• Nenhum resultado encontrado

2. A RESPONSABILIDADE CIVIL EM CASO DE ILÍCITO NO INTERIOR

2.6. Do entendimento jurisprudencial

Na última década, a questão da segurança pública passou a ser considerada problema fundamental e principal desafio ao estado de direito no Brasil. As vítimas de crimes, que muitas vezes padecem vários anos em busca de uma reparação satisfatória no Poder Judiciário acabam por sofrer uma dupla vitimização: o crime sofrido e o duro caminho para receber uma modesta indenização pelos danos morais e/ou patrimoniais sofridos. A partir daí, passa-se a analisar como a jurisprudência têm se posicionado acerca da segurança pública, principalmente no que se refere a segurança dos cidadãos, quando transitam em vias públicas. Quem tem o dever de promover a segurança? De quem o cidadão pode cobrar seus prejuízos? Do estado ou da empresa? É o que será analisado a seguir.

O crime praticado por terceiro em vias públicas tem sido constantemente objeto de análise e divergências nas decisões de Tribunais e instâncias superiores, conforme verifica-se na Apelação Cível nº 70044920098, 9ª CC do TJRS, julgado em 30/05/2012) traz o seguinte:

Tratando de responsabilidade civil do Estado por omissão, aplica-se a teoria da responsabilidade civil objetiva, segundo a qual deve o cidadão comprovar a omissão, o dano e o nexo causal... SITUAÇÃO DO CASO CONCRETO - disparo de arma de fogo que atingiu o abdome da autora - bala perdida. O Estado tem obrigação constitucional de prestar segurança pública, policiamento ostensivo e preventivo, mas é impossível esperar-se a ação preventiva em particular a cada cidadão, em todos os locais e circunstâncias, não podendo seus agentes estarem em todos os lugares ao mesmo tempo. Logo, inviável cogitar-se de falha na prestação de serviço público, tendo em vista que não houve participação específica de agente estatal no evento, mas fato praticado por terceiro...AGRAVO RETIDO E APELO DESPROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70044920098, 9ª CC, TJRS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em 30/05/2012).

O entendimento de que o ato de terceiro é totalmente estranho ao contrato celebrado também foi abordado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, nos autos da Apelação Cível nº 70008902553, por sua 10ª Câmara, julgado em 24.06.2004:

RESPONSABILIDADE CIVIL. FATO DE TERCEIRO. ASSALTO A TRANSPORTE COLETIVO. AUSÊNCIA DE CULPA. A empresa que explora o transporte coletivo não tem obrigação de garantir a segurança de seus passageiros contra o fato de terceiro, principalmente na hipótese de assalto à mão armada... Apelo improvido. (Apelação Cível Nº 70008902553, 10ª CC, TJRS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julgado em 24/06/2004).

Mesmo considerando-se o teor da Súmula 187 do Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade da empresa não pode ser invocada, de forma alguma, pois a súmula diz claramente que tal responsabilidade é “pelo acidente com o passageiro”, (acidente de trânsito), no qual não se insere o assalto praticado por terceiro. Caso contrário, estar-se-ia ampliando a interpretação do texto, o que não pode ser aceito.

Portanto, ressaltamos que o risco da atividade não guarda conexão com o assalto eventualmente ocorrido e a culpa de terceiro é considerada excludente da responsabilidade da empresa. Os acontecimentos devem guardar conexão direta com o contrato celebrado, o que não ocorre nos assaltos praticados no interior do coletivo, pois nada é pactuado neste sentido e tal não faz parte da atividade da empresa, não lhe sendo aplicável a teoria do risco, instituto atualmente incidente sobre a responsabilidade civil.

O julgado abaixo citado traduz muito bem esse entendimento, Apelação Cível nº 70001965029, 5ª CC do TJRS:

O assalto em interior de coletivo no qual teve a autora seus pertences roubados, exime o transportador da responsabilidade pelo dano. A responsabilidade do transportador restringe-se à segurança do transporte, não abrangendo fato de terceiro, estranho ao contrato, imprevisível e inevitável, equiparado a caso fortuito. Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Apelo improvido. (Apelação Cível Nº 70001965029, 5ª CCl, TJ do RS, Relator: Marco Aurélio dos Santos Caminha, Julgado em 16/10/2001).

