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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

No documento PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (páginas 15-0)

1. INTRODUÇÃO

1.2 OBJETIVOS

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Realizar levantamento bibliográfico do material em estudo;

• Compreender como é realizada a inspeção de linha de transmissão e distribuição aérea de energia elétrica com e sem uso de drones;

• Verificar a eficiência e eficácia do uso dos drones na inspeção de linha de transmissão e distribuição de energia elétrica;

16 2. REFERENCIAL TEÓRICO

O presente tópico irá expor os principais pontos para serem vistos afim de compreender todo o contexto do trabalho.

2.1 ESTRUTURA BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO

Como será mostrado na Figura 1, o sistema de energia elétrica possui uma estrutura baseada em uma organização vertical e horizontal. Sendo a organização vertical formada das seguintes partes: rede de distribuição; rede de sub transmissão; rede de transmissão; rinhas de interligação; geração ou produção.

A organização horizontal é formada de cada camada ou nível, que são isolados eletricamente como também geograficamente dos subsistemas perto de mesmo nível, sendo assim interligados através de um sistema com nível maior (FUCHS, 2015).

Fonte: Adaptado de FUCHS (2015)

2.1.1 Classificações das Linhas

Figura 1 - Estrutura básica de um sistema interligado.

17 Segundo (FUCHS, 2015) as linhas podem ser classificadas de acordo com o nível de tensão, podendo ser:

• Linhas de transmissão: São aquelas que operam com as tensões mais elevadas do sistema de 230 kV a 1050 kV, realizando a interligação entre os centros de produção e centros de consumo ou entre os centros de produção e mesmo sistemas independentes.

• Linhas de sub transmissão: São aquelas que operam com tensões abaixo das tensões dos sistemas de transmissão, variando muito de 69 kV a 138 kV, podendo assim operar com tensões iguais a elas. Sua função é realizar a distribuição a granel da energia transportada das linhas. Começam nas subestações regionais e terminam nas subestações abaixadoras locais.

• Linhas de distribuição primária (Média tensão): São aquelas que operam com tensões suficientemente baixas de 23 kV a 34,5 kV, pois elas ocupam vias públicas e suficientemente elevadas para garantir boas regulações.

• Linhas de distribuição secundária (Baixa tensão): São aquelas que operam com as tensões mais baixas do sistema de 13,8 kV, seu comprimento não ultrapassa de 300 metros. Sua tensão é apropriada de acordo com as máquinas, aparelhos ou lâmpadas. A Figura 2 ilustra o sistema de energia elétrica:

18 Figura 2 - Sistema de energia elétrica.

Fonte: Coorsel (2016) apud Toledo (2017).

2.1.1.1 Características físicas das Linhas aéreas de transmissão

A geometria é a explicação quase exclusiva do desempenho da linha de transmissão, sendo ela composta por cabos condutores, isoladores e ferragens, estrutura das linhas de transmissão e cabos para-raios também chamados de “cabos de guarda” (FUCHS,2015).

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Fonte: MELO (2016).

• Cabos condutores: Ele é o fator primordial que determina o bom desempenho da linha.

Esses condutores devem possuir características como alta condutividade elétrica, baixo custo, boa resistência mecânica, baixo peso específico e alta resistência a oxidação e a corrosão por agentes químicos poluentes (FUCHS,2015). Os cabos podem ser de alumínio com alma de aço mostrado na Figura 4 A), Cabos ALPAC que são de alumínio com alma de aço liso mostrado na Figura 4 B), Cabos CAA expandidos de cobre e alumínio-aço mostrado na Figura 4 C) (MOURA, et al. 2019).

Figura 3 - Partes estruturais das linhas de transmissão.

