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O ensaio de microdureza foi realizado nas amostras como entregue, temperada em óleo e temperada em água, semelhante ao ensaio de dureza. No ensaio foi utilizada a escala de Microdureza Vickers (HV). Foram realizadas 30 indentações em todas as amostras, por fim

foram calculadas as médias e os desvios padrões referentes a cada amostra, como mostrado na Figura 5.7. Todas as medições são apresentadas em anexos.

Figura 5.7 - Resultados das medições de microdureza das amostras como recebida e temperadas

Fonte:Autoria própria (2017).

Na Figura 5.7 são mostradas as médias das microdurezas das amostras do eixo. A amostra que sofreu têmpera e foi resfriada em água apresenta o maior valor, 719,70 HV e desvio padrão de 42,68 HV. A amostra temperada e resfriada em óleo apresentou a média de 707,67 HV e desvio padrão de 62,89 HV. A amostra do eixo como recebida apresentou média de 352 HV e desvio padrão de 9,99 HV. As duas amostras temperadas apresentaram as médias das microdurezas superiores à amostra do eixo como recebido.

Dessa forma, é possível perceber que as médias de dureza referentes à têmpera resfriada em água e em óleo apresentam uma diferença de 12,03 HRC. Esse valor pode ser considerado baixo, logo a têmpera pode ser realizada em água, visto que é um meio de resfriamento mais simples que o óleo.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho consistiu na análise microestrutural do eixo de alargador de poço de petróleo. Ao término do trabalho foi possível concluir que:

 Através da análise de composição química por espectrometria de emissão óptica e baseado no volume 1 do ASM Handbook (1990), pode-se concluir que o aço que compõe o eixo do alargador de poço de petróleo corresponde ao aço SAE 4140.

 A partir da análise de difração de raios X foi traçado um difratograma e este foi comparado com um diafratograma do aço SAE 4140 encontrado na literatura. No difratograma da amostra do eixo foi observado três picos bem definidos, semelhante ao da literatura. Assim foi possível concluir que os picos são característicos da ferrita.

 Na análise por microscopia óptica foram obtidas as micrografias da amostra como recebida pela empresa e temperadas. Em todas as micrografias foi possível observar uma homogeneidade. E nas amostras do eixo que foram submetidas à têmpera, as micrografias provavelmente foi observado martensita.

 No ensaio de dureza foram apresentadas as durezas de três amostras do eixo. Foi observado um aumento na dureza das amostras temperadas quando comparadas a dureza da amostra como recebida pela empresa. A média da dureza da amostra resfriada em óleo foi de 54,19 HRC e em água, de 58,46 HRC superiores a dureza da amostra recebida (36,16 HRC). Com este comparativo foi observado que através da têmpera é possível elevar a dureza do eixo, visto que esse componente sofre severo desgaste, durante seu regime de trabalho.

 No ensaio de microdureza, semelhante ao que ocorreu no ensaio de dureza, as microdurezas das amostras temperadas apresentaram-se superiores a da amostra como recebida. Por fim, admite-se que é viável a realização do tratamento térmico de têmpera no eixo do alargador como uma solução para aumentar sua vida útil desse componente.

REFERÊNCIAS

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ANEXO 1 – MEDIÇÕES DE DUREZA E MICRODUREZA NA AMOSTRA DO EIXO

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