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Enquadramento Geral das PME's no Sector Empresarial Português

4. Estudo Empírico

4.1 Enquadramento Geral das PME's no Sector Empresarial Português

Das cerca de 349 mil empresas existentes em Portugal, a esmagadora maioria – 99,7% – são PME's que geram 57,9% do volume de negócios total das sociedades não financeiras. Estas PME's empregam 2,1 milhões de trabalhadores, 72,5% do total do pessoal afecto ao tecido empresarial português, e são responsáveis por 60% do investimento empresarial. Estas são algumas das características do universo das micro e PME's em Portugal, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou, em Junho de 2010, os principais resultados estatísticos sobre a estrutura do sector empresarial não financeiro português, para o período 2007-2008.

De entre as 349 mil PME's existentes, a sua grande maioria são microempresas, que representam 85,6% do universo e empregam 26,9% do total da população activa nas empresas não financeiras, conforme evidencia a Figura 3.

Figura 3. Estrutura do tecido empresarial português

De acordo com o mesmo estudo e tendo em conta a população residente no País, existiam em 2008 mais de 330 sociedades por cada dez mil habitantes, das quais 283 eram microempresas. Para o mesmo

grande empresa. Em relação à dimensão das unidades empresariais, cada P Média Empresa empregava

empresas este valor era de 741,4 indivíduos

A facturação, registada pelas

crescimento anual de 1,7%, apesar de se situar 2,4 pontos percentuais abaixo da evolução verificada no volume de negócios do conjunto das

Tendo em conta a distribuição deste volume de negócios uma Pequena e Média Empresa

registados nas grandes empresas.

0% 100%

. Estrutura do tecido empresarial português em 2008.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, (2010)

De acordo com o mesmo estudo e tendo em conta a população residente no País, existiam em 2008 mais de 330 sociedades por cada dez mil habitantes, das quais 283 eram microempresas. Para o mesmo número de habitantes, existia, em média, uma

Em relação à dimensão das unidades empresariais, cada P

empregava, em média, 6,2 trabalhadores, enquanto nas grandes este valor era de 741,4 indivíduos por empresa.

registada pelas PME's em 2008, de €201,7 mil milhões

crescimento anual de 1,7%, apesar de se situar 2,4 pontos percentuais abaixo da evolução verificada no volume de negócios do conjunto das empresas (F

Tendo em conta a distribuição deste volume de negócios per capita, cada trabalhad uma Pequena e Média Empresa gerou €93 mil, em oposição aos cerca de registados nas grandes empresas.

85,6% 26,9% 12,2% 26,1% 1,9% 19,5% 27,5%

Sociedades Pessoal ao serviço Micro Pequenas Médias Grandes

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, (2010)

De acordo com o mesmo estudo e tendo em conta a população residente no País, existiam em 2008 mais de 330 sociedades por cada dez mil habitantes, das quais 283 existia, em média, uma Em relação à dimensão das unidades empresariais, cada Pequena e 6,2 trabalhadores, enquanto nas grandes

ões, reflectiu um crescimento anual de 1,7%, apesar de se situar 2,4 pontos percentuais abaixo da empresas (Figura 4). , cada trabalhador de , em oposição aos cerca de €178 mil

Figura 4. Taxas de crescimento do

Quanto ao Valor Acrescentado Bruto ao custo de factores PME's, este situou-se acima dos

evolutivos se traduziu num aumento de

total nacional. As microempresas, embora representando mais de 85% apenas geraram 15,2% quer do

financeiro, tendo sido ainda o único segmento de negativa, na ordem dos -0,5% para estes dois agregados

Por sector de actividade, o

99 486 unidades, gerando a maior parcel

de €83 864 milhões (41,6% da facturação total realizada pelas

sector das Indústrias Transformadoras foi o que mais contribuiu para o emprego 565 mil pessoas ao serviço, tendo ainda

correspondente a €11 174 milhões. Foi notória a forte predominância das

-0,4% 0,5% -5% 0% 5% 10% Volume de negócios

Taxas de crescimento do volume de negócios e do VABcf, 2007

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, (2010)

Valor Acrescentado Bruto ao custo de factores (VABcf)

se acima dos €48 013 milhões, 59,8% do total, o que em evolutivos se traduziu num aumento de 1,5%, inferior em 0,6 pontos percentuais

microempresas, embora representando mais de 85%

apenas geraram 15,2% quer do volume de negócios quer do VABcf do sector não tendo sido ainda o único segmento de empresas a registar uma evolução

0,5% para estes dois agregados (Figura 4).

or sector de actividade, o Comércio concentrou o maior número de

486 unidades, gerando a maior parcela do volume de negócios, equivalente a (41,6% da facturação total realizada pelas PME's). Por outro

ransformadoras foi o que mais contribuiu para o emprego pessoas ao serviço, tendo ainda realizado o maior montante de VABcf

11 174 milhões. Foi notória a forte predominância das

-0,5% 0,5% 1,5% 4,6% 3,0% 7,5%

Volume de negócios VABcf

Micro Pequenas Médias Grandes

, 2007-2008.

