• Nenhum resultado encontrado

O cachorro-do-mato e o lobo-guará positivo na RIFI foram testados através do ELISA frente ao peptídeo sintétido da proteína TRP19 de E. canis contudo, somente o cachorro-do-mato sororreagiu com DO= 2,536. O lobo-guará apresentou DO= 0,094.

6 DISCUSSÃO

De modo geral, observou-se que anticorpos anti-CDV e parvovírus foram encontrados em grande parte dos canídeos e felídeos cativos no Zoo-UFMT. Contudo, não se pode afirmar o momento em que estes animais entraram em contato com esses agentes infecciosos, pois não se sabe a origem precisa e o tempo exato que estão cativos. Atualmente o Zoo-UFMT encontra-se embargado para a recepção de animais, no entanto, quando os animais foram recolhidos os mesmos não foram identificados de maneira correta, portanto não há informações precisas de quaisquer evento sanitário dos mesmos. Sabe-se somente que grande parcela destes carnívoros vieram do ambiente periurbano no estado de Mato Grosso e ainda, a partir de um pequeno plantel de animais que havia em um batalhão do exército, localizado próximo ao Zoo-UFMT, atualmente extinto (dados não apresentados). Outra hipótese que justificaria a ocorrência desses anticorpos seria a realização de vacinação (para cinomose), já que não pode ser descartada pela ausência dos registros e ainda, os testes sorológicos utilizados não são capazes de diferir anticorpos produzidos a partir de antígeno vacinal e não vacinal (APPEL e ROBSON, 1973; CARMICHAEL et al., 1980).

Ao avaliar os resultados dos cachorros-do-mato, que foram amostrados em duas coletas entre os anos de 2007 a 2014, observa-se que o contato destes carnívoros com CDV pode ter ocorrido antes da primeira coleta, pois na segunda coleta, nota-se que os títulos diminuíram para CDV, com exceção de um animal. Furtado et al. (2013) relataram essa mesma dinâmica nos anticorpos para CDV em onças-pintadas de vida-livre no Pantanal. Wagner e Bhardwaj (2012) descrevem o mesmo padrão em furões domésticos (Mustela putorios furo) vacinados para CDV. Para parvovírus, os anticorpos foram observados em dois cachorros-do-mato apenas na segunda coleta, demonstrando que estes carnívoros entraram em contato com este patógeno dentro do cativeiro, uma vez que o período de incubação dos parvovírus é de 14 dias (GREENE e DECARO, 2012). Deste modo, acredita-se que estes animais tenham respondido adequadamente frente ao antígeno, pois no histórico atual de óbitos do Zoo-UFMT, não são observados sintomatologia

34

característica desses patógenos virais. Ademais, vale salientar o grande potencial de disseminação de CDV e parvovírus em animais de Zoológico, conforme previamente discutido por Thalwitzer et al. (2010). Além disso, diversos estudos demonstram animais de vida livre e cativos sororeagentes ou apresentando infecção pelos agentes supracitados (ANDRÉ et al., 2012; FURTADO et al., 2013; HAYASHI, 2013; JORGE, 2008; MAIA e GOUVEIA, 2002; MEGID et al., 2009; WIDMER et al., 2011).

Outro ponto relevante para a ocorrência destes patógenos no Zoo-UFMT pode ser atribuído a sua localização. Como já descrito anteriormente, o Zoo situa-se na área urbana da cidade, delimitado por bairros residenciais com presença de animais domésticos. Além do mais, apesar da entrada de animais domésticos não ser permitida, é comum observar cães errantes ou mesmo junto aos seus proprietários na pista de caminhada localizada no entorno do zoológico, dentro do campus universitário. Excepcionalmente, observam-se ainda gatos domésticos errantes pela universidade. Gaskin (1974) e Ikeda et al. (2001) sugerem maior investigação dos gatos na epidemiologia do CDV principalmente por que esta espécie apresentou soroconversão após infecção.

