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E NTREVISTA D R D ANIEL Q UEIRÓZ – A SSOCIAÇÃO DE T URISMO DO

7.1.4 – Análise de Resultados

E NTREVISTA D R D ANIEL Q UEIRÓZ – A SSOCIAÇÃO DE T URISMO DO

A

LGARVE

Na sua opinião quais são os aspectos positivos do PNSACV?

Importância do Parque no âmbito da promoção turística, atendendo a que o Algarve é uma região pequena e como produto principal o sol e mar, tendo em conta novas tendências e motivações, ao aparecimento de oferta diferenciada, termos no Algarve 60 a 70% de áreas naturais representa uma vantagem para a região. Permite que passe a mensagem que para além do sol e mar o destino tem outros atributos que em conjunto

permitem captar nichos de mercado que gostam da natureza, ecoturismo, etc. Em termos promocionais não é muito conhecido, toda aquela costa ainda tem muito mais para divulgar.

Pelo contrário, quais são os aspectos negativos que tem a apontar?

Burocracia, desenvolvimento de projectos que viabilizem o crescimento, o facto de ser uma área protegida torna isso mais complicado. O parque tem excelentes condições mas a haver crescimento, desenvolvimento urbano, construção as limitações são muitas, algumas delas exageradas, mas é preciso haver bom senso e não estragar o bom que a área tem. O parque está a crescer, cada vez é mais

139 visitado, os visitantes são relativamente jovens mas são necessárias condições para as pessoas lá estarem. É necessária a construção de infraestruturas que apoiem a prática do turismo de natureza e de modalidades desportivas ligadas ao mar.

Quais destes factores são inatos e quais os que requerem uma gestão efectiva para serem mantidos ou alterados?

Como descreve a relação (networking)

entre as diferentes entidades que gerem o território? Papel das parcerias tanto entre o sector público como público/privado, exemplos.

Existem entidades a mais, na minha opinião, não só no Parque como noutros locais. Temos que pensar em conjunto, não podemos pensar só na nossa quinta. Cada vez que existe uma reunião com a entidade responsável do parque são muitas as entidades presentes e cada uma é

responsável por um bocadinho. Se alguém não gosta de alguma coisa impede que se faça e andamos a brincar, os recursos são escassos. Temos inúmeros projectos na calha, alguns há anos que não

conseguimos concretizar. Na sua opinião o facto deste território se

inserir no PNSACV induz

competitividade na economia dos

concelhos abrangidos ou, por outro lado, retira?

Retira claramente. Quem quer investir, mesmos os responsáveis públicos não conseguem atrair investimento devido às restrições. Não existe disponibilidade pública para investir e nesta altura o investimento privado só vai para o que tem retorno num prazo relativamente curto, o que não é o caso.

140 influencia o sucesso do território?

Constrangimentos e dificuldades na gestão do PNSACV?

Qual a entidade responsável pelo

marketing interno e externo do PNSACV?

Em termos promocionais, nós nunca reunimos com o Parque (ATA). Até agora existe a ERTA e a ATA, nós ATA temos contratos anuais e plurianuais com o turismo de Portugal. Em primeiro lugar o responsável pela promoção do Parque é a direcção do Parque, tem que se abrir aos

players do mercado e em segundo lugar

tem que contactar quem faz a promoção a nível regional e nacional. Nós temos condições de fazer inclusive planos de Marketing individuais em conjunto com as entidades competentes. É claro que nós promovemos mesmo sem o contacto deles, como por exemplo a via algarviana.

Existe ao nível do PNSACV ou do concelho em particular um plano de Marketing Territorial?

Penso que não. Seria importante que existisse, desde que não fosse mais um documento para ir para a gaveta, em que reunisse todas as entidades e pessoas certas poderia ter retorno.

(caso exista) Qual o papel desse plano para o sucesso do território?

Qual é, na sua opinião, o papel da liderança e gestão no Marketing Territorial? Pensa que o Marketing Territorial poderá ter um papel na gestão do território?

141 A que tipo de iniciativas tem recorrido

para a afirmação do território? Quais os elementos diferenciadores do PNSACV?

E iniciativas de promoção? Levadas a cabo por quem?

