• Nenhum resultado encontrado

Em Anais de Congressos

No documento Memorial (páginas 39-56)

8. Atividades Científicas

8.3 Trabalhos Publicados

8.3.2 Em Anais de Congressos

8.3.2.1 Completos

Imunohistoquímica no Diagnóstico do Disgerminoma e Tumor do Seio Endodérmico do Ovário: Expressão de Citoceratina, Alfa-Fetoproteína e Alfa-1- Antitripsina. Ribeiro,JAC & Figueiredo,F: Anais do 44º Congresso Brasileiro de

Ginecologia e Obstetrícia-FEBRASGO, CTO 49, 1991(Doc-8a/29).

Resumo: Os autores estudaram 7 casos de disgerminoma e 3 de tumor do seio endodérmico do ovário no intuito de avaliar a utilidade da imunohistoquímica, empregando anticorpos anti citoceratina, alfa-fetoproteína e alfa-1-antitripsina. Nenhum disgerminoma expressou citoceratina, enquanto todos os tumores do seio endodérmico mostraram reações positivas. Os 3 tumores do seio endodérmico e 1 disgerminoma expressaram alfa-fetoproteína. Após investigação detalhada, este caso foi classificado como um tumor misto de células germinativas, também por corresponder a um mau prognóstico e curta sobrevida, não muito característico de disgerminoma puro. Este estudo indica que a imunohistoquímica pode ser útil no diagnóstico destes tipos de tumor, principalmente quando há áreas suspeitas que podem levar a um diagnóstico de tumor misto de células germinativas.

Tumores Malignos de Células Germinativas do Ovário: Expressão de Enolase Neurônio-Específica, Alfa-1-Antitripsina e Alfa-1-Antiquimotripsina Ribeiro,JAC; Figueiredo,F; Augusto,N: Anais do 44º Congresso Brasileiro de

Ginecologia e Obstetrícia-FEBRASGO, CTO 48,1991(Doc-8a/30).

Resumo: A enolase neurônio-específica(NSE) é uma isoenzima glicolítica 2-fosfo- D-glicerato hirolase. É um marcador para tumores de origem neuroendócrina, mas tem sido também utilizado em tumores de células germinativas. A alfa-1- antitripsina(AAT) e a alfa-1-antiquimotripsina(AAQT) são proteínas que possuem atividade anti-proteolítica, tendo sido demonstradas em tumores do tracto gastrointestinal principalmente. A presença de AAT em tumores de células germinativas foi uma das primeiras caracterizações desta proteína como marcador tumoral. O objetivo deste estudo é verificar a expressão destes marcadores em tumores malignos de células germinativas do ovário, através da imunohistoquímica. As reações foram realizadas com anticorpos policlonais anti NSE, na diluição de 1:200, AAT e AAQT, na diluição de 1:400, empregando o método do complexo peroxidase-antiperoxidase(PAP), em tecido previamente fixado em formol e incluído em parafina de 7 disgerminomas, 3 tumores do seio endodérmico, 3 teratomas imaturos e 1 coriocarcinoma. Todos os disgerminomas expressaram NSE. Em 6 as reações foram fracamente positivas e em 1 moderadamente positiva. Os 3 tumores do seio endodérmico expressaram reações moderadamente positivas, enquanto os 3 teratomas imaturos expressaram reações fortemente positivas, principalmente, em áreas de tecido nervoso. O coriocarcinoma não expressou NSE. Todos os tumores expressaram AAT e AAQT com reações moderada a fortemente positivas. Os resultados deste estudo sugerem que tanto NSE como a AAT ou a AAQT pode ser mais um marcador para tumores malignos de células germinativas do ovário.

8.3.2.2 Resumos

Histologia do Endométrio de Pacientes com Tumor de Células da Granulosa do Ovário. Ribeiro,JAC; Figueiredo,F; Augusto,N: Anais do 44º Congresso

Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia-FEBRASGO, TL 201, 1991(Doc-8a/31).

