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Educação Especial

No documento REGULAMENTO INTERNO 2014/2015 (páginas 34-36)

Artigo 78º Objetivo

1. A Educação Especial visa responder às necessidades educativas especiais de crianças e jovens integrados na Educação Pré-escolar e nos três ciclos do ensino básico, resultantes de limitações significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, aprendizagem, mobilidade, autonomia, relacionamento interpessoal e participação social e dando lugar à mobilização de serviços especializados para promover o potencial de funcionamento biopsicossocial.

2. Os docentes de Educação Especial têm por objetivos a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida pós-escolar e profissional dos jovens com necessidades educativas especiais de caráter permanente, tendo por base a legislação em vigor.

3. O Grupo de Educação Especial é constituído por todos os docentes que pertencem ao quadro de recrutamento 910.

Artigo 79º Competências

As Competências do Grupo de Educação Especial, de acordo com a legislação em vigor, são: 1. Colaborar no processo de Referenciação das crianças e jovens que eventualmente

dela necessitem.

2. Organizar e desencadear o Processo de Avaliação técnico-pedagógica da criança ou jovem.

3. Elaborar o relatório técnico-pedagógico onde constam os resultados decorrentes da avaliação, obtidos por referência à Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, versão “Crianças e Jovens”,da Organização Mundial de Saúde, com todos os intervenientes no processo, onde sejam identificadas, nos casos em que tal se justifique, as razões que determinam as necessidades educativas especiais do aluno e a sua tipologia, designadamente as condições de saúde, doença ou incapacidade.

4. Assegurar que o relatório técnico-pedagógico é parte integrante do Processo Individual do Aluno.

5. Determinar os apoios especializados, as adequações no processo de ensino e de aprendizagem de que o aluno deve beneficiar e das tecnologias de apoio.

6. Encaminhar os alunos para os apoios disponibilizados pela escola que melhor se adequem à sua situação específica, nos casos em que se considere não estar perante uma situação de necessidades educativas que justifiquem a intervenção dos serviços de Educação Especial.

7. Colaborar na elaboração do Programa Educativo Individual. O Programa Educativo Individual documenta as necessidades especiais da criança ou jovem, baseadas na observação e avaliação de sala de aula e nas informações complementares disponibilizadas pelos participantes no processo. É o documento que fixa e fundamenta as respostas educativas e respetivas formas de avaliação.

8. Na educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico, o Programa Educativo Individual é elaborado, conjuntamente e obrigatoriamente, pelo docente titular de turma, pelo docente da educação especial, pelos encarregados de educação e sempre que se considere necessário, pelos serviços de psicologia e outros serviços, (centros de saúde, centros de recursos especializados, escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos, escolas de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão e unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espectro do autismo e unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência). Nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino secundário e em todas as modalidades não sujeitas a monodocência, o Programa Educativo Individual é elaborado pelo diretor de turma, pelo docente da educação especial, pelos encarregados de educação e, sempre que se considere necessário, pelos serviços de psicologia e outros serviços acima referidos.

9. Assegurar que o Programa Educativo Individual seja parte integrante do processo Individual do Aluno.

10. Elaborar, no final do ano letivo, conjuntamente com o educador de infância ou professor titular de turma do 1º ciclo ou, ainda, com diretor de turma, um Relatório Circunstanciado, com base nos resultados obtidos por cada aluno, com a aplicação das medidas estabelecidas no Programa Educativo Individual e que explicite a existência da necessidade de o aluno continuar a beneficiar de adequações no processo de ensino aprendizagem, propondo as alterações necessárias ao Programa Educativo Individual.

11. Assegurar que o Relatório Circunstanciado seja parte integrante do Processo Individual do Aluno.

12. Complementar o PEI com o PIT (Plano Individual de Transição), sempre que o aluno apresente necessidades educativas especiais de caráter permanente que o impeçam de adquirir as aprendizagens e competências definidas no currículo comum. A implementação do PIT inicia-se três anos antes da idade limite de escolaridade obrigatória e destina-se a preparar a transição do jovem para a vida pós-escolar ou profissional, e deve promover a capacitação e a aquisição de competências sociais necessárias à inserção familiar e comunitária. O PIT deve ser datado e assinado por todos os profissionais que participam na sua elaboração, bem como pelo encarregado de educação e, sempre que possível, pelo próprio aluno.

13. Orientar e assegurar, mediante o parecer do conselho de docentes ou conselho de turma, a aplicação da medida Currículo Específico Individual (CEI) que substitui as competências definidas para cada nível de educação e ensino. O CEI pressupõe alterações significativas no currículo comum, como a introdução, substituição e/ou eliminação de objetivos e conteúdos, em função do nível de funcionalidade da criança ou do jovem. Este currículo inclui conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social do aluno e dá prioridade ao desenvolvimento de atividades de cariz funcional centradas nos contextos de vida, à comunicação e à organização do processo de transição para a vida pós-escolar.

14. Apoiar no reforço e desenvolvimento de competências específicas dos alunos, em articulação com os diferentes agentes educativos, de acordo com o respetivo Programa Educativo Individual.

15. Promover uma escola inclusiva e integradora garantindo a utilização de ambientes o menos restritivos possíveis.

16. Participar na melhoria das condições e do ambiente educativo do Agrupamento, numa perspetiva de fomento da qualidade e da inovação educativa.

No documento REGULAMENTO INTERNO 2014/2015 (páginas 34-36)