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DOS INDICADORES DA INDÚSTRIA DOMÉSTICA

No documento CAMEX - Câmara de Comércio Exterior (páginas 23-35)

P1 100,0 100,0 100,0 P2 128,4 61,0 47,6 P3 137,2 104,4 76,2 P4 130,8 34,5 26,3 P5 129,6 60,3 46,5

Observou-se que a relação entre as importações objeto do direito antidumping e a produção nacional de acrilato de butila caiu de P1 para P2, subiu de P2 para P3, caiu de P3 para P4 e se elevou de P4 para P5. Assim, ao considerar-se todo o período em análise, essa relação, que era de [confidencial] % em P1, passou a [confidencial]% em P5, representando uma redução de [confidencial].

6.5. Da conclusão a respeito das importações

Com base nos dados anteriormente apresentados, concluiu-se que: as importações originárias dos EUA, em toneladas, caíram 39,7%, comparando-se P1 a P5 e aumentaram 74,6% de P4 para P5; de P4 para P5 houve queda do preço do produto objeto do direito antidumping de 12,9%. Mesmo com a queda em P5, quando comparado a P1, verificou-se aumento de 10,6% do preço CIF das importações brasileiras de acrilato de butila originárias dos EUA; as importações objeto do direito antidumping diminuíram em [confidencial] p.p. a participação em relação ao CNA de P1 para P5. De P4 para P5, essa participação aumentou em [confidencial] p.p.; os demais países, por sua vez, aumentaram a participação no CNA, de P1, para P5 em [confidencial] p.p. No entanto, de P4 para P5, essa participação diminuiu [confidencial] p.p.; e em P5, as importações do produto objeto da medida antidumping corresponderam a [confidencial]% da produção nacional. De P1 para P5, a relação entre as importações do produto objeto da medida antidumping e a produção nacional diminuiu [confidencial] p.p., enquanto que de P4 para P5 essa relação elevou-se [confidencial] p.p.

Diante desse quadro, constatou-se aumento das importações objeto do direito antidumping, tanto em termos absolutos, quanto em relação à produção, ao mercado brasileiro e ao consumo nacional aparente quando analisado o interstício de P4 para P5.

7. DOS INDICADORES DA INDÚSTRIA DOMÉSTICA

O art. 106 do Decreto no8.058, de 2013, estabelece que um direito antidumping pode ser prorrogado caso determinado que sua extinção levaria muito provavelmente à continuação ou à retomada do dano à indústria doméstica.

utilizados para apuração das importações, do mercado brasileiro e do consumo nacional aparente.

Para a adequada avaliação da evolução dos dados em moeda nacional, os valores correntes com base no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas foram corrigidos, constante no Anexo II.

De acordo com a metodologia aplicada, os valores em reais correntes de cada período foram divididos pelo índice de preços médio do período, multiplicando-se o resultado pelo índice de preços médio de P5. Essa metodologia foi aplicada a todos os valores monetários em reais apresentados nesta Resolução.

De acordo com o disposto no art. 30 do Decreto no 8.058, de 2013, a análise de dano deve fundamentar-se no exame objetivo do volume das importações a preços de dumping, no seu possível efeito sobre os preços do produto similar no mercado brasileiro e no consequente impacto dessas importações sobre a indústria doméstica.

Como já demonstrado anteriormente, de acordo com o previsto no art. 34 do Decreto no 8.058, de 2013, a indústria doméstica foi definida como a linha de acrilato de butila da Basf, que foi responsável, em P5, por 100% da produção nacional do produto similar produzido no Brasil. Dessa forma, os indicadores considerados nesta Resolução refletem os resultados alcançados pela citada linha de produção, tendo sido verificados e retificados por ocasião da verificação in loco realizada na Basf S.A.

7.1. Do volume de vendas

A tabela a seguir apresenta as vendas da indústria doméstica de produto de fabricação própria, destinadas ao mercado interno, conforme informado na petição e confirmado na verificação in loco. As vendas apresentadas estão líquidas de devoluções.

Vendas da Indústria Doméstica (em número índice de t) Período Vendas Totais Vendas no Mercado Interno Participação no Total (%) Vendas no Mercado Externo Participação no Total (%) P1 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 P2 136,2 136,7 100,3 128,1 94,0 P3 152,0 151,5 99,7 161,1 106,0 P4 141,7 145,4 102,5 72,0 52,0 P5 139,9 146,5 104,7 15,3 10,0

Observou-se que o volume de vendas destinado ao mercado interno apresentou aumentos em todos os períodos, com exceção de P3 para P4, quando caiu 4%. Nos demais períodos as elevações equivaleram a 36,7% de P1 para P2, 10,8% de P2 para P3 e 0,8% de P4 para P5. Ao se considerar todo o período de análise, o volume de vendas da indústria doméstica para o mercado interno apresentou aumento de 46,5%. Cabe destacar que em P3 a indústria doméstica apresentou seu melhor resultado no período analisado; em vista disso, de P3 para P5, as vendas no mercado doméstico diminuíram 3,3%. As vendas destinadas ao mercado externo, por sua vez, aumentaram de P1 até P3, quando passaram a cair até P5. De P1 para P2 o aumento equivaleu a 28,1%, enquanto que de P2 para P3 foi de 25,7%. Os decréscimos subsequentes equivaleram a 55,3% e 78,8% de P3 para P4 e de P4 para P5, respectivamente. Ao se considerar os extremos da série, as vendas destinadas ao mercado externo da indústria doméstica apresentaram queda de 84,7%. P3 também foi o período que a indústria doméstica apresentou seu maior volume de vendas no mercado doméstico; ao se analisar de P3 a P5, as vendas diminuíram 90,5%.

Em relação às vendas totais da indústria doméstica, observaram-se aumentos de 36,2%, e 11,5% de P1 para P2 e de P2 para P3, respectivamente. Por outro lado, esse volume decresceu 6,8% de P3 para P4 e 1,3% de P4 para P5. Durante todo o período de análise, as vendas totais da indústria doméstica aumentaram 39,9%. Conforme analisado anteriormente, as vendas da indústria doméstica apresentaram seu ápice em P3, quando passaram a declinar nos períodos subsequentes; em consequência disso, suas vendas totais caíram 7,9% de P3 a P5.

7.2. Da participação do volume de vendas no mercado brasileiro e no consumo nacional aparente

A tabela a seguir apresenta a participação das vendas da indústria doméstica destinadas ao mercado interno no mercado brasileiro.

Participação das Vendas da Indústria Doméstica no Mercado Brasileiro (em número índice de t)

P1 100,0 100,0 100,0

P2 136,7 119,3 114,7

P3 151,5 129,3 117,2

P4 145,4 114,4 127,1

P5 146,5 124,0 118,2

A participação das vendas de acrilato de butila da indústria doméstica no mercado brasileiro aumentou em todos os períodos com exceção de P4 para P5, quando caiu. Tomando todo o período de análise (P1 para P5), observou-se elevação nessa participação. Apesar do maior volume de vendas da indústria doméstica ter ocorrido em P3, sua maior participação no mercado brasileiro se deu em P4. Esse fato pode ser explicado pela diminuição do mercado brasileiro de P3 para P4, de 11,5%, face a menor queda das vendas da indústria doméstica, de 4%, e à diminuição das importações da origem investigada, de 66,9%.

A tabela a seguir apresenta a participação das vendas da indústria doméstica destinadas ao mercado interno no consumo nacional aparente de acrilato de butila.

Participação das vendas da indústria doméstica no consumo nacional aparente (em número índice de t)

Período CNA Vendas Internas Participação (%) Variação (p.p.)

P1 100,0 100,0 100,0

-P2 115,9 136,7 117,9 [confidencial]

P3 124,6 151,5 121,5 [confidencial]

P4 114,0 145,4 127,5 [confidencial]

P5 119,1 146,5 123,1 [confidencial]

Considerando o período completo da análise (P1 a P5), a participação das vendas internas da indústria doméstica no CNA apresentou crescimento de 8,9%, saindo de 38,6% em P1 para 47,5% em P5. Em relação aos períodos isolados da análise, observa-se redução na participação em P5 (1,7%) e crescimento nos demais períodos: P2 (6,9%), P3 (1,4%) e P4 (2,3%), em relação ao período imediatamente anterior.

