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Educação Não-formal na Educação Formal: resultados educacionais

4 ANÁLISE E RESULTADOS DA PESQUISA

4.2 Educação Não-formal na Educação Formal: resultados educacionais

Recentemente, no ano de 2018, o Projeto CASCA desenvolveu atividade de alfabetização de jovens e adultos da comunidade da Vila 25, sendo assim entendido como Educação Não-formal. Contudo, inerente da modalidade educacional, o processo não pode ser avaliado ou medido, pois difere das regras da Educação Formal.

Assim, sob o interesse da sociedade civil, foi criada uma extensão da escola pública municipal mais próxima da localidade, a E.M.E.B. Governador Afrânio Salgado Lages, que fica localizado no Centro da cidade. Com receio de retirar os alunos do local onde estavam acostumados, ainda atentos à questão da segurança dos sujeitos sociais, a turma funcionou fora do espaço escolar da Educação Formal, contudo estando sob as mesmas regras que o sistema burocrático possui.

Os alunos foram matriculados no 1º Período 18da Educação de Jovens e

Adultos da referida unidade de ensino e que é pertencente à rede municipal de educação, portanto a profissional que lecionou na turma durante o período era uma funcionária contratada pelo poder público municipal, através da Secretaria Municipal de Educação.

Assim, foram matriculados 28 alunos na turma criada especialmente para o atendimento no Projeto CASCA, dos quais a maioria era de idade adulta, como pode ser visto no Gráfico 1, a seguir.

Gráfico 1 - Faixa etária dos educandos

Fonte: A Autora, 2019.

De acordo com o gráfico, é possível perceber que a imensa maioria da turma era composta de adultos, inclusive idosos tendo sido matriculados para fazerem, pela

18 O sistema educacional da Educação de Jovens e Adultos, na cidade de Delmiro Gouveia-AL,

funciona em períodos semestrais, aonde cada semestre letivo corresponde a um ano do Ensino Regular. Desse modo, o educando consegue terminar o Ensino Fundamental na metade do tempo previsto na modalidade regular de ensino.

7%

93%

Adolescentes Adultos

primeira vez, uma série da Educação Formal. Desse modo, tem-se visto que 93% dos alunos eram maiores de idade (26 indivíduos) e, apenas, 7% (2 indivíduos) eram menores de idade, com 17 anos cada.

Ou seja, para este ano, os jovens já são considerados maiores de idades, portanto, adultos. O fato de terem apenas 2 alunos menores de idade matriculados na turma revelam dois extremos preocupantes, pois desde a criação da LDBEN, na década de 1990, quando aconteceram transformações na forma de organização da educação, encontrar jovens, quase adultos, que nunca frequentaram a escola é alarmante.

Na busca de entender o perfil dos alunos egressos, foram identificados o sexo dos alunos matriculados, e identificados no Gráfico 2, a seguir.

Gráfico 2 - Percentual de alunos matriculados (sexo)

Fonte: A Autora, 2019.

Assim, de acordo com o gráfico, tem-se que um tanto a mais que a metade, 64%, foram de mulheres matriculadas, em sua maioria mães de família (18 mulheres). Os demais dos alunos matriculados, 36% eram de homens (10 indivíduos). Assim, o empoderamento feminino está representado na presença registrada e vontade de estudar para compor seus conhecimentos pessoais.

Os alunos que foram matriculados na Educação de Jovens e Adultos, tendo sido alfabetizados graças à ação do Projeto CASCA foram encaixados na turma de 1º Período, primeira série da modalidade educacional. De acordo com a Resolução

64% 36%

Feminino Masculino

CEE/AL Nº 08/2007, do Conselho Estadual de Educação, que regulamenta a organização da Educação Básica no estado alagoano todo alunos matriculado na primeira série, correspondente ao segundo ano do Ensino Fundamental de nove anos, somente poderá ser retido por falta, ou seja, se apresentar frequência inferior a 75%, definida pela LDBEN, Lei nº 9.394/96.

Assim sabendo, a seguir, no Gráfico 3, se encontram os resultados dos educandos.