Nem se pode falar que a empresa deveria informar sobre eventual “risco de assalto” que estaria envolvendo o trajeto a ser executado, pois tal não é risco inerente ao contrato celebrado. Fosse assim, todos os comerciantes, taxistas, sorveterias, etc., deveriam também informar seus consumidores de que na constância do serviço que prestam existe o risco de ocorrerem roubos ou furtos, o que não pode ser aceito.

No mesmo sentido não pode ser exigido das empresas de transporte coletivo de passageiros que instituam segurança privada, através de pessoas ou ferramentas tecnológicas, pois que àquelas não é concedido o poder de polícia, como é delegado para empresas de transporte ferroviário, conforme antiga Lei das Estradas de Ferro. Assim, não assumindo para si a segurança, a empresa não pode ser acionada para reparar eventuais danos.

De acordo com o posicionamento apontado pelo Superior Tribunal de Justiça, através dos Doutos Ministros de sua 4ª Turma, em julgado unânime de Agravo Regimental no Recurso Especial n. 620259/MG, em 26.10.2009:

A jurisprudência consolidada no âmbito da Segunda Seção do STJ considera assalto em interior de ônibus causa excludente da responsabilidade de empresa transportadora por tratar-se de fato de terceiro inteiramente estranho à atividade de transporte – fortuito externo.

As linhas de ônibus mantêm relação direta com o trânsito de pessoas e outros veículos, o que deve ser considerado para a interpretação da obrigação de indenizar. Assim, a empresa de ônibus está ligada diretamente com a via pública, onde a segurança cabe ao Estado.

Também nesse sentido, a jurisprudência deste Egrégio Tribunal de Justiça. In verbis:

2006.001.68445 – APELAÇÃO - DES. FERDINALDO DO NASCIMENTO - Julgamento: 13/02/2007 - DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL DO TJ/RJ - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ASSALTO NO COLETIVO DA EMPRESA RÉ. FORTUITO EXTERNO. SENTENÇA IMPROCEDENTE. APELO DO AUTOR. Manutenção do decisum. No caso sub judice, o assalto ao coletivo caracteriza-se como fortuito externo, o qual excluiu o nexo causal, exonerando o transportador de qualquer responsabilidade, pois tal fato de terceiro não guarda nenhuma relação com a atividade exercida pelo mesmo. Não há como se exigir que o transportador transforme o seu veiculo em carro blindado, nem coloque um escolta de policiais em cada ônibus para evitar os assaltos.

Outra jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, enfatizando o dever do Estado de zelar pela segurança pública, in verbis:

2007.001.10979 – APELAÇÃO - DES. LEILA MARIANO - Julgamento: 22/05/2007 - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL DO TJ/RJ - INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS E MORAIS. PASSAGEIRO ASSALTADO NO INTERIOR DE COLETIVO. Alegação de ofensa à cláusula de incolumidade inserta no contrato de transporte. Inexistência de omissão específica. Dever do Estado de zelar pela segurança pública, não podendo ser transferido ao particular. Fortuito externo. Rompimento do nexo causal. Não há responsabilidade do transportador por assalto de passageiro ocorrido no interior de coletivo quando se trata de ato praticado por terceiro, para o que não houve colaboração de seu preposto. Jurisprudência maciça neste sentido.

Realmente, pode-se concluir com este capítulo que a empresa prestadora do serviço não tem culpa sobre o evento, nitidamente provocado e causado por terceiro, através de fato estranho ao contrato celebrado, cuja ação equipara-se ao caso fortuito e de força maior.

Não tendo a empresa de transporte e seu preposto qualquer parcela de culpa no evento, por menor que seja, não podem ser responsabilizados. Seria um absurdo abandonar a culpa no caso de assaltos a ônibus, aplicando-se incondicionadamente a teoria do risco ou a responsabilidade objetiva, conforme nos ensina Arnaldo Rizzardo (2010, p. 128):

A aceitação plena e incondicionada compromete a teoria, levando ao extremismo. Estabelecer o dever de indenizar pelo simples fato da causalidade é chegar-se às maiores incongruências. É provocar verdadeiro desassossego à vida. Todos os prejuízos conduziriam á reparação. (...) Sustentar a plena aplicação da teoria do risco é ignorar que, no direito comum, a responsabilidade está intimamente ligada à culpa.