Instituto Nacional de Estatística, (2010)

) realizado pelas , 59,8% do total, o que em termos 1,5%, inferior em 0,6 pontos percentuais ao do das sociedades, volume de negócios quer do VABcf do sector não empresas a registar uma evolução

Comércio concentrou o maior número de PME's, com equivalente a cerca

). Por outro lado, o ransformadoras foi o que mais contribuiu para o emprego, com realizado o maior montante de VABcf, 11 174 milhões. Foi notória a forte predominância das PME's no

tecido empresarial português, representando mais de 97% das unidades empresariais em qualquer dos sectores de actividade económica. A Tabela seguinte permite comparar, para o ano de 2008, os principais rácios económicos por sector de actividade.

Tabela 2. Principais rácios económicos por sector de actividade em 2008.

Secções da CAE Rev.3

Volume de negócios per capita (10euros/pessoa) Produtividade aparente do trabalho (10euros/pessoa) Custos com o pessoal per capita (10euros/pessoa)

Peso dos custos com o pessoal

no VABcf (%) PME's Grandes PME's Grandes PME's Grandes PME's Grandes Total 92,6 177,6 22,0 39,0 14,5 21,4 66,0 54,7 A - Pesca e aquicultura 50,3 54,9 19,1 32,7 16,5 28,0 86,1 85,7 B - Indústrias extractivas 79,7 293,3 24,6 191,9 16,6 41,6 67,3 21,7 C - Ind. transformadoras 72,4 268,6 19,8 48,3 13,9 23,9 70,2 49,4 D - Electricidade 933,8 2.322,5 328,1 352,6 27,5 68,5 8,4 19,4 E - Água 121,1 67,2 43,0 39,8 18,9 19,4 44,1 48,8 F - Construção 67,8 151,3 19,8 33,4 13,2 23,3 66,6 69,9 G - Comércio 166,9 338,9 22,2 36,7 15,3 19,5 69,0 53,3 H - Transp. e armaz. 98,5 123,9 29,4 54,7 17,6 33,7 59,9 61,6 I - Aloj. e restauração 35,0 38,7 12,7 17,4 10,2 12,8 80,2 73,9 J - Act. Infor. e comunic. 98,2 371,0 34,5 152,8 25,8 46,9 74,9 30,7 L - Act. imobiliárias 114,6 2.085,5 37,4 323,5 11,3 38,3 30,4 11,8 M - Act. de consultoria 76,0 130,8 28,5 48,9 19,2 27,6 67,2 56,4 N - Act. administrativas 71,2 17,8 21,7 11,8 14,6 9,4 67,1 79,3 P - Educação 26,5 31,7 19,2 28,4 16,4 20,9 85,4 73,8 Q - Act. de saúde humana 57,0 45,7 24,8 24,7 12,5 25,4 50,5 102,7 R - Actividades artísticas 72,8 107,4 29,1 45,6 20,8 26,6 71,5 58,4 S - Outras act. de serviços 26,9 41,5 11,5 20,1 9,9 18,7 86,5 93,1

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, (2010)

Segundo o estudo do INE, as regiões Norte e Lisboa concentravam 229 604 PME's, correspondentes a 65,6% do total nacional. A região Norte destaca-se no número de pessoas ao serviço (empregou 36,5% dos trabalhadores afectos às PME's). Esta situação conferiu às PME's da região Norte uma dimensão média de cerca de 7 trabalhadores por empresa, apenas superada pelos Açores, que empregaram em média 8,3 trabalhadores. Quanto ao peso relativo das PME's em cada região, observa-se na Figura 5 que Lisboa foi a que menos contribuíu para cada um dos indicadores regionais considerados,

ficando aquém dos 50% da facturação e VABcf r Algarve desempenharam um papel preponderante de negócios e 89,3% no VABcf realizado

Figura 5. Peso Regional das

Analisando os indicadores financeiros e

constituíam a base do financiamento das sociedades, quer nas PME's quer nas de grande dimensão. O rácio de endividamento de

financeira em que os passivos constituíam mais de 2/3 das origens dos fundos utilizados para o financiamento das actividades.

aquém dos 30% da estrutura de capital da empresa dependência das sociedades face

estrutura do endividamento assentou

2008, representavam 56% do total do capital alheio

0% 20% 40% 60% 80% 100% Norte Centro Pessoas ao serviço

ficando aquém dos 50% da facturação e VABcf regionais. Contrariamente, as Algarve desempenharam um papel preponderante, com contributos de 91,9%

no VABcf realizado na região.

. Peso Regional das PME's em 2008.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, (2010)

Analisando os indicadores financeiros em 2008, verifica-se que os capitais alheios constituíam a base do financiamento das sociedades, quer nas PME's quer nas

de grande dimensão. O rácio de endividamento de 72% reflectia uma estrutura passivos constituíam mais de 2/3 das origens dos fundos utilizados para o financiamento das actividades. Deste modo, a utilização de recursos próprios, da estrutura de capital da empresa, revelava o elevado grau de dependência das sociedades face aos seus credores. De referir que n

estrutura do endividamento assentou, sobretudo, em passivos de curto prazo onde avam 56% do total do capital alheio. Por outro lado, n

Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira Pessoas ao serviço Volume de negócios VABcf

Contrariamente, as PME's do com contributos de 91,9% no volume

Nacional de Estatística, (2010)

os capitais alheios constituíam a base do financiamento das sociedades, quer nas PME's quer nas empresas flectia uma estrutura passivos constituíam mais de 2/3 das origens dos fundos utilizados utilização de recursos próprios, elevado grau de De referir que nas PME's, a em passivos de curto prazo onde, em Por outro lado, nas grandes

empresas, os passivos de curto prazo foram em menor proporção, não ultrapassando 40% do total das dívidas.

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