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CAPÍTULO 5: RESULTADOS DOS ENSAIOS

5.3 ARGAMASSA DO CONCRETO

6.2.1.5 Ensaios de capilaridade

Com base na NBR 9779 (1995) os ensaios de absorção de água por capilaridade foram realizados de forma adaptada no quesito obtenção dos dados, pois neste trabalho a aquisição de dados se concentrou nas primeiras horas, isto é, até 24 horas de exposição à água. Para cada traço foram ensaiados 4 corpos-de-prova, sendo aqui apresentadas suas médias.

Este ensaio consistiu primeiramente na secagem dos corpos-de-prova, em estufa à temperatura de 105 ± 5º C, até a constância de massa, sendo posteriormente resfriado ao ar à temperatura de 23 ± 2º C.

Resfriados, os corpos-de-prova tiveram sua lateral impermeabilizada com resina impermeabilizante. Após a secagem desta resina, os corpos-de-prova foram dispostos sobre trilhos para que a base tivesse contato com a lâmina d’água de espessura constante de 10 ± 1 mm, conforme figura 6.22 (a).

Procedeu-se, então a determinação da massa dos corpos-de-prova decorridos 15 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 3 horas, 4 horas, 6 horas, 8 horas e 24 horas de ensaio. Após a última determinação da massa os corpos-de-prova foram rompidos por compressão diametral de modo a permitir a anotação do perfil de ascensão capilar de água no seu interior, figura 6.22 (b).

(a) (b)

Na tabela 6.1 tem-se as quantidades de água absorvida

apresentando na figura 6.23 a quantidade de água total absorvida ao final de 24 horas de ensaio.

Tabela 6.1 – Absorção por capilaridade

Traços 15 min Referência Ar Livre 3,9 Referência Úmida 2,2 AM 25 A 3,4 AM 25 U 2,8 AM 50 A 5,2 AM 50 U 3,5 AM 75 A 3,6 AM 75 U 2,3 AM 100 A 3,0 AM 100 U 2,1

Figura 6.23 – Total de água absorvida por capilaridade

Observa-se em todos os traços que a quantidade de água absorvida pelos corpos prova de cura úmida foi menor que os de cura ao ar

cimento resultando num concreto menos poroso. Analisando os tipos de cura separados, tem 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 Referência 43,8 30,4 Á g u a A b so rv id a ( g )

Total de Água Absorvida

103

se as quantidades de água absorvida em cada tempo de medição, apresentando na figura 6.23 a quantidade de água total absorvida ao final de 24 horas de ensaio.

bsorção por capilaridade – Agregado miúdo (NBR 9779: 1995)

30 min 1 h 2 h 3 h 4 h 6 h 8 h 1,8 2,9 4,9 3,3 3,1 4,8 0,7 1,3 2,6 2 2,2 3,5 1,8 2,8 3,8 3,7 2,7 4,8 1,1 2,1 2,7 2,7 1,9 3,6 1,7 2,7 4,1 3,3 2,6 4,2 1,1 1,3 3,5 2,3 1,8 2,7 2,2 2,6 4,0 3,1 2,6 3,6 1,3 1,5 2,7 2 2 2,5 1,3 2,1 2,9 2,3 2,2 3,1 0,9 1,5 2,5 2,1 2,0 2,8

Total de água absorvida por capilaridade – Agregado miúdo (NBR 9779: 1995).

se em todos os traços que a quantidade de água absorvida pelos corpos prova de cura úmida foi menor que os de cura ao ar livre, em virtude da melhor hidratação do cimento resultando num concreto menos poroso. Analisando os tipos de cura separados, tem

AM 25 AM 50 AM 75 AM 100 42,1 38,4 40,9 33,9 30,4 30,7 24,0 24,6 26,8 Traços

Total de Água Absorvida - 24 horas

em cada tempo de medição, apresentando na figura 6.23 a quantidade de água total absorvida ao final de 24 horas de ensaio.

