• Nenhum resultado encontrado

Dos Direitos do Advogado

No documento Leisextravagantes (páginas 34-38)

Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.

Parágrafo único. As autoridades, os servido- res públicos e os serventuários da Justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advo- cacia e condições adequadas a seu desempenho.

Art. 7º São direitos do advogado:

I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;

II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrô-

Legislação Extravagante nica, telefônica e telemática, desde que relativas

ao exercício da advocacia; (Lei n. 11.767, de 7 de agosto de 2008).

• ADIn n 1.127-8. A eficácia da expressão destacada foi suspensa pelo STF, em medida liminar.

III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quan- do estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;

IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto res- pectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;

• ADIn n 1.127-8. A eficácia da expressão destacada foi suspensa pelo STF, em medida liminar.

V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;

• ADIn n 1.127-8. A eficácia da expressão destacada foi suspensa pelo STF, em medida liminar.

VI – ingressar livremente:

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;

b) nas salas e dependências de audiências, se- cretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e inde- pendentemente da presença de seus titulares;

c) em qualquer edifício ou recinto em que fun- cione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher pro- va ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;

d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou pe- rante a qual este deva comparecer, desde que mu- nido de poderes especiais;

VII – permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;

VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independente-

mente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;

IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou ad- ministrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido;

• ADIn n 1.105-7. A eficácia de todo o dispositivo foi suspensa pelo STF, em medida liminar.

X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;

XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, pe- rante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, con- tra a inobservância de preceito de lei, regulamen- to ou regimento;

XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administra- ção Pública ou do Poder Legislativo;

XIII – examinar, em qualquer órgão dos Pode- res Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;

XIV – examinar em qualquer repartição poli- cial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;

XV – ter vista dos processos judiciais ou ad- ministrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;

XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;

XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;

XVIII – usar os símbolos privativos da profis- são de advogado;

XIX – recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;

XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trin- ta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocoli- zada em juízo.

§ 1º não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:

1. aos processos sob regime de segredo de justiça; 2. quando existirem nos autos documentos ori- ginais de difícil restauração ou ocorrer circuns- tância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reco- nhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;

3. até o encerramento do processo, ao advoga- do que houver deixado de devolver os respecti- vos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.

§ 2º o advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.

• ADIn n 1.127-8. A eficácia da expressão destacada foi suspensa pelo STF, em medida liminar.

§ 3º o advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o dis- posto no inciso IV deste artigo.

• ADIn n 1.127-8. O STF atribuiu a interpretação de que o dispositivo não abrange a hipótese de crime de desacato à autoridade judiciária.

§4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tri- bunais, delegacias de polícia e presídios, salas es- peciais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.

• ADIn n 1.127-8. A eficácia da expressão foi suspensa pelo STF, em medida liminar.

§ 5º (VETADO)

• Lei n. 11.767, de 7 de agosto de 2008.

§ 6º Presentes indícios de autoria e materiali- dade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar

a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expe- dindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hi- pótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do ad- vogado averiguado, bem como dos demais instru- mentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.

• Lei n. 11.767, de 7 de agosto de 2008.

§ 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averigua- do que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviola- bilidade. • Lei n. 11.767, de 7 de agosto de 2008 § 8º (VETADO) • Lei n. 11.767, de 7 de agosto de 2008 § 9º (VETADO) • Lei n. 11.767, de 7 de agosto de 2008. Título I Da Advocacia Capítulo III Da Inscrição

Art. 8º Para inscrição como advogado é ne- cessário:

I – capacidade civil;

II – diploma ou certidão de graduação em di- reito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;

III – título de eleitor e quitação do serviço mi- litar, se brasileiro;

IV – aprovação em Exame de Ordem;

V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;

VI – idoneidade moral;

VII – prestar compromisso perante o Conselho. § 1º O Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.

§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição es- trangeira, devidamente revalidado, além de aten- der aos demais requisitos previstos neste artigo.

Legislação Extravagante § 3º A inidoneidade moral, suscitada por qual-

quer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do Conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.

§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade mo- ral aquele que tiver sido condenado por crime in- famante, salvo reabilitação judicial.

Art. 9º Para inscrição como estagiário é ne- cessário:

I – preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º;

II – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.

§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respec- tivas instituições de ensino superior, pelos Con- selhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Có- digo de Ética e Disciplina.

§ 2º A inscrição de estagiário é feita no Con- selho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.

§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça ativi- dade incompatível com a advocacia pode freqüen- tar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, ve- dada a inscrição na OAB.

§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.

Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral.

§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecen- do, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.

§ 2º Além da principal, o advogado deve pro- mover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habi- tualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.

§ 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o

advogado requerer a transferência de sua inscri- ção para o Conselho Seccional correspondente.

§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplemen- tar, ao verificar a existência de vício ou ilegalida- de na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.

Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:

I – assim o requerer;

II – sofrer penalidade de exclusão; III – falecer;

IV – passar a exercer, em caráter definitivo, ati- vidade incompatível com a advocacia;

V – perder qualquer um dos requisitos necessá- rios para inscrição.

§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo Conselho competente ou em virtu- de de comunicação por qualquer pessoa.

§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição – que não restaura o número de inscrição anterior – deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º

§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acom- panhado de provas de reabilitação.

Art. 12. Licencia-se o profissional que: I – assim o requerer, por motivo justificado; II – passar a exercer, em caráter temporário, ativi- dade incompatível com o exercício da advocacia;

III – sofrer doença mental considerada curável. Art. 13. O documento de identidade profissio- nal, na forma prevista no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais.

Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos assi- nados pelo advogado, no exercício de sua atividade. Parágrafo único. É vedado anunciar ou divul- gar qualquer atividade relacionada com o exercí- cio da advocacia ou o uso da expressão “escritório de advocacia”, sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.

Título I Da Advocacia

Capítulo IV

No documento Leisextravagantes (páginas 34-38)