Para o parvovírus, Wasieri et al. (2009) confirmaram na Alemanha, através de método molecular, o primeiro caso de transmissão de parvovírus felino de animais errantes para grandes felídeos cativos. Desta forma, é possível sugerir, que os gatos errantes que habitam a universidade, possam atuar na transmissão do parvovírus aos C. thous que soroconverteram no Zoo-UFMT.

Quanto aos cães, esta interação tem sido sugerida historicamente, como determinante para a transmissão de CDV a carnívoros selvagens (van de BILDT et al., 2002; MEGID et al., 2009; MEGID et al., 2010; ROELKE-PARKER et al., 1996) indicando ser um forte indício de fonte de infecção aos animais do Zoo-UFMT.

Todos os canídeos foram positivos para CDV. Os cachorros-do-mato apresentaram títulos entre 8 a 64. Em animais de vida livre a ocorrência mostrou-se inferior. Jorge (2008) encontrou na região do Pantanal Mato-grossense 27,9% dos cachorros-do-mato positivos, com a mesma variação dos títulos. Já Hayashi (2013) detectou apenas 11,6% em Goiás e os títulos variaram entre 8-16. Além disso, Megid et al. (2009) confirmaram o quadro clínico ocasionado por CDV em uma fêmea dessa espécie no estado de São Paulo, através de método molecular.

No presente estudo, dois lobos-guarás foram positivos com títulos de 64. O contato dos lobos-guarás com o CDV é preocupante para a conservação da espécie

já que, Maia e Gouveia (2002) identificaram que 19,4% dos óbitos em lobos-guarás nos zoológicos são ocasionados pelo CDV. Em contrapartida, animais de vida livre também estão susceptíveis a infecção, pois lobos-guarás de vida livre procedentes do estado de Minas Gerais foram soropositivos para CDV (CURI et al., 2012).

Os dois cachorros-vinagres e a raposinha-do-campo foram sororeagentes com variação dos títulos entre 16-64. Não há relatos de detecção de anticorpos anti- CDV nestas espécies, sendo este o primeiro relato. Contudo, mortalidade nestas espécies por CDV já foram descritas, inclusive no Brasil (MCINNES et al., 1992; MEGID et al., 2010).

Dentre os felídeos, neste estudo uma onça-parda e uma jaguatirica foram positivas para CDV. Vários pesquisadores demonstraram onças-pardas, jaguatiricas e até mesmo onças-pintadas de vida livre soropositivas para CDV em diversos locais do Brasil (FURTADO et al., 2013; HAYASHI, 2013; JORGE, 2008; NAVA et al., 2008). Nenhum procionídeo apresentou positividade para CDV. No entanto, Cubas (1996) verificou suscetibilidade de quatis ao vírus e Jorge (2008) encontrou mãos- peladas soropositivos. Apenas um furão-pequeno foi positivo para CDV neste trabalho. Sabe-se que os furões-domésticos são altamente susceptíveis a infecção por este Morbillivírus com elevado índice de mortalidade (PERPIÑÁN et al., 2008). No Brasil, Rego et al. (1997) encontraram corpúsculo de inclusão em um furão- grande (Galictis vittata) cativo no estado de São Paulo e Megid et al. (2013) detectaram recentemente por método molecular, mortalidade por CDV em um furão- pequeno.

Felídeos e canídeos selvagens podem ser infectados por parvovírus canino (CPV-2) e parvovírus felino (FPV) (IKEDA et al., 2002). Recentemente, o CPV-2, FPV entre outros parvovírus que acometem carnívoros, foram reclassificados como mesma espécie (COTMORE et al., 2014). Apesar de diversos estudos abordarem em felídeos a ocorrência de FPV e em canídeos CPV-2, utilizando HI como diagnóstico, não é possível concluir quais espécies foram responsáveis pelas soroconversões uma vez que eles podem apresentar reações cruzadas (PARRISH e CARMICHAEL, 1983).

