[ ]princípio ativo aplicado
(Equação 7)
Em que:
[ ]quantificada = concentração encontrada em 50 e/ou 100 cm nos intervalos de 2 a 45 dias;
[ ]princípio ativo aplicado = concentração em m/v do princípio ativo aplicado nos tratamentos
endoterápicos, de acordo com as Tabelas 10 e 11.
4.10.6 – Padronização para a aplicação e coleta das amostras nos tratamentos endoterápicos
Todas as plantas selecionadas para este estudo tinham alturas entre 1,80 e 2,31 m. A profundidade dos furos de injeção tinha entre 10-15 cm, utilizando uma broca de 8 mm.
A altura para a aplicação e coleta ficaram padronizadas da seguinte forma:
a) Ponto de aplicação: 80 cm acima do solo para que as aplicações dos agrotóxicos nesta altura contemplassem um maior número de feixes, uma vez que, nessa altura existe a formação de bulbo, além de possibilitar maior conforto para o operário.
b) Alturas selecionadas para a coleta das amostras de estipe: dois pontos 50 e 100 cm. A Figura 21 mostra as alturas dos pontos de aplicação e coletas de amostras realizadas em campo.
Figura 21 – Esquema das alturas dos pontos de aplicação e de coletas das amostragens.
O tratamento de infusão foi feito com o equipamento comercial Bite Infusion, pois a réplica do equipamento confeccionado na Unicamp se mostrou ineficiente para esta atividade. Os tratamentos de infusão e injeção foram selecionados aleatoriamente ou randomicamente, mostradas o delineamento inteiramente casualizado (DIC) e mapeados na área demonstrada nas Figuras S1 e S2, em Anexo, para facilitar a localização durante as coletas. No mapa, cada coqueiro teve sua identificação intermediada por linha (horizontal) e coluna (vertical) especificadas e apresentadas nas Figuras supracitadas. Desta maneira, os coqueiros foram organizados de acordo com cada tratamento apresentados na Tabela S1, que se encontra nos Anexos. Para facilitar a compreensão, as amostras de estipe foram coletadas nos intervalos de:
Estipe
1- 2 dias – representado pela letra A 2- 15 dias – representado pela letra B 3- 30 dias – representado pela letra C 4- 45 dias – representado pela letra D
Em cada intervalo foram coletadas amostras em suas respectivas alturas, 50 e 100 cm acima do ponto de aplicação, em três plantas diferentes.
Os tratamentos para o estipe foram identificados da seguinte forma: T1 – Infusão utilizando a solução mix + Break-thru®
T2 – Injeção utilizando a solução mix + Break-thru® T5 – Infusão utilizando o ciproconazol + Break-thru® T6 – Injeção utilizando o ciproconazol + Break-thru®
Para a coleta dos frutos para a análise de água-de-coco e albúmen sólido, foram também selecionadas três plantas diferentes, nos seguintes intervalos após as aplicações:
Frutos – água-de-coco e albúmen sólido
1- 45 dias – representado pela letra A 2- 90 dias – representado pela letra B 3- 120 dias – representado pela letra C
Cacho 19 é o estágio de maturidade cujo os frutos interrompem a entrada/formação de água-de-coco, iniciando as reações enzimáticas para a formação do albúmen sólido.
Os tratamentos para verificação de resíduos no fruto foram identificados da seguinte forma:
T3 – Infusão utilizando a solução mix + Break-thru® T4 – Injeção utilizando a solução mix + Break-thru®
T7 – Infusão utilizando a solução ciproconazol + Break-thru® T8 – Injeção utilizando a solução ciproconazol + Break-thru®
O tratamento teve que ser refeito e está apresentado separadamente no mapa na Figura S2 nos Anexos.
T9 - Infusão utilizando a solução mix + Break-thru® T10 - Injeção utilizando a solução mix + Break-thru®
T11 - Infusão utilizando a solução ciproconazol + Break-thru® T12 - Injeção utilizando a solução ciproconazol + Break-thru®
O mapa e o detalhamento das plantas selecionadas para este trabalho encontram-se em anexo nas Figuras S1 e S2.
Este tratamento foi suspenso, pois devido à seca severa durante o experimento as plantas abortaram
os frutos.
Total de 12 plantas Em cada planta foram coletados 3 frutos de 2 cachos diferentes: o cacho 19 que normalmente é empregado
no consumo de água-de-coco e o outro de coco seco (consumo de água-de-coco e albúmen sólido).
Para assegurar os resultados e obter amostras mais representativas e suficientes para as análises em triplicatas, sem a necessidade de eliminar a planta, após a medição das alturas, realizaram-se entre quatro e cinco furos paralelos com auxílio de uma furadeira ou pua manual, proporcionais aos dois pontos opostos de aplicação/injeção dos agrotóxicos, para evitar que mais feixes fossem lesionados.
Após a coleta, as amostras de estipe foram acondicionadas em sacos plásticos estéreis previamente identificados e guardados em caixas de isopor contendo gelo em gel até que, ao final da coleta, todo material fosse levado à geladeira, congelados, e assim, despachados ao laboratório do IQ-Unicamp.