7.3. Da produção e do grau de utilização da capacidade instalada

Inicialmente, deve-se explicitar o método de cálculo utilizado para se obter a capacidade instalada de produção efetiva da indústria doméstica. Conforme dados obtidos quando da verificação in loco, a capacidade efetiva foi calculada tomando por base a capacidade nominal das linhas de produção e assumindo-se que [confidencial] horas/ano são destinadas à operação das linhas de produção e [confidencial] horas/ano são destinadas a limpezas (de [confidencial] a [confidencial] paradas ao ano, com duração de [confidencial] dias) ou a manutenções preventivas e corretivas (com duração total de [confidencial] a [confidencial] dias) no sistema.

A tabela a seguir apresenta a capacidade instalada efetiva da indústria doméstica, sua produção e o grau de ocupação dessa capacidade efetiva:

Capacidade Instalada, Produção e Grau de Ocupação (em número índice)

Período Capacidade Instalada Efetiva (t)

P1 100,0 100,0 100,0

P2 100,0 128,4 128,3

P3 107,5 137,2 127,5

P4 110,0 130,8 118,9

P5 110,0 129,6 117,9

O volume de produção de acrilato de butila da indústria doméstica aumentou 28,4% de P1 para P2 e 6,9% de P2 para P3. De P3 para P4 e de P4 para P5, houve quedas de 4,7% e 0,9%, respectivamente. Ao se considerar os extremos da série, o volume de produção da indústria doméstica aumentou 29,6%. Observou-se que em P3 a indústria doméstica apresentou seu maior volume de produção no período analisado, quando passou a diminuir; assim, de P3 a P5, a produção caiu 5,5%. A capacidade instalada efetiva manteve-se constante de P1 para P2, elevou-se em 7,5% de P2 para P3, 2,3,% de P3 para P4, e permaneceu inalterada de P4 para P5. De P1 para P5, a capacidade instalada efetiva aumentou 10%.

Segundo informações apresentadas pela peticionária, de P2 para P3, em função de otimizações no processo de produção da planta de acrilato de butila, houve aumento da capacidade instalada efetiva em aproximadamente [confidencial] toneladas/ano.

O grau de ocupação da capacidade instalada efetiva apresentou a seguinte evolução: aumento de P1 para P2, e retrações consecutivas de P3 para P4 e de P4 para P5. Quando considerados os extremos da série, verificou-se aumento no grau de ocupação da capacidade instalada.

Insta salientar que, em 2011, a Basf deu início à construção de complexo produtivo de escala global para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila, e polímeros superabsorventes no município de Camaçari, Estado da Bahia. O volume de investimentos para sua construção deve chegar a 500 milhões de euros ou aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Em termos de capacidade produtiva, o Complexo Acrílico praticamente dobrará a capacidade instalada da Basf, no tocante à produção de produtos derivados do ácido acrílico, o que inclui o acrilato de butila.

7.4. Dos estoques

O quadro a seguir indica o estoque acumulado no final de cada período analisado, considerando estoque inicial, em P1, de [confidencial] t.

Estoque Final (em número índice de t)

Período Produção (A) Importação (B) Vendas Internas (C) Vendas Externas (D) Consumo Cativo (E) Outras entradas e saídas (F) Estoque Final (A+B-C-D-E+F) P1 100 - 100 100 100 -100 100 P2 128 - 137 128 106 674 299 P3 137 - 151 161 111 -398 355 P4 131 100 145 72 113 4 309 P5 130 52 147 15 105 -389 593

* na coluna “outras entradas e saídas” estão considerados amostras, sucatas, baixas de estoque e ajustes de inventário O volume do estoque final de acrilato de butila da indústria doméstica aumentou 198,8% de P1 para P2, 18,8% de P2 para P3, e 92% de P4 para P5, tendo diminuído 13% de P3 para P4. Considerando-se todo o período de análise, o volume do estoque final da indústria doméstica cresceu 493%.

