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3.j) Eco Dicas : Construir ou Reformar

No documento O CAMINHO DA ARQUITETURA SAUDÁVEL (páginas 152-160)

São dicas de como preservar e economizar os recursos naturais quando se pensa em obras. Praticando-as, nosso bolso também agradece.

É bom saber que:

 a fabricação de PVC e materiais resistentes ao fogo, por exemplo, emite poluentes orgânicos persistentes (POPs) que viajam longas distâncias, contaminando o ambiente, desde pessoas por perto até animais como os pinguins da Antártica;

 os COVs (Compostos Orgânicos Voláteis) são nocivos à saúde humana;  o conceito de custo-benefício, quando se adquire e se usa determinado

material construtivo, pode ser bom ao bolso (economia) naquele momento. Porém, nem sempre esta definição é aplicada a manter nossa boa saúde. Caso isto não ocorra, gastos com remédios serão inevitáveis, fazendo desaparecer o que parecia ser uma vantagem, podendo-se tornar um prejuízo financeiro, mental e físico.

Seguem algumas dicas na hora de se construir e/ou reformar um imóvel:

1. Ao comprar madeira e produtos florestais peça provas de sua origem legal ao lojista, como a certificação ambiental (selo verde) do FSC

(Conselho de Manejo Florestal), garantia que a extração destes materiais se deu de forma ambientalmente correta;

2. Para usufruir (moradia em condomínios, trabalho ou lazer) de

empreendimentos construtivos de médio e grande porte, certifique-se que estes possuem algum tipo de selo ambiental (FSC, LEED, AQUA ou outro). Pois isso agrega mais valor ao imóvel, à imagem do município e respeito à natureza;

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Fonte: Google - Imagens

3. Use lixa e areia para remover pinturas antigas;

4. Se o uso de vernizes líquidos for indispensável, prefira os de poliuretano de 2 componentes e mantenha ventilação no local p/ dispersar odores; 5. No acabamento ou envernizamento de madeiras e bambus, use somente

óleos ou ceras naturais, ao invés de produtos sintéticos com solventes. Por exemplo: óleo de linhaça ou cera de abelha;

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6. Use produtos com formulação atóxica, sem compostos orgânicos voláteis (COVs). Use tintas à base d’ água ou à base de terra, que dispensam o uso de removedores químicos;

Cartela de cores: tintas à base de terra

153 7. Explore ao máximo a iluminação e a ventilação naturais nos ambientes,

sejam de estar ou de trabalho. Lembre-se que cores claras (em paredes, pisos e mobiliários) refletem mais a luz. Assim, evita-se acender lâmpadas durante o dia e ligar o ar condicionado desnecessariamente;

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8. Capte a água da chuva pelo telhado das construções, reaproveitando-a na lavagem de pisos, calçadas e rega de plantas. Assim você reduz o uso da água tratada nas estações de tratamento do seu município (e o seu bolso também agradece);

OBS: nunca capte água de telhas de amianto (material cancerígeno) ou

telhas com resíduos químicos (esmaltadas, por exemplo). As melhores telhas pra se captar água da chuva são as de barro (sem esmalte),

metálicas, de vidro e fibrocimento sem amianto, materiais não derivados do petróleo e com processo de industrialização menos danoso ao ambiente. Tipos de Telhas não recomendadas na captação de água da chuva:

154 Captação de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

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9. Fale com o engenheiro hidráulico para ele conceber a descarga dos vasos sanitários com água proveniente do uso das pias e dos banhos (as chamadas águas cinzas);

155 Com o objetivo de se reduzir o desperdício da água em descargas de vasos

sanitários, o mercado da construção civil já lançou caixas acopladas e válvulas com botões com regulagem de vazão. O botão que libera 3 litros destina-se a dejetos líquidos e o botão que libera 6 litros destina-se a dejetos sólidos.

Botões em caixas acopladas Botões para válvulas de descarga

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10. Se seu orçamento permitir, use torneiras de fechamento automático, mais caras que as convencionais, mas que têm controle de vazão. Uso recomendado para residências com crianças;

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11. Redutores de vazão (pequenas peças de plástico) nas torneiras são melhores até do que as de fechamento automático (muito mais econômicas no preço e vazão reduzida garantida);

Tipos de Redutores de vazão

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156 12. Utilize painéis solares para aquecer a água dos banhos e das torneiras.

Chuveiros elétricos são um dos grandes responsáveis pelo alto consumo de energia;

Painéis solares

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13. Procure alternativas reutilizáveis no mercado, como fôrmas de aço e de plástico reciclado (laváveis) para fazer concreto, já que as fôrmas de madeira não podem ser reutilizadas (empenam, além de ficarem com restos impregnados de tintas e pregos);

Fôrma de aço Fôrma de plástico

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157 14. Materiais de demolição: verificadas suas condições de desgaste e

durabilidade, é uma boa escolha. Economia na obra, aspecto

rústico embelezador e, às vezes, significado histórico embutido. Menos resíduos nos aterros sanitários (assim, estes têm sua vida útil prolongada);

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15. Utilize pisos drenantes (não impermeabilizantes) na área externa da casa ou estabelecimento. Eles absorvem ou deixam a água entrar naturalmente na terra, evitando poças;

Piso sextavado grama Piso que absorve água

158 16. Prefira móveis rústicos de madeira aos convencionais industrializados:

aspecto natural que valoriza a cultura local e a produção artesanal;

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17. Procure dar atenção ao paisagismo da residência ou estabelecimento. Folhas, flores e frutos descansam nossa visão (um dos remédios p/ o estresse), deixam o ambiente mais próximo da natureza e atraem bichos

como pássaros e polinizadores;

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18. Antes de construir, procure um instituto ecológico, ou escritório de arquitetura, que possa oferecer uma assessoria na área de construção ecológica e sustentável.

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4. CONSTRUÇÕES DOENTES

No documento O CAMINHO DA ARQUITETURA SAUDÁVEL (páginas 152-160)