(NBR 9779: 1995) . 8 h 24 h Total 24 h 3,5 15,6 43,8 2,8 14,6 31,9 2,5 16,7 42,1 1,9 11,8 30,7 2,0 12,6 38,4 1,7 7,9 25,5 3,0 16,0 40,7 2,1 9,4 25,8 2,6 13,1 32,6 2,3 10,6 26,8 Agregado miúdo (NBR 9779: 1995).

se em todos os traços que a quantidade de água absorvida pelos corpos-de- livre, em virtude da melhor hidratação do cimento resultando num concreto menos poroso. Analisando os tipos de cura separados, tem-se:

Cura Ar Livre Cura Úmida

104

- Traços de cura úmida: com exceção do traço AM 25 U, que apresentou absorção similar ao traço referência, todos os demais traços absorveram menos água ao final das 24 horas de ensaio que a referência. As menores absorções de água ficaram por conta dos traços AM 50 U e AM 75 U, com absorção 21% e 19% menores que a referência, respectivamente. O traço AM 100 U, também apresentou queda na absorção em comparação a referência de 11%. Esta queda na absorção também pode ser atribuída a menor absorção da porcelana moída frente a areia;

- Traços de cura ao ar livre: neste tipo de cura o traço AM 25 A, acompanhou o observado na cura úmida e apresentou uma absorção de água próxima ao traço referência, 4% menor. Já os traços AM 50 A e AM 75 A resultaram em absorções 12% e 7%, respectivamente inferiores a referência. Ao passo que a absorção do traço AM 100 A foi 23% abaixo da referência, atribuída a maior quantidade de água de amassamento não absorvida pela porcelana que permitiu uma melhor hidratação do cimento e conseqüentemente um concreto menos poroso.

A capilaridade dos traços foi calculada conforme a equação 4 apresentada na NBR 9779 (1995), com os resultados apresentados na figura 6.24.

 =

 (Eq. 5)

Onde: - C = absorção de água por capilaridade, em g/cm²;

- A = massa do corpo-de-prova que permanece com uma das faces em contato com a água durante 24 horas, em g;

- B = massa do corpo-de-prova seco, assim que este atingir a temperatura de (23 ± 2°C), em g, e;

- S = área da seção transversal, em cm²: S = 78,54 cm².

Por conseqüência dos traços de cura úmida absorverem menor quantidade de água que os de cura ao livre, a capilaridade também será menor, em virtude da equação de cálculo da capilaridade relacionar a massa do corpo-de-prova seco e após a sua permanência em contato com a água.

Figura 6.24 –

Pelo fato da capilaridade estar relacionada diretamente com a quantidade de água absorvida após 24 horas do início do ensaio, as mesmas observações verificadas no total de água absorvida se estendem a capila

Assim nos traços de cura úmida as menores capilaridades ficaram com traços AM 50 U, AM 75 U, AM 100 U, com valores 25%, 23% e 16% abaixo da referência. Quanto a cura ao ar livre todos os traços com porcelana apresentaram capilaridade inferior a ref

4% a 22%, traços AM 25 A e AM 100 A, respectivamente, como outros traços dentro deste intervalo.

Realizados os ensaios de absorção, os corpos diametral, com o propósito de medir a asc

valores desta ascensão. 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 Referência 0,556 0,406 C a p il a ri d a d e ( g /c m ²) 105

– Capilaridade – Agregado miúdo (NBR 9779: 1995).

Pelo fato da capilaridade estar relacionada diretamente com a quantidade de água absorvida após 24 horas do início do ensaio, as mesmas observações verificadas no total de água absorvida se estendem a capilaridade.

Assim nos traços de cura úmida as menores capilaridades ficaram com traços AM 50 U, AM 75 U, AM 100 U, com valores 25%, 23% e 16% abaixo da referência. Quanto a cura ao ar livre todos os traços com porcelana apresentaram capilaridade inferior a referência, variando de 4% a 22%, traços AM 25 A e AM 100 A, respectivamente, como outros traços dentro deste

Realizados os ensaios de absorção, os corpos-de-prova foram ensai diametral, com o propósito de medir a ascensão capilar da água nestes. A figura

AM 25 AM 50 AM 75 AM 100 0,536 0,489 0,521 0,432 0,406 0,391 0,305 0,313 0,339 Traços

Capilaridade - 28 dias

Agregado miúdo (NBR 9779: 1995).