A tabela a seguir, por sua vez, apresenta a relação entre o estoque acumulado e a produção da indústria doméstica em cada período de análise.

Relação Estoque Final/Produção (em número índice)

Período Estoque Final (t) (A) Produção (t) (B) Relação A/B (%)

P1 100,0 100,0 100,0

P2 298,6 128,4 227,3

P3 354,8 137,2 254,5

P4 308,9 130,8 227,3

P5 592,6 129,6 445,5

A relação estoque final/produção cresceu em todos os períodos com exceção de P3 para P4, quando caiu. Considerando-se os extremos da série, a relação estoque final/produção aumentou.

7.5. Do emprego, da produtividade e da massa salarial

As tabelas a seguir, elaboradas a partir das informações obtidas a partir da petição de abertura e retificadas quando da verificação in loco, apresentam o número de empregados, a produtividade e a massa salarial relacionados à produção/venda de acrilato de butila pela indústria doméstica.

Ressalte-se que o número de empregados e a massa salarial, abaixo explicitados, se referem apenas aos empregados contratados pela Basf, visto que a peticionária informou não possuir mão de obra terceirizada.

Ainda, segundo informações apresentadas na petição, o regime de trabalho utilizado pela indústria doméstica ocorre em processo contínuo e em sistema de revezamento de [confidencial] horas.

Número de Empregados (em número índice)

Número de Empregados P1 P2 P3 P4 P5

Linha de Produção 100,0 113,5 125,0 107,7 105,8

Administração 100,0 185,7 142,9 171,4 128,6

Vendas 100,0 60,0 80,0 100,0 100,0

Total 100,0 117,2 123,4 114,1 107,8

Verificou-se que o número de empregados que atuam na linha de produção aumentou 13,5% de P1 para P2, 10,2% de P2 para P3, sofreu queda de 13,8% de P3 para P4 e de 1,8% P4 para P5. Ao se analisar os extremos da série, o número de empregados ligados à produção aumentou 5,8%. Observou-se que em P3 o número de empregados que atuam na linha de produção apresentou seu maior número, quando passou a cair nos períodos subsequentes; assim, de P3 para P5, esse indicador diminuiu 15,4%.

Em relação aos empregados envolvidos no setor administrativo do produto objeto da revisão, houve aumento de P1 para P2 de 85,7%, seguido de redução de 23,1% de P2 para P3, aumento de 20,0% de P3 para P4 e nova redução de P4 para P5 em 25,0%. De P1 a P5, o número de empregados na área administrativa aumentou 28,6%.

Já o número de empregos ligados às vendas decresceu 40% de P1 para P2, aumentando 33,3% de P2 para P3 e 25% de P3 para P4, mantendo-se constante de P4 para P5. De P1 para P5, o número de empregados na área de vendas manteve-se constante.

Produtividade por Empregado (em número índice)

Período Produção (t) Empregados ligados à produção

Produção por empregado envolvido na produção (t)

P1 100,0 100,0 100,0

P2 128,4 113,5 113,1

P3 137,2 125,0 109,7

P4 130,8 107,7 121,4

P5 129,6 105,8 122,6

A produtividade por empregado ligado à produção aumentou de P1 para P2 em 13,1%, teve declínio de 3% de P2 para P3, tornando a subir 10,7% e 0,9% de P3 para P4 e de P4 para P5, respectivamente. Assim, considerando-se todo o período de análise, a produtividade por empregado ligado à produção aumentou 22,6%.

O ganho de produtividade da empresa é justificado pelo aumento da produção em 29,6% ao longo do período de análise de dano, acompanhado pelo aumento de 5,8% no número de empregados ligados à produção.

Massa Salarial (em número índice de mil reais corrigidos)

P1 P2 P3 P4 P5

Linha de Produção 100,0 120,2 130,8 111,0 120,3

Administração 100,0 112,6 107,4 87,3 81,1

Vendas 100,0 88,5 87,3 70,8 98,1

Total 100,0 115,4 121,7 102,2 110,3

A massa salarial dos empregados da linha de produção cresceu durante todos os períodos, com exceção de P3 para P4, quando caiu 15,2%. Os aumentos equivaleram a 20,2% de P1 para P2, 8,9% de P2 para P3 e 8,4% de P4 para P5. Considerando todo o período de análise, de P1 para P5, a massa salarial dos empregados ligados à linha de produção cresceu 20,3%. Da mesma forma como observado anteriormente, a massa salarial dos empregados ligados à linha de produção atingiu ápice em P3, quando voltou a cair nos períodos subsequentes; assim, esse item apresentou queda de 8,1% de P3 para P5.