Dois cachorros-do-mato (40%) foram positivos para parvovírus neste estudo. Curi et al. (2010) e Hayashi (2013) também observaram soropositividade em animais de vida livre e ainda, Mann et al. (1980) descreveram mortalidade em cachorros-do- mato cativos nos Estados Unidos. Todos os lobos-guarás no presente estudo foram

36

sororeagentes. Curi et al. (2010) encontrou resultado idêntico em Minas Gerais. Assim como descrito para CDV, o contato com parvovírus para lobo-guará é preocupante para a conservação da espécie. Maia e Gouveia (2002) descreveram frequência relevante (21,5%) de mortalidade por esse vírus em lobos-guarás de zoológicos brasileiros.

Diferente deste estudo, não há na literatura consultada inquéritos sorológicos com presença de cachorros-vinagres positivos para parvovírus no Brasil. Janssen et al. (1982) descreveram mortalidade em nove cachorros-vinagres cativos nos Estados Unidos. Assim como neste estudo, raposinhas-do-campo de vida livre vêm sendo detectadas com anticorpos anti-parvovírus (CURI et al., 2010; HAYASHI, 2013).

Todos os felídeos amostrados neste trabalho foram positivos para parvovírus. Jorge (2008) encontrou no pantanal mato-grossense alto índice de felídeos positivos (75% jaguatiricas, 100% onças-pardas). Já Hayashi (2013) encontrou no estado de São Paulo apenas, 9% de jaguatiricas e 25% de onças-pardas positivas. Apesar das variações nas frequências de animais sororeagentes para parvovírus, observa-se que ocorre de forma endêmica em diferentes localidades no país. A relativa resistência ambiental do parvovirus pode ser fator influente nas altas taxas de ocorrência (CLEAVELAND et al., 2006).

Anticorpos anti-Ehrlichia spp. foram encontrados em apenas dois canídeos, um cachorro-do-mato (título 10240) e um lobo-guará (320). A menor frequência de infecção por Ehrlichia nos animais estudados quando comparado ao CDV e parvovirus pode ser justificado pela forma de transmissão que requer o parasitismo por carrapatos, enquanto os outros patógenos podem ser transmitidos pela contato direto ou até mesmo indireto com os agentes virais. Ressalta-se que durante as coletas, não foram observados nenhum carnívoro parasitado por carrapatos.

O cachorro-do-mato foi positivo para Ehrlichia spp. apenas na primeira coleta. Curiosamente mostrou-se negativo na segunda coleta em um intervalo de sete anos. Sabe-se que a maioria dos cães tornam-se soronegativos de seis a nove meses após tratamento (HARRUS et al. 2012), no entanto, neste caso não houve tratamento sendo assim, pode-se presumir que apesar da soroconversão a infecção não se instalou adequadamente e o animal conseguiu subsequentemente eliminar o microorganismo.

Através do ELISA realizado a partir do peptídeo do gene TRP19 (MCBRIDE et al. 2007), específico para E. canis, este cachorro-do-mato mostrou-se positivo, sugerindo que a E. canis ou mesmo espécies filogeneticamente próximas foi responsável pela estimulação. A RIFI pode resultar em reações cruzadas com outras espécies do gênero Ehrlichia ou até mesmo outras agentes da família Anaplasmataceae (WEN et al. 1997). Widmer et al. (2011) encontraram quatro onças-pintadas sororeagentes ao antígeno de E. canis na RIFI, contudo, através da análise filogenética resultante da amplificação do gene dsb verificaram similaridade genética com E. ruminantium. Almeida et al. (2013) também detectaram no estado de São Paulo, cachorros-do-mato positivos para um novo genótipo da bactéria (Ehrlichia sp. fox-ES-1) que demonstrou proximidade genética a E. ruminantium.

Com base nesses achados, sugere-se que outros genótipos de Ehrlichia podem estar participando da epidemiologia das erliquioses entre os animais silvestres no ambiente natural bem como no Zoo-UFMT. A existência de pelo menos 2 espécies fora confirmado no estado ou propriamente no ambiente pantaneiro infectando animais domésticos como E. canis (AGUIAR et al., 2013) em cães e E. minasensis (AGUIAR et al., 2014) em bovinos.

Neste estudo, nenhum cachorro-vinagre mostrou positividade para Ehrlichia. Em contrapartida, André et al. (2012) detectaram, através de método molecular, dois cachorros-vinagres cativos no Zoo-UFMT positivos para Ehrlichia canis (98% similaridade, gene 16S rRNA). Não se sabe o ano de coleta desses animais, por isso, não foi possível identificar se os animais positivos anteriormente são os mesmo deste estudo.