Ou seja, quanto à ocorrência dos assaltos praticados por terceiros, no que tange às empresas, excluída está a responsabilidade destas pela aplicação do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil, bem como pela análise dos artigos 18 e 19 do Decreto n. 2.681, porque a culpa é de terceiro, sendo que o ato deste é equiparado e considerado caso fortuito e de força maior, pela sua total imprevisibilidade, inevitabilidade e pela ausência de culpa por parte da empresa.

Vale considerar que sobre o aspecto processual o efeito do Código de Defesa do Consumidor é a inversão do ônus da prova. Consoante o artigo 14 daquela Lei a empresa prestadora do serviço deverá provar a excludente evidenciada, que o defeito inexiste no serviço prestado ou que a culpa é do consumidor ou de terceiro.

Elucidando melhor o posicionamento não se pode deixar de citar o entendimento dos julgadores através da jurisprudência dos Tribunais que aponta certas divergências quanto à solução dos temas colocados em debate neste capítulo.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) por outro lado, reformando ou confirmando decisões dos Tribunais Estaduais, assentou o posicionamento adotado pela maioria, de que a segurança pública é dever do Estado, não podendo ser responsabilizada a empresa de transporte, reafirmando a tese dos votos apontados anteriormente.

Segundo informativo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, o STJ tem reconhecido o valor desse preceito e,

vem isentando as empresas de transporte coletivo urbano da responsabilidade nos casos de assalto a usuários dentro dos ônibus. Contrariando as decisões dos Tribunais dos estados, o STJ entende que o assalto a passageiro é caso fortuito, situação imprevisível, portanto, alheia ao transporte em si. Por não ter conexão com o exercício de sua atividade o transportador está exonerado dessa responsabilidade, sentencia o STJ.

O Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do Recurso Especial 109233 - RJ, também aponta a ocorrência de ato de terceiro equiparável ao caso fortuito nos casos em análise.

São várias as decisões que acompanham este último entendimento, concluindo pela ausência de nexo com o ato e o resultado, inexistência de vinculação com o contrato de transporte, quebra do nexo causal, etc., casos em que o fato de terceiro não guarda conexidade com o transporte. Por exemplo, podemos citar a decisão proferida nos Embargos Infringentes n. 2008.005.000292 do Superior Tribunal de Justiça, contribuindo para tal posicionamento:

Ementa: Veiculo interceptado em rodovia interestadual, de madrugada, por 6 (seis) homens fortemente armados. Fato imprevisível e inevitável. O assalto por grupo armado no ônibus da embargante, em rodovia interestadual, caracteriza-se fato absolutamente estranho à prestação de serviço de transporte coletivo, que configura fortuito externo a afastar o nexo de causalidade entre o assalto e os riscos normais do transporte de passageiros. Impossibilidade de se exigir que a transportadora atue com poder de polícia. Atribuição privativa e indelegável do Estado (EI nº 2008.005.000292, 5ª CC, julgado em 09.09.2008)

Alguns doutrinadores pretendem reverter tal quadro e apontam entendimentos sobre a generalidade do ato de terceiro para aplicar nos casos específicos de assalto a ônibus. Contudo, não se atentam para o fato de que pedras arremessadas, veículos que invadem o trajeto de ônibus, passageiros que brigam no interior do veículo, etc., não detém as mesmas características de fato que envolve o assalto, com violência armada, inevitabilidade e imprevisibilidade e a questão da segurança pública.

Algumas das últimas decisões sobre o ato de terceiro no transporte terrestre de passageiros que pretenderam manter a responsabilidade da empresa não tratam do assalto a

ônibus, mas de outros atos de terceiro, com circunstâncias fáticas distintas. Portanto, a análise deve considerar tal diferença existente para a aplicação do direito no caso concreto.

O já citado Ministro Ruy Rosado de Aguiar, menciona em suas conclusões um julgado recente do Supremo Tribunal Federal (STF), em referência ao Agravo de Instrumento n. 209782/SP, que trata de arremesso de ácido muriático por terceiros nos passageiros de um coletivo, quando foi reconhecida a responsabilidade da empresa. Tal entendimento não pode recair sobre o assalto a ônibus, pois guarda circunstâncias distintas.