A massa salarial dos empregados ligados à administração, de P1 para P5, diminuiu 18,9%. A massa salarial dos empregados ligados às vendas, de P1 para P5, permaneceu praticamente estável, diminuindo 1,9%. Já a massa salarial total, no mesmo período, se elevou em 10,3%.

7.6. Do demonstrativo de resultado 7.6.1. Da receita líquida

Ressalte-se que os valores das receitas líquidas obtidas pela indústria doméstica no mercado interno estão deduzidos dos valores de fretes incorridos sobre essas vendas.

Receita Líquida das Vendas

da Indústria Doméstica (em número índice de mil reais corrigidos)

Receita Total

Mercado Interno Mercado Externo

Valor % no total Valor % no total

P1 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

P3 173,3 171,9 99,3 199,6 114,0

P4 158,9 162,6 102,3 88,4 56,0

P5 149,0 155,8 104,6 15,8 10,0

A receita líquida referente às vendas no mercado interno aumentou 40,5% de P1 para P2 e 22,4% de P2 para P3. De P3 para P4, e de P4 para P5, diminuiu 5,4% e 4,2%, respectivamente. Ao se considerar todo o período de análise, a receita líquida obtida com as vendas no mercado interno aumentou 55,8%. Cabe destacar que P3 foi o período em que a indústria doméstica obteve sua maior receita com vendas no mercado interno, tendo apresentado queda nos períodos subsequentes; assim de P3 para P5, a receita líquida diminuiu 9,4%.

A receita líquida obtida com as vendas no mercado externo cresceu nos dois primeiros períodos: 39,6% de P1 para P2, 43% de P2 para P3. De P3 para P4, apresentou redução de 55,7% e de P4 para P5 teve uma queda de 82,1%. Ao se considerar o período de P1 para P5, a receita líquida obtida com as vendas no mercado externo decresceu 84,2%.

A receita líquida total cresceu 40,5% de P1 para P2 e 23,4% de P2 para P3, decresceu nos dois próximos primeiros períodos: 8,3% de P3 para P4 e 6,2% de P4 para P5. Ao se considerar os extremos do período de análise, a receita líquida total obtida com as vendas acumulou expansão de 49%.

7.6.2. Dos preços médios ponderados

Os preços médios ponderados de venda, apresentados na tabela a seguir, foram obtidos pela razão entre as receitas líquidas e as respectivas quantidades vendidas apresentadas nos itens 7.6.1 e 7.1 desta Resolução. Deve-se ressaltar que os preços médios de venda no mercado interno apresentados referem-se exclusivamente às vendas de fabricação própria. Preço Médio de Venda da

Indústria Doméstica (em número índice de reais corrigidos/t) Preço (mercado interno) Preço (mercado externo) P1 100,0 100,0 P2 102,8 108,9 P3 113,5 123,9 P4 111,8 122,8 P5 106,4 103,5

Observou-se que, de P1 até P3, o preço médio do acrilato de butila de fabricação própria vendido no mercado interno apresentou elevações de 2,8% de P1 para P2, de 10,4% de P2 para P3. Nos períodos seguintes, houve redução dos preços do produto similar de fabricação própria vendido no mercado interno, de 1,5% de P3 para P4 e 4,9% de P4 para P5. De P1 para P5, o preço médio de venda da indústria doméstica no mercado interno cresceu 6,4%. Em P3, o preço praticado pela indústria doméstica no mercado interno foi o mais elevado no período analisado, tendo diminuído nos demais períodos; assim, de P3 para P5, o preço médio no mercado interno caiu 6,3%.