20 Figura 4 - Cabos de alumínio com alma de aço A) Cabos de alumínio com alma de aço liso B)

Cabo de cobre e alumínio-aço C)

Fonte: MOURA et al. (2019)

Isoladores e Ferragens: Os cabos condutores são suportados na estrutura por meio dos isoladores cuja função de mantê-los isolados eletricamente. Os isoladores são submetidos a esforços mecânicos, atmosféricos e elétricos, tendo assim que suportar todos eles (FUCHS, 2015). Podem ser dos tipos Pino, mostrado na Figura 5 A) “São fixados a estrutura por meio de pinos de aço”. Tipo Pilar, mostrado na Figura 5 B) “Eles possuem um pequeno diâmetro em comparação ao seu comprimento, possuindo em sua parte inferior um corpo de ferro maleável”. Tipo de disco podem ser Concha-bola visto Figura 5 C) “Possui maior liberdade de movimento” e o Garfo-olhal visto Figura 5 D) “Permite apenas o movimento lateral”.

21 Figura 5 - Isolador de pino A), Isolador de pilar B) Isolador de disco tipo concha-bola C)

Isolador tipo garfo-olhal D).

Fonte: MOURA et al. (2019).

• Estrutura das linhas de transmissão: A estrutura da linha de transmissão é formada por elementos de sustentação dos cabos condutores e cabos para-raios ou “cabos de guarda”.

Suas dimensões dependem de vários critérios sendo eles: disposição dos condutores, distância entre condutores, dimensões e formas de isolamento, flechas dos condutores, altura de segurança, função mecânica, forma de resistir, materiais estruturais e número de circuitos (FUCHS,2015). As estruturas das linhas de transmissão podem ser de concreto, metálicas com perfil de aço galvanizado ou postes de aço. Elas são classificadas em Autoportante “Aquelas que são sustentadas pela própria estrutura” e Estaiadas “Aquelas que são sustentadas por cabos tensionados no solo” como mostradas na Figura 6 (MOURA, et al. 2019).

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Fonte: MOURA et al. (2019).

As estruturas também podem ser classificadas de acordo com a função na linha de transmissão, podendo ser Estrutura de suspensão mostrada na Figura 7 A) “Tem a função de apoiar os cabos condutores e para raios, afim de mantê-los afastados do solo e entre si, nesse tipo de estrutura os condutores não são seccionados mecanicamente, mas grampeados através dos grampos de suspensão” ou pela Estrutura amarração ou ancoragem mostrada na Figura 7 B) “Se faz necessário o seccionamento mecânico das linhas de transmissão e servindo para ponto de reforço e caso necessário a abertura eventual” ou também Estrutura de ângulo mostrada na Figura 7 C) “Caso seja necessária é utilizada uma derivação em um ponto da linha, e por fim Estrutura de transposição mostrada na Figura 7 D) na qual “É destinada a facilitar as transposições das linhas”(MOURA, et al. 2019).

Figura 6 - Exemplo de estrutura autoportante A) Exemplo de estrutura estaiada B).

23 Figura 7 - Estrutura de suspensão A), Estrutura de amarração B), Estrutura de ângulo C) e

Estrutura de transposição D).

Fonte: MOURA et al. (2019).

• Cabos para-raios ou “cabos de guarda”: Os cabos para raios são colocados na parte superior as estruturas e é destinado a interceptar descargas de origem atmosférica e descarrega-las para o solo. Essa ação evita que cause danos e interrupção do sistema elétrico (FUCHS,2015). Podem ser Cabos galvanizados do tipo SM, HS ou HSS. Cabo copperweld e cabo alumoweld mostrado na Figura 8 ou Cabos CAA de alta resistência mecânica (MOURA, et al. 2019).

24 Figura 8 - Cabos do tipo Copperweld e Alumnoweld.

Fonte: MOURA et al. (2019).

2.1.1.2 Características físicas das Linhas de distribuição

Os principais componentes físicos das redes de distribuição de energia elétrica de média e baixa tensão (também chamadas de rede primária e secundária respectivamente) são os condutores, apoios, isoladores e cabos para-raios ou “cabos guardas” no qual serão explicados a seguir e visto na Figura 16:

• Condutores: Tem a função de conduzir a energia elétrica até seu destino final, podendo ser um fio ou um conjunto de fios, de material cobre, alumínio ou aço alumínio. Podem ser classificados em (FERREIRA, 2018) e mostrado na Figura 9:

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Fonte: Dionísio (2019).

Condutor isolado A): Condutor coberto por uma ou várias camadas de material isolante.

