabilização implantadas nos primeiros anos da Nova República não conseguiram mais do que o estancamento momentâneo da inflação273. Além disso, seus métodos, geralmente impopulares, dependiam de uma estrutura política autoritária, característica da transição do regime militar274. Com a efetiva redemocratização do País, essa realidade seria substancialmente modificada. Para Antonio Carlos de Moraes, a sociedade brasileira se defrontaria, então, com dois distintos projetos econômicos, personificados nas duas principais personalidades políticas da época: o intervencionismo de Lula – cuja escolha traduzia o temor ao velho modelo – e o neoliberalismo de Collor – alternativa também encarada pela sociedade brasileira com grande desconfiança275.

A vitória de Collor representou, portanto, a opção pela incerteza quanto à nova proposta. Diferentemente das políticas de estabilização da década de 1980, o

271 Ibidem. p. 125-130.

272

CARVALHEIRO, Nelson. Os Planos Bresser (1987) e Verão (1989): persistência na busca da estabilização. In: KON, Anita (ORG.). Planejamento no Brasil II. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 167- 170.

273

MODIANO. Eduardo Marco. A operação dos três Cruzados. In: ABREU, Marcelo de Paiva. A ordem do progresso. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 382.

274 CARVALHEIRO, Nelson. Os Planos Bresser (1987) e Verão (1989): persistência na busca da

estabilização. In: KON, Anita (ORG.). Planejamento no Brasil II. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 178.

275 MORAES, Antonio Carlos De. Plano Brasil Novo. In: KON, Anita (ORG.). Planejamento no Brasil II. São

167 programa de Collor eram completamente estruturado pelos pressupostos neoliberais e caracterizava uma reação ao projeto desenvolvimentista. Seu conteúdo estava condensado no Plano Brasil Novo – também chamado de Plano Collor I – e na Política Industrial e de Comércio Exterior (PICE). Nessas iniciativas estavam as principais linhas da nova lógica que orientaria a ação governamental: a abertura comercial, o combate ao protecionismo, a atribuição às importações de relevante papel no controle da inflação e a forte ênfase nas privatizações – embora essas já ocorressem em menores escalas nos governos anteriores276.

O Plano Collor também instituiu uma nova moeda – o Cruzeiro – e lançou mão do congelamento de ativos financeiros visando a controlar a inflação. Além disso, com a abertura comercial, previa a reestruturação da indústria brasileira por meio da criação de instrumentos de crédito e de coordenação, objetivando aumentar sua competitividade frente à conjuntura externa277.

Inicialmente as medidas foram bem sucedidas e a taxa de inflação foi significativamente reduzida. Mas a retração econômica e a impopularidade das ações do governo no combate à inflação, com resultados de curta duração e consideradas excessivamente intervencionistas, levaram a uma desaprovação pública generalizada e ao conseqüente abandono do plano278.

O Governo Collor ainda foi marcado por um segundo pacote econômico – o Plano Collor II. Concebido em resposta aos frustrantes resultados do primeiro, esse novo experimento voltou a trabalhar com a premissa da desindexação e retomou o gradualismo na contenção inflacionária. Com modificações no comportamento dos gastos públicos esperava-se estabelecer um novo padrão para a determinação coletiva dos preços, criando um “círculo virtuoso” que reduziria lentamente a inflação.

276 Ibidem. p. 203-206.

277 Ibidem. p. 204. 278

CASTRO, Lavínia Barros De. Privatização, abertura e desindexação: a primeira metade dos anos 1990. In: GIAMBIAGI, Fábio; Et. al. Economia brasileira contemporânea: 1945-2004. Rio de Janeiro: Elservier, 2005. p. 148-151.

168 A crise política que culminou no Impeachment, entretanto, impediu a realização dessa proposta279.

Muitos autores concordam com Francisco de Oliveira na interpretação de que o Governo Collor foi um caso de “bonapartismo”, no qual as reformas neoliberais estariam sendo implantadas mediante autoritarismo280. Para Luiz Filgueiras, o bonapartismo de Collor confrontava as novas instituições democráticas instaladas no País e não tinham qualquer base social para compensar seu isolamento político. As razões de seu fracasso, no entanto, decorriam de interesses mais profundos das elites brasileiras, que ainda se dividiam ante ao projeto neoliberal281.

