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Doenças Infecciosas nos Utentes em Tratamento

2. Morbilidade

2.2. Doenças Infecciosas nos Utentes em Tratamento

As taxas de cobertura dos rastreios aqui apresentadas foram calculadas sobre o total dos utentes em tratamento por problemas relacionados com o uso de álcool nas diferentes estruturas

de tratamento dos comportamentos aditivos e dependências42, apesar de nem todos serem

considerados elegíveis para efetuar esses rastreios, designadamente os que nunca tiveram comportamentos de risco a nível do consumo de drogas ou das relações sexuais.

Quadro 2 - Doenças Infecciosas nos Utentes em Tratamento*, por Tipo de Estrutura

Redes Pública e Licenciada (Portugal Continental) 2016

Data da recolha de informação: 2.º semestre de 2017.

* Utentes que recorreram a tratamento por problemas relacionados com o uso de álcool.

a) Resultados positivos nos rastreios efetuados no ano (com informação registada sobre os resultados).

b) Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano.

c) Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento).

d) Inclui os internamentos nas Unidades de Alcoologia e Unidades de Desabituação.

Fonte: Unidades Licenciadas / Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI – DEI

Segundo a informação registada sobre os rastreios de doenças infecciosas nos utentes em tratamento por problemas relacionados com o uso de álcool nas estruturas do ambulatório, em 2016 eram conhecidos os resultados dos rastreios do VIH para 47% dos utentes em tratamento no ano, 39% dos novos utentes e 54% dos utentes readmitidos, sendo inferiores os relativos aos rastreios da Hepatite B (respetivamente 36%, 27% e 42%) e da Hepatite C (respetivamente 36%, 27% e 42%). É de notar que se constata nos últimos seis anos uma melhoria da cobertura do rastreio nos utentes

em ambulatório43. Tal como nos anos anteriores, as taxas de rastreios destas doenças infecciosas

foram muito superiores nas estruturas de internamento.

41 As fontes dos dados apresentados são o Sistema de Informação Multidisciplinar (SIM) e a informação enviada ao SICAD pelas estruturas de internamento públicas e licenciadas, no âmbito das suas competências de proceder à recolha e

tratamento dos dados reunidos nos serviços públicos e organizações privadas com intervenção nestas áreas. Ver

contextualização metodológica sobre os dados utilizados no capítulo 2.1. Tratamento. Ver informação complementar no Anexo do Relatório, p. 155-157.

42 Estruturas de ambulatório da rede pública (em que se diferencia os utentes em tratamento no ano, os novos utentes e os utentes readmitidos), e estruturas de internamento das redes pública e licenciada (Unidades de Alcoologia (UA) /Unidades de Desabituação (UD) e Comunidades Terapêuticas (CT)).

43 Ver informação complementar no Anexo do Relatório, p. 155-157.

Doenças Infecciosas

Cob ertu ra P rev. Novas Infeções a)T ratam . Cob ertu ra P rev. Novas In f eções a) Cob ertu ra P rev. Novas Infeçõesa)

Estrutura / Rede ( V IH+ ) ( V IH+ ) ( Ag HBs+ ) ( Ag HBs+ ) ( V HC+ ) ( V HC+ )

Utentes Tratamento no Ano b) 47% 3% 2% 33% 36% 2% 2% 36% 17% 11% Novos Utentesc) 39% 2% 2% 4% 27% 2% 1% 27% 6% 5% Utentes Readmitidos 54% 6% 4% 38% 42% 3% 1% 42% 30% 26% Públicas d) 76% 5% _ 34% 78% 3% _ 80% 24% _ Licenciadas 100% 0% _ .. 83% 0% _ 83% 40% _ Públicas 85% 2% _ 0% 83% 0% _ 83% 20% _ Licenciadas 90% 4% _ 76% 90% 1% _ 90% 15% _ Ambulatório/Rede Pública

Unidades Alcoologia e Unidades Desabituação

Comunidades Terapêuticas

Hepatite C VIH Hepatite B

6262

Em 2016, e com exceção dos utentes das UD licenciadas que apresentaram uma prevalência de 0% no seu grupo reduzido de utentes em tratamento por problemas relacionados com o uso de álcool (6), as prevalências de VIH+ variaram entre os 2% (novos utentes e utentes das CT públicas) e os 6% (readmitidos no ambulatório). À semelhança do ano anterior, a proporção de

novas infeções44 no total de utentes em ambulatório foi de 2%, tendo sido também de 2% entre

os novos utentes e de 4% entre os utentes readmitidos.

As proporções de seropositivos com terapêutica antirretroviral variaram entre os 0% e os 76% consoante o grupo de utentes, correspondendo o valor mais baixo aos utentes das CT públicas, e o mais alto ao das CT licenciadas. É de notar que as proporções de seropositivos com terapêutica antirretroviral continuam a ser, de um modo geral, inferiores às registadas nos utentes em tratamento por problemas relacionados com o consumo de drogas.

Quanto à Hepatite B, as prevalências de AgHBs+ variaram em 2016 entre os 0% e os 3%. Tal como em 2015, a proporção de novas infeções no total de utentes em ambulatório foi de 2%, tendo sido de 1% entre os novos utentes bem como entre os utentes readmitidos.

Tal como nos anos anteriores, as prevalências de Hepatite C (VHC+) foram bem mais elevadas: em 2016, estas variaram entre os 6% e os 30%, com exceção dos utentes das UD licenciadas que apresentaram uma prevalência superior (40%) no seu grupo reduzido de utentes.

A proporção de novas infeções no total de utentes em ambulatório foi de 11%, tendo sido de 5% no grupo dos novos utentes e de 26% nos utentes readmitidos.

Figura 43 - Prevalências de Hepatite C (VHC+) nos Utentes em Tratamento*, por Tipo de Estrutura

Redes Pública e Licenciada (Portugal Continental) 2010 / 2016

Data da recolha de informação: 2.º semestre de 2013 (dados até 2012), e 2.º semestre do ano seguinte ao que se reporta a informação, para os dados a partir de 2013.

* Utentes que recorreram a tratamento por problemas relacionados com o uso de álcool.

Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI – DEI

63

63

Em 2016, no conjunto dos utentes em ambulatório verificou-se uma subida das prevalências

de VIH+ e de VHC+, contrariamente à tendência de estabilidade verificada entre 2011 e 2015 (e até uma ligeira diminuição da prevalência de VHC+ em 2015). De um modo geral, entre os utentes internados por problemas relacionados com o uso de álcool em UA/UD e em CT constata- -se, no último quadriénio, uma relativa estabilidade das prevalências de VIH+ e de VHC+, com exceção das de VHC+ nos internados em UA/UD, em que continua a verificar-se uma tendência para o decréscimo.

As proporções de novas infeções por VIH e VHC entre os utentes em ambulatório também aumentaram em 2016, contrariamente à tendência de estabilidade verificada entre 2011 e 2015, sendo os valores de 2016 semelhantes aos registados em 2010.

Figura 44 - Novas Infeções* de Doenças Infecciosas nos Utentes em Tratamento no Ano**

Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental) 2010 / 2016

Data da recolha de informação: 2.º semestre de 2013 (dados até 2012), e 2.º semestre do ano seguinte ao que se reporta a informação, para os dados a partir de 2013.

* Resultados positivos nos rastreios efetuados no ano (com informação registada sobre os resultados).

** Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcoole com pelo menos um evento assistencial no ano

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