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Do golpe a repressão

No documento DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE (páginas 82-88)

Na madrugada do dia 31 de março de 1964, começou a marcha do General Mourão Filho em conjunto com as tropas do Quarto Exército rumo à cidade do Rio de Janeiro, onde no dia 30 março de 1964 o presidente João Goulart, proferiu um discurso na Associação de Sargentos, a favor das Reformas de Base. Discurso este tomado como uma afronta por setores conservadores civis e militares ao Estado Democrático e ao direito a propriedade, além de ser considerado um sinal claro de anarquia causada pela infiltração da ideologia comunista dentro do Estado Brasileiro.

Assim foi criada a oportunidade perfeita para deflagrar o golpe de Estado, com objetivos fundamentais de eliminar o risco da tomada de poder pelos Comunistas ou outros grupos nacionalistas exaltados. Como afirmavam os conspiradores, em deter os efeitos negativos gerados pela inflação que assolava o país no período, além de reintegrar o país nos quadros da política internacional. Como uma das principais bandeiras dos setores contrários ao governo estava o combate à corrupção e a implantação da ordem.

Diante desta situação conjuntural os golpistas encontraram amplo apoio da sociedade civil8. Porém, o golpe só se concretizou de fato graças à colaboração direta do presidente do Congresso, o senador Moura Andrade, que, aproveitando a falta de resistência e do fato de João Goulart ter-se recolhido ao Rio Grande do Sul, durante sessão extraordinária conjunta do Parlamento realizada na madrugada de 02 de abril de 1964, declarou vaga a Presidência da República.

Após uma breve passagem do presidente da Câmara dos Deputados, Raniere Mazzili, como presidente interino, foi estabelecido um conselho governamental formado por um oficial general do Exército, da Marinha e da Força Aérea, que assumiu o país até a posse do novo presidente, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Nesse contexto, o golpe deflagrado pelas forças armadas e apoiado por setores civis tinha como objetivo, por fim a um período de grande instabilidade institucional. Instabilidade esta iniciada ainda no governo Vargas, onde tivemos várias tentativas de golpes, tanto da direita, representados principalmente pela União Democrática Nacional, pelas Forças Armadas, bem como da esquerda, representada por políticos como João Goulart e por organizações políticas da esquerda, legais ou ilegais.9

Dentro deste contexto, a Delegacia de Ordem Social e Política10 desempenhou um papel fundamental. Vale ressaltar que a polícia política surgiu como um braço executivo do regime

8Para ver essa questão em mais detalhes ver: MENDONÇA, Marina Gusmão de. O demolidor de presidentes. A trajetória política de Carlos Lacerda: 1930-1968. São Paulo: Códex, 2002.

9Mais informações sobre esse período ver: VILA, Marco Antônio. Jango: um perfil (1945-1964). São Paulo: Globo, 2004, e SODRÉ, Nelson Wercker. História Militar do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

10Para mais informações sobre a fundação do DEOPS no Estado do Espírito Santo ver: FAGUNDES, Pedro Ernesto. Arquivos sigilosos: o acervo documental da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social do estado do Espírito Santo (DEOPS). Acessado em http://www.aarqes.org.br/cna2010/anais/trabalhos-completos.pdf, no dia 02/05/2011, às 22:30.

Republicano brasileiro, sendo uma presença constante e indispensável em toda estratégia de ação e domínio. Portanto, ao contrário do imaginário coletivo, onde as polícias políticas são vistas como uma criação da ditadura civil-militar instaurada em 1964. Na verdade, nota-se apenas uma evolução do aparelho repressor criado ainda entre as décadas de 1920 e 1930, tendo em suas atribuições proceder a inquéritos sobre crime de ordem política e social; exercer as medidas de política preventiva e controlar os serviços cujos fins estivessem em conexão com a ordem política e social.

Durante sua existência o DOPS passou por várias reformulações, mudou de nome e ganhou atribuições. Na ditadura civil-militar coube ao DOPS à coerção propriamente dita em instância estadual. Porém, o DOPS também exerceu um papel dentro do Sistema Nacional de Informação, o SNI11, servindo como ponte para trocas de informações contidas em seus arquivos sobre investigações de grupos ditos como subversivos com órgãos do exército, a marinha, força aérea e outras áreas do governo.