Resumo: O tumor de células da granulosa compreende aproximadamente 80% dos tumores funcionantes do ovário. A produção de estrogênio por este tumor provavelmente ocorra da mesma forma que no tecido ovariano normal, havendo a síntese pelas células da granulosa a partir da aromatização de androgênios sintetizados nas células da teca. Por isso, o tumor de células da granulosa comumente causa sintomas clínico relacionados ao efeito estrogênico, como o sangramento vaginal. O objetivo deste estudo é fazer uma avaliação do endométrio de pacientes com tumor de células da granulosa, já que é freqüentemente alvo de ação estrogênica. De 20 casos de tumor de células da granulosa, em 12 foi possível obter retrospectivamente os achados histológicos do endométrio, analisados em material de curetagem uterina ou da peça cirúrgica. Os resultados foram os seguintes:

Histologia n %

endométrio proliferativo 3 25,0

hiperplasia simples 3 25,0

endométrio secretor 2 16,6

hiperplasia adenomatosa 1 8,3

hiperplasia adenomatosa atípica 1 8,3

12 99,8

Os achados desta revisão coincidem com os da literatura. As hiperplasia simples e cística são as alterações mais freqüentes. O adenocarcinoma é relatado numa freqüência variável de 3 a 13%. Nestes casos não foi encontrado adenocarcinoma, mas um caso(8,3%) de hiperplasia adenomatosa atípica.

Sintomatologia do Tumor de Células da Granulosa do Ovário. Ribeiro,JAC; Figueiredo,F; Augusto,N: Anais do 44º Congresso Brasileiro de Ginecologia e

Obstetrícia-FEBRASGO, TL 243, 1991(Doc-8a/32).

Resumo: Alguns relatos na literatura mostram que o quadro clínico do tumor de células da granulosa está associado a sintomas com características clínicas de efeito estrogênico em 75 a 85% dos casos. O objetivo deste estudo é analisar os sintomas das pacientes com tumor de células da granulosa do ovário. Para isso foi feito um estudo retrospectivo de 20 pacientes com este tumor. Os sintomas foram classificados em 2 grupos, relacionados a sua provável fisiopatologia. Os resultados foram os seguintes:

Sintomas ligados a compressão de estruturas e/ou tamanho do tumor

n %

Dor e tumor ou aumento do volume abdominal 10 50

Dor 6 30

Tumor ou aumento do volume abdominal 3 15

Nenhum 1 5

20 100

Sintomas ligados a produção hormonal do tumor n %

sangramento vaginal 7 35

amenorréia 3 15

nenhum 10 50

Estes dados mostram uma maior freqüencia dos sintomas ligados ao tamanho do tumor e a sua compressão a estruturas vizinhas, em relação aos sintomas ligados a ação hormonal. Entre estes últimos, o sangramento vaginal foi o mais freqüente, coincidindo com os dados da literatura. Pela maior freqüencia dos sintomas, como dor e/ou tumor ou aumento do volume abdominal, quando comparados àqueles do efeito estrogênico, constata-se que, na ausência destes últimos, não se pode descartar por completo o diagnóstico de um tumor de células da granulosa do ovário.

Diagnóstico de Endometrioma Ovariano: Utilidade do Doppler Colorido Transvaginal. Ribeiro,JAAC; Ballester,MJ; Sanchez,RC; Raga,FJr; Bailão,LA; Bonilla-Musoles,F:Anais do IV Congresso Latino-Americano de Esterilidade e

Fertilidade - FLASEF e SBRH, pág.118,1993(Doc-8a/33).

Resumo: Em torno de 20% dos cistos ovarianos benignos são cistos de endometriose. O diagnóstico deste tipo de tumor não é muito fácil, principalmente, quando a paciente não apresenta a sintomatologia clássica de endometriose. Um dos métodos não-invasivos, que auxilia no diagnóstico , é a ultra-sonografia. Porém a escassa especificidade das imagens, pode levar a confundir-se com outros processos tumorais, tanto benignos quanto malignos. Entre os benignos, destacam-se os cistos de corpo lúteo e os cistos dermóides. O Doppler Colorido Tranvaginal tem sido indicado como um método complementar importante para a ultra-sonografia convencional. Sendo assim, procurou-se verificar neste estudo, a utilidade deste método no diagnóstico de endometrioma de ovário. Participaram do estudo 38 pacientes pré-menopáusicas com tumores ovarianos, sendo 19 endometriomas, 8 cistos dermóides, 4 cistos hemorrágicos de corpo lúteo e 8 casos de tumores malignos, todos com comprovação histopatológica. Todas as pacientes foram submetidas ao exame ultra-sonográfico transvaginal com aparelhagem dotada do sistema doppler- duplex colorido. Foi pesquisada a presença de fluxo sanguíneo nestes tumores e, quando presentes, a velocidade de fluxo foi avaliada pelo índice de resistência(IR). Dos 19 endometriomas, somente 2(10,53%) apresentaram fluxo, com IR de 0,7 e 0,8. Dos cistos dermóides, 3 apresentaram fluxo, também com IR