Pelo fato da capilaridade estar relacionada diretamente com a quantidade de água absorvida após 24 horas do início do ensaio, as mesmas observações verificadas no total de água

Assim nos traços de cura úmida as menores capilaridades ficaram com traços AM 50 U, AM 75 U, AM 100 U, com valores 25%, 23% e 16% abaixo da referência. Quanto a cura ao ar livre todos os traços com porcelana apresentaram capilaridade inferior a referência, variando de 4% a 22%, traços AM 25 A e AM 100 A, respectivamente, como outros traços dentro deste

prova foram ensaiados à compressão figura 6.25 compara os

Cura Ar Livre Cura Úmida

Figura 6.25 –

Mesmo com os traços de cura úmida absorvendo menores quantidades de água que os de cura ao ar livre, a altura da ascensão ca

separadamente os dois tipos de cura temos:

- Traço de cura úmida:

miúdo apresentaram altura capilar menor que o traço referência, entretanto, es

mais próximos entre si, variando 6% a 19% abaixo da referência, nos traços AM 25 U e AM 75 U, com os traços AM 50 U AM 100 U tendo uma altura capilar 15% abaixo da obtida pelo traço referência;

- Traço de cura ao ar livre:

independente da quantidade de agregado miúdo substituído, ficaram muito próximas, apenas o traço AM 75 A, apresentou uma queda de aproximadamente 4% em relação ao traço referência, os demais traços apresentaram al

A, AM 50 A e AM 100 A. A altura capilar de um traço de cura úmida, figura 6.26 (b) é de visualização menos intensa que aqueles de cura ao ar livre, figura 6.26 (a).

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 Referência 5,60 4,70 A lt u ra C a p il a r (c m ) 106

Altura capilar – Agregado miúdo (NBR 9779: 1995).

Mesmo com os traços de cura úmida absorvendo menores quantidades de água que os de cura ao ar livre, a altura da ascensão capilar nos corpos-de-prova foram similares. Observando separadamente os dois tipos de cura temos:

Traço de cura úmida: todos os traços com porcelana em substituição ao agregado miúdo apresentaram altura capilar menor que o traço referência, entretanto, es

mais próximos entre si, variando 6% a 19% abaixo da referência, nos traços AM 25 U e AM 75 U, com os traços AM 50 U AM 100 U tendo uma altura capilar 15% abaixo da obtida pelo traço

Traço de cura ao ar livre: neste tipo de cura a ascensão capilar em todos os traços, independente da quantidade de agregado miúdo substituído, ficaram muito próximas, apenas o traço AM 75 A, apresentou uma queda de aproximadamente 4% em relação ao traço referência, os demais traços apresentaram altura capilar igual ou muito próxima a referência, traços AM 25 A, AM 50 A e AM 100 A. A altura capilar de um traço de cura úmida, figura 6.26 (b) é de visualização menos intensa que aqueles de cura ao ar livre, figura 6.26 (a).

AM 25 AM 50 AM 75 AM 100 5,50 5,60 5,40 5,60 4,40 4,00 3,80 4,00 Traços

Altura Capilar - 28 dias

Agregado miúdo (NBR 9779: 1995).

Mesmo com os traços de cura úmida absorvendo menores quantidades de água que os de prova foram similares. Observando

todos os traços com porcelana em substituição ao agregado miúdo apresentaram altura capilar menor que o traço referência, entretanto, estes valores foram mais próximos entre si, variando 6% a 19% abaixo da referência, nos traços AM 25 U e AM 75 U, com os traços AM 50 U AM 100 U tendo uma altura capilar 15% abaixo da obtida pelo traço

ura a ascensão capilar em todos os traços, independente da quantidade de agregado miúdo substituído, ficaram muito próximas, apenas o traço AM 75 A, apresentou uma queda de aproximadamente 4% em relação ao traço referência, tura capilar igual ou muito próxima a referência, traços AM 25 A, AM 50 A e AM 100 A. A altura capilar de um traço de cura úmida, figura 6.26 (b) é de

Cura Ar Livre Cura Úmida

107

(a) (b) Figura 6.26 – Corpos-de-prova de cura ao ar livre (a) e de cura úmida (b).

6.2.2 Substituição do Agregado Graúdo

6.2.2.1 Resistência à compressão simples

- Traços de Cura Úmida: Foram ensaiados 4 corpos-de-prova cilíndricos à resistência à compressão simples, nas idades de 3, 7 e 28 dias, conforme as recomendações da NBR 5739 (1994). Na figura 6.27 são apresentados os valores médios destas resistências, para os traços de concreto: Referência, AG 25 U, AG 50 U, AG 75 U e AG 100 U.

