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Distribuição das construções por concelho da AMTQT

5. CAPÍTULO 5 – CARACTERIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES DE TABIQUE DA

5.3 Distribuição das construções por concelho da AMTQT

A Figura 31 mostra esquematicamente a quantidade de construções estudadas em cada concelho da AMTQT.

Figura 31: Percentagem de construções de tabique por Concelho

O número exacto de construções de tabique da AMTQT carece contudo de um processo de investigação muito mais apurado e exaustivo e, que face ao tempo disponível para a realização deste trabalho, não foi possível realizar, tal como foi referido anteriormente.

Tal como foi referido anteriormente e está patente na Figura 31, o concelho de Mirandela é aquele no qual foi possível estudar o maior número de construções de tabique (39%). Face aos valores expostos na Figura 31 é possível também afirmar que a

O tipo de construção de tabique é entendido neste trabalho de investigação como sendo o tipo de utilização da construção.

Os tipos de utilização mais frequentes das construções de tabique [7-10] são habitação unifamiliar, multifamiliar e comércio.

A Tabela 6 apresenta os dados relativos ao tipo de construção de tabique identificado na AMTQT.

Tabela 6: Tipo de construção de tabique na AMTQT

Construção Tipo de construção Construção Tipo de construção Construção Tipo de construção Construção Tipo de construção

1 Unifamiliar 21 Unifamiliar 41 Apeadeiro 61 Unifamiliar

2 Unifamiliar 22 Unifamiliar 42 Unifamiliar 62 Unifamiliar

3 Unifamiliar 23 Unifamiliar 43 Unifamiliar 63 Unifamiliar

4 Unifamiliar 24 Unifamiliar 44 Unifamiliar 64 Unifamiliar

5 Unifamiliar 25 Unifamiliar 45 Unifamiliar 65 Unifamiliar

6 Unifamiliar 26 Unifamiliar 46 Unifamiliar 66 Unifamiliar

7 Unifamiliar 27 Unifamiliar 47 Unifamiliar 67 Unifamiliar

8 Unifamiliar 28 Unifamiliar 48 Unifamiliar 68 Unifamiliar

9 Unifamiliar 29 Unifamiliar 49 Unifamiliar 69 Unifamiliar

10 Unifamiliar 30 Unifamiliar 50 Unifamiliar 70 Unifamiliar

11 Apeadeiro 31 Unifamiliar 51 Unifamiliar 71 Unifamiliar

12 Unifamiliar 32 Unifamiliar 52 Unifamiliar 72 Unifamiliar

13 Unifamiliar 33 Unifamiliar 53 Unifamiliar 73 Unifamiliar

14 Unifamiliar 34 Unifamiliar 54 Unifamiliar 74 Unifamiliar

15 Unifamiliar 35 Unifamiliar 55 Unifamiliar 75 Unifamiliar

16 Unifamiliar 36 Unifamiliar 56 Apeadeiro 76 Unifamiliar

17 Unifamiliar 37 Unifamiliar 57 Unifamiliar 77 Unifamiliar

18 Apeadeiro 38 Unifamiliar 58 Unifamiliar 78 Unifamiliar

19 Unifamiliar 39 Unifamiliar 59 Unifamiliar 79 Unifamiliar

Figura 32: Incidência do tipo de construções de tabique da AMTQT

Através da observação da Figura 32 pode se constatar que as construções de tabique estudadas são do tipo unifamiliar (95%). Por sua vez, também foram identificadas algumas estações do caminho-de-ferro (apeadeiros) na AMTQT construídas segundo a técnica do tabique.

Comparando estes resultados com os resultados apresentados [7-10] verifica-se que na AMTQT o tipo de utilização deste tipo de construções é muito mais limitado.