Gráfico 3 - Resultados dos alunos matriculados

Fonte: A Autora, 2019.

Dessa maneira, é possível perceber que a frequência dos alunos foi um pouco além da média, tendo sido aprovados 57% (16 alunos), pouco mais da metade. Os demais, 43% (12 alunos), desistiram do curso, apesar de estar na comunidade onde vivem.

Essa constatação mostra que a obediência às regras institucionais da Educação Formal ainda é difícil de ser atendida pelos educandos, desse modo não conseguindo participar do processo da Educação Formal. Nesse ponto, pode ser apontada a falha de preparação dos jovens e adultos nos preceitos de ‘aprender a ser’ e ‘aprender a fazer’. Assim, é difícil determinar com clareza as motivações que levaram à baixa frequência registrada pelos alunos.

A fim de entender como se comportam os dados obtidos, em relação ao sexo da população pesquisada, foram relacionados os dados dos alunos que concluíram o período da Educação Formal, separando em duas categorias de comparação de

57%

0%

43% APROVADOS

REPROVADOS DESISTENTES

sexos, a primeira referindo-se ao universo da amostra, e a segunda referente ao espectro de alunos ‘Aprovados’.

A seguir, no Gráfico 4, estão relacionadas as questões apontadas.

Gráfico 4 - Percentual de alunos que terminaram o período (sexo)

Fonte: A Autora, 2019.

Assim, o gráfico a esquerda mostra que a metade dos alunos que terminaram o curso eram de mulheres, ou seja, 50% (14 mulheres), que, em comparação com o gráfico ao lado, mostra que representam 88% dos educandos e que que concluíram o curso, somente entre os aprovados, eram de mulheres.

Em relação aos homens, esse foram a extensa minoria dos educandos, desde os que se matricularam até o término do período. Assim, 7% (2 homens) frequentaram o curso até o final, o que representa 13% do total de alunos ‘Aprovados’, sendo considerado um número significativamente baixo para a população.

50%

7% 43%

Feminino Masculino Desistentes

88% 13%

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisar a importância da inclusão social de indivíduos em situação de risco não é, somente, uma obrigação das Ciências Sociais. No contexto da atualidade, é preciso unir forças para a mitigação das desigualdades sociais que assolam populações ao redor do mundo. De fato, existem muitas comunidades que sofrem com a privação de acesso a recursos básicos, garantidos pela legislação, nacional e internacional, tais como o direito à educação.

Em relação à educação, esta deveria ser de acesso gratuito à toda população brasileira, devendo ser estendido desde a infância até o início da idade adulta, de forma obrigatória. Contudo, a realidade brasileira apresenta um quadro em que ainda existem pessoas, das quais, não conseguiram completar a Educação Formal de acordo com a idade planejada, de 06 a 17 anos, assim como está descrito na LDBEN, a Lei nº 9.394/1996, principalmente em localidades de classe baixa, ou seja, áreas de vulnerabilidade social. Diante desse quadro, é possível entender como a exclusão social retira os direitos da sociedade, ao impossibilitar o recebimento de educação.

As motivações que levam à privação do acesso ao processo de ensino podem ser variadas, sendo que esse estudo não intencionou a busca por esses motivos, pois se entende que estes não são fáceis de serem corrigidos, uma vez que a história da educação nacional, principalmente das últimas décadas, vem buscando a solução desses problemas, contudo não satisfatoriamente, uma vez que ainda existem casos de jovens e adultos que não puderam completar o processo de educação. Mas, sabendo ser possível mitigar os efeitos da falta de acesso à Educação Formal, através da promoção de medidas de inclusão social, tem-se na educação o meio que possibilita a intenção de dar representatividade a uma determinada classe.

A Educação Não-formal está presente na vida das pessoas de forma cotidiana, pois os ambientes sociais que possam ser utilizados para a propagação do conhecimento, tais como a igreja ou a própria casa, tem a função de educar os indivíduos ao transmitirem conceitos úteis socialmente. Quando planejada, a Educação Não-formal capacita as pessoas a enxergarem o mundo sob nova perspectiva, uma vez que a valorização social é fruto desse processo.

