Oseguinteteoremadáum ritériomuitoútilparaqueumbradoprin ipalseja
n
-universal.Teorema 8.33. Um brado prin ipa l
ξ = {p : E → B, G}
én
-universal sseπk(E) = 0
paratodo ok ≤ n
.Proof. Seja
ξ = {p : E → B, G}
um brado omπk(E) = 0
parak ≤ n
. Vejamos queξ
én
-universal. SejaX
um omplexo elulardedimensão≤ n
eη
umG
-bradoprin ipal sobre
X
. Pelo Corolário 8.28, dar um morsmo de brados prin ipaisξ → η
equivale adaruma se çãodeη[E]
. Comoπk(E) = 0
parak ≤ n
eX
tem dimensão≤ n
, não há obstruçõesà existên iade uma se ção. Istomostra que aapli ação(38)
Tξ: [X, B] → KG(X)
ésobreje tiva. Para verqueéinje tiva,sejam
f, g : X → B
apli ações ontínuas,η0
= f∗(ξ)
eη1
= g
∗(ξ)
, e
ϕ : η0
→ η1
um isomorsmo. Consideremos obrado sobreX × [0, 1]
η = f∗(ξ) × [0, 1] = π∗(f∗(ξ))
onde
π : X × [0, 1] → X
designa aproje ção. SendoF : η0
→ ξ
eG : η1
→ ξ
as apli açõesdebradosque obremf
eg
respe tivamente,temos ummorsmo:f∗(ξ) × {0, 1}
F
`G◦ϕ−1
// ξ
p
X × {0, 1}
f
`g
// B
que,peloCorolário8.28 orrespondeaumase ção
s
deη[E]
sobreX × {0, 1}
. Umavezque
dim X ≤ n
,eπk(E) = 0
parak ≤ n
,nãoháqualquerobstruçãoaprolongar estase çãoaX ×[0, 1]
. Esteprolongamento orrespondeaummorsmodebradosη → ξ
que obreumahomotopiaentre
f
eg
,oquemostraqueTξ
éinje tiva.Finalmentesuponhamosque
ξ = {p : E → B, G}
én
-universal. Tendoem ontaaidenti açãoentremorsmosese ções,vemosquetodasasse çõesdeumbrado
trivial
{π1: S
k× E → Sk, G, E}
sobre
S
k
sãohomotópi aspara
k ≤ n
. Mas umatal se ção orrespondede formanaturalauma apli ação
S
k
→ E
eportanto isto
a onte esse
πk(E) = 0
parak ≤ n
.De a ordo om o resultado anterior, para determinar um brado
n
-universalbasta,essen ialmente,a harumespaço
n
- onexo omumaa çãolivredeG
. Antesdevermosalgunsexemplosvejamosalgumas onsequên iasdoTeoremaanterior.
Proof. Umavez que
P BG
é ontrá til,odiagramaP BG
π
##G
G
G
G
G
G
G
G
G
∗
// EG
p
||yyyy
yyyy
BG
omutaamenosdehomotopia. Umavezqueaapli ação
p
éuma bração,apro-priedadedolevantamentodashomotopiaspermitesubstituiraapli ação onstante
∗
poruma apli açãode braçõesf : P BG → BG
. Pela su essãoexa ta longade homotopia,f
induzumaequivalên iafra aentreas brasΩBG
eG
.Proposição 8.35. Seja
G
um grupo topológi o eH < G
um subgrupo tal queG → G/H
éumbrado70
. Entãose
ξ = {EG → BG, G}
éumbrado∞
-universal,ξ[G/H] = {EG → EG/H, H}
éum brado
∞
-universal. Em parti ularhá umasu essão de braçãonaturalG/H → BH → BG.
Proof. Exer í io.
Exemplo 8.36 (O brado universal omgrupo
O(k)
eGL(k)
) . SejaVk,n
avar- iedadede Stiefel dosk
-referen iaisortonormaisemR
n
. Assim,
Vk,n= {(v1, . . . , vk) ∈ (Rn)k: vi· vj
= 0
parai 6= j, kvik = 1}.
