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Energia = Consumo + Perdas porém, se perdas tendem para zero Energia = Consumo = Energia Sustentável

Em suma, a Energia Sustentável é a busca da minimização das perdas, seja na quantidade do resíduo, no impacto ao meio ambiente, no representativo financeiro ou no impacto para a sociedade.

O conceito introduzido de “perdas” não necessariamente segue o padrão do senso comum de lixo, como um expurgo orgânico de hospitais ou restos de uma construção civil, que também o são, mas o escopo é ser um parâmetro mais amplo, incluindo subprodutos tangíveis e intangíveis. Esse conceito de perdas também é relativo à vantagem ou desvantagem. Por exemplo, a energia nuclear não emite CO2 enquanto que o petróleo quando queimado emite; logo, neste aspecto, o

petróleo possui uma “sobra” que a energia nuclear não tem. Assim, essa sobra ou perda será o parâmetro para se verificar a sustentabilidade do sistema.

• A perdas tipo 1 são aquelas geradas na primeira fase de coleta da matéria prima para geração da energia, aquelas que ainda estão em forma bruta na natureza. Por exemplo, ao se represar água para a geração hidrelétrica, existem perdas ambientais com valor intangível, pois vários ecossistemas são inundados, fauna e flora são afetadas.

• A perdas tipo 2 são aquelas relativas ao processo de geração da energia elétrica, como as perdas por efeito joule, efeito corona, rendimento e outras atreladas ao processo de geração, transmissão e distribuição da energia.

• A perdas tipo 3 estão intrinsecamente ligados ao consumo da energia, como num caso simples do indivíduo escolher tomar um refrigerante que garrafa pet “descartável” ou de vidro retornável. O custo ambiental da garrafa pet seria uma perda na fase3, por outro lado se o consumo fosse um refrigerante cujo invólucro seja vidro, não haveria perda ambiental, mas uma perda econômica pelo custo do recolhimento e da lavagem da garrafa de vidro.

Inicialmente, foram levantados dados preliminares sobre a gestão do setor elétrico brasileiro e a ferramenta de análise desenvolvida foi testada. Foi percebido que alguns eventos que ocorriam no setor não podiam ser explicados pela teoria dos fractais. Por exemplo, enquanto

o modelo para o setor elétrico previa e prevê competição, o governo brasileiro (Jan/1995 a Dez/2003) resolveu promulgar a regionalização da energia e dessa forma extinguiu a possibilidade de competição.

Percebeu-se que o modelo teórico deveria incorporar os aspectos institucionais, isto é, outra teoria deveria ser usada para complementar o modelo teórico neste sentido. As categorias deveriam ser ampliadas, envolvendo uma análise institucional presente no sistema DSR, então a Teoria da Agência veio a preencher essa lacuna da ferramenta.

De fato, na prática a análise da sustentabilidade não envolve apenas parâmetros ambientais, sociais e econômicos. Existem casos que envolvem decisões institucionais, então surgem conflitos de interesses, informações assimétricas e outros parâmetros que a Teoria da Agência vem a suprir no modelo desenvolvido. Desse modo, o modelo torna-se:

Figura 22 (4): Ferramenta do MA

O que esse modelo apresenta de diferente de outras definições existentes como “produção limpa”, “produção mais limpa”? Essas teorias consideram apenas parâmetros ambientais, no máximo a eficiência. O diferencial da ferramenta proposta é considerar a combinação da tríplice análise com o uso dos fractais e a incorporação da Teoria da Agência.

TEORIA DA AGÊNCIA: Interesses Próprios, Conflito de interesses,

Racionalidade Limitada, Informações Assimétricas, Busca de Eficiência, Aversão a Riscos, Informações como commodities

Consumo Energia FASE3 Energia estocada na

natureza Geração de Energia Elétrica

PERDAS T1 Ambientais Sociais Econômicas PERDAS T2 Ambientais Sociais Econômicas PERDAS T3 Ambientais Sociais Econômicas FASE1 FASE2

4.5 Escolha das Variáveis de Análise

As variáveis de análise sugiram da extração das tabelas DSR das fontes de energia do capítulo 5 apresentado na seqüência. Com a análise dos elementos (DSR) foi possível elaborar que auxiliaram na definição das variáveis, parte do modelo proposto por essa tese:

1) Existe emissão de CO2?