38

7 CONCLUSÃO

De acordo com os resultados do presente estudo, podemos concluir que:  A alta frequência de anticorpos anti-CDV e anti-parvovírus é observada no

Zoo-UFMT;

 A localização do Zoo-UFMT e a presença de animais domésticos em seu entorno podem ter contribuído para a ocorrência de anticorpos nestes animais, contudo, são necessários mais estudos para a comprovação desta hipótese;

 A baixa frequência de anticorpos anti-Ehrlichia pode ser resultante da ausência de parasitismo por carrapatos nos carnívoros;Um cachorro-do-mato foi exposto à Ehrlichia canis ou há uma espécie filogeneticamente próxima.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, D. M.; CAVALCANTE, G. T.; PINTER, A.; GENNARI, S. M.; CAMARGO, L. M. A.; LABRUNA, M. B. Prevalence of Ehrlichia canis (Rickettsiales: Anaplasmataceae) in dogs and Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) ticks from Brazil. Journal of Medical Entomology, v.44, p.126-132, 2007a.

AGUIAR, D.M.; SAITO, T.B.; HAGIWARA, M.K.; MACHADO, R.Z.; LABRUNA, m M.B. Diagnóstico sorológico de erliquiose canina com antígeno brasileiro de Ehrlichia canis. Ciência Rural, v.37, n.3, p.796-802, 2007b.

AGUIAR, D.M.; ZHANG, X.; BRAGA, I.A.; TAQUES, I.I.G.G.; MCBRIDE, J.W. Detection of genotype-specific Ehrlichia canis exposure in Brazilian dogs by TRP36 peptide ELISA. Ticks and Tick-borne Diseases, v.7, p.142-145, 2016.

AGUIAR, D.M.; ZHANG, X.; MELO, A.L.T.; PACHECO, T.A.; MENESES, A.M.C.; ZANUTTO, M.S.; HORTA, M.C.; SANTARÉM, V.A.; CAMARGO, L.M.A.; MCBRIDE, J.W.; LABRUNA, M.B. Genetic diversity of Ehrlichia canis in Brazil. Veterinary

Microbiology, v.164, p.315–321, 2013.

ALEXANDER, K.A.; APPEL, M.J.G. African wild dogs (Lycaon pictus) endangered by a canine distemper epizootic among domestic dogs near the Masai Mara National Reserve, Kenya. Journal of Wildlife Diseases, v.30, n.4, p.481-485, 1994.

ALEXANDER, K.A.; KAT, P.W.; MUNSON, L.A.; KALAKE, A.; APPEL, M.J.G. Canine distemper-related mortality among wild dogs (Lycaon pictus) in Chobe National Park, Botswana. Journal of Zoo Wildlife Medicine, v.27, n.3, p.426-27, 1996.

ALLSOPP, B. A. Natural history of Ehrlichia ruminantium. Veterinary Parasitology, v. 167, n. 2-4, p. 123-135, 2010.

ALMEIDA, A.B.P.F.; PAULA, D.A.J.; COLODEL, E.M.; DUTRA, V.; NAKAZATO, L.; SOUSA, V.R.F. Leishmaniose visceral e hepatite infecciosa em cachorro-vinagre mantido em cativeiro no Brasil - Relato de Caso. Semina: Ciências Agrárias, v.32, n.1, p.333-338, 2011.

ALMEIDA, A.P.; SOUZA, T.D.; MARCILI, A.; LABRUNA, M.B. Novel Ehrlichia and Hepatozoon Agents Infecting the Crab-Eating Fox (Cerdocyon thous) in Southeastern Brazil. Journal of Medical Entomology, v.50, n.3, p.640-646, 2013.

40

AMYX, H. L.; HUXSOLL, D. L. Red and gray foxes – potential reservoir hosts for Ehrlichia canis. Journal of Wildlife Diseases, v.9, n.1, p.47-50, 1973.

