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Art. 215.

Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma assinado pelo Presidente do Tribunal Superior, do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.

• Res.-TSE n. 19.766/96: possibilidade de recebimento do diploma por procurador; excepcionalmente, o juiz pode mudar o dia marcado para a diplomação, observadas a conveniência e oportunidade.

Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do candi- dato, a indicação da legenda sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classifi cação como suplente, e, facultativamente, outros dados a critério do Juiz ou do Tribunal.

Art. 216.

Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude.

• Ac.-TSE n.s 1.049/2002, 1.277/2003, 21.403/2003, 1.320/2004 e Ac.- TSE, de 28.6.2006, na MC n. 1.833: inaplicabilidade deste dispositivo à ação de impugnação de mandato eletivo.

Art. 217.

Apuradas as eleições suplementares, o Juiz ou o Tribunal reverá a apuração anterior, confi rmando ou invalidando os diplomas que houver expedido.

Parágrafo único. No caso de provimento, após a diplomação, de recurso contra o registro de candidato ou de recurso parcial, será também revista a apuração anterior, para confi rmação ou invalidação de diplomas, observado o disposto no § 3º do art. 261.

Art. 218.

O Presidente de Junta ou de Tribunal que diplo- mar militar candidato a cargo eletivo comunicará imediatamente a diplomação à autoridade a que o mesmo estiver subordinado, para os fi ns do art. 98.

CAPÍTULO VI

DAS NULIDADES DA VOTAÇÃO

Art. 219.

Na aplicação da lei eleitoral o Juiz atenderá sempre aos fi ns e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo.

Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar.

Art. 220.

É nula a votação:

I - quando feita perante Mesa não nomeada pelo Juiz Eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei;

II - quando efetuada em folhas de votação falsas;

III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas;

IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios;

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V - quando a Seção Eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 135.

• Inciso acrescido pelo art. 45 da Lei n. 4.961/66; anteriormente, com a mesma redação, constituía ele o inciso I do art. 221.

Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e a encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes.

Art. 221.

É anulável a votação:

I - quando houver extravio de documento reputado essen- cial;

II - quando for negado ou sofrer restrição o direito de fi sca- lizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, por escrito, no momento;

III - quando votar, sem as cautelas do art. 147, § 2º:

a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas individuais de votação à Mesa, desde que haja oportuna reclamação de partido;

b) eleitor de outra Seção, salvo a hipótese do art. 145; c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado.

• Revogado o primitivo inciso I, e renumerados os demais incisos, pelo art. 46 da Lei n. 4.961/66; o inciso I passou a constituir o inciso V do art. 220.

• V., também, art. 72, p. único, deste código. • V. nota ao art. 147, § 1º, deste código.

Art. 222.

É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei.

• Parágrafos 1º e 2º revogados pelo art. 47 da Lei n. 4.961/66.

Art. 223.

A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício pela Junta, só poderá ser argüida quando de sua prática, não mais podendo ser alegada, salvo se a argüição se basear em motivo superveniente ou de ordem constitucional.

§ 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser alegada no ato, poderá ser argüida na primeira oportunidade que para tanto se apresente.

§ 2º Se se basear em motivo superveniente deverá ser alegada imediatamente, assim que se tornar conhecida, podendo as razões do recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias.

§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de ordem constitucional, não poderá ser conhecida em recurso interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser argüida.

• Parágrafo com redação dada pelo art. 48 da Lei n. 4.961/66.

Art. 224.

Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do Município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

* CF/88, art. 77, §§ 2º e 3º, c.c. os arts. 28 e 29, II: votos nulos e em branco não computados para o cálculo da maioria nas eleições de presidente da República e vice-presidente da República, governador e vice-governador, e prefeito e vice-prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores.

• Ac.-TSE n.s 13.185/92, 2.624/98, 3.113/2003, e Ac.-STF, de 2.10.98, no RMS n. 23.234: não há incompatibilidade entre este artigo e o art. 77, § 2º, da CF/88. Ac.-TSE n. 21.320/2004: não-incidência deste dispositivo nas eleições disputadas em segundo turno.

• Ac.-TSE, de 29.6.2006, no MS n. 3.438 e de 5.12.2006, no REspe n. 25.585: “Para fi ns de aplicação do art. 224 do Código Eleitoral, não se somam aos votos anulados em decorrência da prática de captação ilícita de sufrágio, os votos nulos por manifestação apo- lítica de eleitores”.

• Ac.-TSE, de 29.6.2006, no MS n. 3.438: impossibilidade de conhe- cimento, de ofício, da matéria tratada neste dispositivo, ainda que de ordem pública.

• Ac.-TSE, de 30.5.2006, no REspe n. 25.436: “Na renovação das eleições, reabre-se todo o processo eleitoral”.

• Ac.-TSE, de 10.10.2006, no REspe n. 26.018, de 12.6.2007, no REs- pe n. 26.140, e de 2.8.2007, no REspe n. 28.116: impossibilidade de participação, na renovação do pleito, do candidato que deu causa à nulidade da eleição anterior.

§ 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador-Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição.

§ 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste Capítulo o Ministério Público promoverá, imediatamente, a punição dos cul- pados.

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CAPÍTULO VII