2) Há possibilidade de catástrofe? 3) Provoca inundações?

4) Caso positivo, há deslocamento por causa de inundações? 5) Caso positivo, há o custo de deslocamento da população? 6) Provoca mudança climática?

7) Há a perda da cidadania?

8) Há a diminuição da atividade econômica local (tipo pesca)? 9) Há diminuição de florestas?

10) Há extinção de alguma espécie animal ou vegetal? 11) Há geração de Lixo/Expurgos?

12) Como ficam os reparos do meio-ambiente?

13) Há o aumento de doenças por causa do uso da fonte (tipo Malária)? 14) Há o aumento de gastos públicos decorrente do uso da fonte? 15) Existe quantidade de matéria prima suficiente?

16) Como é o custo de produção? 17) Há escala de produção?

18) Há fornecedores de equipamentos? 19) Em quanto tempo há o retorno de capital?

20) Como é a formação de preço de venda da energia?

21) Há a ação de stakeholders em benefício próprio ou a mando de alguém? 22) Há conflito de poder entre Agência e Empresas?

24) Qual fonte apresenta melhor eficiência na transformação e consumo da energia? 25) Como é o acesso às informações?

Esses questionamentos foram transformados em variáveis, conforme dimensões e quadro a seguir. Dimensão (DSR) Fractal Variáveis Ambiental Ambiental-Ambiental 1) Emissão de CO2 2) Inundações 3) Diminuição de Florestas 4) Gasto de água para irrigação 5) Geração de Lixo/Expurgos 6) Fim de espécies (fauna e flora) 7) Mudança climática

Ambiental-Social 8) Deslocamento da população por causa de inundações Ambiental-Econômica 9) Aumento de gastos públicos decorrente do uso da fonte 10) Existência de matéria prima

Social

Social-Social 11) Perda da cidadania

Social-Ambiental 12) Aumento de doenças (tipo Malária)

Social-Econômica 13) Diminuição da atividade econômica local (tipo pesca)

Econômica Econômica-Econômica 14) Custo de produção 15) Escala de Produção 16) Retorno de Capital 17) Fornecedores

Econômica-Social 18) Custo de deslocamento da população 19) Formação de preço de venda da energia Econômica-Ambiental 20) Custo de reparos do meio-ambiente

Institucional

Interesses próprio 21) Ação de stakeholders em benefício próprio ou de alguém Objetivos Conflitantes 22) Conflito de poder entre Agência e Empresas Racionalidade Limitada 23) Possibilidade de catástrofe

Assimetria de Informações 24) Política e governabilidade

Eficiência 25) Eficiência da transformação energética Aversão aos riscos 26) Escolha deliberada

Informação como commodities 27) Acesso às informações Quadro 13 (4): Dimensões X Variáveis.

Te oria d a A gên ci a McDono ug h e B rau ng ar t( 20 02 )

Uma vez definidas que essas variáveis para fazer parte do modelo proposto, o passo seguinte foi a construção da dinâmica para a implementação da ferramenta de análise.

4.6 Funcionamento do MA da Sustentabilidade

O primeiro passo do modelo é a determinação de quais fontes são mais limpas. Para isso, deve-se analisar as variáveis do quadro anterior, ligadas apenas aos fractais, como mostra a figura a seguir.

Figura 23 (4): Movimentaçào 1 do MA

Uma vez selecionadas as fontes mais limpas de produção de energia, então o passo seguinte é submetê-las novamente a ferramenta, sendo que incluindo as outras variáveis ligadas à Teoria da Agência, como mostrado a figura a seguir.

Figura 24 (4): Movimentaçào 2 do MA

Na verdade, é mostrada essa diferenciação por uma questão de melhor compreensão, mas o MA faz as duas movimentações em seqüência. Para o pesquisador obter apenas a visualização

Variáveis: (1) ambientais, (2) econômico-financeiros, (3) sociais

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