Ogrupoortogonal
O(n)
agetransitivamenteemVk,n
,esendo{ei}
abase anóni a deR
n
,ogrupodeisotropiade
(e1, . . . , ek) ∈ Vk,n
éosubgrupo
O(n − k) ⊂ O(n)
omin lusãodeterminadapelain lusãodeR
n−k⊂
Rn
nasúltimas oordenadas. Temosportantoumabije ção ontínuaO(n)/O(k) → Vk,n
queéne essariamenteumhomeomorsmo. Háumaa çãonaturalde
O(k)
emVk,n
orrespondendoàs mudançasde basenok
-planodeterminadopor umreferen ial,que é laramente livre. Não é difí il ver (exer í io) que há uma fatia para esta
a ção 71 elogo
Vk,n→ Gk,n
def
= Vk,n/O(k)
éum
O(k)
-brado prin ipal. OespaçoGk,n
hama-sea variedade de Grassmann dosk
-planosemR
n
.
Note-sequepara
k = 1
,temosV1,n= S
n−1
,
O(1) = Z/2
eG1,n= RP
n−1
.
Assu essõesexa taslongasdasbrações
O(n) → O(n + 1) → V1,n+1= Sn
mostramqueas in lusões
O(n) → O(n + 1)
70G → G/H
éumbradosseaa çãodeH
emG
portransla çãoàesquerdaadmiteumafatia. Porexemplo,seG
éumgrupodeLie,esta ondiçãoéequivalenteaH
serumsubgrupofe hado -oqueésempreuma ondiçãone essária.71
são
n − 1
-equivalên ias. Con lui-se queO(n − k) → O(n)
é uma(n − k − 1)
-equivalên iaeportanto,que
Vk,n= O(n)/O(n − k)
é
(n − k − 1)
- onexo. DoTeorema8.33 on lui-sequeVk,n+k+1→ Gk,n+k+1
éum
O(k)
-bradon
-universal. Tomandoolimitequandon → ∞
obtemosoO(k)
-bradouniversal
Vk,∞→ Gk,∞
dos
k
-referen iaisortonormadosemR
∞
sobre oespaçodos
k
-planosemR
∞
. Ou
seja, omanotaçãoa ima, temos
EO(k) = Vk,∞
BO(k) = Gk,∞.
OExemplo8.26sugerequenãoháqualquerdiferençaentre lassi açãodebra-
dos omgrupoestrutural
O(k)
ouGL(k)
eesseédefa too aso. Podemosrepetirtodaa onstruçãoa imausandoreferen iaisem vez dereferen iaisortonormados.
Sendo
Vk,n
⊂ R
nk
o espaço dos
k
-referen iais emR
n
,
GL(k)
age livremente emVk,n
om quo ienteGk,n
. É fá il ver dire tamente que esta a ção admite uma fatiaem adaponto(estamostambémnas ondiçõesdoTeorema8.11)eportantooTeorema8.33garanteque
Vk,∞→ Gk,∞
éo
GL(k)
-bradouniversal. Assim,BGL(k) ≃ BO(k).
Alternativamente,podíamosdeduzir aequivalên iada Proposição8.35 edofa to
de
GL(k)/O(k)
ser ontrá til.Note-seque o brado om bra
R
k
asso iadoa estes bradosuniversais éiso-
morfoaobradotautológi oquetemporbrasobre
S ∈ Gk,∞
oprópriosubespaço ve torialS ⊂ R
inf ty
equeportanto estebradoéobradove torial universalno
sentidoóbvio.