No entendimento de Csaba Deák, as reformas anunciadas por Collor representariam o rompimento dos entraves auto-impostos pela sociedade brasileira a seu próprio desenvolvimento capitalista. A intensidade e a amplitude da oposição às ações de Collor caracterizaram, contudo, uma reação à transformação social e, sob os mais diversos argumentos, impetraram a manutenção de uma ordem material que, em crise, se reproduz até hoje282.

Uma vez neutralizadas as tensões, as instituições e a retórica neoliberal foram esvaziadas de seu conteúdo postuladamente reformador e legitimaram, a partir de então, a continuidade do peculiar capitalismo brasileiro. Nessa acepção se incluiu, especificamente, o Plano Real e as ações do Governo Fernando Henrique Cardoso, consideradas como a mais bem sucedida tentativa de estabilização da economia brasileira e cujas principais diretrizes permanecem vigentes ainda na década de 2010.

Além do Plano Real, lançado ainda na presidência de Itamar Franco, também caracterizaram o Governo FHC o Plano Plurianual para o período de 1996 a 1999 (PPA-1996-99) e o esboço dos “Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento”.

279 Ibidem. 280

OLIVEIRA, Francisco De. Fernando Otto Von Collor Bismarck. Folha de São Paulo, 26 de Março de 1990. Caderno A, página 3. Disponível em: http://acervo.folha.com.br/fsp/1990/03/26. Acesso em 03/01/2014.

281

FILGUEIRAS, Luiz. História do Plano Real. São Paulo: Boitempo, 2006. p. 86.

282 DEÁK, Csaba. Acumulação entravada no Brasil e a crise dos anos 1980. In DEÁK, Csaba; SCHIFFER,

169 As novas diretrizes seriam a consolidação da recém-criada moeda e a volta do crescimento econômico, que aconteceria em decorrência da estabilidade monetária e da expansão dos programas de desestatização e das parcerias público-privadas. A proposta ainda buscava incorporar a dimensão espacial ao processo de planejamento, por meio do que ficou conhecido como o “Estudo dos Eixos”283.

Elaborado por um consórcio de consultorias estrangeiras, o Estudo dos Eixos procurava identificar oportunidades de investimentos públicos e privados nas áreas de influência de vetores logísticos considerados essenciais para o desenvolvimento do País. Com isso, entre outros objetivos, a proposta projetava uma maior inserção internacional de cada região ou eixo estudado, visando, assim, ao aumento da competitividade da produção brasileira. Em resumo, o produto do Estudo consistiu em um portfólio de projetos centrados principalmente nas áreas de desenvolvimento social e infra-estrutura, totalizando uma quantia de US$ 229 bilhões a ser investida no período de 2000 a 2007284. Na página seguinte é apresentada a configuração espacial da proposta.

Analisando-a, é possível perceber não apenas a confirmação do arranjo territorial brasileiro, mas também o enfoque na infra-estrutura logística voltada ao comércio internacional. Para Antonio Carlos Galvão e Carlos Brandão, a concepção subjacente ao Projeto Eixos é a proposição de uma forma mais eficiente de alcançar os bolsões de riqueza do interior do País, melhorando e expandido os chamados corredores de exportação de modo a integrar as regiões brasileiras, não entre si, mas ao mercado internacional de comodities285.

283

KON, Anita. Planejamento governamental federal no período de 1996-2002. In: KON, Anita (ORG.). Planejamento no Brasil II. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 246-249.

284 NASSER, Bianca. Economia regional, desigualdade regional e o Estudo dos Eixos Nacionais de

integração e desenvolvimento. Revista do BNDES, v. 7, n. 14, Dez, p. 145-178. Rio de Janeiro, 2000. p. 166-174.

285 GALVÃO, Antonio Carlos; BRANDÃO, Carlos Antonio. Fundamentos, motivações e limitações da

proposta dos “Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento”. In: GONÇALVES, Maria Flora et al (ORG.). Cidades e regiões, cidades nas regiões: o desafio urbano-regional. São Paulo: UNEsP/ANPUR, 2003. p. 200-202.

