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Distribuidoras

No documento PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (páginas 30-0)

2.2 DRONES NA ENGENHARIA ELÉTRICA

2.2.2 Concessionárias do Brasil

2.2.2.2 Distribuidoras

As concessionárias distribuidoras são responsáveis pelo recebimento a energia elétrica das linhas de sub transmissão e transporta para a de distribuição. De acordo com o Decreto n°

73.080 os níveis de tensão permitidos em distribuição primária e secundárias de corrente alternada em redes públicas são mostradas na Tabela 2:

Tabela 2 - Níveis de tensão das linhas de distribuição.

Distribuição Tensão

Fonte: Decreto nº 73.080 (1973).

De acordo com ABRADEE (Associação brasileira de distribuidores de energia elétrica) as concessionárias distribuidoras do Brasil no total de 59 são mostradas na Tabela 3.

Tabela 3 - Concessionárias distribuidoras do Brasil.

Sigla Significado

ALIANÇA Cooperativa Aliança

CELPA Centrais Elétricas do Pará S/A

CELPE Companhia Energética de Pernambuco

31

Sigla Significado

CEMAR Companhia Energética do Maranhão

CHESP Companhia Hidroelétrica São Patrício

COCEL Companhia Campolarguense de Energia

COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia COSERN Companhia Energética do Rio Grande do Norte CPFL PAULISTA Companhia Paulista de Força e Luz

CPFL

PIRATININGA Companhia Piratininga de Força e Luz CPFL SANTA

CRUZ Companhia Luz e Força Santa Cruz

EDP ES EDP ESPÍRITO SANTO – DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA S.A.

EDP SP EDP SÃO PAULO – DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

ELÉTRICA S.A.

ELEKTRO Elektro Eletricidade e Serviços S/A ELETROPAULO Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.

ENEL CE Enel Distribuição Ceará

ENEL-GO Enel Distribuicão Goiás

ENEL RJ Enel Distribuição Rio

ENERGISA BO Energisa Borborema – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA MG Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA MS Energisa Mato Grosso do Sul – Distribuidora de Energia

S/A

ENERGISA MT Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA NF Energisa Nova Friburgo – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA PB Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA SE Energisa Sergipe – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA SS Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA TO Energisa Tocantins – Distribuidora de Energia S/A

FORCEL Força e Luz Coronel Vivida Ltda.

IGUAÇU

ENERGIA Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda.

JARI Jari Energética S/A. – JESA

32

Sigla Significado

JOÃO CESA Empresa Força e Luz João Cesa Ltda LIGHT Light Serviços de Eletricidade S/A MUXFELDT Muxfeldt, Marin & Cia Ltda.

NOVA PALMA Usina Hidroelétrica Nova Palma (UENPAL) PANAMBI Hidroelétrica Panambi S.A (HIDROPAN)

RGE Rio Grande Energia S/A

RGE SUL RGE SUL

SANTA MARIA Empresa Luz e Força Santa Maria S/A SULGIPE Companhia Sul Sergipana de Eletricidade URUSSANGA Empresa Força e Luz de Urussanga Ltda. (EFLUL)

DEMEI Departamento Municipal de Energia de Ijuí

DMED DME Distribuição S/A

ELETROCAR Centrais Elétricas de Carazinho S/A

CEA Companhia de Eletricidade do Amapá

CEB-D CEB Distribuição S/A

CEEE-D Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica CELESC-D Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A

CEMIG-D CEMIG Distribuição S/A

CERR Companhia Energética de Roraima

COPEL-DIS Copel Distribuição S/A

ELETROBRAS AC Eletrobras Distribuição Acre ELETROBRAS AL Eletrobras Distribuição Alagoas

ELETROBRAS AM Eletrobras Amazonas Energia

ELETROBRAS PI Eletrobras Distribuição Piauí ELETROBRAS RO Eletrobras Distribuição Rondônia ELETROBRAS RR Eletrobras Distribuição Roraima

Fonte: ABRADEE (2019).

Foram expostas todas as concessionárias pertencentes ao grupo ABRADEE.

