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O comissionamento do TC tem por objetivo, estabelecer parâmetros para inspeção e ensaios de rotina, tais como:

• Cadastro;

• Inspeção Visual;

• Ensaio de Resistência de Isolação;

• Ensaio de Resistência Ôhmica dos Enrolamentos Secundários; • Ensaio de Relação de Transformação;

• Ensaio de Saturação; • Ensaio de Polaridade. 3.3.1 Cadastro

Conferir placa de características do equipamento com especificações técnicas e anotar os dados na devida ficha de inspeção.

3.3.2 Inspeção visual

Verificar posição física (lay-out) e identificação do equipamento; reaperto das conexões do primário e dos secundários; aterramento e estado de conservação quanto a sujeiras e trincas do corpo isolante.

3.3.3 Ensaio de resistência de isolação

Equipamento Utilizado: Megôhmetro.

Procedimentos: Desconectar o circuito primário do TP, sacando os fusíveis de proteção ou extraindo a gaveta. Caso for TP em gaveta extraível, desconectar fiação do secundário.

A tensão deve ser aplicada entre:

1. Primário para secundário mais terra (coberto durante o teste de manobra); 2. Secundário ao primário mais o solo;

3. Núcleo secundário ao núcleo.

Teste os limites de tensão mencionados na figura abaixo. A temperatura ambiente deve ser anotada durante o teste.

Figura 27: Limites de Tensão de Teste

Fonte:CRUSHTYMKS, (2020).

3.3.4 Ensaio de resistência ôhmica dos enrolamentos secundários

Equipamento Utilizado: Microhmímetro Digital. Figura 28: Microhmpímetro Digital

Fonte: ANT FERRAMENTAS, (2020).

Procedimentos: Desconectar os terminais secundários do transformador de corrente sob ensaio. Conectar um dos cabos do Microhmímetro a uma das extremidades do

enrolamento secundário do TC. O outro cabo, conectar a uma das derivações do enrolamento secundário. Selecionar a escala para a mais próxima dos valores do fabricante do TC.

Anotar o valor obtido em miliohms (mΩ), juntamente com a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar na ficha de ensaios. Para o resultado obtido, admite-se um desvio de no máximo 5% em relação ao valor de fábrica.

3.3.5 Ensaio de relação de transformação

Equipamentos Utilizados: Fonte de Corrente CA e Amperímetro ou Fonte de Tensão CA e Voltímetro.

Procedimentos: Pelo método da corrente, deve-se desconectar fiação dos secundários do TC e conectar os cabos da fonte de corrente aos conectores primários do TC e o amperímetro em série com os conectores secundários do mesmo. Injetar e elevar a corrente da fonte no primário até o amperímetro indicar a corrente nominal de 5,0A no secundário. Na sequência, anotar os valores das correntes Ip e Is na ficha de ensaios, calcular a relação de transformação através da fórmula Ip/Is para comparar com a relação descrita na placa de características e calcular a porcentagem de erro. O erro pode variar entre 0,3 a 1,2% para o enrolamento secundário de medição, no qual, o máximo permitido deverá ser inferior ao especificado na placa de características, para valores de corrente compreendidos entre 10 a 150% da nominal; e entre 5 a 10% para o enrolamento secundário de proteção, no qual esse erro será mantido para valores de corrente compreendidos normalmente entre 1 a 20 vezes o valor da corrente nominal.

Pelo método da tensão, deve-se desconectar cabos de força e abrir equipamento de manobra (disjuntor ou seccionadora) do primário do TC. Desconectar fiação dos secundários do TC, conectar os cabos da fonte de tensão aos conectores do secundário do TC, ligando um amperímetro em série para limitar a corrente no secundário em 5 Ampéres pelo motivo da saturação do mesmo. Variar a tensão da fonte progressivamente partindo do zero até o amperímetro indicar 5 Ampéres. Com o auxílio de um voltímetro, medir e anotar na ficha de ensaios a tensão do secundário e do primário e calcular a relação de transformação através da fórmula Us/Up para comparar com a relação descrita na placa de características e calcular a porcentagem de erro. O erro pode variar entre 0,3 a 1,2% para o enrolamento secundário de medição e entre 5 a 10% para o enrolamento secundário de proteção, cujo o máximo permitido deverá ser inferior ao especificado na placa de características do TC (CRUSHTYMKS, 2020).

3.3.6 Ensaio de saturação

Equipamentos Utilizados: Variador de Tensão, Voltímetro e Amperímetro digital. Procedimentos: Desconectar fiação dos secundários do TC, conectar os cabos do variador de tensão no secundário do TC, ligando em um amperímetro em série e um voltímetro em paralelo com o variador. Elevar a tensão do variador lentamente até o ponto da curva de saturação do TC e anotar essa tensão. Reduzir a tensão lentamente para zero e dividir a tensão de saturação esperada em 5 ou 6 níveis (escolher o número de níveis de forma a facilitar as leituras de tensão no voltímetro). Elevar a tensão para o primeiro nível e registrar na ficha os valores de tensão e corrente correspondentes. Elevar a tensão para o próximo nível e assim sucessivamente até a saturação do TC, registrando sempre os valores da tensão e da corrente na ficha de ensaios. Diferenças superiores a 15% poderão indicar espiras em curto-circuito. Um TC nessas condições não oferece nenhuma garantia de proteção e deverá ser retirado de imediato de operação (CRUSHTYMKS, 2020).

3.3.7 Ensaio de polaridade

Equipamento Utilizado: Polarímetro.

Procedimentos: Desconectar fiação dos secundários do TC, verificar a marcação de polaridade, que normalmente os TC’s saem de fábrica com a polaridade marcada (um ponto em cada terminal primário e secundário) ou indicada pelos terminais marcados com o mesmo dígito (P1-S1). A polaridade significa que quando a corrente Ip entra pelo terminal P1, a corrente secundária sai pelo terminal S1 em fase com Ip.

Conectar duas pilhas de 1,5 Volts cada em série com um disjuntor aos terminais do primário do TC, e conectar um amperímetro C.C. analógico aos terminais do secundário do mesmo. Fechar o disjuntor, observar o deslocamento do ponteiro do amperímetro e reduzir a escala do mesmo até o ponteiro indicar pelo menos 1/3 da escala e desligar o disjuntor 3 segundos depois. Se ao fechar o disjuntor, o amperímetro medir a corrente no sentido positivo, a marcação da polaridade está correta, caso contrário está invertido (CRUSHTYMKS; 2020).

3.3.8 Parâmetros para aceitação

Resistência de Isolamento: Confirme que o valor medido da resistência de isolamento é maior que 2 M/kV a 40C (Norma Petrobrás N-1614, item 8.2.8), que é o mínimo aceitável;

Relação de Transformação: O erro de relação é orientativo, pois o que se busca é identificação da relação nominal, a fim de se utilizar terminais conforme indicado no projeto;

Polaridade: Será considerada aceita, quando a polaridade encontrada no ensaio for idêntica a informada na placa;

Resistência Ôhmica dos Enrolamentos: Confirme que o valor medido não variou mais que 10% do valor obtido em fábrica (recomendação prática);

Fator de Potência de Isolamento: Confirme que o Fator de Potência de uma das fases, não se afaste da média em mais de 25% do valor desta. Confirme que o valor calculado do Fator de Potência é menor ou igual ao valor mínimo recomendado na prática, de 0,15.

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