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OB DROS OB NDROS G4 VALOR-p 1 2 3 4 1vs2 1vs3 1vs4 2vs3 2vs4 3vs4 Perturbações do sono 25,20± 3,83 22,75± 7,91 7,2±2,37 6,22±2,28 NS <0,01 <0,05 <0,05 <0,05 NS Sofrimento físico 15,40± 5,50 15,83± 5,27 8,47±4,10 8,22± 3,77 NS <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 NS Sofrimento emocional 11,40± 6,50 8,08± 4,21 7,60±5,44 5,22± 3,93 NS NS NS NS NS NS Problemas diurnos 8,20± 2,59 9,83± 5,78 7,20±3,59 5,22± 3,11 NS NS NS NS NS NS

Preocupação dos responsáveis 21,60± 6,15 21,17± 6,15 8,80±3,78 7,22± 2,82 NS <0,01 <0,001 <0,01 <0,001 NS

Escore Total 81,80± 17,36 77,08± 0,24 39,27± 10,54 32,11±10,34 NS <0,001 <0,001 <0,01 <0,01 NS

Escala visual analógica 5,60± 2,19 5,09± 2,63 8,33±0,98 9,33± 1,00 NS <0,05 <0,05 <0,05 <0,01 NS

NOB DROS: grupo não obeso com distúrbio respiratório do sono OB DROS: grupo obeso com distúrbio respiratório do sono OB NDROS: grupo obeso sem distúrbio respiratório do sono G4: grupo não obeso sem distúrbio respiratório do sono

Resultados 38

A idade das crianças do grupo OB NDROS foi maior que a dos demais grupos. Não houve diferença de IMC entre os dois grupos de crianças obesas (Tabela 5).

Na análise da glicemia não houve diferenças entre todos os grupos. O grupo OB NDROS apresentou valores maiores de Insulina e Homa que os demais grupos. A relação Glic/Insul do grupo OB NDROS e do grupo OB DROS foi inferior ao grupo controle (G4). Tabela 5.

Re sul tados 39

Tabela 5: Análise 2. Resultados das variáveis (média e desvio padrão): sexo, idade, IMC, glicemia, insulina, relação

glicemia/insulina e HOMA. Comparação entre os grupos NOB DROS, OB DROS, OB NDROS e Controle (G4). Resultados expressos em média ± DP. NS: não significante.

NOB DROS OB DROS OB NDROS G4 VALOR-p 1 2 3 4 1vs2 1vs3 1vs4 2vs3 2vs4 3vs4

Sexo (masc / fem) 9/7 12/10 5/10 10/0 ---- ---- ---- ---- ---- ----

Idade (anos) 5,4±2,2 6,6±2,6 9,5±2,2 6,5 ±2,7 NS 0,0001 NS 0,004 NS 0,02 IMC (kg/m2) 14,4± 1,5 25,9± 7,0 26,6±3,2 18,4±1,4 0,00 1 0,0001 NS NS 0,004 0,002 Glicemia (mg/dL) 81,38±9,79 80,64±9,36 85,69± 8,90 78,60±7,41 NS NS NS NS NS NS Insulina (µUI/mL) 6,4± 2,32 9,8±4,54 19,68±10,56 5,92±2,84 NS 0,0001 NS 0,0001 NS 0,0001 Glic/Insul 13,99±4,16 10,57± 6,5 5,76±3,24 21,1±20,68 NS NS NS NS 0,03 0,002 HOMA 1,30±0,56 1,97± 0,98 4,26±2,60 1,16±0,57 NS 0,0001 NS 0,0001 NS <0,0001

NOB DROS: grupo não obeso com distúrbio respiratório do sono OB DROS: grupo obeso com distúrbio respiratório do sono OB NDROS: grupo obeso sem distúrbio respiratório do sono G4: grupo não obeso sem distúrbio respiratório do sono

Re sul tados 40

Os valores de HDL foram maiores no grupo NOB DROS em comparação com os grupos OB DROS e OB NDROS. Os valores de TGL foram maiores no grupo OB NDROS que no grupo controle (G4). Os valores de colesterol total, LDL, VLDL, TSH e T4l não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os todos os grupos (Tabela 6).

Tabela 6: Análise 2. Resultados dos valores de Colesterol total (CT), HDL, LDL, VLDL, TGL, TSH e T4l. Comparação entre os grupos NOB DROS, OB DROS, OB NDROS e Controle (G4).Valores expressos em média ± DP. NS: não significante.