Vale ressaltar que com a instituição da ditadura civil-militar em 1964, as atividades das polícias políticas foram reorientadas pelos primeiros atos institucionais e depois pela outorga da Constituição de 1969. Também pela instituição do Estado de Segurança Nacional, a partir do Ato Institucional Número Cinco, o AI-5, de 13 de dezembro de 1968, quando foi criado o amparo legal para os temidos IPMs (inquéritos policiais militares). Desta forma todo cidadão considerado subversivo teve sua vida esmiuçada, sendo muitas vezes preso, torturado e por vezes as práticas empregadas por agentes do Estado em busca da confissão acabaram por levar a morte do preso. Grande parte, para não se dizer toda a ação governamental, ocorrida dentro das dependências das unidades do DOPS, DOI-CODI, quartéis da polícia e do exército tinha caráter sigiloso.

Paradoxalmente, estas atividades tinham como característica inegável a burocracia e foram vastamente documentadas, e hoje, após a redemocratização e a extinção do DOPS, milhares de metros lineares de documentos em suportes diferenciados foram recolhidos aos arquivos estaduais onde passam por processo de higienização e catalogação, porém seu acesso possui restrições claramente demarcadas, pela natureza dos registros produzidos, devido também ao desejo de muitos sobreviventes da ditadura, que preferem o esquecimento e o silêncio.

Por exemplo, o acervo do extinto DOPS/ES recolhido ao Arquivo Público do Espírito Santo é constituido de correspondências recebidas e expedidas por órgãos da Secretaria de Segurança Pública, assim como: ordens de serviços, relatórios, ofícios internos e externos, informes, radiogramas, encaminhamentos, pedidos de busca, protocolos de envio/recebimento de informações, requerimentos, atestados de conduta de ideologia política, depoimentos, inquéritos policiais, fotografias, jornais, recortes de jornais, livros, cartazes e panfletos.

O acervo documental contém, ainda, dossiês referentes à investigação de pessoas, instituições públicas e privadas, partidos políticos, organizações clandestinas, manifestações, atos públicos, eventos, eleições, movimentos grevistas e estudantis, organizações religiosas, a Aliança Nacional Libertadora e a Ação Integralista Brasileira, além de fichas policiais de identificação contendo informações sobre indivíduos, instituições, investigações, eventos, municípios e sindicatos.

O contato com este acervo oferece ao pesquisador a oportunidade de conhecer12 e analisar sob novos ângulos parte da história que se mantinha encoberta no âmbito social. Assim é possível

11O SNI (Sistema Nacional de Informações) foi um órgão criado pelos governos militares pós-64, a partir do antigo Sfici (Serviço Federal de Informação e Contra-Informação) com, dentre outros, o objetivo de gerenciar o sistema de informação (espionagem) existente no país a época. Para mais informações sobre essa questão ver: FIGUEIREDO, Lucas. Ministério do Silêncio: A história do Serviço Secreto Brasileiro de Washington Luís a Lula: 1927-2005. Rio de Janeiro: Record, 2005.

12Nós dias atuais, no que concerne ao APEES (Arquivo Público do Estado do Espírito Santo), o documentação referente ao antigo DOPS-ES está recolhida a um fundo específico, sob a guarda do referido arquivo.

a sociedade conhecer seu passado coletivo e decodificar um universo simbólico representado através dos tempos, pelas diversas culturas, possibilitando perpetuar a sua memória por meio do imaginário.

Segundo Baczko13, é por meio do imaginário que as sociedades esboçam suas identidades e objetivos, detectam seus inimigos e organizam seu passado, presente e futuro. De certo, o imaginário social expressa-se por ideologias e utopias captados de símbolos, alegorias, rituais e mitos, todos esses elementos acabam por moldar visões de mundo e de condutas. E apesar de sua interpretação depender de uma série de fatores, como cultura e a mentalidade da sociedade em determinada época.

Não podemos esquecer que o DOPS foi um órgão gerenciador de informações que acumuladas e cruzadas entre si permitiram não só o domínio objetivo dos que contestavam o regime vigente durante a ditadura civil-militar de 1964, mas também a criação de mitos no imaginário social que possibilitou a permanência de um grupo social no poder. Assim afirma Maria Luiza Tucci Carneiro14 quando nos diz que:

“E, ao longo dos seus 59 anos de existência do DOPS e suas “múltiplas filiais estaduais”, o mito da conspiração comunista internacional foi o que mais se manteve em evidencia cristalizando-se ao nível do imaginário popular. E paralelamente a este, persistiu o mito da nacionalidade (ou brasilidade) que anulava a dimensão individual do cidadão integrando-o no corpo da nação”.

