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4. MATERIAL E MÉTODOS 1 MATERIAIS

4.2.6 Ensaio de resistência tração

Para a realização do ensaio de resistência à tração foi confeccionado sobre a porção coronária do pino um cilindro com resina de poliestireno, contendo uma alça metálica na parte superior. Para a confecção desse cilindro foi utilizado tubos de anestésico com 1,5cm de comprimento, o qual foi fixado a uma película radiográfica com cera rosa número 7, aproximadamente com 1cm2. Essa película continha uma perfuração central e que foi fixada ao cilindro, que permitiu a penetração da parte coronária do pino cimentado. Dentro do cilindro plástico foi vertida a resina de poliestireno e na sua porção superior foi posicionada uma alça de fio de aço inoxidável 0,8. Após a polimerização da resina, o corpo-de-prova foi posicionado na Máquina de Ensaios Universal – EMIC - modelo DL 5000 para que fosse aplicado o carregamento axial de tração na velocidade de 0,5 mm/min. Para isso, o cilindro de resina de poliestireno, onde estava fixada a raiz, foi preso à base da máquina e a alça metálica fixada na célula de carga através das presilhas da mesma. Os resultados em Quilograma-força (kgf) foram tabulados e submetidos à análise estatística (Figuras 15, 16 e 17).

Fig.16-Realização da tração em Máquina de Ensaio Universal.

4.2.7 Análise Estatística

Para a tomada de decisões foi adotado o limite de 5% de probabilidade. Foi realizada uma análise estatística em esquema fatorial (2x4), em que os fatores foram: Cimento Endodôntico, em dois níveis - com cimento e sem cimento; Sistema de Fixação em 4 níveis – Single Bond/ Rely X; All-Bond 2/ C&B; Single Bond/ C&B; All-Bond 2/ Rely X (Tabela 1). Foi aplicado o Teste de Análise de Variância e sendo descartada a hipótese da nulidade foi aplicado o Teste de Variação Múltipla de Tukey (LSMEANS).

Tabela 1

Delineamento estatístico para o ensaio de resistência à tração

CAUSA DA VARIAÇÃO GRAUS DE LIBERDADE

Cimento Endodôntico (CE) 01

Sistema de fixação (SF) 03

CE x SF 03

Resíduo 56

5. RESULTADOS

As médias e o desvio-padrão obtidos para os grupos experimentais no ensaio de resistência à tração são apresentados na Tabela 2 (Figuras 21 e 22).

Tabela 2

Médias e Desvio Padrão dos grupos experimentais obtidos no ensaio de resistência à tração. Grupo Média (Desvio Padrão) - kgf

G1 SB/RX/CC 37,41 (12,86) G2 AB/CB/CC 27,13 (8,34) G3 AB/RX/CC 33,45 (11,49) G4 SB/CB/CC 21,36 (6,3) G5 SB/RX/SC 45,55 (9,22) G6 AB/CB/SC 38,90 (7,19) G7 AB/RX/SC 29,24 (13,43) G8 SB/CB/SC 23,54 (4,87)

23,54 29,24 38,9 45,55 21,36 33,45 27,13 37,41 0 10 20 30 40 50 60 G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 21,36 33,45 27,13 37,41 23,54 29,24 38,9 45,55 0 10 20 30 40 50 60 SB/RX AB/CB AB/RX SB/CB Com eugenol Sem eugenol

Figura 18 – Gráfico ilustrativo das Médias e Desvios Padrão obtidos no Ensaio de resistência

à tração de pinos de fibra de vidro para os grupos experimentais.

Legenda: G1 SB/RX/Com Cimento, G2 AB/CB/CC, G3 AB/RX/CC, G4 SB/CB/CC, G5

SB/RX/Sem cimento, G6 AB/CB/SC, G7 AB/RX/SC, G8 SB/CB/SC.

Figura 19 – Gráfico ilustrativo das Médias e Desvios Padrão obtidos no ensaio de

resistência à tração de pinos de fibra de vidro para os grupos experimentais com e sem eugenol.

