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Ser um empreendedor é muito mais que ter a vontade de chegar ao topo de uma montanha; é conhecer a montanha e o tamanho do desafio; planejar cada detalhe de subida, saber o que você precisa levar e que ferramentas utilizar; encontrar a trilha, estar comprometido com o resultado, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acreditar na sua própria capacidade e só então começar a escalada.

Iremos ver agora, como as micro e pequenas empresas são importantes para a economia mundial e como estas tem superado as dificuldades, sobretudo aqui no Brasil. Além disso, veremos que existem comportamentos que podem ser aprendidos e aplicados para aumentar suas chances de sucesso sendo um deles conhecido como estabelecimento de metas.

O QUE É UM EMPREENDEDOR?

O que você faria se ganhasse na loteria? Pense com cuidado e anote suas respostas. Sem a necessidade de se preocupar com dinheiro, fica mais fácil imaginar como cada um gostaria de viver não é mesmo? Agora faça a seguinte pergunta a pessoas que você conhece e depois compare suas respostas com a dela: "O que você faria se ganhasse na loteria?".

Tendo as respostas de ambos, você poderá agora compara-las e ver quem possui um perfil maior ou menor de empreendedor.

Pessoas muito empreendedoreas sempre querem mais do que apenas uma casa, um carro e sossego na vida. Paras as pessoas que possuem um perfil de empreendedor você encontrará respostas com alguma coisa nova e diferente, como uma realização pessoal, um projeto ousado. Esse desejo de mudar as coisas e fazer algo novo ou ainda melhorar algo que já existe, é o comportamento predominante em empreendedores natos.

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O brasileiro é um grande empreendedor, contudo tem de se preparar melhor.

Uma pesquisa internacional sobre empreendedorismo entrevistou 43.000 em 21 países, durante o ano de 2000, e chegou a conclusão de que o Brasil é o país que apresenta maior porcentagem de empreendedores. O resultado dizia que para cada 8 brasileiros em idade adulta, um está abrindo ou pensando em abrir um negócio. Nos Estados Unidos, segundo colocado, este taxa é de 10 para 1, e na Austrália, terceira colocada, esta proporção é de 12 para 1.

BRASIL

EUA

AUSTRÁLIA

Fonte: Revista Exame, edição 734 de 21/02/2001 - pagina 18

O mesmo levantamento mostra que, apesar do grande número de empreendedores, no Brasila oportunidade de criar e manterum negócio por mais de três anos é relativamente baixa.

Em um outro estudo do SEBRAE, foi constatado que:

 De cada 100 empresas no Brasil, 35 não chegam ao final do primeiro ano de vida, 46 não sobrevivem ao segundo, e 56 desaparecem no terceiro ano de vida.

 Pouca informação é o problema apresentado pela pesquisa. Ao contrário do que muita gente pensa, o que leva uma empresa ao fechamento não são os impostos ou a necessidade de crédito, mas principalmente a falta de preparo, informação, planejamento e conhecimento sobre o negócio.

A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

A formação do empreendor não inclui receitas infalíveis. Cada empreendedor desenvolve sua própria receita de sucesso. Para fazer um bom almoço não basta possuir um belo livro de receitas, nem dispor de ingredientes e equipamentos de qualidade. É preciso também ter talento e conhecimentos culinários.

Transformar um idéia em um negócio é muito mais dificil. É preciso saber: aonde se quer chegar e como chegar lá. Se você está planejando abrir um negócio, esse é o momento certo de pensar em tudo isso. Se você já abriru sua empresa e está em dificuldades, tenha persistência e aja com objetividade, pois sempre existe algum jeito de sair do sufoco!

Aprender nunca é demais. É assim que quem sabe descobre como se faz. Para o empreendedor, aprender significa adquirir:

 Conhecimento sobre o negócio;

 Habilidade para montar, manter e desenvolver um empreendimento;

 Atitude de quem sabe aonde quer chegar e se preocupa em fazer bem-feito.

Aprender é reunir o conhecimento, a habilidade e a atitude para fazer alguma coisa. Da mesma forma que um livro de receitas não pode garantir um bom almoço, não existe uma fórmula que possa garantir o sucesso de um empreendedor.

Você vai descobrir que não existe uma receita pronta para o sucesso; você precisa entrar na cozinha e colocar a mão na massa para entender o porque um assado fica bom ou ruim. Se tiver que aprender sozinho, o caminho será mais longo e dificil; com a ajuda de um cozinheiro experiente, o resultado será mais rápido e as perdas bem menores. Este é um dos trabalhos que por exemplo o SEBRAE fornece aos empreendedores brasileiros.

UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

Até 1980, ninguém dava muita importância para empresas com menos de 100 funcionários. Só nas duas últimas décadas do século XX, quando as grandes empresas começaram a diminuir seus custos e o número de empreos, é que as micro e pequenas empresas começaram a crescer, fornecendo diversos produtos e serviços para as grandes.

Era o processo de terceirização, que se espalhou por todo o mundo, aumentando a importância dos pequenos negócios para a economia dos países.

No mesmo período, a evolução tecnológica encurtou as distâncias e facilitou o acesso à informação. Hoje, em poucos segundos, uma empresa da Tailânida, que fabrica rádios de pilha paraa índia, pode fazer um pedidos de parafusos à uma empresa no interior do Brasil. Este processo de diminuição de distâncias e quebra de barreiras comerciais entre nações é chamado de globalização.

Globalizados, o comércio, a indústria e os serviços vêm mudando em todo o mundo beneficiando alguns setores e exigindo profundas reformulações de outros.

Foi mais ou menos que aconteceu no Brasil, na década de 1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a creser, mas que trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e confecções. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas reduzindo sua interferência na economia. Com o controle da inflação e o ajuste econômico, em poucos anos o país ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia começou a crescer.

Só no ano 2000, surgiram quase 1 milhão de novos postos de trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. Ano a ano, as micro e pequenas empresas ganham mais espaço e importância na economia. Hoje, de cada 100 empresas brasileiras, 98 são micro ou pequenas empresas. Juntas, elas empregam quase 40 milhões de trabalhadores, mais da metade de toda a mão-de-obra do país. Os números são grandes, mas o espaço para crescimento é ainda maior. O futuro é promissor e cabe, a cada um de nós, fazer dele uma realidade.

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