Fazemos várias coisas. O produto natureza é um produto complementar ao sol e mar. Convidamos pessoas para conhecerem o destino, pessoas especializadas,

principalmente em mercados como a Holanda e a Alemanha. Convidamos jornalistas que cá ficam dois ou três dias e experienciam a região e depois escrevem em revistas e jornais da especialidade. Outras das formas é trazer agentes de viagem para conhecer os nossos

associados e fazerem negócio. A terceira forma é através de campanhas

publicitárias que passam lá fora em que mostramos serra, paisagem, natureza, praias, gastronomia, etc. Já fizemos parcerias com o turismo do Alentejo mas maioritariamente promovemos a Costa Vicentina. Fazemos também inserções publicitárias, anúncios em revistas a potenciar a natureza, gastronomia, etc. Temos também agências de promoção que promovem a região. Temos também brochuras e o vídeo promocional e são estes os nossos instrumentos

promocionais. Que tipo de promoção tem levado a cabo?

142 Qual o montante investido em promoção?

Qual a importância dos factores

intangíveis (identidade, imagem) para o PNSACV. Porquê?

Qual o papel da imagem no sucesso do PNSACV? Sabe se a oferta vai de

encontro às motivações dos utilizadores?

De certa forma sim.

Na sua opinião como deverá ser divulgada a imagem do PNSACV? Porquê? Como?

Deverá funcionar como uma oferta complementar a quem nos visita. Deverá ter em atenção os próprios residentes, a conquista dos residentes será uma mais- valia para a atracção de pessoas de forma. Acima de tudo com bom senso. Devem abrir-se para o mundo

Na sua opinião qual a imagem global no PNSACV?

Qual o papel do PNSACV na promoção da imagem do território do concelho?

Como classifica as infraestruturas do PNSACV?

Como classifica os acessos ao PNSACV?

Quais as principais dificuldades na atracção do visitantes? E residentes?

143 (Como é dada a conhecer)

Existem projectos onde se relaciona o PNSACV com a comunidade residente?

Quais são, na sua opinião, os impactos das políticas nacionais de turismo no

PNSACV?

Que tipo de recursos são mais importantes para o PNSACV tendo em vista o

desenvolvimento do turismo?

Nesse aspecto não tenho grande opinião sobre isso, não conheço em pormenor. Conheço as directrizes que emanam do PENT, a aposta no turismo de natureza, mas isso é o que já fazemos em conjunto com o turismo de Portugal e os nossos parceiros privados. A chave é a interacção e o bom senso.

Quais são na sua opinião os factores de maior importância do PNSACV na atracção de visitantes?

E os residentes e investidores?

Será importante para o PNSACV o conhecimento das motivações por parte dos diferentes públicos alvo? Esse

conhecimento terá influência na forma de gestão?

Sem dúvida, se não souberem a motivação das pessoas é impossível definir um rumo, que é o que acontece agora.

Conhecem os segmentos que visitam o PNSACV? Existe algum trabalho feito nessa área?

Tem ideia por onde os visitantes de deslocam no PNSACV? (onde se

deslocam, onde ficam alojados, perfil do visitante.)

144 Considera que o facto de o território se

encontrar dividido entre duas regiões, Algarve e Alentejo é limitador em alguns aspectos?

Não, até deveria ser vantajoso em termos de promoção. Se se juntarem sinergias entre as duas entidades sai mais barato.

Que passos, na sua opinião, podem ser dados para o desenvolvimento do PNSACV? (tanto a nível turístico como de melhoria da qualidade de vida)

Como Parque tem condições, toda aquela Costa tem condições desde que existam regras, trilhos, disciplina e bom senso. Nós não podemos ir promover o Parque se depois as pessoas cá vêm e não encontram as infraestruras básicos, primeiro é

importante estruturar a oferta e só depois se promove. Essencialmente tem que haver uma mudança, não só do parque mas de todos os intervenientes na região, uma mudança de atitude e mentalidade. O Algarve tem pouca força, infelizmente em Lisboa. Não temos massa crítica, somos apenas 400.000...

Existe na sua opinião uma relação entre o turismo e outras actividades económicas? Qual?

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