Nesse sentido, projetos sociais são importantes meios de inclusão social, além de servirem para o propósito da educação provê o direito de aprender às camadas sociais vulneráveis. O Projeto CASCA possui a função de inclusão social em seu

cerne, pois, desde as motivações iniciais de sua criação, o projeto social tem usado como base a retirada de crianças do ócio, dando-lhes a oportunidade de estarem em um local seguro, fora das ruas, e oferecendo-lhes apoio extraescolar, através da educação, esporte e cultura.

O Projeto CASCA tem atendido às crianças da comunidade da Vila 25 desde o ano de 2012, sempre com a proposta da Educação Não-formal, ou seja, educando para a sociedade, fazendo essas crianças, como também suas famílias, se sentirem valorizadas e ensinando-lhes o valor que possuem diante da sociedade delmirense. Ainda, como ferramenta de garantia que as crianças e jovens adolescentes tenham o direito à educação cumprido, o projeto social exige a frequência dessas crianças em escolas. Ou seja, o interesse do projeto não é de substituir a Educação Formal, mas garantir que elas tenham acesso a todos os meios possíveis de mudanças sociais.

A perpetuação da educação é outro ponto a ser abordado quando se avaliam os resultados concretos do projeto estudado, pois a identificação de moradores da comunidade, a maioria adultos e idosos, que não conseguiram sequer aprender a ler e escrever e oferecer-lhes a chance da escolarização é algo que engrandece uma comunidade vulnerável. Desse modo, com os próprios recursos e auxílio de voluntariado, o Projeto CASCA ofereceu aos familiares das crianças atendidas a oportunidade de serem alfabetizados. Ainda, esses alunos, também, foram encaminhados para a Educação Formal, como forma de inserção no sistema educacional.

A falta de metodologias parecidas, entre as Educação Não-formal e a Educação Formal, resultou numa considerara grande desistência dos alunos, enquanto matriculados numa escola pública da área. Assim, acredita-se que esses alunos não conseguiram acompanhar o fluxo devido à falta de familiaridade com o método formal de ensino, uma vez que foi fornecido transporte para eles poderem ir à escola, também como forma de incentivo. Ainda assim, podendo ser considerado um sucesso encontrar que esses alunos matriculados puderam ter seus direitos à educação atendidos.

Por fim, foi possível encontrar um exemplo que atende os pontos abordados pela Pedagogia Social, com objetivos de inclusão social de comunidades vulneráveis na cidade de Delmiro Gouveia-AL, e perceber a importância que tal projeto possui para a sociedade delmirense, como um todo. Dessarte, o papel da Educação Não- formal é deveras importante capacitando indivíduos em áreas de risco pelo proposito

da inclusão social, contudo dando-lhes mais oportunidades vistas que, apenas a inclusão, mas, também, a chance de fazê-los experimentar a mudança de cenário social ao inseri-los na escola formal. Apesar de ainda ser o primeiro ano do processo de educação, as diretrizes do projeto pesquisado fazem acreditar que eles, ao menos em parte, continuarão no sistema educacional, mas, com certeza, farão parte da Educação Não-formal, pois esse processo alimenta suas mentes e almas.

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APÊNDICE A – Questionário de Pesquisa para TCC

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO QUESTIONÁRIO DE PESQUISA PARA TCC

Este questionário tem como objetivo coletar dados do Centro de Ação Social para Crianças e Adolescentes, existente na cidade de Delmiro Gouveia – AL, com a finalidade de analisar as condições em que são ofertados os serviços de Educação Não-formal à Comunidade da Vila 25, assim, subsidiando o estudo da pesquisa destinada a conclusão de curso, Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, da aluna Vanilda Rodrigues de Lima para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas – Campus do Sertão, orientada pela Professora Drª. Ana Cristina Conceição dos Santos. Ressalto que as informações serão tratadas de acordo com os direitos de imagem da instituição e servirão somente para a referida pesquisa.

Agradecemos a sua participação.

Entrevista realizada a Albertino Teixeira – fundador do Projeto Casca.