Condutor nu B): Condutor sem isolamento exterior.

Condutor unifilar C): Condutor formado por um único fio.

Condutor multifilar D): Condutor formado por vários fios não isolados entre eles.

• Apoios (Postes): Podendo ser de material metálico, de betão armado, ou em casos de baixa tensão ser de madeira, os postes tem a função de suportar os condutores. A altura dos postes é um fator importante a ser levado em consideração, pois variam de acordo com a topologia do terreno e dos obstáculos que a linha tenha que atravessar. A Figura 10 ilustra alguns desses tipos que serão explicados a seguir (FERREIRA, 2018):

Figura 9 - Cabos condutores das linhas de distribuição.

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Fonte: FERREIRA (2018).

Apoio em derivação (A): Apoio onde se encontra uma ou várias derivações da linha.

Apoio em alinhamento (B): Apoio onde se encontra dois vãos adjacentes onde prolonga um ao outro.

Apoio de ângulo (C): Apoio onde se encontra um ângulo de linha formado por dois alinhamentos diferentes.

Apoio de fim de linha (D): Apoio onde é capaz de suportar o esforço em um lado do poste.

• Isoladores: Os isoladores são definidos por equipamentos cuja função é impedir a passagem de corrente que passa no condutor para a estrutura do poste. Nas linhas de média tensão são colocados de 3 a 2 isoladores e em baixa tensão são colocados 1 isolador chamado campânula (FERREIRA (2018) mostrada na Figura 11.

Figura 10 - Esquema de diferentes tipos de apoio.

27 Figura 11 - Exemplos de isoladores na rede de distribuição.

Fonte: FERREIRA (2018).

• Cabos para raios ou “cabos guarda”: Assim como no sistema de transmissão, o sistema de distribuição também possui o cabo para raios no qual se comporta da mesma maneira.

Protege a linha blindando os condutores de descargas atmosféricas, mostrada na Figura 12.

Figura 12 - Exemplo de aplicação do cabo para raio.

Fonte: FERREIRA (2018).

28 A Figura 13 mostra uma paisagem com todos os componentes da linha de distribuição.

Figura 13 - Paisagem de uma linha de distribuição.

Fonte: FERREIRA (2018).

Além desses componentes físicos da linha de distribuição, é necessário protege-las com equipamentos para garantir alta confiabilidade e segurança. Essa proteção deve possuir sensibilidade, seletividade, velocidade e confiabilidade. Para isso, é necessário o uso de disjuntores, relés (sobrecorrente temporizado, sobrecorrente instantâneo), religadores, seccionadores e chaves fusíveis. Na medida que eles são implantados na rede, sua proteção deve ser coordenada uma com outra.

2.2 DRONES NA ENGENHARIA ELÉTRICA

2.2.1 Motivações

Existem diversos motivos pelos quais o uso do drone na inspeção de linhas de transmissão e distribuição se comporta de modo eficaz. As motivações de cunho pessoal podem ser entendidas como aquelas que estão ligadas diretamente ao trabalhador executor do serviço.

Dentro delas estão presentes a aptidão física, alinhamento das atividades com a norma e uso de equipamentos extras.

• Aptidão física: O trabalhador que irá executar o serviço de inspeção da linha de transmissão e distribuição precisa necessariamente de aptidão física, caso ocorra algum erro na execução do serviço o trabalhador pode chegar a falecer.

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• Alinhamento das atividades com a norma: O trabalhador executor do serviço de inspeção da linha de transmissão e distribuição precisa necessariamente seguir cada etapa descrita pela norma.

• Uso de equipamentos extras: Sem o uso do drone, o trabalhador precisa necessariamente de equipamentos extras como guindastes, andaimes, escadas, cordas, e etc. Afim de realizar um serviço, que sem o uso desses equipamentos seria executado de maneira mais eficiente.

2.2.2 Concessionárias do Brasil

As concessionárias de energia que estão atuando no Brasil podem ser classificadas de acordo com sua função no sistema elétrico brasileiro, sendo Transmissoras ou Distribuidoras.