Aos que não se enquadravam no modelo de cidadão idealizado pelo regime cabia o rotulado de indesejáveis e como tal foram vigiados, perseguidos e eliminados. Sendo um dos principais objetivos deste órgão impedir a heterogeneidade do pensamento através do silenciamento das vozes discordantes dos considerados potencialmente perigosos. Desta forma o conceito de inimigo objetivo ou imaginário interferiu efetivamente no imaginário do cidadão de senso comum e o Estado procurou gerenciar este universo mantendo sempre que possível à sociedade alienada e conformada.

A repressão ideológica através de prisões e torturas acabou por gerar diretrizes de comportamento impondo aos cidadãos o autocontrole, a autocensura15 e em casos extremos a delação do possível inimigo social.

Diante deste quadro, para que a sociedade possa dar significância e reconhecer os mitos e espaços de dominação16 presentes nesta memória contida na vasta documentação dos acervos do DOPS é preciso que o profissional da informação esteja ciente de seu papel não só na guarda

13Sobre isso ver: BACZKO, B. Les imaginaires sociaux: mémoire et espoirs collectifs. Paris: Payot, 1984.

14Sobre isso ver: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Os Arquivos da Polícia Política Brasileira: Uma alternativa para os estudos de História do Brasil Contemporâneo. Acessado em http://www.usp.br/proin/download/artigo/artigo_arquivos_policia_politica.pdf, às 22:00 do dia 18/06/2011.

15Para se saber como se formou o auto-controle e a auto-censura nos Estados Contemporâneos ver: ELIAS, Norbert. Sugestões para uma Teoria dos Processos Civilizadores. In:___. O Processo Civilizador: Formação do Estado e Civilização. Tradução: Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993, págs. 193-262.

16Por “Espaços de Dominação” entendermos o complexo jogo que se dá entre os diversos autores construtores da memória, em que o Estado procura através do acesso aos arquivos e a documentação legitimar a sua memória, marginalizando as discordantes. Para mais informações sobre isso ver: BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Lisboa: DIFEL; Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

desta documentação, mas na mediação entre a sociedade e esta memória, não só as sociedades científicas, mas a população, que realmente é a detentora dessa memória.

A população deve ter o direito e acesso a verdade contida na memória apreendida no registro dos fatos que estão no suporte documental. Desta forma a população deve ter seu acesso assegurado não só a produção bibliográfica, audiovisual ou demais gêneros que tiveram sua origem na consulta destes documentos, mas também deve ter o direito ao acesso às fontes primárias. Este direito deve ser incentivado através de ações que permitam e incentivem a população a conhecer os arquivos das entidades sindicais apreendidos pelo DOPS.

Os acervos do movimento sindical e demais órgãos de resistência à repressão política, gerados durante o período de 1964-1985, formam um grande retrato da história do Brasil e representam o preenchimento de lacunas antes impossíveis de serem preenchidas, na medida em que estes arquivos fazem parte da constituição da identidade nacional brasileira.

É preciso ter ciência de que grande parte das pessoas remanescentes daquele período, os detentores reais daquela memória estão envelhecendo, tendo suas vozes silenciadas pelo tempo e logo não poderão partilhar mais suas memórias com as novas gerações. A partir deste ponto, os arquivos e seus documentos serão os detentores da única memória restante, o registro documental gerado pelos órgãos de repressão, que estão dia a dia se tornando o único traço vestigial de toda uma época.

De todo o exposto, até aqui, a memória contida nos acervos do extinto DOPS é parte integrante da gênese do processo de constituição e reforço da identidade individual e da identidade coletiva e nacional, sendo uma operação ideológica do processo psíquico-social de representação de si próprio, capaz de reorganizar o individuo dentro do universo simbólico social.

Para que à documentação contida nos acervos gerados pelas extintas Delegacias de Ordem Política e Social possam cumprir seu papel de legado de memória, o profissional arquivista ou o profissional de informação deve dominar conhecimentos não só do modo técnico de organização do acervo, de operações como a avaliação, classificação, arranjo e descrição, como tem sido a prática constante em nossas Unidades de Arquivo de acesso público. Estes profissionais também devem dominar conhecimentos relativos à constituição histórica e conjuntural deste acervo, além de ser capaz de identificar os espaços de dominação arraigados neste tipo de documentação que compõe este tipo de Arquivo conhecido como Arquivo Sensível.