Os resultados obtidos no ensaio de resistência à tração foram submetidos à análise estatística em esquema fatorial (4x2). Para se avaliar as pressuposições do modelo foi realizada a análise exploratória dos dados – Teste de Levene – que não apontou problemas. Desta maneira, aplicou-se o teste de Análise de Variância (ANOVA) com 5% de nível de probabilidade (α= 0,05) (Tabela 3).

Tabela 3

Análise de Variância do experimento.

CV GL SQ QM F Pr > F Modelo 7 3553,447270 507,635324 5,25 0,0001 Resíduo 54 5218,924389 96,646748

Total 61 8772,371660 Coeficiente de Variação: 30,83645%

Por ser uma análise estatística fatorial foi realizada a decomposição da ANOVA para evidenciar o efeito dos fatores e a sua interação (Tabela IV).

Tabela 4

Tabela da Decomposição da Análise de Variância para os fatores em estudo: Cimento de Fixação, Cimento Endodôntico e a interação dos mesmos.

Causa da Variação GL Tipo III SS QM F Pr > F C. de Fixação (CF) 3 2937,510243 979,170081 10,13 <,0001 C. Endodôntico (CE) 1 172,067690 172,067690 1,78 0,1877 CF x CE 3 498,246668 166,082223 1,72 0,1741

A decomposição da ANOVA mostrou que não houve efeito estatístico significativo para o fator cimento endodôntico e para a interação Cimento Endodôntico (CE) x Sistema de Fixação (SF), demonstrando que os fatores estudados não são dependentes. No entanto, a mesma análise apresentou que houve efeito estatístico significativo para o fator Sistema de Fixação. Assim, foi aplicado o teste de Variação Múltipla de Tukey (LSMEANS) para esse fator e o seu resultado é mostrado na Tabela V.

Tabela 5

Resultado do teste de Variação Múltipla de Tukey para o fator Cimento de Fixação

Sistema de fixação Média (kgf) TUKEY (α=0,05%) Single Bond/Rely X 41,8783036 a All-Bond/C&B 33,0208929 a b

All-Bond/Rely X 31,3462500 b c Single Bond/C&B 22,4543750 c Letras diferentes significam diferença estatística.

A análise do resultado do teste de Variação Múltipla de Tukey (LSMEANS) mostrou que a maior média de resistência à tração foi apresentada pelo sistema de fixação Single Bond/RelyX, porém essa média não apresentou diferença estatística significativa da média do sistema All-Bond 2/C&B, que apresentou diferença estatística significativa das médias dos sistemas de fixação Single Bond/C&B e All-Bond 2/Rely X, não apresentando diferença estatística significativa para o sistema All-Bond 2/Rely X.

6.DISCUSSÃO

Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram selecionadas raízes bovinas, uma vez que, devido à evolução da Odontologia tanto no âmbito preventivo quanto no âmbito restaurador, torna-se cada vez mais difícil à obtenção de dentes humanos extraídos, principalmente unirradiculares. O uso de raízes bovinas permite a obtenção de resultados mais confiáveis e mais próximos da realidade, em função da maior possibilidade de padronização das amostras porque os canais radiculares dos dentes bovinos apresentam poucas variações morfológicas, ao contrário dos dentes humanos. A padronização também é favorecida pela possibilidade capitação desses dentes em grande quantidade, em função da facilidade de acesso aos mesmos (Schilke et al., 1999). Além disso, de acordo com Nakamichi & Fusayama, 1983, os dentes bovinos podem ser usados como substitutos dos dentes humanos porque há similaridade morfológica e histológica.