2.2.2.1 Transmissoras

As concessionárias transmissoras são responsáveis pelo transporte da energia elétrica entre subestações. E as de sub transmissoras são responsáveis pelo transporte da energia elétrica das subestações de transmissão para subestações de ramificação. De acordo com o Decreto nº 73.080 os níveis de tensão permitidos em corrente alternada são mostrados na Tabela 1.

Tabela 1 - Níveis de tensão das linhas de transmissão e sub transmissão.

Tensão (kV)

Fonte: Decreto nº 73.080 (1973).

30 De acordo com a ABRATE (Associação brasileira das empresas de transmissão de energia elétrica) as concessionárias transmissoras do grupo são: Argo, Cemig (Companhia energética de Minas Gerais), Eletrobras (Eletrosul e Eletronorte) (Centrais Elétricas Brasileiras), Furnas, CEEE (Companhia Estadual de Geração e Transmissão de energia elétrica), Chesf (Companhia Hidro Elétrica de São Francisco), Engie, Isa (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista), Celeo redes , Copel (Companhia Paranaense de Energia), Evotz , Itaipu, Celg, F3C e Neoenergia.

2.2.2.2 Distribuidoras

As concessionárias distribuidoras são responsáveis pelo recebimento a energia elétrica das linhas de sub transmissão e transporta para a de distribuição. De acordo com o Decreto n°

73.080 os níveis de tensão permitidos em distribuição primária e secundárias de corrente alternada em redes públicas são mostradas na Tabela 2:

Tabela 2 - Níveis de tensão das linhas de distribuição.

Distribuição Tensão

Fonte: Decreto nº 73.080 (1973).

De acordo com ABRADEE (Associação brasileira de distribuidores de energia elétrica) as concessionárias distribuidoras do Brasil no total de 59 são mostradas na Tabela 3.

Tabela 3 - Concessionárias distribuidoras do Brasil.

Sigla Significado

ALIANÇA Cooperativa Aliança

CELPA Centrais Elétricas do Pará S/A

CELPE Companhia Energética de Pernambuco

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Sigla Significado

CEMAR Companhia Energética do Maranhão

CHESP Companhia Hidroelétrica São Patrício

COCEL Companhia Campolarguense de Energia

COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia COSERN Companhia Energética do Rio Grande do Norte CPFL PAULISTA Companhia Paulista de Força e Luz

CPFL

PIRATININGA Companhia Piratininga de Força e Luz CPFL SANTA

CRUZ Companhia Luz e Força Santa Cruz

EDP ES EDP ESPÍRITO SANTO – DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA S.A.

EDP SP EDP SÃO PAULO – DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

ELÉTRICA S.A.

ELEKTRO Elektro Eletricidade e Serviços S/A ELETROPAULO Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.

ENEL CE Enel Distribuição Ceará

ENEL-GO Enel Distribuicão Goiás

ENEL RJ Enel Distribuição Rio

ENERGISA BO Energisa Borborema – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA MG Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA MS Energisa Mato Grosso do Sul – Distribuidora de Energia

S/A

ENERGISA MT Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA NF Energisa Nova Friburgo – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA PB Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA SE Energisa Sergipe – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA SS Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia S/A ENERGISA TO Energisa Tocantins – Distribuidora de Energia S/A

FORCEL Força e Luz Coronel Vivida Ltda.

IGUAÇU

ENERGIA Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda.

JARI Jari Energética S/A. – JESA

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Sigla Significado

JOÃO CESA Empresa Força e Luz João Cesa Ltda LIGHT Light Serviços de Eletricidade S/A MUXFELDT Muxfeldt, Marin & Cia Ltda.

