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CAPÍTULO II – Metodologia e procedimentos metodológicos

EIXOS CRITÉRIOS SITUAÇAO DA APRENDIZAGEM NÃO

DESENVOLVEU

EM

DESENVOLVIMENTO CONSOLIDADA

1)Relacionou o desenho com a história 2)Demonstrou domínio nos traços / Coordenação Motora

3) Apresentou riqueza nos detalhes

EXPRESSÃO

4)Apresentou forma corporal nas figuras 1) Expressou seu pensamento de forma compreensiva

2) Debateu o assunto 3) Rebateu o assunto

4) Descreveu as características dos personagens 5) Detalhou os fatos considerando início, meio e fim

6) Utilizou a regra geral das concordâncias verbais e nominais

ORALIDADE

7) Utilizou variedades de conectivos (então, depois...)

1) Leu fluentemente 2) Decodificou o texto

3) Demonstrou compreensão do texto 4) Identificou a estrutura do texto 5) Identificou a função social do texto

6) Identificou o emissor e o destinatário do texto

LEITURA

7) Fez relação com outras situações vividas 1) Fez relação som-grafia

2) Empregou diferentes estruturas silábicas 3) Fez segmentação correta das palavras 4) Fez relação de seu texto com a proposta de escrita

5) Registrou suas ideias de forma compreensiva 6) Descreveu os personagens da história 7) Apresentou sequência dos fatos (início, meio e fim)

8) Recorreu a conhecimentos prévios para produzir seu texto

ESCRITA

9) Utilizou o parágrafo e o ponto final Quadro 9: Critérios avaliativos

De posse desses materiais passamos para a etapa seguinte que constituiu na aplicação dos instrumentos avaliativos.

2.7 A aplicação dos instrumentos

Os instrumentos foram aplicados nas turmas das quatro professoras colaboradoras desta pesquisa. Dentre as quatro turmas, em três foram as próprias professoras que realizaram as atividades com seus alunos e em uma delas foi a pesquisadora, a pedido da própria professora.

Como já apontamos, alguns instrumentos foram impressos e respondidos pelo aluno na folha correspondente. Em alguns eixos (leitura e oralidade) optamos por gravar e transcrever as respostas dos alunos para registro e análise dos dados.

Decidimos com as professoras que a avaliação dos eixos leitura e oralidade seria realizada por amostra de três alunos por turma, uma vez que as outras atividades pedagógicas e a rotina de sala de aula dificultavam a realização desta proposta por todos os integrantes da turma. Pelo mesmo motivo, algumas professoras não conseguiram realizar o eixo escrita na íntegra com todos da classe. O eixo expressão foi realizado por todos os alunos presentes no dia da aplicação do instrumento. O quadro a seguir apresenta a quantidade de alunos, considerados sujeitos desta pesquisa, que realizaram as atividades avaliativas.

EIXO

PROFESSORA

EXPRESSÃO ORALIDADE LEITURA ESCRITA

Fernanda 18 3 3 6

Lúcia 23 3 3 23

Cássia 18 3 3 17

Tereza 27 3 3 29

TOTAL 86 12 12 75

2.8 Discussão sobre a aplicação dos instrumentos

No quinto encontro nos propusemos a discutir sobre os acontecimentos ocorridos no momento da aplicação dos instrumentos. Foi o momento de levantarmos as possibilidades de superação e os limites daquelas avaliações. As professoras apontaram a importância das estratégias utilizadas para o registro dos dados como o gravador, a formatação das atividades na folha e os enunciados das propostas.

Combinamos que cada professora escolheria uma situação de cada eixo para comentar e discutir com o grupo de modo que tivessem a oportunidade de ressaltar os conteúdos em que as crianças apresentaram facilidades e dificuldades. Este momento foi bastante importante porque, a cada comentário da situação real de aprendizagem dos alunos, as outras colegas sugeriam algumas formas de intervenção para que a criança avançasse.

2.9 A correção das atividades avaliativas dos instrumentos

A correção dos instrumentos contou com a participação de duas pesquisadoras (uma delas desenvolvia pesquisa de iniciação científica) e das professoras de suas respectivas turmas. Ao visualizar todo o caminho percorrido nesta pesquisa de cunho colaborativo, sabíamos que o olhar lançado sobre os instrumentos por parte das pesquisadoras não garantiria a fidedignidade dos dados até então coletados. De acordo com a nossa concepção de avaliação, sentíamos a necessidade de que as professoras participassem desse momento, uma vez que conheciam aquelas crianças por meio de outras situações avaliativas e, por isso, tinham maiores condições de identificar seus avanços e progressos na aquisição da leitura e da escrita demonstrada neste material.

Tínhamos a impressão de que nem sempre a forma de avaliar as habilidades desenvolvidas pelos alunos era consensual entre as três avaliadoras, o que demandou muita reflexão, discussão e aprofundamento da trajetória escolar das crianças, fato que contribuiu para o enriquecimento dos dados coletados nesta pesquisa10, além de ter nos sinalizado para uma necessidade docente maior: as professoras sentiam grande dificuldade em atribuir os níveis de aprendizagem - “consolidado”, “em desenvolvimento” e “não desenvolvido” – aos seus alunos, uma vez que elas não tinham clareza dos critérios que separavam um nível do

      

outro em cada descritor. Tal situação nos proporcionou analisar os critérios adotados pelas professoras na hora de avaliar os seus alunos, buscando entender os procedimentos e as concepções que as orientaram na definição dos níveis de aprendizagem. Esta análise foi realizada com as avaliações corrigidas por três das cinco professoras participantes desta pesquisa, uma vez que uma delas não realizou a correção das atividades de seus alunos e a outra desempenhava o cargo de coordenadora pedagógica de uma unidade de ensino.

2.10 Discussão sobre o desempenho dos alunos apresentado nos instrumentos

Depois das correções dos instrumentos, agendamos uma reunião com o grupo para apresentarmos a nossa primeira análise. Ao discuti-las com as professoras, pretendíamos despertar nelas um novo olhar sobre suas formas de ver, sentir e agir profissionalmente. Os dados coletados com os instrumentos foram debatidos, questionados e sistematizados de forma que representassem a realidade de suas turmas. Outro benefício trazido por este momento foi a troca de experiências e opções metodológicas adotadas por elas que nem sempre coincidiam, mas que as tornavam seguras e as faziam alcançar sucesso na aprendizagem de seus alunos.

Depois de apresentarmos a metodologia e os procedimentos que orientaram este trabalho colaborativo, no próximo capítulo serão analisados os dados coletados no decorrer dos encontros com as professoras do primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos no curso de extensão “Letramento: reflexões sobre os saberes no primeiro ano do Ensino Fundamental”.                  

Capítulo III – Os instrumentos avaliativos como estratégia de reorganização do