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3.10 RELÉ DE PROTEÇÃO (FUNÇÕES 50/51)

3.10.3 Ensaio de calibração e aferição

Equipamento Utilizado: Módulo de Calibração.

Procedimentos: O Primeiro passo é parametrizar o relé conforme o estudo de seletividade, no qual se refere ao ajuste que deve realizar no relé, para que o mesmo proteja o circuito dentro de uma faixa de variação aceitável pelas normas regulamentadas. Este ajuste é realizado através da alteração dos tap’s da função 50 e da função 51, de acordo com os valores pré calculados, como corrente máxima de curto circuito e corrente de sobrecarga, isso para os

relês eletromecânicos. Para os relés eletrônicos, existe um procedimento de adaptação do relé para vários padrões e situações diversas, encontradas de instalação para instalação.

Por isso, o relé passa por uma parametrização, que é a familiarização do relé com o circuito e com a entrada de dados do mesmo em sua memória de massa. Através destas informações e condições que o relé possui, ele protege o circuito.

O segundo passo é verificar o estado de funcionamento do mesmo quanto ao tempo de atuação da função de proteção, que se refere ao desligamento do circuito o qual protege. Este tempo é referente ao tempo de sobrecarga que o sistema suporta, sendo que é inversamente proporcional a corrente que circula neste momento. O relé protege o sistema através de um contato auxiliar (contato de trip), que responde pela retenção do circuito de comando que atua diretamente no principal.

Para medição do tempo de atuação do relé, utiliza-se um módulo de corrente de simulação de carga. Esse módulo possui um variador da corrente, partindo de 0 A até o limite da sua potência. O módulo de corrente contém, também, um contador de tempo, que responde com precisão o tempo desde a partida (start) até o exato instante da parada (stop) da corrente de simulação injetada pelo mesmo.

O tempo registrado através do contador de tempo é comparado com o tempo coletado na curva característica (Ixt) do relé.

Onde:

I(A) – Múltiplo da corrente nominal, que deve ser injetada para simulação de sobrecarga;

t(s) – tempo que o relé demora para atuar o circuito de proteção.

Observação: Nos cálculos das correntes, deve-se levar em consideração a relação do TC e a corrente nominal do relé, para fazer a conversão para níveis aceitáveis e de acordo com o mesmo. Para verificar se a calibração está correta, faz-se um procedimento de aferição conforme descrito abaixo.

1- Certificar-se de que o sistema esteja desligado para a extração do relé da caixa ou para os ensaios na própria caixa.

Observação: Caso se queira aferir o relé com o sistema ligado (com carga), é necessário providenciar um relé idêntico e com os mesmos parâmetros para a substituição do mesmo durante os ensaios. Antes de extrair o relé da caixa, certificar-se de que a mesma tenha no circuito de corrente, terminais curto-circuitáveis;

2- Interligar com cabos os terminais do circuito de corrente do módulo aos terminais de corrente do relé;

3- Interligar com cabos os terminais do circuito de desligamento (parada de tempo) aos terminais do contato de trip do relé;

4- Alimentar o módulo através de uma fonte auxiliar de 220 Vca e alimentar o relé através de uma tensão auxiliar descrita na placa de características;

5- Verificar a corrente nominal do relé e o tap que a mesma se encontra na função 51 (temporizada);

6- Verificar a regulagem da constante de tempo da função 51 (temporizada) e a característica da curva;

7- Selecionar o tap de corrente do módulo para 2x, 3x e 4x a corrente ajustada no relé;

8- Injetar corrente iniciando pelo múltiplo de 2x a corrente ajustada no tap;

9- Anotar o tempo de atuação da unidade temporizada na ficha de inspeção e testes, e compará-lo com a curva característica (Ixt) fornecida em catálogo pelo fabricante do relé. Para esse valor de tempo é aceitável um desvio de até + ou – 10% em relação ao tempo da curva característica do catálogo;

10- Repetir o ensaio injetando 3x e por final 4x a corrente ajustada no relé; 11- Verificar o tap da corrente nominal da função 50 (instantânea);

12- Injetar corrente um pouco acima da corrente regulada na função instantânea; 13- Anotar o tempo de atuação da unidade instantânea na ficha de inspeção e testes e compará-lo com o tempo fornecido em catálogo. Para esse valor de tempo é aceitável um desvio de até + ou – 10% em relação ao tempo do catálogo.

4 CONCLUSÃO

Neste trabalho, concluímos que comissionamento é o processo no qual se assegura que os sistemas e componentes de uma subestação de energia elétrica ou unidade industrial, estejam instalados, testados e mantidos de acordo com as características e requisitos operacionais do proprietário. O comissionamento pode ser aplicado tanto a novos empreendimentos, quanto a unidades e sistemas existentes em processo de expansão.

No estudo para criação das diretrizes, vimos que comissionamento consiste na aplicação integrada de um conjunto de técnicas e procedimentos de engenharia para verificar, inspecionar e testar cada componente físico do empreendimento, desde os individuais, como peças, instrumentos e equipamentos, até os mais complexos.

As atividades de comissionamento, no seu sentido mais amplo, são aplicáveis a todas as fases do empreendimento, desde o projeto básico e detalhado, o suprimento e o diligenciamento, a construção e a montagem, até a entrega da unidade ao cliente final.

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