NOVA PALMA Usina Hidroelétrica Nova Palma (UENPAL) PANAMBI Hidroelétrica Panambi S.A (HIDROPAN)

RGE Rio Grande Energia S/A

RGE SUL RGE SUL

SANTA MARIA Empresa Luz e Força Santa Maria S/A SULGIPE Companhia Sul Sergipana de Eletricidade URUSSANGA Empresa Força e Luz de Urussanga Ltda. (EFLUL)

DEMEI Departamento Municipal de Energia de Ijuí

DMED DME Distribuição S/A

ELETROCAR Centrais Elétricas de Carazinho S/A

CEA Companhia de Eletricidade do Amapá

CEB-D CEB Distribuição S/A

CEEE-D Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica CELESC-D Centrais Elétricas de Santa Catarina S/A

CEMIG-D CEMIG Distribuição S/A

CERR Companhia Energética de Roraima

COPEL-DIS Copel Distribuição S/A

ELETROBRAS AC Eletrobras Distribuição Acre ELETROBRAS AL Eletrobras Distribuição Alagoas

ELETROBRAS AM Eletrobras Amazonas Energia

ELETROBRAS PI Eletrobras Distribuição Piauí ELETROBRAS RO Eletrobras Distribuição Rondônia ELETROBRAS RR Eletrobras Distribuição Roraima

Fonte: ABRADEE (2019).

Foram expostas todas as concessionárias pertencentes ao grupo ABRADEE.

33 2.3 INTERNET DAS COISAS (Internet of Things) IoT

A Internet das Coisas é definida como uma rede global que auxilia e provê a funcionalidade de integrar o mundo físico. Isso se dá devido a análise, processamento e coleta dos sensores que estarão conectados em todas as coisas e se comunicaram por meio da rede pública.

Segundo Pansera (2018), esse termo se refere a uma inovação tecnológica onde áreas como:

• Automobilística: Incluindo-se nesse universo os automóveis com direção autônoma.

• Medicina e saúde: Na coleta e organização dos dados vindos dos dispositivos médicos conectados em roupas e monitores de saúde. Ao realizar a coleta, pode ser feito o diagnóstico do paciente com mais precisão em um período de tempo reduzido.

• Gestão de cidades inteligentes: No controle do tráfego e informações sobre o meio ambiente e orientações aos cidadãos por meio dos smartphones.

• Casas inteligentes: Termostatos, lâmpadas acendidas pelo wi-fi e módulos de aquecimento de água podendo ajudar nas contas de energia e água. Coisas como, fogões, geladeiras, portas de garagem, podem ser controlados em aplicações do IoT.

• Aviões grandes e pequenos: Inclui os drones, recebendo informações precisas sobre a rota que deve ser percorrida em sua aplicação.

A Figura 14 ilustra todos esses setores que a internet das coisas (IoT) poderá atuar:

34 Figura 14 - Setores da internet das coisas (IoT).

Fonte: FARHAN et al. 2017, apud Texeira (2018).

2.4 DRONES E APLICAÇÕES EM ENGENHARIA

Segundo Pereira (2019), os drones foram criados a partir das necessidades militares com o intuito de vigiarem seus inimigos (pela visão aérea), no apoio em ataques de espionagem ou ainda para envio de mensagem. Criados pelo engenheiro israelita Abe Karem, os drones necessitavam de 30 pessoas para serem controlados. Naquela época, o engenheiro já tinha em mente a necessidade veículos aéreos não tripulados tivessem segurança, confiabilidade desempenho de aviões tripulados.

Atualmente, os drones são utilizados em diversos setores na indústria, tais como:

• Setor químico e petroquímico: Detecta a presença de vazamentos como mostra a Figura 15 A).

• Setor elétrico: Inspeção das linhas de transmissão e distribuição de energia para detectar a presença de cabos e equipamentos defeituosos como mostra a Figura 15 B).

• Todos os setores: Detecta se os telhados ou coberturas existem telhas soltas ou danificadas, como mostra a Figura 15 C).

• Agricultura: Sobrevoa o campo para irrigação, controle de pragas ou monitoramento de uma plantação, como mostra a Figura 15 D).

35 Figura 15 - A) Fiscalização do abastecimento de combustível no porto de Santos. B) Inspeção

de linha de distribuição feita pela COSERN. C) Imagem de telhado capturada através de drone. D) Produtores rurais monitoram rebanho e enxergam falhas no plantio com uso de

drone.

Fonte: Adaptado de NETO, et al.

Em todas as situações foram adquiridas imagens para diferentes funcionalidades.

