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O jogo foi desenvolvido em parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD), com Alan Santana, mestre em Sistemas da Computação sob a orientação do professor Eduardo Aranha, doutor em Ciências da Computação, coordenador do Laboratório de Pesquisa em Games e Educação do IMD/UFRN. O planejamento dos conteúdos e atividades relacionadas à química foram elaborados por mim sob acompanhamento da orientadora de mestrado Profa. Dra. Fernanda Marur Mazzé. Já a parte de programação do jogo foi realizada sob acompanhamento do mestre Alan Santana que em diversos momentos teve uma participação bastante ativa na construção do jogo. Cabe aqui

ressaltar que esta parte de programação foi bastante desafiadora para mim, que praticamente não tinha experiência nessa área. Ao longo dos encontros, pude me apropriar da ferramenta utilizada para o desenvolvimento do jogo didático digital e, assim, contribuir para a minha formação, adquirindo uma maior autonomia em relação à programação nesta ferramenta.

Os encontros relacionados à parte da programação foram realizados entres os meses de agosto a novembro de 2018, num total de 10 encontros tanto presencias como a distância, via Google Hangouts. Foi estabelecido qual deveria ser a proposta do jogo e que deveria conter o caráter didático e também ser divertido para os alunos, inserindo o jogo no ambiente escolar nas aulas de química, para dar condições dos alunos aprenderem brincando, capacitar o poder de memória, coordenação visual e motora e criatividade para a estruturação do conhecimento, em nosso caso das reações químicas (LIMA; MOITA. 2011).

O jogo foi elaborado através da ferramenta Construct 2, um engine para produção de jogos em duas dimensões sendo executada em HTML5 (Hyper Text Markup Language 5), o que possibilita ser executado em multiplataformas. Desenvolvido pela Scirra Limited, foi lançado pela primeira vez em 2011, possui uma versão gratuita (porém com limitações: quantidade de ações limitadas) e uma versão paga, com todas as funcionalidades liberadas. A sua utilização não requer conhecimento prévio de programação: de forma intuitiva é possível elaborar jogos simples. O sistema de eventos dá ao usuário a possibilidade de adicionar no jogo o que deve ser feito de forma humana, tais como andar para frente, pular, correr; e à medida que vai sendo elaborado, o usuário pode fazer testes para verificar a jogabilidade do mesmo. O jogo Em Busca dos Minérios está disponível no site, acessado através do link a seguir https://bit.ly/329bOWo, é também é possível visualizar essas informações do site pelo apêndice A. Por meio página da internet que se encontra o guia de orientação aos professores. Para que seja possível a utilização do jogo deverá ter o navegador Mozilla Firefox instalado em seu computador (na aba

downloads do site é possível baixar), e com o uso do mouse e teclado o usuário terá os

comandos no jogo. Ao iniciar o Em Busca dos Minérios será informado uma situação a qual o jogador deverá explorar para conseguir resolver. Em seguida é direcionado ao laboratório que serão dadas suas missões para obter os minerais com os minérios

necessários, é nessa tela que estão as substância que devem ser mineradas para obter os minérios pedidos de acordo com o que é pedido para ser feito antes de ir a mina, em seguida com o mouse clique em minerar. Quando voltar da mina, terá no seu estoque certas quantidades de reagentes e utilizando o + e – (do teclado) para aumentar ou diminuir a quantidade de reagente para a reação. Antes de entrar na mina, é preciso resolver um exercício. Quando estiver dentro da mina você deverá usar as setas do seu teclado, para ir para frente, voltar e pular. Quando encontrar o mineral, o jogador deve ficar parado junto a ele para conseguir minerar, ficando atento aos perigos da mina, pois perderá o que conseguiu caso seja atingido por algum objeto ou animal. Além dos exercícios presentes no jogo, o professor pode vir a utilizar outras atividades, como alguns proposto por nós e presente no apêndice B.

Figura 1 - Engenharia do Construc 2

Na Figura 1 dividimos o funcionamento do Construc 2 em quatros partes: A, B, C e D. Na parte A estão as propriedades que cada parte do jogo terá, tal como tamanho e margem. Em B está a parte da visualização, ou seja, nesta parte temos todas as imagens

que estarão presentes quando o game estiver em funcionamento. Em C temos as telas que serão visualizadas a cada instante em que o jogador executar os comandos no jogo, sendo que estes comandos estão contidos na parte D, os projetcs (layouts, backgrounds, músicas, áudios), ou seja toda parte de cenário, agrupados em pastas.

Os objects, que são os elementos estruturantes do jogo, é um conjunto de operações predeterminadas da plataforma, sem exigir do usuário um conhecimento de uma programação computacional, de modo geral são as ações de interação que o jogo contem, como por exemplo dar as animações de movimento (correr pra frente, voltar, pular, abaixar) ao personagem (sprite), e também de como ocorre a interação com o jogador ou pode ser também a inserção de um texto, background, barra de progresso, um botão virtual, etc. De um modo geral, os objects podem ser visíveis ao jogador (ficando em B da Figura 1) ou ser comandos (presente no projeto, D, na Figura 01). Temos abaixo a forma que essas operações estão disponíveis ao usuário.

A tela inicial (Figura 03) do jogo apresenta o enredo, que é uma introdução do que o jogador vai encontrar, além de quais conteúdos de química ele tem que ter conhecimento para desenvolver e avançar nos desafios.

Figura 3 - Tela de apresentação do jogo Em Busca dos Minérios

Após o jogador finalizar as informações sobre o enredo, ele será direcionado a tela do laboratório (Figura 4). Em um quadro na parte superior esquerda é possível visualizar quais substâncias ele terá que minerar para obter uma quantidade pré-determinada de um metal que lhe foi pedido. Em um quadro na parte superior direita tem-se a reação envolvida para a produção de um determinado mineral (hematita, scheelita e rutilo para obter ferro, tungstênio e titânio respectivamente). Logo abaixo contém uma missão, que consiste em ir à mina para obter mais mineral e produzir uma quantidade específica do metal. Quando voltar do cenário da mina, ele deverá adicionar quais devem ser as quantidades dos reagentes necessárias (Lei de Proust) para o que foi proposto.

Figura 4 – Tela do Laboratório do jogo Em Busca dos Minérios

Antes de iniciar sua viagem para minerar o metal pedido, o jogador deve resolver mais um desafio, que consiste em encontrar uma certa massa de reagentes ou produto para que a reação aconteça (Lei de Lavoisier), caso ele não encontre a resposta correta, não poderá realizar a viagem para minerar.

Obtendo êxito no exercício, o jogador é direcionado para a mina (Figura 6), onde deve minerar os minerais, tomando cuidado em obstáculos que aparecem em seu caminho, como carrinhos de mineração desgovernado e morcegos. Caso algo o atinja, ele perderá o que conseguiu minerar anteriormente, e assim terá que ir à mina mais vezes.

Figura 6 – Tela da atividade de mineração do jogo.

O jogo apresenta três fases: para cada fase o objetivo é ir a mina e obter o mineral correspondente para obter o metal solicitado, e resolver os desafios propostos. O jogador só avança para a próxima mina se conseguir resolver as questões propostas. Cada mina do jogo é de um município do Rio Grande do Norte, em que é possível encontrar esses minerais na natureza através dos processos de extração mineral. O estado do Rio Grande do Norte tem um enorme potencial na produção de minério ricos em ouro, ferro, berilo, lítio, titânio, tungstênio, enxofre, além de uranio e tório (ANGELIM, et al., 2006). Devido a essa grande riqueza, abordamos essa atividade que para muitos é desconhecida, porém importante econômica e socialmente para o estado do RN.

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