A correta restauração do elemento dental tem papel preponderante no processo de cura endodôntica (Ray & Trope, 1995), isto é, a presença de restaurações inadequadas ou a sua ausência são fatores relevantes que determinam o insucesso do tratamento endodôntico considerado adequado (Sjogrën et al.,1990; Zmener et al., 2004). A cimentação dos pinos pré-fabricados na mesma sessão da obturação do canal radicular deveu-se ao fato de que, sob o ponto de vista microbiológico, ou seja, para a manutenção da cadeia asséptica, um dos objetivos a serem alcançados é diminuir o número de sessões para a colocação do retentor intra-radicular (Swanson & Madison, 1987) e assegurar bom prognóstico clínico (Imura et al., 1998). É importante salientar que um tratamento endodôntico de alta qualidade é um fator essencial ao restabelecimento da normalidade periradicular de um elemento dental, porém a qualidade da

restauração coronária é tão importante quanto a qualidade do tratamento endodôntico, por isso há a necessidade do conhecimento dos materiais e das técnicas adesivas que reduzem o risco de infiltração marginal, quando corretamente empregadas (Ray & Trope, 1995).

Previamente a aplicação do sistema adesivo, os pinos de fibra de vidro Reforpost foram silanizados porque o silano é uma molécula bifuncional capaz de potencializar a união química entre o pino e os componentes resinosos, matriz e carga. As fibras de vidro dos pinos intra-radiculares utilizados nesse estudo são compostas por quartzo. Esse vidro também é encontrado na composição das cerâmicas indicadas para restaurações estéticas sem metal. Para a cimentação dessas restaurações estéticas indica-se a silanização das mesmas porque a força adesiva entre a resina e a porcelana é relativamente maior nas amostras em que o silano é utilizado, independente do tipo de tratamento de superfície aplicado nesta última (Lacy et al., 1988).

Do mesmo modo, a aplicação e polimerização do adesivo após a silanização, visou a maior união entre pino/cimento resinoso e se evitar a presença de monômeros ácidos não polimerizados, uma vez que a falta desta polimerização prejudica a adesão, porque o contato desses monômeros não polimerizados com o cimento resinoso quimicamente ativado inativa, as aminas terceárias e reduz a quantidade de radicais livres disponíveis para a polimerização (Tay et al., 2003).

O sistema adesivo All-Bond 2 fornece o ácido fosfórico na concentração de 32%, enquanto o sistema Single Bond na concentração de 35%. A princípio a diferença de concentração entre o ácido fosfórico dos dois fabricantes poderia sugerir comportamentos diferentes durante a formação da camada híbrida. Porém, essas concentrações apresentam comportamento semelhante na remoção da lama dentinária (smear layer), desmineralização da dentina subjacente e

ampliação dos túbulos dentinários (Perdigão et al., 1996). Devido a isso, essas diferentes concentrações de ácido fosfórico puderam ser empregadas nesse estudo sem ter influência nos resultados de resistência à tração.

Os resultados deste estudo mostraram que a presença de eugenol no cimento endodôntico Pulp Canal Sealer EWT não influenciou a resistência à tração dos pinos Reforpost. Estes achados corroboram com Hagge et al. (2002), que mesmo avaliando a resistência à tração após uma semana, observaram que o cimento obturador também não influenciou na retenção de pinos pré-fabricados. A provável explicação para este comportamento pode ser creditada à remoção do eugenol residual pelo preparo mecânico do canal radicular e/ou pela limpeza promovida pelo ácido fosfórico na cimentação adesiva (Tjan & Nemetz,1992). Esses resultados indicam que o retentor intra-radicular pode ser cimentado no canal logo após a obturação, independente do cimento endodôntico empregado, evitando micro-infiltração coronária (Zmener et al., 2004) e favorecendo o prognóstico do tratamento do canal radicular.

Por outro lado, a retenção do pino intra-radicular de fibra de vidro depende do sistema adesivo empregado porque o principal meio de retenção dos compósitos odontológicos é a formação da camada híbrida. Esta camada é formada pela exposição das fibras colágenas pelo condicionamento ácido do tecido dentinário e a infiltração pelo primer e adesivo na dentina desmineralizada, criando uma zona de interdifusão composta por resina e fibras colágenas (Nakabayashi et al.,1982). A dentina normal é muito diferente da dentina híbrida. Essa dentina é caracterizada, quimicamente, por apresentar aproximadamente 50% de volume mineral, 20% da água e 30% de matriz orgânica, sendo relativamente rígida, impermeável a monômeros de resina, principalmente na presença da lama dentinária a qual reduz significativamente a permeabilidade da dentina tubular (Marshall et al.,1997).