2.5. CLASSIFICAÇÃO DE DRONES (ESTRUTURA FÍSICA)

No mercado atual existem diversos modelos de drones com diferentes formas e tamanhos. Os modelos menores são geralmente usados na captura de vídeos e imagens, sua grande maioria são asa fixa ou de multirotores. Os modelos maiores são usados para fins militares em operação de reconhecimento, obter informações e vigilância, a maioria deles são de multirotores.

2.5.1. Asa Fixa

O termo “Asa fixa” é defino assim na indústria da aviação porque os drones usam asas fixas e estática combinada com a velocidade de avanço para gerar elevação. Podendo ser rotações como Roll (Rotação em torno do eixo longitudinal) e Pith (Rotação em torno do eixo

36 transversal), ou seja, o mesmo princípio de funcionamento de aviões convencionais. São mais econômicos em termos de gastar menos energia para obter sua sustentação. A Figura 16, será mostrado um drone do tipo asa fixa Vant Gomap da empresa Geotec.

Fonte: Geotec (2020).

Esse drone tem autonomia de 90 minutos, velocidade máxima de 25 m/s, com o teto de operação em até 3.000m, peso de 0,3 kg e seu principal foco é em mapeamento de alta precisão em áreas de grandes dimensões, permitindo o uso em agricultura, meio ambiente, mineração, infraestrutura e mapeamento urbano.

2.5.2 Multirotores

O termo “multirotores” se dá devido a presença de um ou vários rotores (hélices) na sua estrutura. Podendo ser entendido na aviação pelo termo rotorcraft, pois eles usam asas rotativas para gerar elevação assim como o princípio de funcionamento de um helicóptero. Eles são capazes de baixar a velocidade e permanecer parados no ar e possuem decolagem vertical como pode ser visto na Figura 17.

Figura 16 - Drone do tipo asa fixa Vant Gomap.

37

Fonte: Geotec (2020).

Esse drone tem autonomia de 60 minutos, velocidade máxima de 12 m/s, com a resistência ao vento de 45km/h, peso de 2,6kg e seu principal foco é captura de fotos e vídeos em geral. Os multirotores são classificados de acordo com a quantidade de hélices pertencentes a ele, pode ser entendido melhor através da Figura 18 a seguir:

Figura 18 - Classificação dos multirotores de acordo com o número de hélices

Fonte: Filmora (2020).

Resumidamente, as vantagens, desvantagens e aplicações dos drones de Asa fixa ou Multirotores vistas a partir da Tabela 4.

Tabela 4 - Vantagens, desvantagens e aplicações dos tipos de drones.

Tipo Vantagens Desvantagens Aplicações

Asa Fixa

- Autonomia de voos maiores - Difícil operação - Mapeamento de áreas grandes - Operaram com cargas

Figura 17- Drone do tipo Multirotores Spectral.

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Tipo Vantagens Desvantagens Aplicações

- Consumo baixo de energia - Operam com altas velocidades - Elevadas atitudes - Não são capazes

de operar em espaços menores - Não dependem muito dos

sistemas eletrônicos - Operam em espaços menores

- Baixas altitudes - Mais confiáveis

Fonte: Adaptado de Filmora (2020).

2.6 REGULAÇÃO AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC)

Em 2017 a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabeleceu as regras que regulam as operações civis de aeronaves não tripuladas. Esse regulamento é chamado de Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94/2017 (RBAC-E nº 94/2017) no qual complementa as normas e operação dos drones feitas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

Segundo a regulamentação da ANAC, os drones são classificados de acordo com a sua aplicação, podendo ser os aeromodelos e os aeronaves remotamente pilotadas (Remotely Piloted Aircraft - RPA). Os aeromodelos são aquelas aeronaves não tripuladas remotamente pilotada usadas para recreação e lazer. Já as aeronaves remotamente pilotadas (RPA) são usadas para fins experimentais, comerciais ou institucionais.

Ambos modelos só podem ser operados com a distância horizontal das pessoas que não estão envolvidas nas operações de no mínimo 30 metros e cada piloto só pode operar um

Ambos modelos só podem ser operados com a distância horizontal das pessoas que não estão envolvidas nas operações de no mínimo 30 metros e cada piloto só pode operar um

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