Figura 6.27 – Resistência à compressão simples

Observa-se que todos os traços com adição de porcelana graúda em substituição ao agregado graúdo (brita 1) apresentaram resultados inferiores ao traço referência. Na idade de 3 dias o decréscimo na resistência foi de 11%, 18%, 27% e 20%, respectivamente pa

AG 25 U, AG 50 U, AG 75 U e AG 100 U.

Já para a idade de 7 dias, as quedas na resistência dos traços com porcelana graúda ficaram em 14%, para o traço AG 25 U, de 18% para os traços AG 50 U e AG 75 U, enquanto que no traço AG 100 U a queda

Quanto aos resultados dos ensaios aos 28 dias de idade, quanto maior a porcentagem de substituição do agregado graúdo (brita 1) pela porcelana graúda maior a queda na resistência em comparação ao traço referência. Estes valores foram inferiores a 15%, no traço AG 25 U, 22% e 26% nos traços AG 50 U e AG 75 U, até 29% no traço AG 100 U.

Já na figura 6.28 tem idades de ensaio. 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 3 dias 43,1 38,2 35,2 31,3 R e si st ê n ci a ( M P a )

Resistência à Compressão Simples

108

Resistência à compressão simples – Agregado graúdo – cura úmida (NBR 5739: 1994).

se que todos os traços com adição de porcelana graúda em substituição ao agregado graúdo (brita 1) apresentaram resultados inferiores ao traço referência. Na idade de 3 dias o decréscimo na resistência foi de 11%, 18%, 27% e 20%, respectivamente pa

AG 25 U, AG 50 U, AG 75 U e AG 100 U.

Já para a idade de 7 dias, as quedas na resistência dos traços com porcelana graúda ficaram em 14%, para o traço AG 25 U, de 18% para os traços AG 50 U e AG 75 U, enquanto que no traço AG 100 U a queda foi de 29% em comparação ao traço referência.

Quanto aos resultados dos ensaios aos 28 dias de idade, quanto maior a porcentagem de substituição do agregado graúdo (brita 1) pela porcelana graúda maior a queda na resistência em ia. Estes valores foram inferiores a 15%, no traço AG 25 U, 22% e 26% nos traços AG 50 U e AG 75 U, até 29% no traço AG 100 U.

Já na figura 6.28 tem-se a evolução da resistência à compressão simples ao longo das

7 dias 28 dias 50,6 62,8 43,4 53,7 41,6 48,9 31,3 41,5 46,2 34,4 35,7 44,6 Idades de Ensaio

Resistência à Compressão Simples - Cura Úmida

cura úmida (NBR 5739: 1994).

se que todos os traços com adição de porcelana graúda em substituição ao agregado graúdo (brita 1) apresentaram resultados inferiores ao traço referência. Na idade de 3 dias o decréscimo na resistência foi de 11%, 18%, 27% e 20%, respectivamente para os traços

Já para a idade de 7 dias, as quedas na resistência dos traços com porcelana graúda ficaram em 14%, para o traço AG 25 U, de 18% para os traços AG 50 U e AG 75 U, enquanto

foi de 29% em comparação ao traço referência.

Quanto aos resultados dos ensaios aos 28 dias de idade, quanto maior a porcentagem de substituição do agregado graúdo (brita 1) pela porcelana graúda maior a queda na resistência em ia. Estes valores foram inferiores a 15%, no traço AG 25 U, 22% e

se a evolução da resistência à compressão simples ao longo das

Cura Úmida

Referência AG 25 U AG 50 U AG 75 U AG 100 U

109 0 4 8 12 16 20 24 28 0 10 20 30 40 50 60

Evolução Resistência à Compressão Simples

Referência AG 25 U AG 50 U AG 75 U AG 100 U R e s is tê n c ia ( M P a ) Data Ensaios

Figura 6.28 – Evolução resistência à compressão simples – Agregado graúdo – Cura úmida.

Na figura 6.28 pode-se observar que o traço referência apresentou uma evolução de 46% ao longo das idades ensaiadas. Entre os traços com porcelana o traço AG 75 U apresentou uma evolução até maior que a referência, evolução esta de 48%, enquanto que nos traços AG 25 U e AG 50 U a evolução com o decorrer das idades de ensaio ficaram próximas a 40%, obtendo o traço AG 100 U a menor evolução, da ordem de 30%, comparando as idades de 3 e 28 dias de ensaio.