elevado, enquanto 3 dos 4 cistos de corpo lúteo apresentaram fluxo com um IR médio de 0,52. Os 8 tumores malignos apresentaram fluxo detectável pelo Doppler , com um IR médio de 0,48. Conclui-se que o Doppler Colorido Transvaginal pode ajudar no diagnóstico diferencial dos endometriomas, principalmente com relação a tumores malignos e cistos de corpo lúteo.

Estudo Dopplerfluxométrico das Artérias Uterinas em Pacientes Portadoras de Endometriose Ovariana. Ribeiro,JAC; Ballester,MJ; Sanchez,RC; Raga,FJr; Bailão,LA; Bonilla-Musoles,F:Anais doIV Congresso Latino-Americano de

Esterilidade e Fertilidade - FLASEF e SBRH, pág.118, 1993(Doc-8a/34).

Resumo: Algumas estatísticas demonstram que até 50% dos casos de infertilidade primária são devidos a endometriose. Uma das hipóteses para a etiologia da infertilidade em pacientes com endometriose é a presença de concentrações mais elevadas de prostaglandinas(PGs) no líquido peritoneal. Tromboxane B e 6-ceto-PGF1a(produtos estáveis derivados do Tromboxane A) estão presentes em maiores concentrações no líquido peritoneal de pacientes com endometriose, inclusive estando seus níveis relacionados diretamente com a gravidade da doença. Apesar de não estar bem esclarecido o efeito do tromboxane A sobre a trompa, foi verificado que, em outras estruturas, produz uma contração da musculatura lisa.Devido a isso, as PGs podem alterar o estado normal da musculatura tubária, teoricamente alterando a sua função, e causar infertilidade. Partindo deste conhecimento, o objetivo deste trabalho é verificar se estas PGs também têm efeito sobre a vascularização uterina, detectável através do Doppler. Incluiu-se neste estudo 8 pacientes portadoras de cistos de endometriose ovarianos e um grupo controle de 8 pacientes portadoras de outros cistos ovarianos benignos, comprovados através de exame anátomo-patológico. Fez-se o estudo do fluxo das artérias uterinas através do Doppler Colorido Transvaginal , utilizando-se o índice de pulsatilidade(IP) para avaliação da velocidade de fluxo. As pacientes portadoras de endometriose apresentaram, considerando as duas artérias uterinas, um IP com variação de 1,75 a 4,24 e

média de 2,60(desvio padrão de 0,81). O grupo controle apresentou um IP com variação de 2,15 a 2,74 e média de 2,38(desvio padrão de 0,20). Considerando apenas a artéria uterina com o IP mais elevado, o grupo com endometriose apresentou uma variação de 2,00 a 4,80 e média de 2,87(desvio padrão de 0,85), enquanto o grupo controle apresentou uma variação de 2,30 a 3,30 e média de 2,68(desvio padrão de 0,35). A análise de variância não demonstrou significância estatística entre os dois grupos. Apesar deste estudo não demonstrar inicialmente alteração na velocidade de fluxo das artérias uterinas de pacientes com endometriose, acredita-se que a análise da vascularização pélvica através do Doppler pode ser útil para investigar as causas inexplicáveis de infertilidade por endometriose e outras patologias.

Diagnóstico do Câncer de Ovário Através do Doppler Colorido Transvaginal. Ribeiro, JAAC; Bailão,LA; Ballester,MJ; Bonilla-Musoles,F; Herren,H: Anais do

45º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia-FEBRASGO, TL 190,

1993(Doc-8a/35).