Já a dentina híbrida é principalmente orgânica, ácido-resistente e muito menos rígida, porém bastante resistente às forças mastigatórias em função de seu baixo módulo de elasticidade (Nakabayashi & Pashley, 2000). Dessa forma, a camada híbrida pode agir como uma camada elástica amortecedora, absorvendo todas as tensões desenvolvidas durante a contração de polimerização dos cimentos resinosos (Meerbeek et al., 1993; Meerbeek et al., 1993).

Não houve diferença estatística significativa entre as médias de resistência à tração dos sistemas para cimentação de pinos intra-radiculares, Single Bond/RelyX e All-Bond 2/C & B, apesar das particularidades que os dois sistemas apresentam. Essa igualdade estatística pode ser explicada pelo mecanismo de formação da camada híbrida desses sistemas adesivos. No adesivo dentinário Single Bond há a presença de monômeros ácidos que podem não ter sido polimerizados pela existência do oxigênio proveniente de bolhas de ar na camada híbrida. Esse monômero interfere na reação de endurecimento de cimentos de polimerização dual impedindo a ocorrência da reação de óxido- redução entre a amina terciária e o peróxido de benzoíla que são os responsáveis pelo início da reação de polimerização na ausência de luz (Tay et al., 2003),

Nos adesivos de passo único fotoativados somado aos dimetacrilatos, monômeros ácidos vinílicos com grupos carboxílicos, éter fosfato quando associados à compósitos quimicamente ativados há uma interação dos monômeros ácidos residuais na camada inibida pelo oxigênio com os componentes binários do catalisador peróxido-amina que são comumente empregados nas resinas compostas quimicamente ativadas e cimentos resinosos (Tay et al., 2003). De acordo com Sanares et al. (2001), tanto os monômeros ácidos pobremente polimerizados na presença do sistema redox - peróxido-amina - como as aminas terciárias neutralizadas por esses monômeros perdem a sua habilidade de redução. Os produtos da reação redox podem ser depositados como estruturas globulares dentro de algumas bolhas de ar encontradas ao longo da

interface compósito/adesivo. Essas bolhas podem representar uma manifestação ultra-estrutural do complexo de transferência de elétron entre monômeros ácidos e os iniciadores binários redox que impedem a geração de radicais livres nos compósitos quimicamente ativados. Pode-se creditar a falta de radicais livres na massa do cimento resinoso, que não foi ativado pela luz, à deficiência de polimerização, o que poderia explicar os valores de resistência à tração obtidos pelo sistema Single Bond/Rely X (Sanares.et al., 2001)

Tay et al. (2003) encontraram menores médias de resistência à tração de cimentos resinosos duais, sendo os resultados justificados pelo menor grau de conversão dos monômeros em polímeros pela ausência de luz fotoativadora. Segundo Ferrari et al. (2001), para uma maior formação de tags de resina no terço apical, a fotoativação deve ser superior a vinte segundos. Apesar de que nesse trabalho o cimento resinoso foi ativado por 80 segundos, a limitação de acesso da luz fotoativadora nas porções mais profundas do canal provavelmente implicou na presença de monômeros ácidos não polimerizados na camada do adesivo, dificultando a polimerização química do cimento. Desta maneira a polimerização do agente de fixação foi efetiva somente nas camadas mais superficiais do cimento em que o mesmo foi ativado pela luz do aparelho fotopolimerizador, ficando a retenção dos pinos de fibra de vidro limitada à incidência de luz.

