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5. AMBIENTE DA COMPETIÇÃO CIENTÍFICA ROBOCODE

5.4. Robocode Brasil 2016

5.4.2. Edital e Regras

Um edital denominado “I Liga Nacional de Robocode” (referente ao Robocode Brasil 2016) foi criado a fim de estabelecer critérios para promoção e organização das disputas entre as instituições de ensino participantes. Uma das atribuições das instituições candidatas à competição foi a ciência das regras estabelecidas no edital, disponibilizado no Apêndice IV. Para realização das inscrições, cada instituição interessada, através de um representante (denominado gestor local), preencheu um cadastro disponível no canal oficial do evento. Existiu um processo de validação de instituições que consistiu em verificar a existência de um gestor local e um mínimo de 4 (quatro) equipes participantes inscritas. A instituição que teve sua inscrição devidamente validada pôde sediar um Torneio Local. O Gestor Local recebeu a função de organização do Torneio Local, assim como ser o elo de comunicação entre instituição e administradores da competição nacional. Quando a instituição não atingiu um mínimo de 4 (quatro) equipes, recebeu um convite para participar do torneio denominado Público. Ao aceitar este convite, a(s) equipes(s) passou(ram) a responder diretamente ao gestor do Torneio Público.

85 As equipes puderam ser formadas respeitando uma das cláusulas do edital que permite conter de 1 (um) ao máximo de 4 (quatro) integrantes. Professores puderam participar de mais de 1 (uma) equipe como tutores ou orientadores. No ato do cadastro, as equipes selecionaram uma instituição já cadastrada ou solicitaram o cadastro de uma nova instituição quando não a encontraram. Equipes foram vinculadas a um torneio, seja Local ou Público. Para cadastro de equipe na competição, fez-se necessário informar o nome completo e e-mail de cada integrante com a indicação de um Líder (características específicas do papel do Líder são tratadas na subseção de seção 5.4.4.3. Líder de Equipe).

Houve um calendário para competição dividido em duas etapas: (1) Primeira fase denominada de “Torneios”, início em 08/08/2016 e término em 19/09/2016; (2) Segunda fase denominada de “Liga Nacional”, início em 26/09/2016 e término em 17/10/2016. A fase de “Torneios” foi constituída pelos “Torneios locais” e “Torneio Público”. A junção da fase de “Torneios” e “Liga Nacional” formaram a competição Robocode Brasil 2016 (características detalhadas dos Torneios são descritas na sub seção de seção 5.4.3. Torneios). A organização e gestão geral do Robocode Brasil 2016 foi realizada pela equipe do LIAG denominada “Administração da Competição”.

As equipes campeãs dos Torneios Locais e a campeã do Torneio Público, receberam vagas para disputar a Liga nacional do Robocode Brasil 2016. Entre os Torneios e a Liga existiu um período estipulado de 1 (uma) semana para que as equipes finalistas pudessem estudar e aprimorar seus conceitos e códigos para disputar a nova fase. Os finalistas, ao retornarem para disputa da Liga nacional, deixaram a condição da gestão institucional e passaram a ser gerenciados diretamente pela equipe de Administração da Competição do Robocode Brasil. Os gestores locais encerraram a atividade junto a sua instituição e receberam um convite para continuar como colaboradores na Liga Nacional. Essa colaboração pôde-se enquadrar no âmbito de acompanhar e/ou representar a sua instituição e equipe, podendo também, havendo interesse, se envolver como mediadores ou juízes para análises e validações de códigos.

A disponibilização do código fonte consistiu um fator predominante em todas edições dos Torneios e Ligas executadas pelos laboratórios LIAG desde 2010. O edital da competição 2016 também estabeleceu que, ao final de cada rodada, o código fonte de cada equipe deve ser disponibilizado aos demais participantes. No Robocode Brasil 2016, essa disponibilização foi efetuada de modo automatizado pelo sistema gerenciador do torneio. O processo ocorre do seguinte modo: (1) Líder da equipe submete o código do robô; (2) Durante o processo de

86 submissão até a ocorrência da rodada nenhuma equipe tem acesso aos códigos das outras equipes; (3) O sistema é fechado pelo gestor para realização da disputa; (4) Ao término da rodada, resultados e código fonte de todas equipes são disponibilizados. Essa característica contribui para nivelamento e trocas de informações entre equipes. Equipes que possuem códigos com conceitos avançados têm a oportunidade de compartilhar e explicar seus resultados à equipes iniciantes (Meira, Lima, & Borges, 2016).

Existiram ainda regras com especificações técnicas, a fim de delimitar controles específicos ao framework de desenvolvimento e ambiente de jogo do Robocode. Essas regras, assim como o plágio de códigos, podem causar desclassificações de equipes. Algumas regras foram herdadas de edições anteriores; outras sofreram modificações e/ou atualizações; novas foram desenvolvidas para edição de 2016 com objetivo de garantir a competitividade entre as equipes e instituições. As principais regras de especificações técnicas podem ser observadas na Tabela 10. Outro fator determinante para definições das regras foi a colaboração das instituições participantes, que trouxeram diferentes aspectos que são adotados mediante consenso.

Tabela 10 - Tabela Regras do Tipo Especificações Técnicas.

Tipo de Regra Especificações Técnicas

Rodadas Cada rodada é composta por 3 (três) rounds contendo 5 cinco ciclos e intervalos entre cada round.

Intervalos Pausas de 10 (dez) minutos entre rounds de cada rodada. É permitido aos integrantes das equipes realizarem alterações em seus códigos ou mesmo substituir o robô.

Tamanho da Arena Robôs deverão ser inseridos na arena. Rodadas com até 8 (oito) equipes trabalham na proporção de resolução 800 x 800 pixel. Rodadas com mais de 8 (oito) equipes trabalham na proporção de resolução 1200 x 1200 pixel.

Robôs Robôs podem utilizar apenas classes nativas ao Robocode.

Na Liga LIAG Robocode (realizada em 2015), gestores, colaboradores, equipes, pessoas envolvidas direta e indiretamente no evento foram convidadas a participar da final. Na final houve uma confraternização no laboratório LIAG na instituição sede da liga nacional, FT- UNICAMP, com o propósito de interação interinstitucional e compartilhamento das pesquisas e experiências vividas ao longo da competição. A equipe de Administração da Competição do ano de 2015, do laboratório de pesquisa LIAG, ficou responsável por recepcionar os participantes e promover a disputa final para registrar um novo campeão brasileiro. O evento final contou com a participação dos apoiadores e patrocinadores. Certificados de participação

87 foram emitidos a todas equipes e certificados de campeões foram emitidos aos primeiros colocados dos torneios locais (1º colocado) e liga nacional (1º, 2º e 3º colocados).