O preço médio do produto vendido no mercado externo apresentou a mesma tendência do preço no mercado interno, tendo se elevado de P1 para P2 (8,9%) e de P2 para P3 (13,7%). Houve queda de 0,9% de P3 para P4 e de 15,7% de P4 para P5. Tomando-se os extremos da série, observou-se crescimento de 3,5% de P1 para P5 dos preços médios de acrilato de butila vendidos no mercado externo.

7.6.3. Dos resultados e margens

As tabelas a seguir mostram a demonstração de resultados, e as margens de lucro associadas, obtidas com a venda de acrilato de butila de fabricação própria no mercado interno, conforme na petição e validado quando da verificação in loco. Demonstração de Resultados (em número índice de mil reais corrigidos)

1 Faturamento Bruto 100 140,0 188,5 182,4 191,0

1.1 IPI - - - -

-2 Receita Operacional Bruta 100 140,0 188,5 182,4 191,0

2.1. ICMS 100 140,7 189,5 154,9 185,4

2.2 PIS 100 141,2 190,1 186,0 191,3

2.3 COFINS 100 141,2 190,1 186,0 191,3

2.4 Deduções e abatimentos - - - 100 7.597,7

2.5Devoluções - - - -

-2.6 Fretes sobre vendas 100 114,9 156,8 171,6 156,2

3 Receita Operacional Líquida 100 140,5 171,9 162,6 155,8

4 CPV 100 122,9 143,0 141,5 137,1

5 Resultado Bruto 100 366,3 542,2 433,0 395,3

6 Despesas Operacionais 100 100,6 96,7 141,7 89,5

6.1 Desp Gerais e Adm 100 143,5 190,8 91,2 5,9

6.2 Despesas com Vendas (exceto

frete s/ vendas) 100 70,9 78,2 98,2 67,5

6.3 Despesas (Receitas) Financeiras 100 135,7 -20,3 338,6 341,2 6.4 Outras desp./rec. operacionais 100 70,6 93,9 143,0 50,0

7 Resultado Operacional -100 513,1 932,5 531,3 617,0

8 Result. Operac. s/ Resultado

Financeiro -100 1.184,7 1.876,5 1.431,5 1.608,7

Margens de Lucro (em número índice de %)

P1 P2 P3 P4 P5

Margem Operacional -100,0 367,7 548,4 329,0 400,0 Margem Operacional s/Desp. Financeiras -100,0 866,7 1.120,0 906,7 1.060,0 O resultado bruto com a venda de acrilato de butila no mercado interno apresentou crescimento de P1 para P2 (266,3%) e de P2 para P3 (48%), apresentando redução nos demais períodos. De P3 para P4 e de P4 para P5 as reduções foram de 20,1% e 8,7%, respectivamente. Ao se observar os extremos da série, o resultado bruto verificado em P5 foi 295,3% maior do que o resultado bruto verificado em P1.

Observou-se que a margem bruta da indústria doméstica também seguiu tal evolução: apresentou crescimento de P1 para P2 e de P2 para P3. De P3 para P4 e de P4 para P5, apresentou recuos consecutivos. Considerando-se os extremos da série, a margem bruta obtida em P5 elevou-se em relação a P1.

A indústria doméstica operou com prejuízo operacional em P1, enquanto nos demais períodos de análise operou em lucro. De P1 para P2 e de P2 para P3, observam-se melhoras de 613,1% e 81,7%, respectivamente, enquanto que de P3 para P4 houve piora de 43%. De P4 para P5 tem-se recuperação de 16,1%. Considerando-se os extremos da série, a indústria doméstica conseguiu se recuperar em 717,0%.

De maneira semelhante, a margem operacional foi negativa apenas em P1. De P1 para P2 e de P2 para P3, observam-se melhoras, enquanto que de P3 para P4 houve piora. De P4 para P5 tem-se recuperação. Considerando-se os extremos da série, a indústria doméstica conseguiu se recuperar sua margem operacional de P1 para P5.