O aso parti ular
k = 1
do exemplo anterior mere e um destaque parti ular.Umbradove torial om bra
R
hama-se umbrado linha real. De a ordo omo exemplo anterior, o espaço lassi ante para os brados linha reais é
G1,∞
≃
RP∞
≃ K(Z/2, 1)
. Atendendo ao Teorema 7.7 dar um brado linha real sobre
X
equivale a dar uma lasse de ohomologiax ∈ H
1(X; Z/2)
, nomeadamente o
pullba kdogeradorde
H
1(RP∞; Z/2)
pela lassedehomotopia
f : X → K(Z/2, 1)
que lassi aobradolinha emquestão. Esta lasse hama-sea lasse de Stiefel-
Whitney dobradolinhareal
ξ
enota-sew1(ξ)
. Temosportanto oseguinteresul- tado.Teorema 8.37. Seja
X
um omplexo elular. Aapli açãoNota 8.38. Éum orolário doTeoremade Peter-Weyl[BtD℄ ,quequalquer grupo
de Lie ompa to
K
admite uma representação el de dimensão nita. Equivalen-temente,existe umhomomorsmo inje tivo
K → O(n)
paraalgum
n
, querealizaK
omo um subgrupofe hado deum grupoortogonal. AProposi ção8.35 garanteentão que
Vn,∞→ Vn,∞/K
éum
K
-bradouniversal, istoé,BK = Vn,∞/K
.Exer í io 8.39. Enun ie e demonstre resultados análogos aos do Exemplo 8.36
parabrados om grupoestrutural
U (n)
,GL(n; C)
,Sp(n)
eGL(n; H)
.Novamenteo asodogrupo
U (1)
ouGL(1; C)
mere edestaque. Umbrado omestegrupodeestruturaebra
C
hama-seumbradodelinha omplexo . Oespaçolassi antedestesbradosé
CP∞= K(Z, 2).
Sendoa ∈ H
2(CP∞; Z)
umgerador,podemosasso iara ada bradolinha om-
plexo
ξ
, lassi adopor uma lassede homotopiaf : X → K(Z, 2)
uma lassedeohomologia
c1(ξ)
def
= f∗(a)
hamadaa lasse de Chern de
ξ
enovamentetemososeguinteresultado.Teorema 8.40. Seja
X
um omplexo elular. Aapli açãoc1: KU (1)(X) → H2(X; Z)
queasso iaaum bradolinha omplexo asua lassede Cherné umabije ção.
Exemplo8.41(Revestimentosregulares) . Seja
G
umgrupodis reto. Umbradoprin ipal omgrupodeestrutura
G
eespaçototal onexoporar osépre isamenteo que se hama um revestimento regular
72
. Pela lassi açãodos revestimentos,
umrevestimentoregularsobreumespaçodebase onexoporar os
X
orrespondeaumsubgruponormalde
N ⊳ π1(X, ∗)
omquo ienteπ1(X, ∗)/N ≃ G.
Umtal homomorsmosobreje tivo orrespondepre isamenteauma lassede on-
jugação(em
G
)dehomomorsmossobreje tivosπ1(X, ∗) → G.
Se o espaço total do brado prin ipal om grupo de estrutura
G
não é onexo,es olhendo uma omponente onexa, obtemos um subgrupo de
H < G
que agetransitivamente nasbrasdessa omponente onexa,eéfá ilverquetais revesti-
mentos orrespondembiunivo amentea lassesde onjugaçãodehomomorsmos
π1(X, ∗) → G
omimagemumsubgrupo onjugadoa
H
. Assim,emgeral,obtemosaseguintere-laçãoparaumespaço
X
onexoporar os(esemi-lo amentesimplesmente onexo):[X, BG] ≃ Hom(π1(X, ∗), G)/
onjugação.
72Exer í io8.42. Mostrequese
X
é um omplexo elular[X, K(G, 1)]∗= Hom(π1(X), G).
A onstruçãodeMilnor. Vamosagoradaraprimeira onstruçãogeraldeumes-
paço lassi anteparaumgrupotopológi o,quesedeveaJohnMilnor. Começamos
porre ordarqueajunção dedoisespaços
X
,Y
éoquo ienteX ∗ Y = (X × [0, 1] × Y )/ ∼
onde∼
éarelaçãodeequivalên iageradapor(x, 0, y) ∼ (x′, 0, y)
e(x, 1, y) ∼ (x, 1, y
′).
Amaneiradepensar em
X ∗ Y
é omo"as ombinações onvexasdepontosdeX
e