Entretanto, cumpre-nos ressaltar que a responsabilidade da empresa poderá ser instada com a obrigação de indenizar, quando demonstrada sua desídia ou a despreocupação de seus empregados, neste sentido, as empresas de transporte devem colaborar com o poder estatal, informando a autoridade pública competente sobre assaltos ocorridos, número de incidentes e sua localização, para que o Estado possa proceder à atividade necessária para garantir a segurança e a incolumidade dos “cidadãos-passageiros” e também para evitar o estímulo à proliferação do ato delitivo e o desleixo do Estado para com as medidas necessárias.

A interpretação que pretende imputar às empresas a responsabilidade pelo assalto a ônibus pode acarretar prejuízos econômicos e sociais representativos. Por exemplo, a suspensão de linhas ou horários de ônibus para determinados bairros afastados, com pesado ônus à população carente que depende do mesmo para trabalhar ou estudar, ou ainda admitir que as empresas “negociem” e efetuem acordo com os marginais com algum tipo de pedágio para o tráfego de veículos sem a prática de assaltos, etc.

Ora, que tipo de preparo pode-se exigir dos funcionários das empresas de transporte quando ameaçados por duas ou mais pessoas mediante o uso de arma de fogo? Devemos armá-los também? Devemos criar segurança privada e transformar os ônibus e as vias públicas em uma “praça de guerra”?

Sobre tais questões que merecem a atenção da sociedade salientou o Ministro Carlos Alberto Menezes no evento mencionado, completando o raciocínio de que não podemos montar nas cidades uma praça de guerra:

Não acredito que se deva imaginar, mesmo na situação presente, com a insegurança reconhecida nas grandes cidades, como possível acolher a responsabilidade da transportadora, quando devidamente evidenciado que o dano resultou de um assalto a mão armada, independentemente da vontade da transportadora, sem o conluio dos seus prepostos.

O ataque violento, organizado, com armas de fogo, muitas vezes com armas que são de uso restrito, com armas de circulação proibida, não consegue ser impedido nem mesmo pela força policial, como ocorre nas invasões às delegacias para liberar outros presos, ou até mesmo a invasão de outros estabelecimentos, como em casos de hospitais, com guarda à porta para a proteção de marginais que tenham sido detidos, ou seja, nem mesmo a segurança institucionalizada consegue deter esse tipo de ataque violento.

Nesse sentido, pode-se considerar que a empresa de transporte não responderá pelos prejuízos provenientes do assalto praticado por terceiro dentro de seus coletivos, restando às vítimas o recebimento de eventual indenização por parte do Estado.

CONCLUSÃO

Pelo presente trabalho conclui-se que o nascimento da responsabilidade civil do transportador se deu num momento de acelerado desenvolvimento, sem igual na história, na Revolução Industrial, que introduziu leis incompatíveis com os costumes da sociedade, que embora também estivesse evoluindo, não estava ainda preparada.

Com a responsabilidade civil transportador não foi diferente, seu desenvolvimento se deu gradativamente, respondendo a sociedade conforme surgiam suas necessidades.

Importante ressaltar a enorme mudança, e porque não dizer a evolução que o Código Civil trouxe para a responsabilidade civil, quando disciplinou em seu art. 927, a cláusula geral de responsabilidade civil objetiva, para todos aqueles que praticam qualquer atividade que ofereça perigo, isto significa que não mais haverá distinção entre os diversos tipos de transportadores, pois, segundo o Código, qualquer pessoa que for capaz de praticar atividade que possua a possibilidade de risco, deverá também ser capaz de arcar com os riscos desta atividade, e responder pelos danos causados por ela independente de culpa. No entanto cabe lembrar, que ninguém deverá ser considerado responsável por danos que sequer deu causa, cabendo ao causador provar as excludentes de causalidade.

Declina-se especialmente no presente estudo, a problemática que envolve os assaltos praticados dentro de ônibus coletivos de passageiros, procurando estabelecer o que se trata de responsabilidade das empresas de ônibus e do Estado perante eventuais prejuízos que os passageiros - consumidores venham a sofrer diante de tais fatos.

Verifica-se que a omissão do Estado evidencia-se pelo ato doloso ou culposo do agente estatal, representado pela falha do serviço público, obrigando este a indenizar eventuais prejuízos sofridos pelos administrados, pois o Estado tem o dever constitucional da garantia da segurança pública e da incolumidade das pessoas e de seu patrimônio, dever este que não pode ser atribuído ao particular.