Vale lembrar ao profissional arquivista, que o período no qual foi produzido o acervo do DOPS e dos movimentos sindicais, esteve inserido em um contexto onde houve uma grande repressão ideológica. Repressão esta realizada por parte dos órgãos do Estado para com a sociedade. A memória social, neste caso, se identifica como memória subterrânea17 e a memória contida na documentação gerada por tais órgãos podem ser consideradas memórias dominantes.

Estas memórias dominantes acabam por tomar contornos mais sólidos de seu poder dominante dentro de uma concepção Weberiana18, em que a burocracia acaba por criar relações de poder e submissão diante do poder atribuído ao órgão do governo neste caso em especial o repositório da memória, ou seja, o arquivo.

O Arquivista ou profissional de informação deve estar atento a sua postura diante dos resquícios do autoritarismo imbricados no processo de democratização da informação

17Sobre o conceito de “Memória Subterrânea” ver: POLLACK, Michel. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.2, n. 3, 1989, págs. 3-15.

18Para conhecer melhor a concepção de Weber sobre esse assunto ver: WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos de uma Sociologia Compreensiva. Brasília, DF: Editora da Universidade de

relacionada a estes acervos. Afinal, mesmo involuntariamente, este profissional está envolvido ou ligado ao passado autoritário do Brasil, por questões sociais e de comportamento ligados à autocensura imposta pelo governo no período de ditadura civil-militar, ou pela própria característica antropológica e sociológica existente na constituição dos Arquivos Brasileiros que desde a sua criação desenvolveu junto ao governo e a sociedade uma relação centrípeta. Vale ressaltar a importância de iniciativas como a do Projeto Memórias Reveladas19.

As entidades sindicais devem utilizar de sua capacidade de articulação junto à classe trabalhadora para levar ao conhecimento desta, parte dessa memória que se mantém dentro do espaço institucional arquivístico, que ainda não foram utilizadas, salvo ainda algumas tímidas experiências de alguns Arquivos de acesso público que promovem algumas exposições de partes do acervo do extinto DOPS e dos acervos de algumas entidades sindicais.

Esta parte do acervo, que é uma parte que não fere a memória de nenhum dos lados envolvidos nas disputas e perseguições, nem a memória dos ditos subversivos, que foram perseguidos ou lesados de alguma forma pelo governo vigente de 1964-1985, nem a dos militares, podendo ser usados em exposições por serem registros documentais ou mesmo objetos tridimensionais que não trazem em si nenhuma identificação de caráter pessoal.

Estas pequenas exposições têm o poder todo especial que já é dominado pelas outras duas irmãs da Arquivologia, a Museologia e a Biblioteconomia, que é o poder de tocar a memória e a consciência do indivíduo que tem contato com a memória contida em tais acervos. Deste contato surgem uma série de significações e ressignificações que trazem a tona o sentimento de pertencimento a grupos sociais que foram atores nesse período histórico.

Trata-se da entidade sindical levar a classe trabalhadora e a sociedade como um todo, maneiras de devolver esta memória que esteve por tanto tempo nos subterrâneos de relatos orais. É devolver a classe trabalhadora sua memória e mostrar que reivindicações passadas ainda continuam presentes, mostrar o poder de transformação de vozes muitas vezes silenciadas por simples questões ideológicas, superando o processo de esquecimento advindo do processo de anistia20.

Desta forma o movimento sindical também passa a fazer parte do processo social de apropriação da memória não só como guardião, ou custodiador, mas sim como um agente indutor facilitador do contato entre sociedade civil e sua memória. Em contrapartida, o contato mais estreito entre sociedade e arquivo, leva ao reconhecimento destes espaços enquanto repositório de memória, cidadania e direitos muitas vezes negligenciados e assim o movimento sindical e os profissionais envolvidos na organização da informação acabam por conseguir uma maior visibilidade social e o reconhecimento destas entidades e suas lutas perante a sociedade.

19O Memórias Reveladas é um projeto do Governo federal, que, como o próprio nome o diz, visa esclarecer fatos acontecidos na história política recente do Brasil, especialmente aos acontecidos durante o governo militar (1964-1985).

20Aqui quando nos utilizamos da palavra anistia, estamos fazendo em seu sentido epistemológico, isto é, de esquecimento, e não da lei aprovada em 1979 que anistiou tanto os elementos do governo, quanto os subversivos que atuaram no período militar.

Referências bibliográficas

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NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

No documento DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE (páginas 82-88)