Muita das rupturas dos corpos-de-prova foram do tipo cônica, figura 6.29 (a), conforme a classificação da NBR 5739 (1994). Entretanto, alguns corpos-de-prova tiveram rupturas variadas, não permitindo uma classificação com base na NBR 5739 (1994), pois os mesmos se “esfarelavam” com a aplicação da carga, desprendendo a argamassa do concreto da porcelana graúda, conforme figura 6.29 (b).

Notou-se também durante os ensaios que muitas vezes a ruptura contornava a porcelana graúda, rompendo a argamassa e o agregado graúdo convencional e preservando intacto a porcelana.

110

(a) (b) Figura 6.29 – Tipos de ruptura: cônica (a) e “esfarelamento” (b).

Observou-se também durante os ensaios um “desprendimento” da argamassa do concreto em contato com a porcelana graúda, figura 6.30 (a), “desprendimento” este de maior intensidade quando havia a face vidrada da porcelana em contato com a argamassa de concreto, conforme figura 6.30 (b).

Este fato pode ser explicado pela baixa capacidade de absorção de água pela porcelana, ficando envolta desta porcelana graúda água de amassamento, água esta que seria absorvida pelo agregado. Assim, esta água ao evaporar-se cria um vazio entre a argamassa do concreto e a porcelana, principalmente naquela com esmalte, mesmo este esmalte não tendo a função impermeabilizante no isolador de porcelana.

111

(a) (b)

Figura 6.30 – “Desprendimento” da porcelana (a) e da face vidrada (b).

- Traços de Cura ao Ar Livre: Para os ensaios de resistência à compressão simples nas idades de 3, 7 e 28 dias, foram ensaiados 4 corpos-de-prova cilíndricos para cada idade, em acordo com a NBR 5739 (1994). Na figura 6.31 são apresentados os valores médios destas resistências, para os traços de concreto: Referência, AG 25 A, AG 50 A, AG 75 A e AG 100 A.

Em todas as idades ensaiadas os traços com porcelana graúda em substituição ao agregado graúdo (brita 1) apresentaram resistências médias inferiores ao traço referência, fator este já observado nos concretos de cura úmida.

Nos ensaios com 3 dias de idade as resistências dos concretos com porcelana ficaram mais próximas da referência, obtendo o traço AG 25 A, uma queda de apenas 3% em comparação a referência, os demais traços apresentaram decréscimos variando entre 13%, traços AG 50 A e AG 100 A, e 15%, para o traço AG 75 A.

Já aos 7 dias de idade as quedas nas resistências foram mais perceptíveis, novamente com o traço AG 25 A apresentando a menor queda, de 9%, nos demais traços as qued

maiores, ficando o traço AG 50 A com queda de 16% e o traço AG 75 A com 18%. O traço AG 100 A apresentou a maior queda de cerca de 27% em comparação a referência.

Também para os ensaios aos 28 dias, todos os resultados dos traços com porcelana graúda em comparação ao traço referência foram menores e similares as observadas aos 7 dias de idade. Nesta idade também o traço AG 25 A apresentou em comparação a referência,

inferior a 12%, a queda do traço AG 50 A foi de 22% e de 18% para o traço AG 75 A, ficando o traço AG 100 A com decréscimo de 28% em comparação a referência.

Figura 6.31 – Resistência à compressão simples

Na figura 6.32 tem-se a evolução da resistência à compressão destes traços. 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 3 dias 37,8 36,8 32,6 32,0 R e si st ê n ci a ( M P a )

Resistência à Compressão Simples

112

Já aos 7 dias de idade as quedas nas resistências foram mais perceptíveis, novamente com o traço AG 25 A apresentando a menor queda, de 9%, nos demais traços as qued

maiores, ficando o traço AG 50 A com queda de 16% e o traço AG 75 A com 18%. O traço AG 100 A apresentou a maior queda de cerca de 27% em comparação a referência.

Também para os ensaios aos 28 dias, todos os resultados dos traços com porcelana graúda em comparação ao traço referência foram menores e similares as observadas aos 7 dias de idade. Nesta idade também o traço AG 25 A apresentou em comparação a referência,

inferior a 12%, a queda do traço AG 50 A foi de 22% e de 18% para o traço AG 75 A, ficando o traço AG 100 A com decréscimo de 28% em comparação a referência.