ANDRÉ, M.R.; ADANIA, C.H.; MACHADO, R.Z.; ALLEGRETTI, S.M.; FELIPPE, P.A.N.; SILVA, K.F.; NAKAGHI, A.C.H. Molecular and Serologic Detection of Ehrlichia spp. in Endangered Brazilian Wild Captive Felids. Journal of Wildlife

Diseases, v.46, n.3, p.1017–1023, 2010.

ANDRÉ, M.R.; DUMLER, J.S.; SCORPIO, D.G.; TEIXEIRA, R.H.F.; ALLEGRETTI, S.M.; MACHADO, R.Z. Molecular detection of tick-borne bacterial agents in Brazilian and exotic captive carnivores. Ticks and Tick-borne Diseases, v.3, p.247-253, 2012.

APPEL M.J.G.; ROBSON D.S. A microneutralization test for canine distemper virus.

American Journal of Veterinary Research, v. 34, n.11, p.1459-1463, 1973.

APPEL, M.J.G.; SCOTT, W.F.; CARMICHAEL, L.E. Isolation and immunisation studies of canine parvo-like virus from dogs with haemorrhagic enteritis. Veterinary

Record, v.105, n.8, p.156-159, 1979.

APPEL, M.J.G.; YATES, R.A.; FOLEY, G.L.; BERNSTEIN, J.J.; SANTINELLI, S.; SPELMAN, L.H.; MILLER, L.D.; ARP, L.H.; ANDERSON, M.; BARR, M.; PEARCE- KELLING, S.; SUMMERS, B.A. Canine distemper epizootic in lions, tigers, and leopards in North America. Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, v.6, p.277-288, 1994.

van de BILDT, M.W.G.; KUIKEN, T.; VISEE, A.M.; LEMA, S.; FITZJOHN, T.R.; OSTERHAUS, A.D.M.E. Distemper Outbreak and Its Effect on African Wild Dog Conservation. Emerging Infectious Diseases, v.8, n.2, p.211-213, 2002.

BLANCO, K.; PEÑA, R.; HERNÁNDEZ, C.; JIMÉNEZ, M.J.; ARAYA, L.N.; ROMERO, J.J.; DOLZ, G. Serological Detection of Viral Infections in Captive Wild Cats from Costa Rica. Veterinary Medicine International, v. 2011, p.1-3, 2011.

BUDASZEWSKI, R.F.; PINTO, L.D.; WEBER, M.N.; CALDART, E.T.; ALVES, C.D.B.T.; MARTELLA, V.; IKUTA, N.; LUNGE, V.R.; CANAL, C.W. Genotyping of canine distemper virus strains circulating in Brazil from 2008 to 2012. Virus

BUONAVOGLIA, C.; MARTELLA, V.; PRATELLI, A.; TEMPESTA, M.; CAVALLI, A.; BUONAVOGLIA, D.; BOZZO, G.; ELIA, G.; DECARO, N.; CARMICHAEL, L. Evidence for evolution of canine parvovirus type 2 in Italy. Journal of General

Virology, v.82, p.3021-3025, 2001.

CABEZAS-CRUZ, A.; ZWEYGARTH, E.; VANCOVÁ, M.; BRONISZEWSKA, M., GRUBHOFFER, L.; PASSOS, L.M.; RIBEIRO, M.F.; ALBERDI, P.; de la FUENTE, J. Ehrlichia minasensis sp. nov., a new species within the genus Ehrlichia isolated from the tick Rhipicephalus microplus. International Journal of Systematic and

Evolutionary Microbiology, 2016 (No prelo).

CARMICHAEL, E.; JOUBERT, J.C.; POLLOCK, R.V.H. Hemagglutination by canina parvovirus: Serologic studies and diagnostic application. American Journal of

Veterinary Research, v.41, n.5, p.784-791, 1980.

CARRÉ, H. Sur la maladie des jeunes chiens. Comptes Rendus de l'Académie des

Sciences, v.140, p.1489–1491, 1905.

