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SEÇÃO IX DAS QUADRAS

DOS CONDOMÍNIOS DE LOTES

Art. 109 - Condomínio de Lotes é a divisão de gleba ou lote em fração, correspondentes a unidades autônomas destinadas à edificação para fins residenciais unifamiliares, com áreas de uso comum dos condôminos, que não implique na abertura de logradouros públicos, nem na modificação ou ampliação dos já existentes, com abertura de vias internas de domínio privado, não havendo a subdivisão da fração, observada a legislação civil quanto a condomínio.

Parágrafo Único. Deverá ser garantida a ação livre e desimpedida das autoridades públicas e concessionárias de serviços responsáveis pela segurança, saúde, bem-estar da população e pela infraestrutura, dentro dos limites com condomínio de lotes.

46 Art. 110 - Fica instituído o Condomínio de Lotes para fins residenciais unifamiliares mediante prévia aprovação dos projetos pelos órgãos públicos competentes, respeitando-se os índices urbanísticos e critérios previstos nesta lei, e demais normas estabelecidas na legislação competente em vigor, no âmbito municipal, estadual e federal.

Art. 111 - O Condomínio de Lotes deverá ter:

I. Área destinada ao Equipamento Público Comunitário – EPC a ser transferida à municipalidade, deverá atender ao percentual estabelecido no Anexo 01 – Requisitos Urbanísticos para Loteamento desta lei;

II. Área destinada a Espaço Livre de Uso do Condomínio – ELUC, distribuídas de acordo com o Anexo 01 – Requisitos Urbanísticos para Loteamento desta lei, composta de: a) Área Verde no Condomínio – AVC, área verde de domínio público a ser transferida à

municipalidade, que deverá ser composta por mudas de árvores nativas regionais, não admitindo áreas gramadas como parte deste percentual.

b) Área de Lazer do Condomínio- ALC, área de lazer constituída preferencialmente para a instalação de equipamentos esportivos, parques infantis, áreas de lazer contemplativas e pequenos gazebos, desde que estes sejam pavimentados em solo natural. As ciclovias, passeios e pequenos acessos de serviço integrantes destes espaços deverão ser pavimentados em material permeável possuindo leitos de no máximo 2 m (dois metros) de largura;

c) A Área de Lazer do Condomínio - ALC deverá estar localizada com acesso em via local de acesso domiciliar;

d) Nos casos da Área de Lazer do Condomínio - ALC conter edificações, estas deverão estar instaladas exclusivamente em lotes de domínio privativo dos condôminos, não comercializáveis, para pequenos usos que atendam exclusivamente às necessidades dos condôminos (compatíveis com Comercial Tipo A e Prestações de Serviços Tipo A, Administração do Condomínio e Recreativos), devendo ser mantida, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) da área do lote com pavimentação permeável e taxa de ocupação máxima de 30% (trinta por cento) do lote.

§1º Se no local objeto do parcelamento houver Áreas de Especial Interesse Ambiental (AEIA), já determinadas pelo Plano Diretor Municipal de Desenvolvimento Sustentável, estas deverão estar indicadas como Área Verde.

§2º No caso de lotes integrantes de condomínio de lotes, inclusive nas áreas a serem transferidas à municipalidade, poderão ser instituídas limitações administrativas e direitos reais sobre coisa alheia em benefício do Poder Público Municipal, da população em geral e da proteção da paisagem urbana, tais como servidões de passagem, usufrutos e restrições à construção de muros.

Art. 112 - A conversão de parcelamentos urbanos em condomínios de lotes poderá ser autorizada pela Municipalidade desde que, existente o interesse público, haja a anuência

47 expressa de 2/3 (dois terços) dos titulares das frações, através de processo administrativo próprio.

Art. 113 - Todas as obras que forem executadas nos condomínios de lotes, sejam de edificações ou de infraestrutura de lotes, deverão atender às disposições previstas no Plano Diretor Municipal de Desenvolvimento Sustentável, na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo e no Código de Obras Municipal, e demais normas estabelecidas na legislação pertinente em vigor, devendo ser previamente licenciadas e aprovadas pelo órgão competente do Poder Público Municipal.

Art. 114 - A área máxima, permitida para a implantação de empreendimentos na modalidade de condomínios de lotes é de 100.000 m² (cem mil metros quadrados). Art. 115 - As dimensões dos lotes que formam os condomínios, deverão atender aos

Anexo 01 – Requisitos Urbanísticos para Loteamento, desta Lei.

Art. 116 - As construções a serem edificadas nos lotes deverão obedecer, além dos parâmetros urbanísticos definidos pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, alguns parâmetros específicos tais como:

I. É proibido muro frontal e muro lateral na extensão de 3 m (três metros) as divisas laterais, integrando esta área à proposta paisagística do condomínio, sendo admissível o uso de acessos e estacionamentos descobertos, preservando nesta faixa uma área de pavimentação permeável de 40% (quarenta por cento);

II. Permeabilidade de 70% do muro frontal externo do condomínio de lotes.

Art. 117 - As dimensões das vias e da calçada das vias de circulação deverão obedecer a Seção IV – Do Sistema Viário, do Capítulo II, desta Lei.

Art. 118 - Os condomínios não poderão prejudicar o acesso público às praias e margens de rios e canais, devendo obrigatoriamente ter, no mínimo, uma via local de acesso a esses cursos d’água.

Art. 119 - Entre dois ou mais condomínios vizinhos, o Poder Público Municipal deverá exigir a abertura de uma via de circulação, tendo em vista as necessidades do sistema viário Municipal, e manter a permeabilidade visual em pelo menos 70% de sua extensão. Art. 120 - Os muros externos do condomínio deverão respeitar altura máxima de 2,50 m

(dois metros e cinquenta centímetros) e manter uma permeabilidade de 70% (setenta por cento) de sua extensão, devendo ser adotado elementos vazados ou tratamento paisagístico;

Art. 121 - São de responsabilidade e ônus dos condôminos os serviços de recolhimentos dos resíduos sólidos urbanos gerados no condomínio, a iluminação condominial e todos os demais serviços de conservação e integral manutenção do empreendimento instituído, na forma da lei e do respectivo projeto aprovado.

48 Parágrafo único. Serão áreas e edificações de uso privativo e de manutenção do condomínio as vias urbanas internas de comunicação, os muros, guaritas, serviços e obras de infraestrutura, equipamentos condominiais e todas as áreas e edificações que, por sua natureza, destinem-se ao uso privativo de todos os condôminos.

CAPÍTULO IX

DO PROCESSO DE APROVAÇÃO E DA DOCUMENTAÇÃO

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