33 2.3 INTERNET DAS COISAS (Internet of Things) IoT

A Internet das Coisas é definida como uma rede global que auxilia e provê a funcionalidade de integrar o mundo físico. Isso se dá devido a análise, processamento e coleta dos sensores que estarão conectados em todas as coisas e se comunicaram por meio da rede pública.

Segundo Pansera (2018), esse termo se refere a uma inovação tecnológica onde áreas como:

• Automobilística: Incluindo-se nesse universo os automóveis com direção autônoma.

• Medicina e saúde: Na coleta e organização dos dados vindos dos dispositivos médicos conectados em roupas e monitores de saúde. Ao realizar a coleta, pode ser feito o diagnóstico do paciente com mais precisão em um período de tempo reduzido.

• Gestão de cidades inteligentes: No controle do tráfego e informações sobre o meio ambiente e orientações aos cidadãos por meio dos smartphones.

• Casas inteligentes: Termostatos, lâmpadas acendidas pelo wi-fi e módulos de aquecimento de água podendo ajudar nas contas de energia e água. Coisas como, fogões, geladeiras, portas de garagem, podem ser controlados em aplicações do IoT.

• Aviões grandes e pequenos: Inclui os drones, recebendo informações precisas sobre a rota que deve ser percorrida em sua aplicação.

A Figura 14 ilustra todos esses setores que a internet das coisas (IoT) poderá atuar:

34 Figura 14 - Setores da internet das coisas (IoT).

Fonte: FARHAN et al. 2017, apud Texeira (2018).

2.4 DRONES E APLICAÇÕES EM ENGENHARIA

Segundo Pereira (2019), os drones foram criados a partir das necessidades militares com o intuito de vigiarem seus inimigos (pela visão aérea), no apoio em ataques de espionagem ou ainda para envio de mensagem. Criados pelo engenheiro israelita Abe Karem, os drones necessitavam de 30 pessoas para serem controlados. Naquela época, o engenheiro já tinha em mente a necessidade veículos aéreos não tripulados tivessem segurança, confiabilidade desempenho de aviões tripulados.

Atualmente, os drones são utilizados em diversos setores na indústria, tais como:

• Setor químico e petroquímico: Detecta a presença de vazamentos como mostra a Figura 15 A).

• Setor elétrico: Inspeção das linhas de transmissão e distribuição de energia para detectar a presença de cabos e equipamentos defeituosos como mostra a Figura 15 B).

• Todos os setores: Detecta se os telhados ou coberturas existem telhas soltas ou danificadas, como mostra a Figura 15 C).

• Agricultura: Sobrevoa o campo para irrigação, controle de pragas ou monitoramento de uma plantação, como mostra a Figura 15 D).

35 Figura 15 - A) Fiscalização do abastecimento de combustível no porto de Santos. B) Inspeção

de linha de distribuição feita pela COSERN. C) Imagem de telhado capturada através de drone. D) Produtores rurais monitoram rebanho e enxergam falhas no plantio com uso de

drone.

Fonte: Adaptado de NETO, et al.

Em todas as situações foram adquiridas imagens para diferentes funcionalidades.

2.5. CLASSIFICAÇÃO DE DRONES (ESTRUTURA FÍSICA)

No mercado atual existem diversos modelos de drones com diferentes formas e tamanhos. Os modelos menores são geralmente usados na captura de vídeos e imagens, sua grande maioria são asa fixa ou de multirotores. Os modelos maiores são usados para fins militares em operação de reconhecimento, obter informações e vigilância, a maioria deles são de multirotores.

2.5.1. Asa Fixa

O termo “Asa fixa” é defino assim na indústria da aviação porque os drones usam asas fixas e estática combinada com a velocidade de avanço para gerar elevação. Podendo ser rotações como Roll (Rotação em torno do eixo longitudinal) e Pith (Rotação em torno do eixo

36 transversal), ou seja, o mesmo princípio de funcionamento de aviões convencionais. São mais econômicos em termos de gastar menos energia para obter sua sustentação. A Figura 16, será mostrado um drone do tipo asa fixa Vant Gomap da empresa Geotec.