CLEAVELAND, S.; LAURENSON, K.; FUNK, S.; PACKER, C. Impact of viral infections in wild carnivore populations. In: MORATO, R. G.; RODRIGUES, F. H. G.; EIZIRIK, E.; MANGINI, P. R.; AZEVEDO, F. C. C.; MARINHO-FILHO, J. (Org.).

Manejo e conservação de carnívoros neotropicais. São Paulo: IBAMA, 2006,

p.326-349.

COTMORE, S.F.; MCKENNA, M.A.; CHIORINI, J.A.; MUKHA, D.V.; PINTEL, D.J.; QIU, J.; SODERLUND-VENERMO, M.; TATTERSALL, P.; TIJSSEN, P.; GATHERER, D.; DAVISON, A.J. The family Parvoviridae. Archives of Virology, v.159, p.1239-1247, 2014.

COHN, L. A. Ehrlichiosis and related infections. Veterinary Clinic of Small Animal, v.33, p.863-884, 2003.

COSTA, J.O.; SILVA, M.; BATISTA JR., J.A.; GUIMARÃES, M. P. Ehrlichia canis infection in dogs in Belo Horizonte – Brazil. Arquivos da Escola de Veterinária da

Universidade de Minas Gerais, v.25, p.199-200, 1973.

CREEL, S.; CREEL, N. M.; MUNSON, L.; SANDERLIN, D.; APPEL, M. J. Serosurvey for selected viral diseases and demography of African wild dogs in Tanzania.

42

CUBAS Z.S.; 1996. Special challenges of maintaining wild animals in captivity in South America. Revue scientifique et technique, v.15, n.1, p.267-287, 1996.

CURI, N.H.A.; ARAÚJO, A.S.; CAMPOS, F.S.; LOBATO, Z.I.P.; GENNARI, S.M.; MARVULO, M.F.V.; SILVA, J.C.R.; TALAMONI, S.A. Wild canids, domestic dogs and their pathogens in Southeast Brazil: disease threats for canid conservation.

Biodiversity and Conservation, v.19, p.3513–3524, 2010.

CURI, N.H.A.; COELHO, C.M.; MALTA, M.C.C.; MAGNI, E.M.V.; SÁBATO, M.A.L.; ARAÚJO, A.S.; LOBATO, Z.I.P.; SANTOS, J.L.C.; SANTOS, H.A.; RAGOZO, A.A.M.; SOUZA, S.L.P. Pathogens of Wild Maned Wolves (Chrysocyon brachyurus) in Brazil.

Journal of Wildlife Diseases, v.48, n.4, p.1052-1056, 2012.

DAVIDSON, W. R.; NETTLES, V. F.; HAYES, L. E.; HOWERTH, E. W.; COUVILLION, C. E. Diseases diagnosed in gray foxes (Urocyon cinereoargentateus) from the southeastern United States. Journal of Wildlife Diseases, v. 28, p. 28-33, 1992.

DECARO, N.; DESARIO, C.; ADDIE, D.D.; MARTELLA, V.; VIEIRA, M.J.; ELIA, G.; ZICOLA, A.; DAVIS, C.; THOMPSON, G.; THIRY, E.; TRUYEN, U.; BUONAVOGLIA, C. Molecular epidemiology of canine parvovirus, Europe. Emerging Infectious

Diseases, v.13, n.8, p.1222-1224, 2007.

DEEM, S.L.; EMMONS, L.H.; Exposure of free-ranging maned wolves (Chrysocyon Brachyurus) to infectious and parasitic disease agents in the Noel Kempff Mercado National Park, Bolivia. Journal of Zoo and Wildlife Medicine, v.36, n.2, p.192-197, 2005.

DEEM, S.L.; SPELMAN, L.H.; YATES, R.A.; MONTALI, R.J. Canine Distemper in terrestrial carnivores: a review. Journal of Zoo and Wildlife Medicine, v.31, n.4, p.441-451, 2000.

DONATIEN, A.; LESTOQUARD, F. Existence en Algerie d'une rickettsia du chien.

Bulletin de la Société de pathologie exotique, v.28, p. 418-419, 1935.

