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1. Introdução

2.3. Eficiência Energética

nacionais anti-cíclicas estão condicionadas pela deficiente consolidação orçamental realizada na última década, edevem minorar os efeitos da crise no campo social, reforçar os apoios às empresas, e acelerar investimentos públicos inquestionáveis com efeitos a curto prazo. Mas a componente estrutural não se compadece com erros estratégicos nas respostas de curto prazo. Do contrário, sairemos da crise conjuntural com os problemas estruturais agravados. A sua solução exige um processo sustentado de actuação coerente sobre todos os factores críticos que afectam a competitividade da nossa economia. Entre eles na qualidade do investimento, que é urgente melhorar, pois os indicadores mostram que na última década nem todos os investimentos foram bem sucedidos [32].

Possivelmente deveríamos seguir outros exemplos europeus ao nível do investimento público interno de médio e longo prazo.

2.3. Eficiência Energética

A Eficiência energética é uma actividade que procura optimizar o uso das fontes de energia.

A utilização racional de energia, às vezes chamada simplesmente de eficiência energética, consiste em usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético. Os equipamentos em nossa casa, no escritório, o nosso carro, a iluminação nas nossas ruas e até as centrais que produzem e distribuem a nossa energia, quer ela seja electricidade, gás natural ou outra, consomem de alguma forma uma fonte de energia primária. A utilização abusiva das fontes de energia primária, isto é, de origem fóssil, como: o petróleo (que representa 37 % do consumo); o carvão (27 %); o gás natural e o urânio, contribuem grandemente para a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera trazendo consequências desastrosas para o nosso Planeta, como as chuvas ácidas, o aquecimento global e a redução da camada de ozono.

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A produção de energia eléctrica tem um impacte ambiental significativo, em particular a parcela maioritária resultante da queima de combustíveis fosseis, nomeadamente carvão e petróleo. A produção proveniente de fontes de energia de origem renovável é, pelo contrário, ambientalmente benigna, ainda que à componente hidroeléctrica de grande porte possam associar outros impactes como o alagamento de grandes áreas de terreno com a consequente deslocação de populações, as alterações climáticas locais e a modificação do habitat de espécies piscícolas e outras [34].

Edifícios energeticamente eficientes, processos industriais e de transporte, poderiam reduzir as necessidades energéticas do mundo em 2050 para um terço, e seria essencial no controlo das emissões globais de gases com efeito de estufa, de acordo com a Agência Internacional de Energia. A adopção de soluções ou medidas eficientemente energéticas em edifícios pode passar como por exemplo, por colocar um isolamento térmico de modo a consumir menos energia para aquecimento e arrefecimento mantendo a mesma temperatura, instalar lâmpadas económicas, em vez de lâmpadas incandescentes para atingir o mesmo nível de iluminação. Redes de sensores sem fio, são muitas vezes utilizados para visualizar o uso de energia em cada ponto para melhorar a eficiência, como foi conseguido no exemplo do Japão

[7]

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A utilização das energias renováveis como fonte de energia para consumo das necessidades energéticas, quer de climatização como de aquecimento de águas quentes sanitárias e de piscinas é uma das formas mais eficientes de reduzir o consumo de energias de combustíveis fósseis. A instalação de painéis solares térmicos na cobertura dos edifícios pode representar uma redução de 60 % no consumo de energia para aquecimento de águas sanitárias [7].

A eficiência energética e as energias renováveis são os "dois pilares" da política energética sustentável [7].

A Certificação Energética visa assegurar não só nas novas construções, mas também nas construções existentes, condições de climatização suficientes para satisfazer os novos consumidores destas instalações com o mínimo dispêndio de energia necessário.

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Energética através da supervisão aos peritos de qualidade que no exercício dessa actividade cumprem e fazem cumprir os respectivos regulamentos RCCTE [56] e RSECE [55], ao aprovar os respectivos modelos de certificados de desempenho energético e da qualidade do ar interior nesses edifícios [54].

A falta de políticas energéticas e incentivos para promover a poupança do consumo da energia ou a racionalização dos consumos energéticos, não é razão suficiente para que a população materialize essa poupança. É necessário que no quotidiano não se esqueça a luz acesa do quarto, ou da luz da casa de banho ou da luz da cozinha ou ainda da televisão acesa sem que ninguém esteja a assistir. Podemos contudo ir ainda mais longe e adoptarmos medidas nas nossas casas, pequenos gestos agora, mas que serão o primeiro passo para, num futuro próximo, ir mais além. Substituir lâmpadas incandescentes por economizadoras, desligar electrodomésticos que se encontram na posição de “stand by” e não esquecer iluminação acesa.

Ao adoptar agora este tipo de atitudes, será possível num futuro próximo começar a pensar em optimizar a nossa eficiência, passando pela renovação de alguns electrodomésticos, alterar o sistema de aquecimento de águas sanitárias existente, aperfeiçoar o aquecimento ambiente que poderá passar simplesmente pela remodelação de alguns aspectos técnicos e estéticos das habitações.

A eficiência energética funciona também como um instrumento capaz de eliminar do mercado equipamentos menos eficientes. Ela por si só não contribui para uma maior penetração dos equipamentos mais eficientes nem para o seu desenvolvimento, mas sim dificultar a existência dos menos eficientes nesse mercado. Irá permitir mudar mentalidades muito mais facilmente usando alguns mecanismos para transformar o mercado.

Os mecanismos de “transformação do mercado” são destinados a incentivar, do lado da “procura”, a penetração dos equipamentos mais eficientes e, simultaneamente, estimular o sector da “oferta” para o desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes e a preços competitivos, tornando mais atraente a sua aquisição por parte dos utilizadores [43].

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