Fonte: Geotec (2020).

Esse drone tem autonomia de 90 minutos, velocidade máxima de 25 m/s, com o teto de operação em até 3.000m, peso de 0,3 kg e seu principal foco é em mapeamento de alta precisão em áreas de grandes dimensões, permitindo o uso em agricultura, meio ambiente, mineração, infraestrutura e mapeamento urbano.

2.5.2 Multirotores

O termo “multirotores” se dá devido a presença de um ou vários rotores (hélices) na sua estrutura. Podendo ser entendido na aviação pelo termo rotorcraft, pois eles usam asas rotativas para gerar elevação assim como o princípio de funcionamento de um helicóptero. Eles são capazes de baixar a velocidade e permanecer parados no ar e possuem decolagem vertical como pode ser visto na Figura 17.

Figura 16 - Drone do tipo asa fixa Vant Gomap.

37

Fonte: Geotec (2020).

Esse drone tem autonomia de 60 minutos, velocidade máxima de 12 m/s, com a resistência ao vento de 45km/h, peso de 2,6kg e seu principal foco é captura de fotos e vídeos em geral. Os multirotores são classificados de acordo com a quantidade de hélices pertencentes a ele, pode ser entendido melhor através da Figura 18 a seguir:

Figura 18 - Classificação dos multirotores de acordo com o número de hélices

Fonte: Filmora (2020).

Resumidamente, as vantagens, desvantagens e aplicações dos drones de Asa fixa ou Multirotores vistas a partir da Tabela 4.

Tabela 4 - Vantagens, desvantagens e aplicações dos tipos de drones.

Tipo Vantagens Desvantagens Aplicações

Asa Fixa

- Autonomia de voos maiores - Difícil operação - Mapeamento de áreas grandes - Operaram com cargas

Figura 17- Drone do tipo Multirotores Spectral.

38

Tipo Vantagens Desvantagens Aplicações

- Consumo baixo de energia - Operam com altas velocidades - Elevadas atitudes - Não são capazes

de operar em espaços menores - Não dependem muito dos

sistemas eletrônicos - Operam em espaços menores

- Baixas altitudes - Mais confiáveis

Fonte: Adaptado de Filmora (2020).

2.6 REGULAÇÃO AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC)

Em 2017 a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabeleceu as regras que regulam as operações civis de aeronaves não tripuladas. Esse regulamento é chamado de Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94/2017 (RBAC-E nº 94/2017) no qual complementa as normas e operação dos drones feitas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

Segundo a regulamentação da ANAC, os drones são classificados de acordo com a sua aplicação, podendo ser os aeromodelos e os aeronaves remotamente pilotadas (Remotely Piloted Aircraft - RPA). Os aeromodelos são aquelas aeronaves não tripuladas remotamente pilotada usadas para recreação e lazer. Já as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são usadas para fins experimentais, comerciais ou institucionais.

Ambos modelos só podem ser operados com a distância horizontal das pessoas que não estão envolvidas nas operações de no mínimo 30 metros e cada piloto só pode operar um equipamento por vez.

Além disso, os pilotos dos aeromodelos devem ser conscientes que quando o peso total do equipamento é até 250 gramas, não é necessário ser cadastrado junto a ANAC, e também que esses aeromodelos operados até 400 pés (121,92 metros) acima do nível do solo devem ser cadastrados, possuir licença e habilitação.

39 As aeronaves remotamente pilotadas (RPA) de Classe 1 (acima de 150kg), Classe 2 (Acima de 25kg e abaixo ou igual a 150kg) e que pretendem voar acima de 400 pés (121,92 metros) acima do nível do solo, devem ter a licença e habilitação válida que foi emitida pela ANAC.

2.6.1 Classificação dos drones (PESO)

Os drones podem ser classificados de acordo com a sua classe, operação e alcance visual. No decorrer do texto será mostrado como é feito essa divisão e quais são os fatores que são levados em consideração.

2.6.1.1 Classes

Segundo o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC) – E nº 94, as RPA são classificadas de acordo com o peso máximo de decolagem como pode ser vista na Tabela 5.