As amostras de água-de-coco foram recolhidas em um béquer e homogeneizadas utilizando três ou mais frutos. Dependendo da maturidade do cacho, após a abertura do fruto e captada a água-de-coco, coletou-se o albúmen sólido com o auxílio de uma espátula. As análises foram realizadas em triplicatas.
4.11 – Métodos e procedimentos utilizados na aplicação de traçadores rodamina B e azul brilhante FCF no estipe do coqueiro
Para cada coqueiro utilizado no experimento foi descampada uma área de raio de 1 metro e meio e irrigados com aproxidamente 50 litros de água. Foram avaliadas em três plantas aleatórias, sendo:
a) Uma planta com uma única abertura no estipe ou corte na raiz;
b) Uma planta com duas aberturas no estipe ou cortes nas raízes opostas;
c) Uma planta com abertura no estipe ou cortes nas raízes nos quatros hemisférios.
A abertura do estipe foi realizada com o auxílio de uma pua manual e a injeção dos traçadores foi feita na altura de 70 cm a partir do solo. Nos procedimentos utilizando a seringa, em cada orifício foram injetados 25 mL do traçador na concentração 20 mg L-1. Já
no procedimento utilizando o equipo de soro, para cada orifício/ponto de aplicação foram aplicados 300 mL da solução de traçadores na concentração de 20 mg L-1. Após 72 horas
desse procedimento, as plantas foram cortadas transversalmente com o auxílio de um motosserra, em diferentes alturas, para facilitar a contabilidade dos feixes traçados.
Também, foram avaliados 3 diferentes métodos de aplicação para o monitoramento da translocação dos traçadores:
4.11.1 – Via tronco
1° Método – A perfuração foi realizada com o auxílio de uma furadeira manual de arco de pua numa altura de 1 metro no estipe. A abertura do estipe foi atingida com a profundidade de aproximadamente 15 cm e o diâmetro do furo de 8 mm. Deste modo, foi introduzido o traçador azul brilhante FCF dentro de cada orifício com o auxílio de uma seringa 25 mL.
A Figura 22 mostra os procedimentos da abertura do furo no estipe por meio de uma furadeira arco de pua manual e a aplicação do traçador azul brilhante FCF na cavidade perfurada no estipe.
Figura 22 – Tratamento endoterápico utilizando os métodos de injeção e infusão. A) Abertura do estipe com o
auxílio de uma furadeira arco de pua manual e B) aplicação do traçador azul brilhante FCF através de uma seringa de polietileno.
2° Método – A perfuração no estipe foi do mesmo modo do 1° método. Contudo, a introdução do traçador azul brilhante FCF e Rodamina B foi feito sob gotejamento contínuo com um equipo de soro com macrogotas simples, com o controle de aproximadamente 10 gotas por minuto.
A Figura 23 mostra o procedimento para aplicação de traçadores azul brilhante FCF e rodamina B por equipo de soro, sinalizados com as setas vermelhas.
Figura 23 – Aplicação de traçadores. A) Aplicação de traçador azul brilhante FCF, e B) Aplicação de traçador
Rodamina B. Em ambos procedimentos foram utilizados o equipo de soro com um volume de 300 mL para cada recipiente.
4.11.2 – Via raiz
3° Método – Foi realizado um corte tipo bisel em raízes de sustentação primária e as raízes foram inseridas no saco plástico contendo aproximadamente 100 mL do traçador azul brilhante FCF. A Figura 24 mostra raízes emergidas em bolsas contendo solução de traçador azul brilhante FCF.
4.12 – Dissecação do coqueiro
Nesta atividade, foram derrubados dois coqueiros, com aproximadamente 30 anos, em uma área de coqueiros híbridos PB-121, descuidada e sem nenhum experimento e por isso, foram permitidos esses tipos de estudos/avaliação. Também, foram abertos frutos germinados, para compreensão de toda estrutura de formação do coqueiro, como raiz, estipe e folhas. Estes experimentos foram realizados com o auxílio de motosserras, facões e registrado em fotos.
4.12.1 – Visualização de feixes das folhas, inflorescência e estipe
Amostras de copa do coqueiro (estipe, folhas e inflorescência) foram encaminhadas para o laboratório de qualidade da madeira e bioenergia da Universidade Federal de Goiás para a realização de cortes citológicos com o intuito de compreender os feixes responsáveis pela translocação de seivas. A partir desses cortes citológicos, as amostras foram examinadas no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fotônica Aplicada à Biologia Celular (INFABIC) da Universidade Estadual de Campinas, usando confocal LSM 780-NLO Zeiss no microscópio Axio Observer Z.1 (Carl Zeiss AG, Alemanha), usando objetiva EC Plan-Neufluar 10x/0.30 M27. As imagens foram coletadas usando lasers 458 (35%) nm para excitação e filtros de emissão 463-690 nm para os fluoróforos, com pinhole (máquina fotográfica sem lente) ajustado para 1 airy unit em cada canal, formato da imagem de 1024×1024 e zoom óptico ajustável a cada imagem.