Resumo: Verificar a importância do doppler colorido transvaginal no diagnóstico dos tumores benignos e malignos do ovário. Foram estudados 102 casos de tumores ovarianos, dos quais 74 eram tumores benignos, 7 tumores borderline e 21 tumores malignos. Todos os casos foram comprovados através de exame anátomo-patológico. O equipamento utilizado para o exame ultra-sonográfico tranvaginal foi um aparelho contendo o sistema doppler colorido. Foi pesquisada a presença de fluxo vascular arterial nos tumores e, quando detectados, a velocidade dos fluxos foi medida através dos índices de resistência(IR) e de pulsatilidade(IP). Na análise da capacidade do método em predizer malignidade considerou-se como parâmetro discriminatório a presença de fluxo, fluxo com IR < 0,5 ou fluxo com IP < 1,0 , incluindo os tumores

borderline como malignos e excluindo tumorações inflamatórias e cistos de corpo

lúteo. Foi detectado fluxo em 33,7% dos tumores benignos, em 100% dos tumores malignos e em 5 dos 7 tumores borderline. O IR para os tumores benignos foi de

0,64±0,16(média±desvio padrão) e para os malignos de 0,53±0,21 , enquanto o IP foi, respectivamente, 1,35±0,56 e 1,18± 0,74. O IR e IP para os tumores borderline foram 0,52±0,17 e 1,19±0,59. A tabela abaixo mostra a capacidade do método em predizer malignidade, conforme o parâmetro discriminativo.

Fluxo presente IR<0,5 IP<1,0

sensibilidade 92,85% 53,57% 65,38% especificidade 74,24% 98,48% 95,58% valor preditivo positivo 60,47% 93,75% 85,00% valor preditivo negativo 96,08% 83,33% 87,83% falso-positivo 39,53% 6,25% 15,00% falso-negativo 3,92% 16,67% 12,17% acuracidade 79,78% 85,11% 87,23%

O doppler colorido transvaginal acrescenta informações importantes no diagnóstico ultra-sonográfico dos tumores ovarianos, porém não resolve por completo a dificuldade do diagnóstico diferencial entre as lesões benignas e malignas.

Importância da Detecção de Fluxo Tumoral Através do Doppler Colorido Transvaginal no Diagnóstico do Câncer de Endométrio. Ribeiro, JAAC; Ballester,MJ; Bonilla-Musoles; Herren,H; Bailão,A: Anais do 45º Congresso

Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia-FEBRASGO, TL 191, 1993(Doc-8a/36).

Resumo: Observar a presença de fluxo tumoral, através do doppler colorido transvaginal, em casos de adenocarcinoma de endométrio e verificar a importância deste achado no diagnóstico ultra-sonográfico desta patologia. Fizeram parte deste trabalho 26 pacientes com adenocarcinoma de endométrio e 2 pacientes com hiperplasia adenomatosa com atipias. Todos estes casos tiveram este diagnóstico através de exame histopatológico, posterior ao exame ultra-

sonográfico. As pacientes submeteram-se ao exame transvaginal com aparelho dotado do sistema doppler colorido. Foram pesquisados fluxos vasculares arteriais, em região periférica ou central do tumor, e verificada a velocidade dos fluxos, mediante os índices de resistência(IR) e de pulsatilidade(IP). Dos 26 casos de adenocarcinoma, foi detectado fluxo em 24(92,3%). Ambos os casos de hiperplasia também apresentaram fluxo. A média e o desvio padrão de IR e IP dos casos de adenocarcinoma foram, respectivamente, 0,43±0,13 e 0,70±0,26. Um dos casos de hiperplasia apresentou IR de 0,43 e IP de 0,75 e o outro IR de 0,51 e IP de 1,10. A especificidade do método para predizer o diagnóstico de câncer de endométrio ou hiperplasia adenomatosa com atipias, considerando a presença de fluxo tumoral, foi de 100%. Devida a alta especificidade da presença de fluxo tumoral, considera-se este achado um parâmetro importante no diagnóstico de suspeita do câncer de endométrio, através do doppler colorido transvaginal.

Ultra-sonografia Transvaginal: Medida da Espessura Endometrial e Câncer de Endométrio. Ribeiro, JAAC, Herren,H; Ballester,MJ; Bailão,LA; Bonilla- Musoles,F: Anais do 45º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia- FEBRASGO, TL 192, 1993(Doc-8a/37).