Resistência à compressão simples – Agregado graúdo – cura ar livre 1994).

se a evolução da resistência à compressão destes traços.

7 dias 28 dias 47,4 56,0 42,9 49,2 39,9 43,7 32,0 39,0 45,8 32,8 34,7 40,1 Idades de Ensaio

Resistência à Compressão Simples - Cura Ar Livre

Já aos 7 dias de idade as quedas nas resistências foram mais perceptíveis, novamente com o traço AG 25 A apresentando a menor queda, de 9%, nos demais traços as quedas forma maiores, ficando o traço AG 50 A com queda de 16% e o traço AG 75 A com 18%. O traço AG 100 A apresentou a maior queda de cerca de 27% em comparação a referência.

Também para os ensaios aos 28 dias, todos os resultados dos traços com porcelana graúda em comparação ao traço referência foram menores e similares as observadas aos 7 dias de idade. Nesta idade também o traço AG 25 A apresentou em comparação a referência, resultado inferior a 12%, a queda do traço AG 50 A foi de 22% e de 18% para o traço AG 75 A, ficando o

ar livre (NBR 5739:

se a evolução da resistência à compressão destes traços.

Cura Ar Livre

Referência AG 25 A AG 50 A AG 75 A AG 100 A

113 0 4 8 12 16 20 24 28 0 10 20 30 40 50 60 Referência AG 25 A AG 50 A AG 75 A AG 100 A Evolução Resistência à Compressão Simples

R e s is tê n c ia ( M P a ) Data Ensaios

Figura 6.32 – Evolução resistência à compressão simples – Agregado graúdo – cura ao ar livre.

Analisando a evolução da resistência de 3 aos 28 dias de idade dos traços, tem-se o traço referência com a maior evolução na resistência de 48%, já os traços AG 25 A e AG 50 A apresentaram evolução similares de 34%. Dos traços com porcelana o que apresentou maior evolução na resistência, foi o traço AG 75 A, com aumento de 43% na resistência comparando os valores obtidos aos 3 e 28 dias. Com o traço AG 100 A apresentando a menor evolução em sua resistência de 22%.

Conforme o ocorrido nos traços com porcelana miúda, a maioria das rupturas dos corpos-de-prova com porcelana graúda e cura ao ar livre foi do tipo cisalhada, conforme a NBR 5739 (1994) e figura 6.33 (a). Observou-se também muitas vezes o contorno da ruptura no corpo- de-prova, figura 6.33 (b).

114

(a) (b)

Figura 6.33 – Corpos-de-prova rompidos (a) e detalhe da ruptura cisalhada (b).

6.2.2.2 Resistência à compressão diametral

Um total de 4 corpos-de-prova de cada traço foram ensaiados à resistência à compressão diametral aos 28 dias de idade, em acordo com a NBR 7222 (1994). Com as cargas individuais obtidas, calculou-se a resistência à tração por compressão diametral de acordo com a equação 1 já apresentada no item 6.2.1.2, tendo na figura 6.34 o valor de resistência médio para cada traço.

Figura 6.34 – Resistência à compressão

Com exceção do traço AG 100, em todos os demais, n

traços de cura úmida apresentaram valores médios superiores aos obtidos com a cura ao ar livre. Analisando separadamente os dois tipos de cura tem

- Traços de cura úmida:

compressão diametral de 4% em comparação ao traço referência, nos traços AG 25 U e AG 75 U as resistências ficaram próximas, entretanto foram cerca de 2% inferiores a referência. A maior queda foi obtida pelo traço AG 100 U com 12% em relação a ref

- Traços de cura ao ar livre

mais próximos: o traço AG 25 a apresentou um aumento na resistência de 2%. Os demais traços com porcelana graúda em substituição ao agregado graúdo (brita 1

da referência de 2% para o traço AG 50 A, 4% para o traço AG 75 A e de 1% para o traço AG 100 A.

Um fato observado nos ensaios de resistência à compressão simples, onde havia um “descolamento” da argamassa do concreto da porcelana graúda, resultando em queda na sua resistência com o aumento da substituição do agregado graúdo, nos ensaios à compressão

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