DUMLER, J. S.; BARBET, A. F.; BEKKER, C. P. J.; DASCH, G. A.; PALMER, G. H.; RAY, S. C.; RIKIHISA, Y.; RURANGIRWA, F. R. Reorganization of genera in the families Rickettsiaceae and Anaplasmataceae in the order Rickettsiales: unification of some species of Ehrlichia with Anaplasma, Cowdria with Ehrlichia and Ehrlichia with Neorickettsia, descriptions of six new species combinations and designation of Ehrlichia equi and HGE agent as subjective synonyms of Ehrlichia phagocytophila.

International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology, v. 51, p.

2145-2165, 2001.

DUNGAN, V.G.; GAYDOS, J.K.; STALLKNECHT, D.E.; LITTLE, S.E.; BEALL, A.D.; MEAD, D.G.; HURD, C.C.; DAVIDSON, W.R. Detection of Ehrlichia spp. in Raccoons (Procyon lotor) from Georgia. Vector-Borne and Zoonotic Diseases, v.5, n.2, p.162-171, 2005.

ESPINAL, M.A.; DÍAZ, F.J.; RUIZ-SAENZ, J. Phylogenetic evidence of a new canine distemper virus lineage among domestic dogs in Colombia, South America. Veterinary Microbiology, v.172, p.168–176, 2014.

FERREYRA, H.; CALDERÓN, M.G.; MARTICORENA, D.; MARULL, C.; LEONARDO, B.C. Canine Distemper Infection in Crab-eating Fox (Cerdocyon thous) from Argentina. Journal of Wildlife Diseases, v.45, n.4, p.1158–1162, 2009.

FILONI, C.; CATÃO-DIAS, J. L.; BAY, G.; DURIGON, E. L.; JORGE, R. S. P.; LUTZ, H.; HOFMANN-LEHMANN, R. First Evidence of Feline Herpesvirus, Calicivirus, Parvovirus, and Ehrlichia Exposure in Brazilian Free-ranging Felids. Journal of

Wildlife Diseases, v.42, n.2, p.470-477, 2006.

FIORELLO, C. V.; DEEM, S. L.; GOMPPER, M. E.; DUBOVI, E. J. Seroprevalence of pathogens in domestic carnivores on the border of Madidi National Park, Bolivia.

Animal Conservation, v.7, p.45-54, 2004.

FIORELLO, C. V.; NOSS, A. J.; DEEM, S. L.; MAFFEI, L.; DUBOVI, E. J. Serorurvey of small carnivores in the Bolivian Chaco. Journal of Wildlife Diseases, v. 43, n. 3, p. 551- 557, 2007.

FISHMAN, Z.; GONEN, L.; HARRUS, S.; STRAUSS-AYALI, D.; KING, R.; BANETH, G. A serosurvey of Hepatozoon canis and Ehrlichia canis antibodies in wild red foxes (Vulpes vulpes) from Israel. Veterinary Parasitology, v.119, n.1, p.21-26, 2004.

FONTANA, D.S.; ROCHA, P.R.D.; CRUZ, R.A.S.; LOPES, L.L.; MELO, A.L.T.; SILVEIRA, M.M.; AGUIAR, D.M.; PESCADOR, C.A. A phylogenetic study of canine parvovirus type 2c in midwestern Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira, v.33, n.2, p.214-218, 2013.

FUNK, S. M.; FIORELLO, C. V.; CLEAVELAND, S.; GOMPPER, M. E. The role of disease in carnivore ecology and conservation. In: GITTLEMAN, J. L.; FUNK, S. M.; WAYNE, B. W.; MACDONALD, D. W. Carnivore conservation. Cambridge: Cambridge University Press, 2001, p.443-466.

44

FURTADO, M.M.; RAMOS-FILHO, J.D.; SCHEFFER, K.C.; COELHO, C.J.; CRUZ, P.S.; IKUTA, C.Y.; JÁCOMO, A.T.A.; PORFÍRIO, G.E.O.; SILVEIRA, L.; SOLLMAN, R.; TÔRRES, N.M.; FERREIRA-NETO, J.S.; Serosurvey for selected viral infections in free ranging jaguars (Panthera Onca) and domestic carnivores in Brazilian Cerrado, Pantanal, and Amazon. Journal of Wildlife Diseases, v.49, n.3, p.510- 521, 2013.