170

Figura 19 – Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento. Fonte: Brasil em ação 1996-1999 – relatório final (2000).

Inteiramente incorporado ao Plano Plurianual 1996-1999 – Brasil em Ação – o projeto eixos teria como resultado uma porção desconexa de investimentos espalhados pelo território nacional (ver figura a seguir). Justificando as medidas e os resultados alcançados, o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso esforçou-se em descaracterizar o plano como uma proposta de planejamento neoliberal. Na verdade, nem o mesmo o presidente pôde definir a que modelo de planejamento o

Brasil em Ação se filiava: “os especialistas vão ter o que discutir...”286.

286 CARDOSO. Fernando Henrique. Mensagem introdutória ao Relatório Final do Plano Plurianual 1996-

171

Figura 20 – Mapa síntese dos empreendimentos do plano Brasil em Ação, 1999. Fonte: Brasil em Ação 1996-1999 – relatório final (2000).

Dessa maneira, o arcabouço institucional implantado a partir de meados da década de 1990 acabaria por legitimar o tradicional processo social brasileiro. Conforme a compreensão de Luiz Filgueiras, o Plano Real e as ações do Governo FHC se articulava a um projeto político conservador que, além da reforma monetária, buscava reestruturar a economia e o Estado por meio das privatizações e das reformas administrativas e fiscais. Concretamente, sua implementação deixou inalterada as debilidades da economia nacional, aprofundando a fragilidade das finanças estatais e a dependência do País ao contexto internacional287.

172 Para Antonio Carlos de Moraes, o Plano Real consolidou a mudança que se iniciara com Collor e tivera origem nos preceitos difundidos pelo Consenso de Washington. Segundo o autor, tratou-se de uma mudança apenas formal, uma vez que o discurso constituiu uma nova maneira de expressar a velha ordem econômica brasileira e sua dependência em relação aos centros hegemônicos288.

Adiantando questões relacionadas ao que os autores acima expõem, Wanderley Guilherme dos Santos faria menção ao caráter “mitológico” da ideologia no Brasil, em especial a freqüente afirmação sobre o descomensurado tamanho do Estado brasileiro. Comparando dados do Banco Mundial sobre os gastos governamentais em diversos países, o autor apontaria que a ineficiência do Estado brasileiro e os laços patrimoniais que o caracterizam derivariam antes de sua precária e diminuta estrutura do que de um suposto gigantismo289. Tal entendimento, entretanto, seria reiteradamente negado pelo ideário neoliberal e pelos programas de desestatização levados a cabo nos Governos Collor e FHC, reimpondo, assim, o incipiente organismo estatal no Brasil.

É nesse sentido, enfim, que Csaba Deák interpreta o neoliberalismo no Brasil como uma forma ideológica que, fortuitamente, adere à dinâmica material brasileira. A retórica da desqualificação da ação estatal, a condenação das políticas sociais e os preceitos anti-protecionistas, embora não correspondentes ao real estágio de desenvolvimento das forças produtivas no Brasil, justificaram e angariaram apoio para o processo de acumulação entravada, o qual, em essência, envolve – ou resulta – o enfraquecimento do Estado, a precariedade das condições de reprodução da força de trabalho e o próprio solapamento da iniciativa privada no País.

Nota-se, ainda, que essa conjuntura ideológica passaria por vicissitudes, principalmente com fatos políticos de grande significância, como a eleição de Lula em

288 MORAES, Antonio Carlos De. Plano Brasil Novo. In: KON, Anita (ORG.). Planejamento no Brasil II. São

Paulo: Perspectiva, 2010. p. 188.

289 SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Mitologias institucionais brasileiras: do leviatã paralítico ao

173 2002. Mesmo assim, isso não traduziria uma modificação real da prática do Estado, encobrindo o imobilismo da sociedade brasileira face à crise de sua reprodução. Antes de adentrar tal discussão, entretanto, o trabalho buscará explorar outros fatores de relevância para compreensão desse quadro ideológico e de suas implicações espaciais: os desdobramentos da Constituição de 1988.

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