Tabela 5 - Classificação das aeronaves remotamente pilotadas (RPA).

Classes Características

1 Peso máximo de decolagem maior que 150kg

2 Peso máximo de decolagem maior que 25kg e abaixo ou igual a 150kg 3 Peso máximo de decolagem menor ou igual a 25kg

Fonte: RBAC (2017).

Resumidamente a classificação, o peso e a classe segundo a ANAC, mostra na Figura 19 abaixo:

40 Figura 19- Classificação, o peso e classe segundo a ANAC.

Fonte: Autoria própria.

2.6.2 Operação e Alcance Visual

Segundo a ANAC, 2017 a operação junto ao alcance visual mostrada na Figura 20 pode ser classificada de acordo com:

• Operação BVLOS: Operação na qual o piloto não consegue manter a aeronaves remotamente pilotadas RPA dentro de seu alcance visual, mesmo com a ajuda de um observador.

• Operação VLOS: Operação na qual o piloto mantém o contato visual direto com a RPA (sem auxílio de lentes ou outros equipamentos).

• Operação EVLOS: Operação na qual o piloto remoto só é capaz de manter contato visual direto com a aeronaves remotamente pilotadas RPA com auxílio de lentes ou de outros equipamentos e de observadores das aeronaves remotamente pilotadas RPA.

PESO

41

Fonte: ANAC (2017).

2.6.3 Calibração e Localização

As motivações técnicas são entendidas como aquelas ligadas diretamente ao drone, são classificadas em calibração e localização.

• Calibração: Para que exista uma leitura precisa dos componentes na sua aplicação, se faz necessária a calibração dos seus dispositivos. Como por exemplo, do termo visor que é responsável pela leitura térmica.

• Localização: A localização do drone na inspeção pode ser facilmente controlada afim de melhorar a resolução dos dados obtidos (lembrando de respeitar a distância segura dita pelo fabricante).

2.6.4 Parâmetros de pilotagem de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA)

Para manter a segurança do piloto e dos terceiros, se faz necessário seguir as seguintes recomendações feitas pela (Agência Nacional de Aviação Civil) ANAC.

2.6.4.1 Idade

A regulamentação informa que a idade mínima para pilotar as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) é de 18 anos. Tanto o piloto quanto o observador devem obedecer a essa regra.

Para os aeromodelos, não se estipula a idade mínima.

Figura 20- Classificação de acordo com a operação e campo visual.

42 2.6.4.2 Seguro

O seguro é obrigatório e remete a reponsabilidade quanto a cobertura contra danos e terceiros nas Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) de uso não recreativo onde o seu peso seja maior que 250g. Se a mesma for controlada por órgãos do estado, não é necessário o seguro.

2.6.4.3 Locais de pouso e decolagem

Se não houver a proibição no local escolhido para pouso e decolagem, pode ser utilizados os locais onde são distantes de terceiros.

2.6.4.4 Certificado médico

Os certificados devem ser apresentados para os pilotos das aeronaves não tripuladas RPA de Classes 1 e 2, onde será emitido pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) ou a CMA (Certificado Médico Aeronáutico) de terceira classe do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).

2.7 CONDIÇÕES PARA PILOTAGEM DE DRONES – DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (DECEA)

Subordinado ao comando da aeronáutica o DECEA é o Departamento de Controle do Espaço Aéreo responsável pelo controle do espaço aéreo brasileiro, tendo por missão contribuir para a garantia da soberania nacional, por meio do gerenciamento do sistema de controle do espaço aero brasileiro. Segundo esse órgão “As competências do piloto devem ser cuidadosamente previstas para assegurar o conhecimento, habilidades, atitudes, capacidade física e mental, proficiência linguística, principalmente por não estarem a bordo da aeronave”.

A Lei 11.182/2005 em seu artigo 8º, item XVII, estabelece que é de competência da ANAC “Proceder à homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações, relativos às atividades de competência do sistema de segurança de voo da aviação civil, bem como licenças de tripulantes e certificados de habilitação técnica e de capacidade física e mental, observados os padrões e normas por ela estabelecidos”.