1. Há quanto tempo existe o Projeto Casca? 1.1 Data de criação:

2. Qual a motivação para a criação do Projeto Casca? 3. Quais os objetivos e metas iniciais do Projeto Casca? 4. Houve mudanças nos objetivos e metas? Se Sim, quais? 5. Atende qual(is) comunidade(s)?

6. Faixa etária de pessoas atendidas: ( ) Crianças – 0 a 5 anos

( ) Crianças – 6 a 11 anos ( ) Adolescentes – 12 a 17 anos ( ) Jovens e Adultos – 18 a 29 anos ( ) Adultos – 30 a 59 anos

( ) Idosos – > 60 anos

7. Existe alguma imposição para o não atendimento?

8. Qual a relação do Projeto com a comunidade atendida? (relato)

Se sim, quantos e em que área atuam?

10. O projeto Casca utiliza mão de obra voluntária?

Se sim, quantos e quais as atividades desenvolvidas? 11. Como se dá o processo educacional no projeto?

12. Quais as atividades educacionais desenvolvidas? Exemplo: Alfabetização, Cultura, Danças, Música, Esportes, etc.

13. O projeto disponibiliza de materiais educacionais?

14. As aulas são ministradas por profissionais da área educacional ou especializada? Exemplo: Pedagogo trabalhando com alfabetização, Educador Físico trabalhando com jogos e recreação.

15. As dependências físicas atendem às necessidades da comunidade atendida pela instituição?

16. Qual a opinião acerca do Projeto? Se está satisfeito com o que está sendo feito e qual o motivo.

APÊNDICE B – Entrevista: Transcrição

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ENTREVISTA: TRANSCRIÇÃO

Transcrição da entrevista realizada com o fundador do Projeto CASCA, na sede do projeto localizada na Vila 25, cidade de Delmiro Gouveia-AL.

Entrevistado: Albertino Teixeira de Souza Entrevistador: Vanilda Rodrigues de Lima Data: 07 de agosto de 2019

Duração: 10 min 03 seg

Entrevistador: A primeira questão é: Há quanto tempo existe o Projeto Casca? Entrevistado: 7 anos, em 29 de junho de 2012

Entrevistador: A data de criação? Entrevistado: 29 de junho de 2012

Entrevistador: Qual a motivação para a criação do Projeto Casca?

Entrevistado: Começa pela questão da carência da criançada que vivia na rua,

ociosas, e nós nos sentimos, assim, motivados a criar um espaço para essas crianças e adolescentes que viviam em vulnerabilidade social.

Entrevistador: Quais os objetivos e metas iniciais do Projeto Casca?

Entrevistado: O nosso objetivo maior é justamente oportunizar as, oportunidades, as

possibilidades de essas crianças desenvolverem essas aptidões e ter um espaço com várias atividades socioeducativas e, de certa forma, afastá-las das drogas, da violência, da exploração sexual infantil do trabalho infantil e de outros males sociais

Entrevistador: Houve mudanças nos objetivos e metas? Se Sim, cite quais?

Entrevistado: As mudanças sempre são necessárias, principalmente porque, quando

a gente começou a trabalhar as crianças e adolescentes, sentiu mais necessidade, também de trabalhar as famílias, então ampliou bastante, né? E a questão de trabalhar só com a comunidade da Vila 25, surgindo outra comunidade. Junto com a Vila 25, criaram uma outra Vila que é a Vila Vitória, então tivemos que ampliar a questão de

atender mais crianças e adolescentes e famílias. Hoje são mais de 100 famílias atendidas.

Entrevistador: Essa quinta pergunta aqui, acho que você já respondeu. Atende

qual(is) comunidade(s)? A vila...

Entrevistado: Vila 25, Vila Vitória e estamos começando algumas atividades em

parceria nos bairros Caraibeirinhas e 369 Casas, onde a gente faz distribuição de macaxeira às famílias.

Entrevistador: Faixa etária de pessoas atendidas, nós temos as opções. Crianças de

0 a 5 anos?

Entrevistado: Começa de 4 anos, atende sim.

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