5.5 Número de pisos

Durante a realização deste trabalho de campo observa-se que as construções de tabique eram maioritariamente de 2 pisos (Figura 33-b), apesar de se ter encontrado também com 1 piso (Figura 33-a) e com 3 pisos (Figura 33-c).

a) Construção com 1 piso b) Construção com 2 pisos

c) Construção com 3 pisos

Figura 33: Construções de tabique com diferentes pisos

Construção de tabique com 1 piso é uma solução interessante porque de acordo com trabalhos de investigação anteriores [3-10] é uma solução pouco frequente.

A Figura 34 sumariza a incidência do número de pisos das construções de tabique estudadas em termos percentuais.

apenas 6% das 80 construções estudadas. Em [7-10] foram estudadas construções de tabique com 4 e 5 pisos na AMAT.

5.6 Estado de conservação

O estado de conservação foi atribuído a cada elemento construtivo de tabique estudado segundo a escala de conservação atrás apresentada, Figura 19.

A Figura 35 apresenta a incidência em termos percentuais do estado de conservação das construções de tabique estudadas na AMTQT.

Figura 35: Estado de conservação das construções de tabique estudadas

Através da Figura 35 verifica-se que a maioria dos elementos de tabique apresenta um estado de conservação compreendido entre o muito degradado e o degradado, 25% e 27%, respectivamente. Os elementos de tabique em bom estado de conservação correspondem a 14%, e 12% são ruína. Apenas 2% das construções apresentam um estado de conservação perfeito.

Se for considerado que o cenário de possibilidade de reabilitação de um elemento construtivo de tabique pode ser viável quando este apresenta um estado de conservação considerado degradado ou bom, então pode-se afirmar, e baseado nos dados da Figura 35, que 39% das construções de tabique estudadas na AMTQT são passíveis de ser reabilitadas. 39% das construções de tabique estudadas apresenta um estado de conservação considerado muito degradado ou ruína.

Esta informação vai de encontro com os resultados obtidos em estudos similares desenvolvidos na Associação de Municípios do Vale do Douro Sul [11] e do Douro Norte [3-6], em que o estado de conservação das construções de tabique existentes nessas áreas foi considerado como sendo bastante degradado.

Face a estes resultados, verifica-se que quase a totalidade (98%) das construções de tabique estudadas na AMTQT apresentam patologias. 39% dessas construções atinge um grau de deteorização tão elevado que qualquer intervenção de reabilitação será muito complexa. 39% dessas construções se não for sujeita a trabalhos de conservação e reabilitação também poderá num futuro próximo atingir o estado de ruína.

Esta informação também revela que a construção de tabique da AMTQT tem vindo a ser negligenciada pelos proprietários e entidades públicas.

É necessário e urgente inverter esta situação de forma a impedir que este tipo de construção tradicional portuguesa desapareça num futuro próximo na AMTQT.

5.7 Tipo de elemento construtivo de tabique

Os tipos de elementos construtivos de tabique que se encontraram na AMTQT foram: paredes interiores, paredes exteriores e tectos.

Na maioria das construções de tabique estudadas não foi possível realizar uma visita ao seu interior devido à inacessibilidade ou a não se ter obtido a autorização por parte dos proprietários. Por isso, os resultados apresentados podem não traduzir a realidade.

A Figura 36 mostra a incidência em termos percentuais do tipo de elemento construtivo tabique encontrado na AMTQT.

Figura 36: Tipo de elemento construtivo de tabique encontrado na AMTQT

A Figura 36 mostra que o tipo de elemento construtivo de tabique mais abundante na AMTQT é a parede exterior (81%). Atendendo a que parece lógico que se as paredes exteriores forem de tabique as paredes interiores também o seguem, apenas parece ser possível concluir nesta secção da tese que as paredes de tabique são os elementos construtivos mais frequentes neste tipo de construção na AMTQT.

Outra conclusão a referir é que a aplicação de paredes exteriores de tabique parece ser uma solução corrente, o que se revela bastante interessante tendo em conta que funcionavam como elementos estruturais e de acordo com [8] e [10].

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