NOB

DROS DROSOB NDROSOB G4 VALOR-p

1 2 3 4 1vs2 1vs3 1vs4 2vs3 3vs4 CT (mg/dL) 167,94 ±26,40 161,95±31,26 161,31±35,13 151,7±31,33 NS NS NS NS NS HDL (mg/dL) 62,83±11,58 47,00±13,72 41,00±8,16 52,67±12,19 0,04 0,003 NS NS NS LDL (mg/dL) 109,24 ±9,02 102,30±24,08 95,85±28,44 88,07± 23,63 NS NS NS NS NS VLDL (mg/dL) 17,20±6,33 18,4±8,9 23,40±10,06 13,76±3,88 NS NS NS NS NS TGL (mg/dL) 85,25±30,75 93,35±44,12 114,92±47,75 68,80±19,39 NS NS NS NS 0,04 TSH (µUI/mL) 3,32±2,86 2,74±1,06 3,72±2,13 2,32±1,24 NS NS NS NS NS T4l (ng/dL) 1,40±0,13 1,43± 0,21 1,27± 0,14 1,34±0,18 NS NS NS NS NS

NOB DROS: grupo não obeso com distúrbio respiratório do sono OB DROS: grupo obeso com distúrbio respiratório do sono OB NDROS: grupo obeso sem distúrbio respiratório do sono G4: grupo não obeso sem distúrbio respiratório do sono

Discussão 41

Discussão 42

Existe um interesse crescente no estudo do impacto dos distúrbios respiratórios do sono em crianças e da obesidade no perfil metabólico, tendo em vista possíveis consequências na vida adulta. Esse estudo é o primeiro a avaliar esse impacto em diferentes grupos de crianças, com destaque para os grupos controles com crianças obesas e não obesas sem sintomas respiratórias obstrutivos.

Nas duas análises realizadas, o questionário OSA 18 demonstrou diferenças no impacto na qualidade de vida nos quesitos: “perturbações do sono, sofrimento físico e preocupação dos responsáveis”, entre os grupos com DROS quando comparados com os grupos sem DROS, em concordância com trabalhos anteriores.23,24

O Estudo cardiológico Bogalusa 25 mostrou que os valores aumentados de insulina, assim como de adiposidade na infância, são fatores preditores de obesidade, hipertensão, e dislipidemia na vida adulta, contribuindo para o posterior aumento do risco cardiovascular.

Na primeira análise, incluindo obesos com DROS e sem DROS, os valores de insulina, relação glicemia/insulina e Homa demonstraram a resistência insulínica encontrada com frequência na população obesa, sem no entanto demonstrar a influência dos DROS.

A análise 1 não permitiu demonstrarmos a influência dos DROS no perfil metabólico das crianças estudadas. Por este motivo, na segunda análise, foi incluído um grupo com crianças não obesas com hiperplasia adenotonsilar e com

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DROS (NOB DROS). Também optou-se por manter apenas as crianças com hiperplasia adenotonsilar no grupo OB DROS.

Na análise com os 4 grupos, foi possível observar a uniformidade dos pacientes com DROS, obesos e não obesos, com relação aos subitens “perturbações do sono, sofrimento físico, preocupação dos responsáveis, escore total e EVA” do questionário OSA 18.

Apesar da diferença de idade entre os grupos OB DROS e OBNDROS, não houve diferença no IMC entre os dois grupos.

Assim como na primeira análise, não foi observado diferença nos valores da glicemia entre os grupos estudados.

Observou-se o aumento da resistência insulínica dos grupos com obesidade (OB DROS e OB NDROS) em comparação com o grupo controle, demonstrando o efeito da obesidade na resistência insulínica, sem no entanto evidenciar participação dos DROS nesse efeito. Nas duas análises realizadas, os valores de triglicerídeos foram maiores no grupo OB NDROS, refletindo a influência da obesidade no perfil lipídico.

Esses achados são semelhantes aos demonstrados anteriormente por um estudo que, ao avaliar 135 crianças, encontrou a obesidade como o maior determinante da resistência insulínica entre crianças com DROS.26 No entanto, nossos resultados diferem dos resultados de outro estudo realizado posteriormente na mesma instituição do trabalho anteriormente citado, o qual

Discussão 44

demonstrou que a SAOS induz resistência insulínica em crianças obesas, sem no entanto apresentar em sua metodologia um grupo controle com crianças obesas sem sintomas respiratórios, para confirmar o efeito da SAOS isoladamente.

No presente trabalho, foi possível observar valores mais elevados de HDL, conhecido protetor do sistema cardiovascular, assim como menores valores de TGL no grupo controle, mostrando o efeito negativo da obesidade, de forma independente dos DROS, sobre o perfil lipídico.

Embora o estudo não tenha feito a análise com polissonografia nos grupos, os resultados dos marcadores metabólicos foram semelhantes a estudos anteriores que utilizaram polissonografia e que compararam crianças não obesas com e sem SAOS.17, 27

Na infância, os distúrbios respiratórios do sono têm seu pico na idade pré escolar, o que no presente estudo, pela baixa faixa etária das crianças, poderia explicar a ausência de influência dos DROS no perfil metabólico, pelo curto tempo de exposição, ao contrário do que acontece com a população adulta.

Conclusões 45

Conclusões 46

Os distúrbios respiratórios obstrutivos do sono tiveram impacto negativo na qualidade de vida das crianças com sintomas respiratórios estudadas, conforme demonstrado pelos domínios “perturbações do sono”, “sofrimento físico” e “preocupação dos responsáveis” do questionário OSA 18.

O presente trabalho demonstrou não haver influência dos distúrbios respiratórios obstrutivos do sono no perfil metabólico dos carboidratos e lipídios em crianças. Foi observado o aumento da resistência insulínica nos grupos de crianças obesas com e sem DROS, o que deve alertar pediatras e otorrinolaringologistas, tendo em vista possíveis repercussões na vida adulta.

Referências Bibliográficas 47

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Anexos 51

Anexos 52

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