43 2.8 SEGURANÇA NA INSPEÇÃO COM DRONES

Existe uma maior segurança nas inspeções visuais com uso de drones em industrias que contém atmosferas explosivas, já que seu funcionamento é controlado a uma longa distância da zona classificada, permitindo a chegada em locais de difícil acesso, por possibilitar alcançar locais onde a habitação humana seria perigosa além de melhorar na obtenção das informações desejadas (Hegard, 2017).

Assim como em atmosferas explosivas, o uso dos drones em espaços confinados é uma solução para melhorar a segurança e a eficiência nas operações. Pois ele possibilita acessar locais de difícil chegada, captar imagens de soldas, oxidação, desgastes, limpeza e corrosão.

Realizando inspeções termográficas com temperaturas relativamente altas, áreas tóxicas ou com pouco oxigênio (Hegard, 2017).

O uso de drones na inspeção de linha de transmissão e distribuição de energia elétrica acarretaria na diminuição de mortes humanas devido a seu trabalho direto com a rede. De acordo com (Silva, 2014) “As estatísticas sobre acidentes de trabalho nas etapas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil, entre 2004-2013, notificam 729 acidentes de trabalho fatais (128 com trabalhadores próprios e 601 com trabalhadores terceirizados)”. Mostrando assim, que o uso dessa tecnologia poderia diminuir acidentes como esses. De acordo com (Hegard, 2017), do ponto de vista econômico, qualquer falha nessas operações pode gerar prejuízos incalculáveis tanto para setores da indústria quanto para o consumidor.

2.8.1 Atmosfera explosiva

A atmosfera explosiva pode ser entendida quando existe o contato do oxigênio, combustível (gases, vapores, poeiras e líquidos), e a fonte de ignição (aparelhos, instalações elétricas ou fontes de calor). Como pode ser visto na Figura 21, também conhecido como triângulo do fogo.

44 Figura 21 - Triângulo do fogo.

Fonte: Melflex (2016).

As zonas são classificadas de acordo com o tipo de substância inflamável no ambiente, suas características, a probabilidade com que essa substância será liberada para o meio externo e as condições ambientais. De acordo com a norma ABNT NBR IEC 60079-10-1 (Atmosferas explosivas: Proteção de equipamentos por segurança intrínseca) são classificadas as zonas como vista na Tabela 6.

Tabela 6 - Zonas de acordo com a classificação.

Zonas Classificação

0 Local onde a ocorrência de mistura inflamável / explosiva é contínua.

1

Local onde a ocorrência de mistura inflamável / explosiva é provável de acontecer em condições normais de operação do equipamento de

processo.

2

Local onde a ocorrência de mistura inflamável / explosiva é pouco provável de acontecer e se acontecer é por curtos períodos e está

associada à operação anormal do equipamento de processo.

Fonte: ABNT NBR IEC 60079-10-1 (2011).

2.8.2 Espaços confinados

De acordo com a Norma Regulamentadora 33 (Segurança e saúde em espaços confinados), “O espaço confinado é definido como qualquer área ou ambiente não projetado

45 para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.

Perante essa definição, é de enorme assistência o uso de drones nesses locais, com equipamentos devidamente projetados para esse tipo de aplicação.

2.9 TIPOS DE MANUTENÇÃO

Cada tipo de manutenção preditiva preventiva ou corretiva (analise do estado) depende do que estar sendo analisado. Segundo o Diário oficial da união com resolução normativa n°

853 de agosto de 2019, cada equipamento no qual compõe o sistema elétrico de energia deve ter uma maneira especifica para ser analisado em determinadas periodicidades. Os dados da Tabela 7 abaixo mostra resumidamente o que a norma descreve.

Tabela 7 - Equipamentos, descrição das atividades e periodicidade da manutenção.