Resumo: Considerando que a medida da espessura endometrial, através da ultra- sonografia transvaginal, tem sido muito valorizada no diagnóstico de suspeita do câncer de endométrio, procurou-se realizar o presente trabalho. Foram incluídas neste estudo 27 pacientes portadoras de adenocarcinoma de endométrio. O estadiamento(FIGO) destes casos ficou distribuído em 19 casos no estádio I, 2 no estádio II e 6 no estádio III. Todas as pacientes submeteram-se ao exame ultra- sonográfico transvaginal anteriormente à curetagem uterina e ao exame histopatológico, que definiu o diagnóstico. A medida da espessura endometrial foi obtida em plano longitudinal, no local de maior espessamento, e incluindo as camadas anterior e posterior do endométrio. A idade média das pacientes foi de 65,4 anos, variando dos 45 aos 81 anos. O tempo de menopausa destas pacientes foi de 18,5 anos, variando de 4 a 35 anos. A média da medida da espessura

endometrial dos 27 casos foi de 26 mm com um devio padrão de 9,8 . A variação desta medida foi de 10 a 53 mm. A medida da espessura endometrial pode contribuir com o diagnóstico do câncer de endométrio, principalmente com relação a detecção precoce. Provavelmente a grande maioria dos casos de adenocarcinoma apresentam a medida da espessura endometrial superior a 10 mm.

Cirurgia sobre os Anexos Uterinos: Podemos reduzir o número destas intervenções? Ribeiro,JAAC; Jablonski,RJr.; Nunes,CEB, Sobreiro,BP; Costa,H; Ribeiro,PC. Anais do XI Congresso AMRIGS, pag. 44, 1994(Doc-8a/38).

Resumo: OBJETIVO: Os métodos de diagnóstico complementar em ginecologia, a medida que se aperfeiçoaram, permitiram condutas conservadoras sobre certas patologias anexiais. O objetivo deste trabalho foi o de verificar se, apesar disso, ainda permanecemos intervindo demasiadamente sobre os anexos uterinos. MATERIAL E MÉTODOS: Foi feito um levantamento retrospectivo dos casos de cirurgia sobre os anexos uterinos ocorridos no ano de 1993 na Enfermaria de Tocoginecologia do H-E da FM-UFPel. Verificamos o tipo de procedimento realizado e o diagnóstico final determinado pelo exame anátomo-patológico. Classificamos como lesões não neoplásicas de ovário, os casos de cisto simples, cisto folicular, cisto de corpo lúteo e endometriose. A patologia tubária não neoplásica correspondeu a lesões inflamatórias(piossalpinge, hidrossalpinge e salpingite aguda) e gestação ectópica. RESULTADOS: Tivemos no correspondente ano um total de 45 procedimentos cirúrgicos sobre os anexos, assim classificados: 9 anexectomias, 17 ooforectomias, 18 salpingectomias e 1 salpingoplastia. Corresponderam a 30% dos casos de patologia ginecológica operados neste serviço. Os casos de patologia ovariana corresponderam a 14 lesões não neoplásicas e 6 neoplásicas. Os de patologia tubária corresponderam a 11 casos de gravidez ectópica rota, 2 de gravidez ectópica íntegra e 11 casos de lesões inflamatórias. CONCLUSÕES: Frente ao número de casos de lesões não neoplásicas operados, acreditamos que ainda permanecemos intervindo demais cirúrgicamente sobre os anexos uterinos. Uma investigação diagnóstica mais detalhada possibilitará condutas conservadoras em muitos casos.

Carcinoma Invasor do Colo Uterino: Um problema ainda freqüente e constante em nosso meio. Ribeiro,JAAC; Costa,H; Sobreiro,BP; Nunes,CEB; Jablonski,RJr. Ribeiro,PC. Anais do XI Congresso AMRIGS, pag.44, 1994(Doc-8a/39).