No que se relaciona ao assalto a ônibus, o dano ao particular é produzido por um ato de terceiro (assaltante) estranho ao contrato de transporte celebrado entre a empresa de transporte (prestadora do serviço) e o passageiro (consumidor) e que este último suporta uma lesão patrimonial e ou extra-patrimonial surgindo-lhe o direito de poder exigir a reparação do seu prejuízo.

Evidencia-se que a empresa de transporte não poderá ser responsabilizada pelo prejuízo sofrido pelo particular, sendo-lhe aplicáveis para tanto as regras do Código de Defesa do Consumidor e do Código Civil, inclusive no que tange às excludentes de responsabilidade neles descritas, pois o risco assumido pelo contrato de transporte de passageiros não inclui o risco de assalto e a segurança pública não pode ser atribuída ao particular, mesmo que durante a prestação de um serviço de natureza pública.

Ou seja, o risco de assalto não é inerente à atividade praticada; portanto, por tratar-se de uma força externa (ato de terceiro) e estranha ao contrato de transporte celebrado afasta a responsabilidade da empresa. E ainda, a segurança pública enquanto dever constitucional não pode ser atribuído ao particular devendo ser exigido do Estado em todos os seus aspectos.

Portanto, através do presente estudo, conclui-se que a corrente majoritária entende ser do Estado o dever de indenizar e que este surge através da teoria subjetiva da responsabilidade, desde que a Empresa não tivesse o dever legal de impedir ou evitar o resultado danoso e este dever fosse responsabilidade do Estado.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Código Civil de 2002, Lei n. 10.406 de 2002, Brasília, DF: Senado Federal, 2002.

BRASIL, Código Civil Brasileiro, 14ª edição. Rio de Janeiro. Saraiva. 2012.

BRASIL, Código de Defesa do Consumidor, Lei n. 8.078 de 1990, Brasília, DF: Senado Federal, 1990.

BRASIL, Constituição de 1988, Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL, Enunciado 38, Enunciado do Supremo Tribunal Federal, Brasília, DF: Supremo Tribunal Federal. Disponível em: www.stf.gov.br Acesso em 19/10/2012

.

BRASIL, Lei das Estradas de Ferro, Decreto nº 2.681 de 1912, Senado Federal, 1917.

BRASIL, Súmula n. 187. Súmula do Supremo Tribunal de Justiça, Anexo ao Regimento Interno, Edição Imprensa Nacional. Brasília, DF: Supremo Tribunal Federal. www.stf.gov.br. Acessado em 10/10/2012.

CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil, 8ª edição, 2ª Reimpressão, São Paulo: Atlas, 2008.

CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil, 10ª edição, São Paulo: Atlas, 2012.

DINIZ, Maria Helena, Curso de direito civil brasileiro. 16ª edição. Vol. 2, São Paulo: Saraiva, 2002.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo. 19ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2006.

FILOMENO, José Geraldo Brito. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor. [S.I.]: [s.n.], 2002.

GAGLIANO, Pablo Stolze, PAMPLONA FILHO, Rodolfo, Novo Curso de Direito Civil – Responsabilidade Civil. São Paulo: Saraiva, 2011.

GONÇALVES, Carlos Roberto, Responsabilidade Civil, 9ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.

INFORMATIVO da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos - NTU. n. 65. Disponível em http://jus.com.br – Acessado em 17/10/2012.

MARTINS, Ives Gandra da Silva, A Licitação sobre Transportes na Constituição, in "Doutrina", [S.I.]: Editora Instituto de Direito, 1996.

NUNES, Arnaldo Rizzardo. A reparação nos acidentes de trânsito – Teoria Geral da Responsabilidade Civil – 11ª edição. [S.I.]: Editora Revista dos Tribunais, 2010.

OLIVEIRA, James Eduardo, Código de Defesa do Consumidor: Anotado e comentado: São Paulo, Atlas, 2004.

RODRIGUES, Silvio, Direito Civil, Volume IV. Editora Saraiva. 19ª edição. São Paulo: [s.n.], 2002.

SERPA LOPES, Miguel Maria de, Curso de Direito Civil – Responsabilidade Civil – Vol. V, 5ª edição. [S.I.]: Editora Freitas Bastos: 2002.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 23ª edição. São Paulo: Editora Malheiros, 2004.

TELES, Galvão, Direito das Obrigações, [S.I.]: Editora Coimbra, 2010.

VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil – Responsabilidade Civil, Vol. IV, 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2003.

Documentos relacionados