Considerando o resultado operacional sem as despesas financeiras, observou-se que a indústria doméstica obteve prejuízo apenas em P1. Em todos os períodos, com exceção de P3 para P4 quando caiu 23,7%, o resultado cresceu. Os acréscimos foram, respectivamente, de 1.284,7% de P1 para P2, 58,4% de P2 para P3 e 12,4% de P4 para P5. Analisando todo o período analisado, constatou-se que o resultado operacional sem as despesas e receitas financeiras, em P5, foi 1.708,7% melhor do que o prejuízo obtido em P1.

A margem operacional sem as despesas financeiras apresentou crescimento de P1 para P2, de P2 para P3 e de P4 para P5, apresentando queda de P3 para P4. Quando se considera os extremos da série, observou-se alta da margem operacional sem as despesas financeiras de P1 para P5.

Analisando todos estes indicadores, observou-se que em P3, a indústria doméstica apresentou seu melhor momento, quando estes indicadores voltaram a piorar. Assim, o resultado bruto, o resultado operacional e o resultado operacional sem as despesas financeiras diminuíram 27,1%, 33,8% e 16,2%, respectivamente. Já as margens bruta, operacional e operacional sem resultado financeiro decresceram.

O quadro a seguir, por sua vez, indica a demonstração de resultados obtida com a comercialização de acrilato de butila no mercado interno por tonelada vendida.

Demonstração de Resultados Unitária (em número índice de mil reais corrigidos/t)

P1 P2 P3 P4 P5

1 Faturamento Bruto 100,0 102,4 124,5 125,5 130,4

1.1 IPI - - - -

-2 Receita Operacional Bruta 100,0 102,4 124,5 125,5 130,4

2.1. ICMS 100,0 103,0 125,1 106,5 126,6

2.2 PIS 100,0 103,3 125,5 128,0 130,6

2.3 COFINS 100,0 103,3 125,5 128,0 130,6

2.4 Deduções e abatimentos - - - 100,0 6.366,7

2.5 Fretes sobre vendas 100,0 84,1 103,5 118,0 106,6

4 CPV 100,0 89,9 94,4 97,3 93,6

5 Resultado Bruto 100,0 268,0 357,9 297,9 269,8

6 Despesas Operacionais 100,0 73,6 63,8 97,5 61,1

6.1 Desp Gerais e Adm 100,0 105,0 125,9 62,7 4,1

6.2 Despesas com Vendas(exceto frete s/

vendas) 100,0 51,9 51,6 67,5 46,1

6.3 Despesas (Receitas) Financeiras 100,0 99,3 -13,4 232,9 232,9

6.4 Outras desp./rec. operacionais 100,0 51,7 62,0 98,4 34,1

7 Resultado Operacional -100,0 375,4 615,6 365,4 421,1

8 Result. Operac. s/ Resultado Financeiro -100,0 866,8 1.238,8 984,7 1.098,0 7.7. Dos fatores que afetam os preços domésticos

7.7.1. Dos custos

A tabela a seguir apresenta o custo de produção associado à fabricação de acrilato de butila pela indústria doméstica. Custo de Produção (em número índice de reais corrigidos/t)

P1 P2 P3 P4 P5

1- Matéria-prima (n-butanol e ácido acrílico) 100,0 88,2 93,6 101,4 101,8 2 – Outros insumos (outras matérias-primas) 100,0 56,7 62,1 64,0 69,4

3 – Utilidades 100,0 74,9 60,3 75,6 69,1

4 - Mão de obra direta 100,0 79,7 81,0 53,5 56,3

5 – Depreciação 100,0 76,9 66,1 17,5 12,7

6 – Outros custos fixos 100,0 74,5 80,7 96,7 115,4

Custo de Produção (1+2+3+4+5+6) 100,0 86,3 90,4 97,1 98,0

Verificou-se que houve queda do custo de produção por tonelada do produto de P1 a P2, nos demais períodos houve elevação. O custo de produção caiu 13,7% de P1 para P2, e subiu 4,7% de P2 para P3, 7,4% de P3 para P4 e 0,9% de P4 para P5. Ao se considerar os extremos do período de análise, o custo de produção diminuiu 2%.

7.7.2. Da relação custo/preço

A relação entre o custo de produção e o preço indica a participação desse custo no preço de venda da indústria doméstica, no

No documento CAMEX - Câmara de Comércio Exterior (páginas 23-35)

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