GASKIN, J.M. Canine distemper virus in domesticated cats and pigs. Advances in

Enzymology and Related Areas of Molecular Biology, v.40, p.803-806, 1974.

GORDON, J.C.; ANGRICK, E.J. Canine parvovirus: Environmental effects on infectivity. American Journal of Veterinary Research, v.47, p.1464-1467, 1986.

GOSS, L.J. Species susceptibility to the viruses of Carré and feline enteritis.

American Journal of Veterinary Research, v.9, p.65–68, 1948.

GROEN, J.; KORAKA, P.; NUR, Y.A.; AVSIC-ZUPANC, T.; GOESSENS, W.H.; OTT, A.; OSTERHAUS, A.D. Serologic evidence of ehrlichiosis among humans and wild animals in The Netherlands. European Journal of Clinical Microbiology and

Infectious Diseases, Wiesbaden, v.21, n.1, p.46-49, 2002.

GREENE, C.E.; DECARO, N. Canine Viral Enteritis. In: GREENE, C.E. Infectious

Dieseases of the dog and cat. 4 ed. Missouri: Elsevier Saunders, 2012, p.67-80.

GREENE, C.E.; VANDEVELDE, M. Canine Distemper. In: GREENE, C.E. Infectious

Dieseases of the dog and cat. 4 ed. Missouri: Elsevier Saunders, 2012, p.25-42.

GROVES, M.G.; DENNIS, G.L.; AMYX, H.L.; HUXSOLL, D.L. Transmission of Ehrlichia canis to dogs by ticks (Rhipicephalus sanguineus). American Journal of

Veterinary Research, Chicago, v.36, n.1, p.937-940, 1975.

HARRUS, S.; WANER, T.; NEER, T.M. Ehrlichia and Anaplasma Infections. In: GREENE, C.E. Infectious Dieseases of the dog and cat. 4 ed. Missouri: Elsevier Saunders, 2012, p.227-238.

HAYASHI, E.M.K. Pesquisa de cinomose, parvovirose e brucelose em

carnívoros selvagens de vida livre e cães domésticos da região do Parque Nacional das Emas, Goiás. 2013; 35f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-

Graduação em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

HELMBOLT, C.F.; JUNGHERR, E.L. Distemper complex in wild carnivores simulating rabies. American Journal of Veterinary Research, v.16, p.463-469, 1955.

HINDLE, E.; FINDLAY, G.M. Studies on feline distemper. Journal of Comparative

Pathology and Therapy, v.45, p.11–26, 1932.

HUBNER, S.O.; PAPPEN, F.G.; RUAS, J.L.; VARGAS, G.D.; FISCHER, G.; VIDOR, T. Exposure of pampas fox (Pseudalopex gymnocercus) and crab-eating fox (Cerdocyon thous) from the Southern region of Brazil to Canine distemper virus (CDV), Canine parvovirus (CPV) and Canine coronavirus (CCoV). Brazilian

Archives of Biology and Technology, v.53, n.3, p.593-597, 2010.

HUXSOLL, D. L.; HILDEBRANT, P. K.; NIMS, R. M.; AMIX, H. L.; FERGUSON, J. A. Epizootilogy of tropical canine pancytopenia. Journal of Wildlife Diseases, v.6, p.220-225, 1970.

HYSLOP, N.S.G. Feline enteritis in the lynx, the cheetah and other wild felidae.

British Veterinary Journal, v.111, p.373-377, 1955.

IKEDA, Y.; NAKAMURA, K.; MIYAZAWA, T.; CHEN, M.; KUO, T.; LIN, J.A.; MIKAMI, T.; KAI, C.; TAKAHASHI, E. Seroprevalence of Canine Distemper Virus in Cats.

Clinical and Diagnostic Laboratory Immunology, v.8, n.3, p.641-644, 2001.

IKEDA, Y.; NAKAMURA, K.; MIYAZAWA, T.; TOHYA, Y.; TAKAHASHI, E.;

Documentos relacionados