Equipamento Atividades Periodicidade

Subestações

Inspeções termográficas nos equipamentos e em suas conexões

Mínimo a cada 6 meses Ensaio do óleo isolante dos equipamentos. Item do

equipamento

Transformadores de potência ou Autotransformadores

Análise de gases dissolvidos no óleo isolante

Máxima a cada 6 meses Ensaio físico químico do óleo isolante Máximo a cada

24 meses Manutenção preventiva periódica Máxima a cada

72 meses

Reatores de potência

Análise de gases dissolvidos no óleo isolante

Máxima a cada 6 meses Ensaio físico-químico do óleo isolante Máximo a cada

24 meses Manutenção preventiva periódica Máximo a cada

72 meses Bancos de

capacitores em paralelos e filtros

Manutenção preventiva do banco em paralelo

Mínimo a cada 3 anos Manutenção preventiva dos filtros Mínimo a cada 4

anos

46

Equipamento Atividades Periodicidade

Disjuntores e chaves de alta velocidade

Manutenção preventiva periódica de disjuntores e chaves de alta velocidade

Mínimo a cada 72 meses Chaves

seccionadoras Manutenção preventiva periódica Mínimo a cada 72 meses Transformadores

para instrumento Manutenção preventiva periódica Mínimo a cada 72 meses Para raio Manutenção preventiva periódica Mínimo a cada

72 meses Medidores de tensão

e corrente Manutenção preventiva periódica Mínimo a cada 72 meses Linhas de

transmissão Inspeção de rotina Mínimo a cada

12 meses

Fonte: Resolução Normativa nº 853, 2019.

2.10 INSPEÇÃO CONVENCIONAL E INSPEÇÃO COM USO DE DRONES

2.10.1 Inspeção convencional

As inspeções do sistema elétrico têm por objetivo principal identificar irregularidades e anomalias na distribuição de energia, que se não consertado a tempo, resultarão em falhas e interrupção de energia elétrica (ELETROBRÁS; 1982, p. 74). A função desse profissional inspetor é detectar e avaliar como se encontra o equipamento, preferindo a troca do mesmo se achar necessário. Existem diferentes tipos de inspeções, que são elas:

• Inspeção de Rotina: Inspeção realizada pelos encarregados da segurança do local e pelos próprios funcionários, geralmente feitas em máquinas ou equipamentos.

• Inspeção Periódica: Inspeção realizadas em tempos e tempos, necessário devido ao desgaste da máquina.

• Inspeção Oficial: Inspeções feitas por órgãos oficiais, agentes especialistas ou empresas de seguro.

• Inspeção Parcial: Inspeção realizada em setores específicos do local.

• Inspeção Geral: Inspeção realizada em todos os setores do local.

47 2.10.2 Inspeção com Drones

2.10.2.1 Transmissoras

No artigo da Revista de pesquisa e desenvolvimento da ANEEL com o título

“Desenvolvimento e uso de veículos aéreos não tripulados na inspeção de sistemas elétricos de potência” no qual foi executado pelas equipes de desenvolvimento da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e a Fundação para Inovações Tecnológicas (FITec) financiada pelo programa de P&D da ANEEL, mostra que a LT (linha de transmissão) de aproximadamente 9 km foi inspecionada como mostra a Figura 22.

Fonte: ANEEL (2013).

Concluiu-se que com as lentes de 50mm do modelo SIG RASCAL 110 com resolução de 21 megapixels, forneceu informações técnica suficientes para análise da estrutura da torre e dos isoladores, podendo ser identificado os pontos de deterioração e necessidade de manutenção. Além disso, o mosaico permitiu identificar onde seria necessário limpeza e poda da vegetação ou até mesmo notificações ou despejos de locais que foram invadidos.

Figura 22 - Torre da linha de transmissão inspecionada.

48 O Grupo de Estudo de Linha de Transmissão (GLT) da concessionária ELETROSUL publicou no seminário nacional de produção e transmissão de energia elétrica em outubro de 2017, um estudo que conclui algumas observações importantes quanto ao uso dos drones, são

48 O Grupo de Estudo de Linha de Transmissão (GLT) da concessionária ELETROSUL publicou no seminário nacional de produção e transmissão de energia elétrica em outubro de 2017, um estudo que conclui algumas observações importantes quanto ao uso dos drones, são

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