Nos adesivos quimicamente polimerizados, ocorre a formação de uma camada híbrida menor devido à polimerização do adesivo antes de todainfiltração do mesmo na dentina desmineralizada, como conseqüência os valores de união são baixos, conferindo menor retenção. A deficiente penetração do adesivo na dentina desmineralizada faz com que na base da camada híbrida permaneçam o colágeno sem suporte mineral e água. A presença de água na intimidade da interface dente/adesivo causa uma aceleração da reação de polimerização, inibindo a difusão dos monômeros na dentina condicionada, diminuindo os valores de união (Nikaido, 1989).

O solvente e água residuais devem ser completamente eliminados da camada híbrida e do adesivo antes da polimerização, o que é praticamente impossível de ser realizado. Um fator determinante é o tempo clínico, pois quanto maior for esse tempo antes da polimerização, maior a quantidade de água e solvente que irão se evaporar resultando em melhor qualidade de união (El-Din & El-Mohsen, 2002). Deve ser ainda considerado que os adesivos a base de água levam mais tempo para a evaporação da mesma e que camadas muito espessas podem comprometer ainda mais essa evaporação. A velocidade de evaporação também depende do tipo de solvente e a concentração do mesmo em relação aos monômeros, entretanto, ao ocorrer uma inversão dessas concentrações, ou seja, maior quantidade de monômeros em relação ao solvente, há uma redução significativa na velocidade de evaporação da água e solvente até o ponto em que os resíduos não mais se evaporam (Jacobsen & Söderholm, 1995). As falhas na remoção da água podem resultar na diluição do primer solúvel em água resultando na redução do grau de conversão dos monômeros em polímeros e da resistência de união (Tay et al., 1996).

Na técnica de união do sistema adesivo All-Bond 2 para a cimentação de pinos pré-fabricados, o fabricante recomenda a aplicação de 5 camadas consecutivas da mistura do primer A e B até a superfície ficar com aspecto uniforme e brilhante. A conseqüência da aplicação desse número de camadas é o aumento significativo da espessura da camada de adesivo, o que resulta em grande dificuldade de evaporação do solvente e da água presentes no adesivo, ou até mesmo impedindo que essa evaporação ocorra, como salientado anteriormente. Esse aprisionamento do solvente e da água pode ter levado aos menores valores de resistência de união para o sistema All-Bond 2/C&B, apesar do cimento C&B ser quimicamente ativado e não depender da fonte de luz para a sua ativação nas porções mais profundas do canal radicular.

Ficou também constatado que a associação dos sistemas adesivos e cimentos resinosos das duas marcas comerciais testadas neste trabalho foi responsável pela redução das forças de união, principalmente quando se associou o adesivo Single Bond e o cimento C&B. Isso ressalta que os cimentos resinosos com polimerização química não podem ser associados a adesivos que contém monômeros ácidos. Como descrito anteriormente, os monômeros ácidos não polimerizados interferem na reação de redução entre a amina e o peróxido de benzoíla resultando em uma polimerização deficiente do cimento, reduzindo os valores de resistência de união (Sanares et al., 2001).

Em vista dos resultados obtidos, fica claro que a camada híbrida é responsável pela retenção dos pinos pré-fabricados de fibra de vidro. Por isso, clinicamente, deve-se empregar todo esforço possível para se obter a efetiva polimerização dos sistemas adesivos quando os mesmos contém monômeros ácidos, ou possibilitar a total evaporação do solvente e da água quando se utiliza sistemas adesivos que sejam fornecidos em dois frascos, primer e adesivo.

7.CONCLUSÃO

1. O cimento endodôntico contendo eugenol não influenciou os valores de resistência à tração dos cimentos resinosos empregados na fixação de pinos intra- radiculares de fibra de vidro.

2. Os sistemas de fixação All-Bond 2/C&B e Single Bond/RelyX apresentaram o mesmo comportamento em relação a resistência à tração de pinos intra- radiculares de fibra de vidro.

3. A associação de sistemas adesivos contendo monômeros ácidos e cimento resinoso com reação de polimerização ativada quimicamente, Single Bond/C&B, resultou nos menores valores de resistência à tração de pinos intra-radiculares de fibra de vidro

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