Resumo: OBJETIVO: Verificar se ainda permanecem freqüentes os casos de câncer invasor do colo uterino em nosso meio, apesar de contarmos com um método eficaz de prevenção secundária e de programas de controle contra este tipo de câncer ginecológico. MATERIAL E MÉTODOS: Foi feito um levantamento retrospectivo dos novos casos de patologia uterina e de câncer ginecológico internados no ano de 1993 na Enfermaria de Tocoginecologia do H- E da FM-UFPel.Estes casos foram analisados através do diagnóstico instituído pelo resultado do exame anátomo-patológico.Consideramos câncer invasor do colo uterino conforme o estadiamento da FIGO. RESULTADOS: Dos 101 casos internados por patologia uterina, o câncer invasor do colo uterino correspondeu a 6,9%. Tivemos no correspondente ano um total de 12 novos casos de câncer ginecológico. O câncer invasor do colo uterino correspondeu a 60%. Os 7 casos foram de carcinoma epidermóide e 5 destes casos encontravam-se em estádio superior a IIB. CONCLUSÕES: O câncer invasor do colo uterino permanece freqüente em nosso meio, o que nos alerta para novas campanhas de controle desta patologia e para a monitorização de programas previamente instituídos.

Gravidez após tratamento cirúrgico conservador e quimioterapia do disgerminoma de ovário. Crespo-Ribeiro,JAA; Costamilan,LC; Abdallah,LC; Fenker, D; Manta,AB; Jannke,HA. Anais do 9º. Congrsso Sul-Brasileiro e 2º.

Resumo: OBJETIVO:Mostrar que a capacidade reprodutiva pode ser preservada em alguns casos de tumores malignos de células germinativas do ovário. MATERIAL E MÉTODOS. Relato de caso de uma paciente portadora de disgerminoma de ovário, com quatro anos de seguimento, que após o tratamento cirúrgico conservador e quimioterapia apresentou duas gestações. RESULTADO: Paciente de 25 anos, branca, doméstica, em janeiro de 1994, apresentou tumoração sólida no ovário direito. Foi submetida a laparotomia com retirada do tumor de 14 cm de diâmetro, porém sem um inventário completo da cavidade e biópsia do ovário contra-lateral. O diagnóstico anátomo-patológico foi de um disgerminoma de ovário. Em virtude da ausência de um estadiamento cirúrgico adequado foi recomendado um tratamento complementar quimioterápico. Este foi realizado com o protocolo BEP(bleomicina, etoposide e cis-platina) em doses usuais por 5 ciclos. Passado um ano a paciente deixou de usar o anticoncepcional oral e apresentou ciclos menstruais regulares. Em agosto de 1996, a paciente engravidou, porém tendo sido interrompida a gravidez com 29 semanas por Síndrome HELLP e o recém nascido de 900g vindo a falecer por complicações da prematuridade. Em outubro de 1997, retornou a engravidar e, atualmente, está com 22 semanas com pré-natal normal. Passados 4 anos todos os controles não evidenciaram recidiva ou metástase do disgerminoma. CONCLUSÕES: O presente caso ilustra que a cirurgia conservadora juntamente com a quimioterapia em casos de tumores malignos de celular germinativas, que comumente atingem mulheres jovens, é uma alternativa de tratamento adequada e mantém a capacidade reprodutiva.

Hipertensão arterial crônica e gravidez: análise de 37 casos. Crespo- Ribeiro,JAA; Klumb,AG; Rodrigues,LF; Nunes,SL. Anais da XIII Jornada Sul-

Riograndense de Ginecologia e Obstetrícia,pág.24, 2000(Doc-8a/41).

Resumo: OBJETIVO: Analisar casos de gestantes que internaram no Hospital Escola - UFPEL por hipertensão arterial crônica, verificando as características das pacientes, os sintomas associados, a gravidade dos casos, a conduta clínica e obstétrica.MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo de 37 pacientes que foram selecionadas entre 263 pacientes por apresentarem

prontuários devidamente preenchidos, no período de 18 de fevereiro de 1995 a 17 de fevereiro de 2000. Era necessário que a paciente fosse hipertensa prévia, tivesse mais de 20 semanas de gestação e que evoluísse para o parto nesta mesma internação. Foi avaliado o perfil das pacientes, principais sintomas associados, níveis tensionais na internação, alterações laboratoriais, medicações utilizadas, tipo de parto, motivo da interrupção e idade gestacional do parto. Foi também verificado se o recém-nascido necessitou de UTI, e as condições da mãe na alta. RESULTADOS: Das 37 pacientes 73% eram brancas, a idade variou de 21 a 45 anos, tendo uma média de 33,2 anos; 14 pacientes tinham até 3 gestações ( apenas 1 primigesta) e 15 tinham de 4 a 6 gestações. As pacientes chegaram ao hospital

No documento Memorial (páginas 39-56)

Documentos relacionados