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Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres: sem sombra de dúvida, a política de enfrentamento à violência contra a mulher tem sido uma das

CAPÍTULO

4) Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres: sem sombra de dúvida, a política de enfrentamento à violência contra a mulher tem sido uma das

prioridades em destaque na agenda de ações da Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres. Os principais avanços nesta área foram introduzidos através da implementação de serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, intrafamiliar e sexual. Entre eles, a ampliação do número de Delegacias da Mulher, a criação de Casas Abrigo e Centros de Referências, e – mais recentemente – a aprovação da intitulada Lei Maria da Penha (Lei N° 11.340/06).

Na verdade,

A efetividade das ações de prevenção e redução da violência doméstica e sexual depende da reunião de recursos públicos e comunitários e do envolvimento do Estado e da sociedade em seu conjunto. É preciso que estejam envolvidos os poderes legislativo, judiciário e executivo, os movimentos sociais, e a comunidade, guardadas as competências e responsabilidades, estabelecendo uma rede de atendimento e proteção. (I PNPM, 2004, p.75).

Já na 2ª Conferência Nacional de Políticas Para Mulheres, a partir da criação do II Plano de Políticas Para Mulheres (II PNPM), a preocupação do movimento feminista e demais representantes da sociedade civil e gestores que estiveram presentes girou em torno da necessidade de avançarmos na criação/ ampliação das políticas de atenção à mulher em nível estadual e municipal. Assim como na criação de mecanismos de coordenação executiva deste Plano e

mecanismos de controle social (conselhos) sobre o Plano. Além do acompanhamento das políticas implementadas em todos os níveis de governo.

O II PNPM segue como um Plano de Governo e que beneficia toda a sociedade.

O II Plano Nacional de Políticas para Mulheres (II PNPM) é resultado da mobilização de quase 200 mil brasileiras que participaram, em todo país, das conferências municipais e estaduais. E elegeram 2.700 delegadas à II Conferência Nacional de Políticas para Mulheres (II CNPM), realizada em agosto de 2007. (...) Para que o II PNPM seja implementado, é imprescindível a parceria entre a União, governos estaduais e governos municipais. (II PNPM, 2008: p. 07)

Os princípios instituídos no II Plano (II PNPM) e que foram decorrentes da I e II Conferências Nacionais continuam contemplando: igualdade e respeito à diversidade; eqüidade; autonomia das mulheres; laicidade do Estado; universalidade das políticas; justiça social; transparência dos atos públicos; participação e controle social.

Com relação aos eixos, vimos que da I Conferência emergiram cinco eixos estratégicos que já foram revistos na II Conferência, sendo acrescentados seis novos eixos ao II Plano (II PNPM).

Desse modo, dos eixos revistos, acrescentados e aprovados, de acordo com a II PNPM (2008: p. 09 a 34), e a partir de uma síntese dos seus objetivos principais temos:

I.Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social: em vista ampliar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e promover a autonomia econômica e financeira (...);

II.Educação Inclusiva, não - sexista, não-racista, não - homofóbica e não- lesbofóbica: contribuir para a redução da desigualdade de gênero e para o enfrentamento do preconceito e da discriminação de gênero, étnico-racial, geracional, por orientação sexual e identidade de gênero (...);

III.Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos: promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres em todas as fases do seu ciclo vital, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos, e a ampliação do acesso

aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde integral em todo território brasileiro (...);

IV.Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres: reduzir os índices de violência contra as mulheres por meio da: 1) Consolidação da política nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres com plena efetivação da Lei Maria da Penha, 2) Implementação do Pacto nacional pelo enfrentamento da violência contra as mulheres, 3) Implementação do plano nacional pelo enfrentamento ao tráfico de pessoas no que diz respeito às ações referentes ao tráfico de mulheres, jovens e meninas. (...);

V.Participação das mulheres no espaço de poder e decisão: promover e fortalecer a participação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espaços de poder e decisão (...);

VI.Desenvolvimento sustentável no meio rural, na cidade e na floresta, com garantia de justiça ambiental, soberania e segurança alimentar: promover a incorporação da perspectiva de gênero nas políticas ambientais e de segurança alimentar, favorecendo o desenvolvimento sustentável. (...);

VII.Direito à terra, moradia digna e infra-estrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais: promover o direito das mulheres à vida com qualidade na cidade, no meio rural e nas comunidades tradicionais (...);

VIII.Cultura, comunicação e mídia igualitárias, democráticas e não discriminatórias: contribuir para uma cultura igualitária, democrática e não reprodutora de estereótipos de gênero, raça/ etnia, orientação sexual e geração (...);

IX.Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia: instituir políticas, programas e ações de enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia e assegurar a incorporação da perspectiva de raça/ etnia e orientação sexual nas políticas públicas direcionadas às mulheres. (...);

X.Enfrentamento das desigualdades geracionais que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens e idosas: assegurar a incorporação da perspectiva geracional nas políticas públicas direcionadas às mulheres (...);

XI.Gestão e monitoramento do Plano: implementar o II Plano nacional de Políticas para as Mulheres, de forma eficiente, eficaz e efetiva, com transparência das ações e articulação entre os diferentes órgãos dos governos federal, estaduais e municipais. (...).

Atualmente, para garantir o princípio da intersetorialidade, dezenove (19) órgãos da administração pública federal, além de representantes nas esferas governamentais estaduais e municipais de políticas para as mulheres e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), constituem o Comitê de

monitoramento do Plano (II PNPM), são: 1) a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), 2) o Ministério da Educação (MEC), 3) o Ministério da Justiça (MJ), 4) o Ministério da Saúde (MS), 5) o Ministério das Cidades (MCID), 6) o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), 7) o Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão (MOPG), 8) o Ministério do Trabalho e emprego (TEM), 9) o Ministério do Desenvolvimento Social e combate à Fome (MDS), 10) o Ministério das Minas e Energia (MME), 11) o Ministério do Meio Ambiente (MMA), 12) o Ministério da Cultura (MINC), 13) a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), 14) a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), 15) a Casa Civil/PR, 16) Secretaria Geral (SG/PR), 17) Secretaria de Comunicação (SECOM/PR), 18) Fundação Nacional do Índio (FUNAI), 19) Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), 20) o Conselho nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), 21) Organismos Governamentais de Políticas Para as Mulheres do Poder, 22) os Organismos Governamentais de Políticas Para as Mulheres do Poder.

A SPM compreende atualmente os seguintes programas:

1) Programa de Enfrentamento à Feminização das DST e AIDS: